Brasil: a construção da República.

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Brasil: a construção da República. por Mind Map: Brasil: a construção da República.

1. República da Espada, República Velha e/ou Primeira República.

1.1. Proclamação da República: o golpe de 15 de novembro de 1889 que coloca fim ao regime monárquico.

1.1.1. Os bestializados.

1.1.2. Os projetos de república: 1 grandes proprietários de terra queriam a República liberal com autonomia provincial (inspirados nos EUA); 2 projeto militar centralizador, positivista e detentor da ordem; 3 grupos urbanos (professores, estudantes, pequenos proprietários, jornalistas, profissionais liberais) desejavam uma República Jacobina.

1.2. Governo Provisório (1889-1891). A República Federativa transforma as províncias em estados unidos formando assim os Estados Unidos do Brasil.

1.2.1. O novo governo tomas as seguintes medidas: 1 exilar a família imperial; 2 convocação para uma Assembleia Constituinte; 3 separação entre a Igreja e o Estado; 4 concessão de nacionalidade brasileira a todos estrangeiros residentes; 5 adoção de uma nova bandeira (e de outros símbolos nacionais); 6 fechamento de Câmara, Senado e Assembleias Provinciais; 7 substituição dos presidentes das antigas províncias.

1.2.2. A Constituição de 1891: três poderes, voto para maiores de 21 anos (mulheres, frades, mendigos, analfabetos e soldados não votavam).

1.2.3. Rui Barbosa. Incentivos à industrialização (impostos altos para importados e aumento do crédito aos industriais nacionais). Emissão de moedas, crescimento da inflação e muitas falências de novas empresas. ENCILHAMENTO

1.3. Eleição e renúncia de Deodoro da Fonseca.

1.3.1. Pelas regras das eleições, presidente e vice presidente poderiam serem eleitos por grupos diferentes. Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto (presidente e vice). Atritos entre o Congresso e o presidente, somados aos problemas econômicos e sociais, renunciou em 23 de novembro de 1891.

1.4. Floriano Peixoto - (1891-1894)

1.4.1. Marechal de Ferro: reabriu o congresso, diminuiu impostos, substituiu apoiadores ao ex-presidente e usou a força para prender opositores.

1.4.2. Revolta Armada (1893-94): no Rio de Janeiro, o almirante Custódio de Melo e Saldanha da Gama, oficiais da Marinha tomaram navios exigindo a renúncia do presidente.

1.4.3. A Revolução Federalista (1893-95): disputa política entre republicanos (pica-paus) e federalistas (maragatos) que se tornou uma luta armada. Rebeldes da Revolta Armada se juntaram aos federalistas. Após a vitória do governo, a cidade de Desterro é modificada para o nome de Florianópolis. 12 mil mortos.

2. República Oligárquica ("Café com Leite")

2.1. Prudente de Morais inaugura as oligarquias no governo.

2.1.1. Coronelismo e o voto de cabresto.

2.1.2. A política dos governadores: autonomia nos estados em troca de votos guiados pelos coronéis.

2.1.3. Comissão da verificação: deputados e senadores da oposição sofriam a degola sob acusações de fraudes.

2.2. A política econômica da República Oligárquica.

2.2.1. Industrialização passa a ser segundo plano: Brasil passa a importar os produtos industrializados e exportar gêneros agrícolas, principalmente o café (ouro verde).

2.2.2. Funding Loan (acordo com os banqueiros ingleses) é colocado em prática por Campos Sales. Novos empréstimos, suspensão do pagamento da dívida externa por 13 anos, combate a inflação e garantias aos bancos internacionais.

2.2.3. Convênio de Taubaté: o governo federal passou a comprar e estocar a produção excedente dos cafeicultores.

2.3. A política externa da República Oligárquica.

2.3.1. O incentivo do governo para vinda de imigrantes. Até 1910 vieram: italianos(1,3 milhão), portugueses (703 mil), espanhóis (333 mil), alemães (104 mil) e japoneses (mais de 2 mil).

2.3.2. Barão do Rio Branco e as fronteiras estabelecidas. 1885 com Argentina (oeste de Santa Catarina), 1900 Amapá com a Guiana Francesa, incorporação do Acre (1903) e no ano de 1904, Roraima e Guiana.

2.3.3. Os seringais na Amazônia e o "ciclo da borracha" (1890-1910).

3. Reformas e revoltas urbanas.

3.1. Messianismo no campo.

3.1.1. a religiosidade das camadas populares (principalmente no campo), o distanciamento do Estado e as condições miseráveis de uma grande parcela da sociedade.

3.1.2. Antônio Conselheiro e a Guerra de Canudos (1896-1897).

3.1.2.1. Fundação do povoado de Canudos (1883) tornando-se uma comunidade autossuficiente que incomoda latifundiários e o clero. Acusados de monarquistas, o Estado realiza 4 expedições militares para arrasar o arraial. Textos apontam entre 10 a 25 mil sertanejos em Canudos durante as batalhas.

3.1.3. A Guerra do Contestado (1912-1916)

3.1.3.1. Contestado era uma região de disputa entre dois estados: Santa Catarina e Paraná. O governo concede a uma empresa estadunidense a região.

3.1.3.2. Após a obra concluída (estrada de ferro que ligaria São Paulo a Porto Alegre) a empresa demitiu ao passo que explorava madeira da região desalojando camponeses que viviam ali. É neste contexto que surge José Maria.

