1. Ossos
1.1. Servem para:
1.1.1. Proteção
1.1.1.1. Para órgãos como o coração e os pulmões, as estruturas nervosas do encéfalo e a medula espinhal.
1.1.2. Sustentação
1.1.2.1. De todas as partes moles, possibilitando o modelado do corpo
1.1.3. Sistema de alavancas
1.1.3.1. As massas musculares inserem em sua superfície, possibilitando o deslocamento do corpo.
1.1.4. Armazenamento de ÍONS
1.1.4.1. Cálcio e potássio (cálcio importantíssimo para ocorrer impulso motor, calcificação dos ossos).
1.1.5. Hematopoiética
1.1.5.1. Local de produção de certas células do sangue.
1.1.6. Armazenamento de gordura.
1.2. Classificação:
1.2.1. O sistema esquelético é subdividido em esqueleto axial e esqueleto apendicular:
1.2.1.1. Esqueleto axial
1.2.1.1.1. A porção mediana, ao longo do eixo longitudinal, composta pelos ossos da cabeça, tronco e dorso ou coluna vertebral.
1.2.1.1.2. 80 ossos.
1.2.1.2. Esqueleto apendicular
1.2.1.2.1. Ligada a porção mediana, através das chamadas CINTURAS, CINGULO ou RAIZ, encontramos os membros (superiores e inferiores).
1.3. Classificação morfológica dos ossos:
1.3.1. Ossos curtos:
1.3.1.1. Existe uma equivalência de suas três dimensões.
1.3.1.1.1. São exemplos de ossos curtos os ossos do carpo e os ossos do tarso.
1.3.2. Ossos planos ou laminares:
1.3.2.1. Ossos onde o comprimento e a largura equivale, predominando sobre a espessura.
1.3.3. Ossos irregulares:
1.3.3.1. São aqueles ossos que apresentam uma caracterização muito especifica ou complexa.
1.3.3.1.1. São exemplos: vértebras, temporal, mandíbula, maxila, etc
1.3.4. Ossos pneumáticos:
1.3.4.1. Ossos que geralmente possuem morfologia irregular, contendo no seu interior uma ou mais cavidades, revestidas de mucosa e contendo ar (seios paranasais)
1.3.4.1.1. São exemplos: maxila, esfenoide, etmoide, temporal e o frontal
1.3.5. Ossos sesamoide:
1.3.5.1. São ossos que se desenvolvem na substancia de certos tendões ou de capsula fibrosa de certas articulações
1.3.5.1.1. O único osso sesamoide: a patela.
2. O sistema locomotor é composto por ossos, articulações e músculos esqueléticos, representando a integração entre o sistema esquelético e o sistema muscular. Sendo responsável pela sustentação, locomoção e movimentação do corpo.
3. Músculos
3.1. Tecidos do corpo responsáveis pela contração e distensão das células que originam o movimento.
3.2. Fazem ligação dos ossos com o sistema nervoso.
3.3. Constituído por um tipo celular - fibra muscular, que é alongada e capaz de alterar suas dimensões sob um estímulo nervoso.
3.4. Miologia
3.4.1. Ciência que estuda os músculos.
3.5. Tipos de músculos:
3.5.1. LISO OU NÃO ESTRIADO:
3.5.1.1. Possui contração lenta e involuntária, controlado pelo sistema nervoso vegetativo. Exemplo: o músculo dos órgãos internos, pele, vasos sanguíneos, sistema excretor...
3.5.1.2. Este tipo de músculo é encontrado em vísceras, por exemplo no estômago.
3.5.2. ESTRIADO ESQUELÉTICO:
3.5.2.1. Localizados junto ao esqueleto e conectados por meio de tendões. São controlados pelo sistema nervoso central, responsável pelos movimentos voluntários e pela postura corporal.
3.5.3. ESTRIADO CARDÍACO:
3.5.3.1. Está localizado no coração (miocárdio). É controlado pelo sistema nervoso vegetativo e possui contração vigorosa e involuntária.
3.5.3.2. As miofibrilas do músculo estriado contêm proteínas contráteis, sendo as principais a miosina e a actina.
3.6. Quanto à ação os músculos podem ser:
3.6.1. Agonista:
3.6.1.1. Principal músculo que realiza um movimento
3.6.2. Antagonista:
3.6.2.1. Músculo contrário ao movimento.
3.6.3. Sinergista ou auxiliar:
3.6.3.1. Participa do movimento, mas não é o principal nesse movimento.
3.6.4. Postural:
3.6.4.1. Músculo cuja ação mantém a postura.
3.6.5. Fixador:
3.6.5.1. Músculo que evita movimento indesejável, por estabilizar uma articulação permite uma melhor ação de outro músculo.
