De Dutra a Jango: Uma Experiencia Democrática.por Jessyca Ribeiro
1. O Golpe Civil-Militar de 1964:
1.1. O pretexto para o golpe militar veio no final de março de 1964, quando marinheiros sublevados receberam o apoio dos fuzileiros navais que tinham sido enviados para reprimi-los. Os militares de alta patente esperavam que a rebeldia fosse punida; o governo Goulart, porem anistiou os rebeldes, que foi interpretado pelos oficiais como quebra da hierarquia militar. Era o que faltava para a ação golpista. Em 1º de Abril de 1964, civis e militares derrubaram o presidente João Goulart, por isso o nome Golpe civil-militar. Os Estados Unidos também apoiaram o golpe e haviam preparado até uma operação militar para entrar em ação em caso de resistência. Dias depois os militares assumiram o poder, alegando que salvaram o país do “poder sindical subversivo e fora da lei” e o comunismo.
1.2. Era o fim da experiencia democrática iniciada no Brasil em 1945.
2. As reformas de base:
2.1. O governo de Goulart em 1963 apresentou o Plano Trienal, que supunha a adoção de medidas amargas e impopulares, como o controle sobre os salários, a restrição ao crédito para o setor privado e o imposto progressivo. João apresentou também a principal bandeira do seu governo: As Reformas de Base (agraria, administrativa, bancaria, tributaria, eleitoral e educacional), buscando com isso uma aproximação com as camadas pobres e os setores das camadas medias favoráveis a essas mudanças. Porem no decorrer de 1963, as reformas foram rejeitadas pelo Congresso, formado em sua maioria por políticos do PSD e da UDN contrários ao PTB de Goulart.
3. Economia:
3.1. Em 1962, Jânio assumiu o poder com s disposição de conter a influencia e os gastos do governo. Para isso cortou os subsídios ao trigo e ao petróleo e seus derivados, provocando uma elevação de 100% nos preços do pão, das massas e da gasolina. Jânio também ganhou a confiança do FMI e conseguiu renegociar a dívida externa.
4. O governo Jânio Quadros:
4.1. Vencendo as eleições em 1960 com 48% dos votos, Jânio se mostrou autoritário, adotando uma prática que ficou conhecida como política dos bilhetinhos em pequenos pedaços de papel dava ordens aos seus ministros e a funcionários, transformando-os em meros executores de sua vontade pessoal. Jânio se preocupava com questões extremamente menores a um cargo de presidente da república: como por meio de decretos proibiu as brigas de galo em todo o território nacional, o funcionamento dos jóqueis clubes nos dias úteis, o uso de lança-perfume nos bailes e o uso do biquíni nas praias.
5. A migração para o Centro-Sul:
5.1. O crescimento econômico dos anos de JK não beneficiou igualmente todo o território brasileiro; as indústrias recém-criadas concentram-se no centro-sul, o que aumentou ainda mais as diferenças socioeconômicas. O desemprego no campo e a crescente industrialização do Centro-Sul levaram milhões de brasileiros a deixar sua terra natal em busca de uma vida melhor em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.
6. O desenvolvimentismo:
6.1. : JK queria atrair o capital estrangeiro e estimular sua associação com o capital nacional; Vargas queria controlar a entrada de capital estrangeiro.
6.2. • Nacionalismo (Vargas): O Estado devia intervir na economia, controlando as indústrias de base e os setores de energia, comunicações e transporte. As outras áreas ficavam nas mãos da iniciativa privada. O governo devia limitar a entrada de capital estrangeiro, bem como a remessa de lucros.
6.3. • Desenvolvimentismo (Juscelino): O estado devia associar-se ao capital privado, nacional e estrangeiro, para promover a industrialização acelerada do país. O governo buscava atrair capitais estrangeiros concedendo às empresas multinacionais facilidades para importar maquinário e isenção de impostos por vários anos.
7. O plano de Metas:
7.1. : Com o slogan “50 anos em 5”, Jk prometia fazer o Brasil progredir 50 anos em cinco. Essa promessa transmitida nem estilo original e arrojado, propagou uma onda de otimismo por todo o país. O plano tinha como objetivo receber investimentos públicos: energia, transporte, indústria, alimentação e educação.
8. O governo Juscelino:
8.1. Ao assumir o governo, em 1956, Juscelino demostrou sua crença na democracia suspendendo o estado de sitio e a censura á imprensa. Sua capacidade de administrar conflitos, dialogar com o congresso e atender a diferentes demandas sociais, dentro da legalidade, colaborou para que concluísse seu mandato.
9. O governo Café Filho:
9.1. Café filho, vice de Vargas, assumiu a presidência. No campo econômico, seu governo promulgou, no início de 1955, a Instrução 113 da Sumoc, Superintendência da Moeda e do Credito, que criou facilidades para a entrada do Capital Estrangeiro no país. Porém o que movimentou o governo de Café Filho foram as eleições presidenciais marcadas para 3 de outubro de 1955 que foram vencidas por Juscelino Kubistchek (presidente) e João Goulart (vice).
10. A constituição de 1946:
10.1. Em 18 de setembro de 1946, depois de intensos debates, foi promulgada a quinta Constituição Brasileira. De perfil liberal, essa Constituição:
10.2. Defendia o Brasil como uma República Federativa;
10.3. Garantia ampla liberdade de pensamento, de expressão e de associação negadas ao cidadão na Constituição anterior;
10.4. Determinava que o vínculo criado pelo casamento era indissolúvel, o divórcio, portanto, continuou proibido. Entre outras "leis".
