Criança do 1º ao 12º mês

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Criança do 1º ao 12º mês por Mind Map: Criança do 1º ao 12º mês

1. SONO: primeiro ano de vida apresenta variações à medida que os meses vão transcorrendo

1.1. Os períodos de sono noturno duram em torno de dez horas. Mesmo havendo variações, será importante manter esse parâmetro.

1.2. Até o 3º mês, o bebê costuma dormir cerca de 16 horas por dia, acordando para mamadas ou por algum desconforto.

1.3. A partir do 5º e 6º mês, o bebê já não dorme mais entre as mamadas diurnas, permanecendo mais tempo acordado interessado ao seu entorno.

1.4. Entre o 7º e o 8º mês, o bebê mostra-se bem ativo. Nessa fase é importante tomar cuidado: ao chegar a hora de dormir, eles querem continuar brincando. Deve-se manter atento a essa fase para que não haja uma desregulação da sua rotina.

1.4.1. Essa seria uma época adequada para incentivar sua autonomia, deixando-o dormir em seu próprio quarto. Consegue manter períodos de até dez horas de sono noturno, e boa parte dos bebês já não acorda durante a noite.

1.4.1.1. Assim seguem até o final do primeiro ano, quando algumas crianças dispensam a mamada noturna.

2. ASPECTOS EMOCIONAIS

2.1. Quando a criança consegue lidar com as dificuldades que vão aparecendo em cada fase do seu desenvolvimento, acolhida e amparada por sensibilidade, afeto e compreensão dos pais, adquire segurança em seus próprios recursos psíquicos e emocionais. Passa a confiar nos vínculos que irão sustentar a construção de sua estabilidade emocional, independência e autoestima.

2.1.1. O instinto natural dos pais e o amor é um guia importante para a criação do filho. Entretanto, muitas vezes não são suficientes para levar a criança ao desenvolvimento saudável de suas reais potencialidades.

2.1.1.1. “Torna-se importante acrescentar, que ao tentarem criar seus filhos da melhor maneira possível, os pais estarão lidando, desde o início, com seres humanos individuais, com um potencial que pode ser incentivado e gradualmente ser ajudado a se realizar, mas nunca como criações dos pais, que podem ser moldadas de acordo com suas vontades” Marta Harris (1995).

2.2. A importância de ser mãe e pai: o bebê humano é o filhote que mais demora a adquirir independência em relação a seus cuidados. Sua dependência é total de um contato com outro ser humano que exerça a função materna, para que venha gradativamente organizar toda sua energia de vida e construir suas funções adaptativas, que nos outros mamíferos já estão prontas ao nascer.

2.2.1. Função materna: a mãe passa ao seu bebê os limites e a proteção, oferecendo para o bebê, o mínimo de desconforto possível no novo ambiente extra uterino que, por ser desconhecido, pode ser sentido por ele como hostil ou até mesmo agressivo.

2.2.2. Função paterna: para o filho, completa o acolhimento da genitora. Para a mãe, oferecer continência e reasseguramento afetivo.

2.3. O mundo do bebê recém–nascido: O grau tolerável de frustração do bebê é muito pequeno. Pouco a pouco irá aumentando gradativamente sua capacidade de tolerar a não realização de seus desejos e necessidades. A tolerância aumentará como decorrência do predomínio de vivências de compreensão e satisfação de suas necessidades.

2.4. Amamentação: significa para o recém-nascido todo o seu mundo, a fonte privilegiada de suas relações com o meio ao seu redor pelo qual estabelece contato emocional, nutrindo não somente seu corpo, mas também sua mente.

2.4.1. Nesta fase inicial de vinculação afetiva, a situação positiva da amamentação, na qual a mulher se sente confiante, capaz de usufruir e se sentir feliz na doação física e íntima, é a maneira mais completa de ser alcançado o estado de unidade e harmonia total na relação mãe/bebê.

2.5. A capacidade de separação: chega o momento em que o bebe percebe que ele não é a mesma pessoa que a mãe. Ele percebe que não tem controle sobre essa presença. Dado este fato, é mais ou menos aos 6 meses que o bebe começa com uma preferência pelo pai.

2.6. No desenvolvimento da criança, não há divisões exatas em relação ao que deve acontecer em cada etapa. No entanto alguns acontecimentos são esperados próximos ao final do 1º ano: o bebê engatinha aproximando-se ou afastando se de onde quer e com frequência já foi desmamado. Portanto, tem uma existência separada da mãe. Isto fez uma enorme diferença para o bebê e para os pais.

2.7. Desmame: o medo do bebê é que a perda do seio signifique a perda real de sua mãe, por isso é importante ser feito de forma gradual. É importante que outros hábitos que causem um conforto emocional para o bebê sejam incorporados nessa fase.

3. DESENVOLVIMENTO MOTOR: o recém-nascido a termo apresenta comportamento motor peculiar, que corresponde às suas condições de maturidade neurológica

3.1. Reflexos

3.1.1. Podem: se extinguir, podem desaparecer por um período e depois retornar como atividade voluntária ou também podem durante o amadurecimento saírem de atividade reflexiva para voluntária

3.1.1.1. O reflexo de Moro se extingue aos 3 meses

3.1.1.2. Marcha reflexa desaparece como atividade reflexa aos 2 meses e volta algum tempo depois como atividade voluntária

3.1.1.3. A preensão plantar transita de atividade reflexa para atividade voluntária aos 10 meses

3.2. Os movimentos voluntários obedecem a sequência do processo de mielinização, ou seja, sentido crânio-caudal. Então os membros inferiores terão movimentos voluntários mais tardiamente em comparação a porção cefálica

3.3. Pode-se destacar 3 fases fundamentais do desenvolvimento motor

3.3.1. Sustentação da cabeça: entre o 2° e o 5° mês.

3.3.2. Sentar sem apoio: entre o 7° e o 10° mês

3.3.3. Andar sem apoio: entre o 12° e o 18° mês

3.4. Os períodos das aquisições motoras podem apresentar características individuais e ocorrerem em momentos próximos dos referidos, constituindo o que se considera como variações da normalidade.

3.4.1. Porém essa tolerância é relativa e tem limites

3.4.1.1. Quando as aquisições ocorrerem de modo evidentemente discrepante dos padrões referidos, será necessária uma atenção cuidadosa para esclarecimento do atraso observado

4. LINGUAGEM: o bebê se comunica e busca comunicação

4.1. A fala surge em torno do 2 ou 3 mês, através do balbucio como "gugu"

4.2. Em torno dos 4 meses, terá uma melhor a percepção dos sons como as vogais e algumas sílabas.

4.3. No 5º mês, pode imitar o som feito por adultos e também reagir a falar e barulhos

4.4. No 6º e 7º mês começa a lalação, termo usado para vocalização de sílabas como "dada"

4.5. As primeiras palavras são esperadas em torno dos 10 a 12 meses, além de atenderem quando chamadas pelo nome.

5. Cada criança tem seu desenvolvimento próprio e suas particularidades. Esse fato se estende também para a aprendizagem, tanto do aprender quanto conhecer, saberes que perduram até o fim da vida. Além disso, as crianças tem suas próprias personalidades e isso é um fato que deve ser respeitado.