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Transportes por Mind Map: Transportes

1. Quais os conceitos/definições fundamentais?

1.1. Princípios

1.1.1. Economia de distância

1.1.1.1. Diminuição do custo unitário de transporte à medida que a distância aumenta. Custo fixo diluído com o aumento da distância

1.1.2. Economia de escala

1.1.2.1. Custo por unidade de peso diminui conforme aumenta o tamanho da carga transportada

1.2. Modais de transporte

1.2.1. Aéreo

1.2.1.1. Vantagens

1.2.1.1.1. É o transporte mais rápido

1.2.1.1.2. Não necessita embalagens mais resistentes, pois o manuseio é mais cuidadoso

1.2.1.1.3. Aeroportos próximos a centros urbanos

1.2.1.2. Desvantagens

1.2.1.2.1. Alto valor de frete

1.2.1.2.2. Infra-estrutura muito cara

1.2.1.2.3. Capacidade de carga relativamente baixa quando comparada com navios e trens

1.2.1.3. Custos

1.2.1.3.1. Baixo custo fixo com aeronaves e sistemas de cargas e manuseio, mas alto custo variável com combustível, mão-de-obra e manutenção

1.2.2. Ferroviário

1.2.2.1. Vantagens

1.2.2.1.1. Bastante adequado para grandes distâncias e quantidades

1.2.2.1.2. Custos de frete e seguro mais baratos

1.2.2.2. Desvantagens

1.2.2.2.1. Bitolas de diferentes lugares podem ser diferentes, limitando demais o possível percurso

1.2.2.2.2. Menor flexibilidade no trajeto

1.2.2.3. Custos

1.2.2.3.1. Alto custo fixo com equipamentos e terminais, e baixo custo variável

1.2.3. Hidroviário

1.2.3.1. Vantagens

1.2.3.1.1. Capacidade de transportar carregamentos extremamente grandes

1.2.3.1.2. Carrega qualquer tipo de carga

1.2.3.2. Desvantagens

1.2.3.2.1. Necessidade de transporte posterior, quando as cargas saem dos portos

1.2.3.2.2. Menor flexibilidade de serviços por conta dos congestionamentos em portos

1.2.3.2.3. Exige uma embalagem mais resistente

1.2.3.3. Custos

1.2.3.3.1. Custo fixo médio, com navios e equipamentos, e baixo custo variável, já que tem capacidade de transportar grandes quantidades de uma vez

1.2.4. Dutoviário

1.2.4.1. Vantagens

1.2.4.1.1. Alta confiabilidade e poucas interrupções

1.2.4.1.2. Pouco influenciado por fatores externos, como questões metereológicas

1.2.4.2. Desvantagens

1.2.4.2.1. Número muito limitado de serviços e capacidades, não consegue transportar muitos tipos de produtos

1.2.4.3. Custos

1.2.4.3.1. Custo fixo altíssimo (o mais alto dos cinco modais) com direitos de passagem, construção, estações de controle e capacidade de bombeamento. Custo variável, em compensação, é o mais baixo de todos os modais, já que não há custo de mão-de-obra significativo

1.2.5. Rodoviário

1.2.5.1. Vantagens

1.2.5.1.1. Simplicidade e agilidade para entrega de cargas menores e com distâncias mais curtas

1.2.5.1.2. Transporte pode ocorrer de porta a porta

1.2.5.1.3. Facilidade e custo menor para substituição de veículos em caso de quebra ou acidente, comparativamente a outros modais

1.2.5.2. Desvantagens

1.2.5.2.1. Fretes proporcionalmente mais altos

1.2.5.2.2. Menor capacidade de carga entre todos os modais

1.2.5.2.3. Rodoviais em países menos desenvolvidos sofrem com as condições ruins

1.2.5.3. Custos

1.2.5.3.1. Baixo custo fixo, já que as estradas já estão prontas e fornecidas pelo dinheiro público. Custo variável médio, com combustível e manutenção

1.2.6. Tabela de características operacionais

1.2.6.1. Clique na tabela para abrir

1.2.6.1.1. Transporte rodoviário é o melhor comparativamente, dado suas boas classificações em quase todos os quesitos. A única característica operacional em que o transporte rodoviário não é primeiro ou segundo colocado é a de capacidade.

