FARMACOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL

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FARMACOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL por Mind Map: FARMACOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL

1. Atuam no tronco encefálico que é o local de entrada afrente das vias periféricas, este funciona como distribuidor de sinais para o sistema superior

2. Fármacos que atual no sistema nervoso central incluem:

2.1. Antipsicóticos;

2.1.1. Os fármacos disponíveis são classificados como antipsicóticos típicos, atípicos e os fármacos estabilizadores do humor, sendo os últimos indicados, principalmente, no tratamento da mania ou transtorno bipolar.

2.1.1.1. Antipsicóticos típicos

2.1.1.1.1. Induzem o efeito farmacológico pelo antagonismo dos receptores D2 pós-sinápticos no prosencéfalo. O tratamento crônico com esses fármacos requer cuidado devido à extensão de efeitos colaterais observados.

2.1.1.1.2. A principal característica dos antipsicóticos típicos é a capacidade de induzir sintomas extrapiramidais, relacionado ao bloqueio dopaminérgico, e é mais proeminente com o haloperidol.

2.1.1.1.3. Os principais efeitos adversos neurológicos agudos são acatisia (incapacidade em se manter parado), parkinsonismo e distonia, que diminuem ou desaparecem com a redução da dose.

2.1.1.2. Antipsicóticos atípicos

2.1.1.2.1. Os antipsicóticos atípicos ou de segunda geração promovem antagonismo D2 com menor potência, mas têm a capacidade em interagir com outros receptores, variando muito entre os fármacos dessa classe.

2.1.1.2.2. Os efeitos adversos mais comuns entre os antipsicóticos atípicos incluem ganho de peso, hiperlipidemia, hiperglicemia e indução de diabetes mellitus tipo 2 e moderada hiperprolactinemia.

2.1.1.3. Estabilizadores de humor

2.1.1.3.1. A mania, doença maníaco-depressiva ou transtorno bipolar corresponde a uma desordem comportamental que causa mudanças incomuns no humor, energia, níveis de atividade e a capacidade de realizar tarefas diárias.

2.1.1.3.2. Diuréticos tiazídicos, como hidroclorotiazida e, em menor extensão espironolactona, amilorida e furosemida, reduzem a depuração do Li+

2.1.1.3.3. A toxicidade do Li+ é aumentada com haloperidol, inibidores seletivos da recaptação de serotonina e anticonvulsivantes, assim como a incidência de sintomas extrapiramidais com antipsicóticos.

2.2. Ansiolíticos;

2.2.1. A ansiedade é um estado emocional resultado de experiências vivenciadas, mas passa a um grau patológico quando desproporcional ou quando não existe um objeto específico ao qual se direcione.

2.2.2. Os principais fármacos utilizados com esses propósitos são os benzodiazepícos, barbitúricos e compostos “Z”, todos atuando em nível do receptor GABAA.

2.2.2.1. A ativação desse receptor pelo GABA promove a abertura do poro de um canal para Cl-, induzindo um influxo desse íon para os neurônios com consequente redução da excitabilidade por hiperpolarização da membrana neuronal

2.2.2.2. Benzodiazepínicos

2.2.2.2.1. Todos os benzodiazepínicos atuam como moduladores alostéricos do GABA, aumentando a afinidade desse neurotransmissor pelo receptor GABAA, intensificando o influxo de Cl- para os neurônios.

2.2.2.2.2. Os principais efeitos colaterais dos benzodiazepínicos são fraqueza, visão borrada, vertigem, desconfortos intestinais, sonolência, prejuízo às habilidades psicomotoras, comprometimento cognitivos, hipotonia e aumento do risco de fratura

2.2.2.3. Barbitúricos

2.2.2.3.1. Os fármacos barbitúricos intensificam a ligação do GABA aos receptores GABAA, aumentando os períodos durante os quais esse canal fica aberto. O resultado dessas características é a depressão em todos os graus do SNC.

2.2.2.3.2. O efeito hipnótico desses fármacos é semelhante aos benzodiazepínicos, com diminuição da latência, aumento do tempo total de sono e redução do tempo do sono REM.

2.2.2.3.3. Desenvolvem rápida tolerância e ao baixo índice terapêutico, podendo provocar intoxicação grave em casos de overdose com risco de morte por depressão respiratória.

2.2.2.4. Compostos “z”

2.2.2.4.1. Os compostos “Z”, que compreendem zolpidem, zaleplona e zopiclona, atuam acentuando a corrente de Cl- pelo receptor GABAA, com maior seletividade aos que possuem a subunidade α1.

2.2.2.4.2. Os efeitos adversos eventos mais comuns desse fármaco incluem alterações gastrintestinais, dores de cabeça, desinibição e efeitos potenciais sobre a maioria das funções do SNC.

2.2.2.4.3. A zaleplona tem afinidade similar do zolpidem pelos receptores GABAA, mas tem duração de ação mais curta. É contraindicada em pacientes com insuficiência renal, hepática e respiratória, síndrome da apneia do sono e miastenia grave é

2.3. Antidepressivos;

2.3.1. Principais classes de fármacos antidepressivos são os inibidores da monoamino-oxidase, antidepressivos tricíclicos e inibidores seletivos da recaptação de serotonina

2.3.1.1. Inibidores da monoamino-oxidase (IMAO)

2.3.1.2. Existem duas isoformas da MAO, sendo que a MAO-A catalisa a degradação da serotonina enquanto a MAO-B apresenta maior seletividade por benzilaminas e 2-feniletilaminas.