3.7. Fáscia Muscular:
3.7.1. Elemento de tecido conjuntivo que recobre o músculo.
3.7.2. Serve para separar os músculos entre si.
3.7.3. Permite o deslizamento de uma camada muscular sobre a outra.
3.7.4. Em certas partes do corpo humano, a aponeurose de fixação muscular é confundida com fáscia muscular.
4. Junturas
4.1. São classificadas segundo vários critérios
4.1.1. Artrologia é o estudo das articulações ou junturas.
4.1.1.1. As junturas (articulações) são junções (uniões) entre dois ou mais ossos ou partes rígidas do esqueleto.
4.2. Junturas fibrosas
4.2.1. Apresentam tecidos fibrosos
4.2.1.1. Sutura
4.2.1.1.1. Possui pequena quantidade de tecido fibroso entre a superfície óssea. É dividido em três tipos principais, são eles:
4.2.1.1.2. Sutura Plana
4.2.1.1.3. Sutura denteada ou serreada
4.2.1.1.4. Sutura Escamosa
4.2.1.2. Sindesmose
4.2.1.2.1. Possui uma grande quantidade de tecido fibroso inserido na superfície óssea. Exemplo: articulação tibio-fibular inferior.
4.2.1.3. Gonfose
4.2.1.3.1. É a articulação por inserção de um processo cônico em uma cavidade (lembra um prego fixado à parede) e apresenta grande quantidade de tecido fibroso. Por exemplo: raízes dos dentes com os alvéolos dentários da mandíbula e da maxila.
4.2.2. Em termos de mobilidade (de acordo com os critérios de classificação) ou classificação funcional, as articulações fibrosas são consideradas imóveis ou minimamente móveis.
4.2.3. Juntura fibrocartilaginosa ou sinfise
4.2.3.1. Apresenta uma fibrocartilagem em forma de disco inserida na superfície do osso. Esta é uma junta permanente, neste caso, em circunstâncias normais, não ossificará. Por exemplo: articulações entre os corpos das vértebras e a sínfise púbica.
4.3. Junturas cartilaginosas
4.3.1. Apresentam interposição de tecido cartilaginoso.
4.3.2. Sincondrose
4.3.2.1. É uma espécie de cartilagem hialina; é uma forma temporária de articulações, porque neste caso, a cartilagem hialina vai ossificar. Por exemplo: sincondrose esfeno-occipital e a articulação entre o manúbrio e o corpo do osso esterno.
4.3.3. Em termos de classificação funcional, as articulações cartilaginosas são consideradas semi-móveis ou com movimento restrito, mas deve-se considerar que são mais móveis do que as fibrosas.
4.4. Junturas sinoviais ou diartroses:
4.4.1. Grupo mais complexo das junturas do corpo humano.
4.4.1.1. Apresenta a membrana sinovial (ou tecido sinovial).
4.4.2. Componentes das junturas sinoviais:
4.4.2.1. Superfícies ósseas articulares:
4.4.2.1.1. São os pontos de contato entre as extremidades que se articulam.
4.4.2.2. Cartilagem articular:
4.4.2.2.1. É a cartilagem hialina que reveste as superfícies ósseas articulares, tornando-as lisas, plidas e de cor esbranquiçadas.
4.4.2.3. Cápsula articular:
4.4.2.3.1. É um envoltório que se prende aos ossos que se articulam.
4.4.2.3.2. Formada por dois estratos:
4.4.2.4. Membrana Sinovial:
4.4.2.4.1. Tecido conectivo vasculazidado que forra a superficie interna da cápsula articular, mas não reveste a cartilagem articular.
4.4.2.4.2. Responsável pela produção do líquido sinovial. Líquido esse viscoso, semelhante à clara de ovo. O líquido sinovial lubrifica a articulação e nutre a cartilagem articular.