11. Política Econômica:
11.1. O governo Dutra elaborou o Plano, que direcionou os investimentos para os setores prioritários de economia: Saúde, alimentação, transporte e energia. Essa política economia liberal, que permitia a livre importância de bens revelou-se desastrosa. No início de 1946, o Brasil possuía 708 milhões de dólares em reservas, um ano e meio depois so restavam 92 milhões.
12. O governo Dutra:
12.1. Quando o presidente Dutra (1946-1950) começou a governar, em 1946, a Guerra Fria se iniciava. Capitalismo X Comunista disputavam a hegemonia mundial buscando fazer aliados em todos os continentes O Brasil aliou-se aos Estados Unidos do presidente Harry Truman. Em 1947, O Brasil rompeu relações com a União Soviética.
13. Trabalhismo, Inflação e Greve:
13.1. Em seu segundo governo, Vargas continuou adotando o trabalhismo, porém na aera do econômica, o governo enfrentava um problema: já há algum tempo os salários não eram reajustados e não acompanhavam a lata dos preços soa alimentos e dos alugueis. Com isso trabalhadores de várias partes do país realizaram protestos, saques a armazéns e greves. Para contornar a situação, Vargas nomeou o líder do PTB, João Goulart, para o Ministério do Trabalho, Jango, nome pelo qual era conhecido, negociou com os grevistas um aumento de 32% e eles voltaram ao trabalho. Em 1954, Jango se demitiu do ministério, mais deixou nas mãos de Vargas o decreto que reajustava o salário mínimo. Em maio do mesmo ano Vargas autorizou o aumento de 100% no salário mínimo.
14. A campanha contra Getúlio:
14.1. Diante desse aumento, a UDN de Carlos Lacerda e seus aliados no Exército e na grande imprensa intensificaram a campanha contra Vargas. Nesse clima de tensão, em 5 de agosto de 1954, Carlos Lacerda foi vítima de um atentado. A partir daí, Lacerda passou a defender o golpe militar dizendo que era a única forma de por fim ao “mar de lama” que envolvia o palácio presidencial. Com inimigos poderosos e sem apoio na área militar, Vargas deu a última cartada: “Sair da vida para entrar no História”. Na madrugada de 24 de agosto de 1954, ele foi para seu quarto e disparou um tiro no coração.
15. O governo de João Goulart
15.1. Com a renuncia de Jânio, instalou-se uma crise na política, pela constituição João Goulart devia assumir a presidência assim que voltasse da China, onde estava em vista oficial, porem a sociedade brasileira estava dividida. Para evitar que a crise evoluísse para um confronto armado, o Congresso propôs uma solução conciliatória: aprovou a adoção do parlamentarismo. Nesse sistema, o chefe de governo é o primeiro-ministro e não o presidente. Assim Jango pode assumir a presidência em 7 de setembro de 1961, mais com o seu poder diminuindo. Com o retorno do presidencialismo em 1963, João Goulart saiu fortalecido e assumiu a chefia do governo.
16. O segundo governo Vargas:
16.1. Em janeiro 1951, Vargas procurou contentar as diferentes forças envolvias na cena política. No poder Vargas se manteve fiel a sua proposta de campanha, investindo pesado no sistema de energia, de transporte, de portos e na fundação do Banco nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDE). A campanha " O petróleo e nosso" era uma lei que propunha a fundação de uma companhia brasileira de petróleo e previa o monopólio estatal do setor.
17. As eleições de 1950:
17.1. A disputa pela presidência da República voltou a lotar as praças principais capitais brasileiras. Prometendo que o povo subiria com ele os degraus do Palácio do Catete, defendendo a industrialização e a necessidade de ampliação das leis trabalhistas, Getúlio Vargas obteve vitória de 48,7% dos votos.
18. Democracia:
18.1. Democracia: A democracia é um regime em que os cidadãos podem manter e ampliar seus direitos. Uma democracia pode ter limitações, mas ela garante a liberdade para se lutar contra essas limitações, para se exprimir opiniões e para que as diferenças de ideia, religião, cor e gênero convivam. A democracia anda com a liberdade e a tolerância.
19. Comunicação Interna:
19.1. Tem como principal objetivo promover o diálogo com os colaboradores e tornar o clima organizacional saudável. Envolve o fluxo de informações administrativas e também toda a comunicação feita com os colaboradores, através dos veículos formais ou informais. A importância da comunicação interna é singular para as empresas.
20. Nacionalista x Liberal:
20.1. - Nacionalista: O Estado devia entrevir na economia, como investidor em áreas estratégicas9por meio de empresas estatais) r como estimulo de investimentos privados. O objetivo era promover o desenvolvimento da economia brasileira.
20.2. - Liberal: A economia devia caminhar com a menor interferência possível do Estado, devendo ser regulada pelas "leis do mercado". O desenvolvimento devia apoiar-se nas empresas privadas nacionais e estrangeiras.
21. As eleições de 1945:
21.1. Em 1945 foram organizados os ter mais importantes partidos dos 20 anos seguintes. UDN, adepta do liberalismo-conservador e radicalmente antigetualista. Vargas e seus aliados fundaram o PTB, que era apoiado por sindicatos de trabalhadores, e o PSD, que reunia as elites getulistas.