3.1.3.3. Mais de 20 mil pessoas eram lideradas por José Maria que morre em um dos confrontos contra o exército. 1916 a guerra tem fim.

3.1.4. O cangaço.

3.1.4.1. Bandos armados chamados de cangaceiros também surgiram diante da miséria no sertão nordestino. Alguns ligados a coronéis e outros independentes, mas todos, muito violentos. Conta eles, os volantes (pagos pelo governo). João Calango, Virgulino Ferreira (Lampião) são exemplos de líderes cangaceiros.

3.2. Nas cidades.

3.2.1. Reformas sanitárias, de abastecimento e transporte passaram a ocorrer. Na capital, isso significou desapropriação, demolição e nenhum tipo de indenização. "Civilizar" a cidade tinha um preço. Presidente Rodrigues Alves inicia a reforma.

3.2.2. A Revolta da Vacina (1904)

3.2.2.1. Modernização e saneamento do presidente Rodrigues Alves com o médico sanitarista Oswaldo Cruz como diretor de Saúde Pública. Vacinação obrigatória.

3.2.3. A Revolta da Chibata (1910)

3.2.3.1. O estopim foi a punição costumeira aos marujos negros. Um deles sentenciado a 250 chibatadas. Resultado: 2300 marinheiros revoltados e liderados por João Cândido e Francisco Dias Martins. Tomam-se os navios de guerra e ameaçam bombardearem a capital.

3.2.3.2. Governo faz o acordo mas não atende as exigências, culminando em uma nova revolta. Presos, torturados, deportados, muitos mortos foram os resultados para os revoltosos.

3.2.4. Organização Operária.

3.2.4.1. Contextos dos trabalhadores urbanos: péssimas condições de higiene, baixos salários, alta carga horária, sem descanso semanal, férias ou aposentadoria.

3.2.4.2. Imigrantes já possuíam experiências de lutas sindicais na Europa. 1907 uma greve surge exigindo 8 horas diárias. Dez anos depois, outra greve ocorre.

4. Brasil dos anos 20

4.1. Crise da República Oligárquica

4.1.1. Queda nos preços do café.

4.1.2. Os últimos presidentes da República Velha/Oligárquica.

4.1.3. Crescimento das cidades e da desigualdade. Cresce também setores que se opunham às oligarquias: trabalhadores organizados, classe média urbana e parte das Forças Armadas.

4.1.3.1. Burguesia industrial, classe média urbana e o operariado. Imigrantes trazem novas ideias da Europa Partido Comunista do Brasil - 1922 (PCB) e o Partido Democrático 1926 (PD).

4.1.3.1.1. Semana da Arte Moderna juntamente com a comemoração do Centenário da Independência marcam a influência do modernismo na cultura brasileira. Há uma valorização da arte nacional e grandes nomes aparecem: Mário de Andrade, Heitor Vilas Lobos, Oswald de Andrade e Tarsilia do Amaral.

4.1.4. Com a efervescência urbana, greves, protestos e outras manifestações são resultados da política oligárquica. Greve em SP (1917): reivindicavam melhores salários, 8hs diária, abolição do trabalho infantil e outros. Ideais marxistas e anarquistas que vieram da Europa.

4.1.5. Primeira Guerra Mundial obriga a substituição de importações acelerando processos de industrialização, urbanização no país. Gripe Espanhola no Brasil (1918-19) com 35 mil mortos.

4.1.6. O Movimento Tenentista

4.1.6.1. 1923 - Revolução Gaúcha. Governador Borges de Medeiros se opunha ao então eleito presidente, Arthur Bernardes, foi eleito pela 5ª vez no Rio Grande do Sul. Guerra civil: borgistas (ximangos) x federalistas (maragatos).

4.1.6.2. 1922 - Os 18 do Forte, um levante no Rio de Janeiro aumentou a repressão do governo.

4.1.6.3. 1924 ocorre uma revolta de tenentes em São Paulo, liderada pelo general reformado Isidoro Diaz Lopes. O governo de Arthur Bernardes reage.

4.1.6.4. Com as forças do governo sufocando o movimento, 6 mil soldados se movimentam para o sul (Foz do Iguaçu) formando assim a Coluna Prestes. Marcharam 25 mil km, buscando apoio às causas (voto secreto, educação pública, oposição à República Oligárquica).

4.2. Cultura urbana em transformação.

4.2.1. 1922 - Centenário da Independência do Brasil foi comemorado com a Exposição Internacional. Chegada do rádio.

4.2.2. 1922 - Realiza-se a Semana da Arte Moderna. Inovação, valorização da cultura nacional sob forte influência do modernismo europeu.

4.3. A Revolução de 1930

4.3.1. Com as crises, os Partidos Republicanos (Minas e SP) Washington Luís assume a presidência com promessas de campanha que não cumpre. Cria a Lei Celerada (1927). Crise de 1929. Apoio ao candidato paulista Júlio Prestes, rompendo com a política "café com leite".

4.3.2. Minas Gerais entram em uma coalizão: a Aliança Liberal com apoio dos movimentos tenentistas, da Paraíba com João Pessoa como vice de Getúlio Vargas.

4.3.2.1. João Pessoa.

4.3.3. Júlio Prestes vence (voto de cabresto e outras fraudes). Entretanto, na Paraíba, João Pessoa foi assassinado, provocando um movimento político-militar: a Revolução de 1930. Washington Luís é deposto com Vargas (24 de outubro) assumindo a Junta Pacificadora pondo fim a República Velha e dando início a Era Vargas.