4.4.3. Anexos das junturas sinoviais:
4.4.3.1. Estruturas específicas para cada juntura sinovial.
4.4.3.2. Ligamentos:
4.4.3.2.1. São feixes fibrosos que reforçam, em alguns pontos a porção fibrosa externa da cápsula articular.
4.4.3.2.2. Ligamento capsular:
4.4.3.2.3. Ligamento extracapsular:
4.4.3.2.4. Ligamento intracapsular ou intrarticular:
4.4.3.3. Lábio articular:
4.4.3.3.1. Fibrocartilagem que se dispõe no contorno de uma cavidade, permitindo um melhor ajuste ósseo.
4.4.3.3.2. Só é encontrado nas junturas sinoviais esferóides.
4.4.3.3.3. Na articulação escápulo-umeral (do ombro), os lábios desempenham um papel no alargamento da cavidade da capa do ombro, para que possam se adaptar melhor à cabeça do úmero.
4.4.3.3.4. O lábio articular reduz o tamanho da cavidade do quadril para melhor ajustar a cabeça do fêmur, mantendo-a dentro da cavidade.
4.4.3.4. Menisco:
4.4.3.4.1. Uma estrutura fibrocartilaginosa, com formato semilunar, que age como estabilizador e como ajuste de superfície osteo-articular.
4.4.3.4.2. Absorve choques.
4.4.3.4.3. Por permitir uma melhor distribuição do líquido sinovial, também promove a lubrificação das articulações e a nutrição da cartilagem articular.
4.4.3.4.4. Este elemento é encontrado apenas na articulação do joelho e é difícil de regenerar quando ferido.
4.4.3.5. Disco:
4.4.3.5.1. Uma estrutura fibrocartilaginosa, de forma circular, muito semelhante ao menisco, ajuda a melhorar a adaptabilidade da estrutura da junta.
4.4.3.5.2. Encontra-se exemplo de disco na articulação esterno-clavicular.
4.4.3.6. Movimentos possíveis nas junturas sinoviais:
4.4.3.6.1. Três tipos de movimentos ativos ocorrem nas junturas sinoviais:
4.4.3.6.2. Em uma determinada articulação, um, vários ou todos os tipos de movimento podem ocorrer, dependendo de sua forma e da localização dos ligamentos.
4.4.4. Classificação das junturas sinoviais:
4.4.4.1. É considerado móvel ou de maior mobilidade, sendo classificado e definido de acordo com a descrição de sua superfície óssea ou movimento
4.4.4.2. Juntura sinovial esferóide:
4.4.4.2.1. É aquela que apresenta uma superfície esferóide de um osso (cabeça) que se movimenta dentro de uma cavidade do outro osso.
4.4.4.2.2. São funcionalmente classificadas como triaxiais, sendo as mais móveis do corpo humano.
4.4.4.2.3. Exemplo: articulações do ombro, do quadril.
4.4.4.3. Juntura sinovial condilar ou bicondilar:
4.4.4.3.1. Um côndilo (superfície óssea articular alongada no eixo antero-posterior) encaixa-se numa cavidade.
4.4.4.3.2. Funcionalmente é classificada como biaxial
4.4.4.3.3. Exemplo: articulações do joelho e metacarpo-falângicas.
4.4.4.4. Juntura sinovial selar:
4.4.4.4.1. Articulação entre duas superfícies ósseas côncavas, como uma sela do cavalo.
4.4.4.4.2. Funcionalmente é biaxial.
4.4.4.4.3. Exemplo: articulação entre o trapézio e o primeiro metacarpo
4.4.4.5. Juntura sinovial gínglimo ou dobradiça:
4.4.4.5.1. Onde uma superfície convexa encaixa-se numa concavidade (lembra uma dobradiça).
4.4.4.5.2. Funcionalmente é uma juntura monoaxial que permite somente os movimentos de flexão e extensão
4.4.4.5.3. Exemplo: articulações do cotovelo e tornozelo.
4.4.4.6. Juntura sinovial trocóide ou em pivô:
4.4.4.6.1. Formada por um cilíndro ósseo (pivô) que roda dentro de um anel ósteo-fibroso (ósteo-ligamentar).
4.4.4.6.2. Funcionalmente é monoaxial.
4.4.4.6.3. Exemplo: articulações atlanto-axial.
4.4.4.7. Juntura sinovial plana:
4.4.4.7.1. Apresenta superfícies planas ou ligeiramente curvas.
4.4.4.7.2. Funcionalmente permite o deslizamento em todas as direções, portanto não tem eixo.
4.4.4.7.3. Exemplo: articulações dos processos articulares das vértebras, intercárpicas e intertársicas.