2.3.1.3. Fármacos que inibem a MAO-A mostram-se eficaz como antidepressivos, mas os inibidores seletivos da MAO-B não; estes são utilizados para tratar a doença de Parkinson

2.3.1.4. Após liberação na fenda sináptica, os neurotransmissores são recaptados por transportadores de membrana e, no neurônio pré-sináptico, sofre a ação da MAO, cuja função é controlar a quantidade de monoaminas no terminal axônico.

2.3.1.5. O principal efeito adverso observado é a hipotensão, levando a diminuição do tônus simpático e consequente redução da pressão arterial sistêmica

2.3.1.6. Antidepressivos tricíclicos (ADT)

2.3.1.6.1. a maioria dos ADT atuam como antagonistas de receptores pós-sinápticos H1, α1-adrenérgico e muscarínicos

2.3.1.6.2. Os ADT também interferem na ação de muitos fármacos anti-hipertensivos. Devido à potencialização das aminas simpaticomiméticas pelos ADT

2.3.1.6.3. Utilizados para tratar outras complicações além da depressão, como dor neuropática, enxaqueca, transtorno obsessivo compulsivo, transtorno do déficit de atenção com hiperatividade, vômitos, insônia, etc

2.3.1.7. Inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS)

2.3.1.7.1. Os ISRS, na maioria dos casos são a primeira escolha para no tratamento da depressão maior, principalmente pela melhora na margem de segurança quando se compara com os ADT e IMAO.

2.3.1.7.2. Como esses fármacos não bloqueiam os receptores H1, α1-adrenérgico e muscarínicos, os efeitos indesejados são menos intensos e favorecem a adesão do paciente.

2.3.1.7.3. Outras indicações também ocorrem para os ISRS, incluindo o tratamento da ansiedade generalizada, síndrome do pânico, transtorno obsessivo compulsivo e desordens alimentares.

2.3.1.7.4. Os efeitos colaterais mais comuns do ISRS são distúrbios gastrintestinais, ansiedade, disfunção sexual, prejuízo da cognição, possibilidade em desenvolver síndrome serotonínica e ideação suicida.

2.4. Anticonvulsivantes.

2.4.1. A epilepsia corresponde a uma enfermidade crônica caracterizada por episódios convulsivos recorrentes, gerado por uma descarga paroxística, hipersincrônica, excessiva e descontrolada de um grande número de neurônios

2.4.2. O tratamento farmacológico tem como base a inibição da despolarização neuronal anômala por meio da potencialização da ação do GABA ou inibição da função dos canais para Na+ ou Ca2+.

2.4.3. Os efeitos indesejados do uso crônico da carbamazepina incluem sonolência, vertigem, ataxia, diplopia, visão borrada e redução da concentração plasmática de Na+.

2.4.4. A fenitoína possui efeito anticonvulsivante sem causar depressão do SNC. Os efeitos adversos mais comuns ocorrem em pacientes idosos, como arritmias cardíacas e hipotensão

2.4.5. O ácido valproico é o anticonvulsivante mais utilizado por possuir amplo espectro de ação em todos os tipos de convulsões.

2.4.6. A ação desse fármaco é atribuída a acentuada inativação dos canais para Na+ sensíveis a voltagem, redução das correntes de Ca2+ tipo T e alteração do metabolismo do GABA.

2.4.7. As principais reações adversas envolvem desconfortos gastrintestinais e elevação das transaminases hepáticas.

2.5. Antiparkisonianos

2.5.1. Os sintomas da doença de Parkinson surgem quando há uma redução da ativação dos receptores pós-sinápticos para dopamina D1 e D2.

2.5.2. Diante disso, a primeira linha da farmacoterapia da doença de Parkinson envolve a recuperação da atividade dopaminérgica, por exemplo, o uso da levodopa ou agonistas dopaminérgicos, e redução da neurotransmissão colinérgica.

2.5.3. Os efeitos adversos mais frequentes incluem anorexia, náuseas, vômitos, arritmias cardíacas, discinesias e em alguns pacientes ataque de glaucoma agudo

3. Os medicamentos vão causar depressão do SNC por meio de receptores GABAégicos

3.1. O GABA é o principal neurotransmissor inibitório do SNC

3.1.1. Ligado ao seu receptor tem a capacidade de abrir os canais de cloreto aumentando a repolarização, bem como bloquear os canais de sódio, cálcio e potássio impedindo a despolarização da membrana

4. Neurotransmissores do SNC

4.1. Colinérgicos : Acetilcolina

4.2. Monoaminas: Epinefrina, dopamina, histamina, norepinefrina e serotonina.

4.3. Aminoácidos: ác.glutâmico, ác. Aspártico, GABA, glicina e taurina.

4.4. Neuropeptídeos: Angiotensina II, glucagônio, neurotensina, opióides endógenos, substância P, ACTH, MSH,VIP.

4.5. Purinas: ATP, adenosina

4.6. Substâncias gasosas: NO, CO

4.7. Outras: Insulina, benzodiazepínicos.