Concepções de psicólogos sobre o adoecimento de homens com câncer

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Concepções de psicólogos sobre o adoecimento de homens com câncer por Mind Map: Concepções de psicólogos sobre o adoecimento de homens com câncer

1. Resultados

1.1. Corporalidade

1.1.1. Ao entregar o seu corpo para ser cuidado por um profissional de saúde, o enfermo realiza uma entrega total de si, de sua existência

1.2. Processo de socialização e construção das masculinidades em nossa sociedade

1.2.1. necessidade de considerar os aspectos de gênero no âmbito da oncologia, tendo em vista que homens e mulheres vivenciam de forma distinta o adoecimento por câncer, seja no lidar com o diagnóstico, seja na adaptação à nova condição imposta pelo adoecimento e tratamento.

1.3. Construção social do homem como provedor - assumem uma nova posição na sociedade, a de doente

1.3.1. A nova condição de doente mostra‑se incoerente com a posição ocupada pelos homens na vida cotidiana, caracterizada pela força, invencibilidade e reafirmação de poder, levando, então, a uma reconstrução e ressignificação dos sentidos atribuídos à masculinidade

1.4. Associação da figura do câncer à morte e ao morrer

1.4.1. Normalmente recebido como uma sentença de óbito pelo paciente e familiares

1.4.2. O psicólogo hospitalar ocupa um importante papel na equipe interdisciplinar, possibilitando a construção de espaços de escuta e de elaboração da angústia, relacionados ao processo de adoecimento, por pacientes, familiares e profissionais de saúde

1.5. Sistema familiar Patriarcal

1.5.1. O cenário brasileiro ainda carrega marcas de um sistema familiar patriarcal, composto por famílias que se organizam e se mantêm a partir da figura do homem.

1.5.2. O afastamento do homem da centralidade da família e a redefinição de papéis propiciados pelo adoecimento desorganizam o sistema familiar, contribuindo para o surgimento de angústias, tanto para os homens quanto para as mulheres

2. Considerações

2.1. Necessidade da criação e o desenvolvimento de ações que possibilitem o acolhimento e o acompanhamento da família do paciente oncológico, levando em conta os aspectos relacionados ao gênero.

2.1.1. Tais ações possuem potencial de auxiliar os pacientes e seus familiares na elaboração de culpas e angústias, expressão de sentimentos, bem como orientar os familiares na redistribuição de papéis e na redefinição de funções

2.2. Percebeu‑se ainda, o desenvolvimento dos grupos terapêuticos voltados para os pacientes e seus familiares,

2.2.1. Essas atividades possuem em sua centralidade o público feminino, de modo que, em nenhum dos serviços, existam atividades voltadas especificamente para o público masculino.

2.3. Necessidade de construção de espaços crítico‑reflexivos que possibilitem a discussão e a reflexão acerca das especificidades de gênero nos serviços de saúde, visando à ressignificação das concepções dos profissionais de saúde acerca das singularidades do público masculino

3. Sobre o artigo:

3.1. Autores: Alberto Mesaque Martins; Andréa Pereira Gazzinelli; Suellen Santos Lima de Almeida; Celina Maria Modena.

3.2. Palavras-chave: neoplasias; gênero e saúde; masculinidade; saúde do homem; Psicologia Social.

3.3. Psicologia: teoria e prática, v. 14, n. 2, p. 74­87, 2012

4. Objetivos: identificar as concepções de psicólogos sobre a experiência de adoecimento de homens com câncer.

4.1. Pesquisa qualitativa realizada com 13 psicólogos hospitalares que atuam em instituições que prestam serviços especializados em oncologia