1.2.6.2. Velocidade

1.2.6.2.1. Tempo decorrido na movimentação

1.2.6.3. Confiabilidade

1.2.6.3.1. Variação potencial da programação de entrega esperada ou publicada. Quanto maior a possibilidade de variação, menor a confiabilidade

1.2.6.4. Disponibilidade

1.2.6.4.1. Capacidade de atender a qualquer local

1.2.6.5. Capacidade

1.2.6.5.1. Capacidade de manusear cargas maiores e de qualquer tipo

1.2.6.6. Frequência

1.2.6.6.1. Novo nó

1.3. Participantes

1.3.1. Embarcardor e Destinatário

1.3.1.1. Têm um interesse comum pela entrega dentro do tempo determinado e com o menor custo possível

1.3.2. Transportadora e Agentes

1.3.2.1. No caso em que o transporte é terceirizado, a transportadora busca maximizar a tarifa cobrada ao mesmo tempo em que tenta minimizar os custos associados a este serviço, como sua mão-de-obra e manutenção. Para isso, ela tenta conciliar agendas e horários, de modo a fazer o trajeto mais vantajoso possível, gerando possíveis economias de escala e distância

1.4. Funcionamento

1.4.1. Fatores econômicos

1.4.1.1. Distância

1.4.1.1.1. Quanto maior a distância, menor a taxa em que aumentam os custos associados. Relacionado com a economia de distância e com o princípio da diluição de custos

1.4.1.2. Peso

1.4.1.2.1. Também relacionado com a economia de escala. Custo do transporte por unidade de peso diminui à media em que aumenta o tamanho da carga

1.4.1.3. Densidade

1.4.1.3.1. Quanto mais denso é o produto, menor é o custo por quilo por ocupar menos espaço

1.4.1.4. Capacidade de acondicionamento

1.4.1.4.1. Refere-se às dimensões do produto. Embalagens de formatos estranhos, por exemplo, podem não encaixar bem com outros produtos. Se a capacidade de acondicionamento de determinado produto for muito baixa, a tendência é que o custo aumente

1.4.1.5. Manuseio

1.4.1.5.1. Quanto mais difícil for o manuseio da carga, seja pela fragilidade ou pela necessidade de equipamentos especiais, maior é o custo

1.4.1.6. Riscos

1.4.1.6.1. Diz respeito às características de produtos que possam resultar em danos. Apólices de seguros podem amenizar esses problemas e reduzir os custos

1.4.1.7. Mercado

1.4.1.7.1. Fatores do mercado, como volume e equilíbrio das rotas, também influenciam o custo do transporte. Se o caminhão volta vazio, por exemplo, os custos aumentam muito. Por isso, busca-se a conciliação de rotas e uma estratégia de backhauling, que traz uma carga de retorno para diluir os custos

1.4.2. Backhauling

1.4.2.1. Consiste na estratégia de utilizar o caminhão que volta de um transporte para carregamento de outros produtos, evitando que ele volte vazio e causando uma diluição de custos e uma menor emissão de poluentes na atmosfera

1.4.2.2. Casos de sucesso

1.4.2.2.1. UNILEVER

2. Fontes

2.1. BOWERSOX, Donald J.; GONÇALVES, Paulo Sérgio; BELHASSOF, Cláudia Mello (Rev.) (Trad.). Gestão da cadeia de suprimentos e logística. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007

2.2. http://www.fiesp.com.br/infra-estrutura/pdf/modais-transporte.pdf

2.3. http://www.unilever.com.br/Images/Cartilha%20Meio%20Ambiente_tcm95-194141.pdf

2.4. http://www.transportabrasil.com.br/2012/04/regiao-norte-representa-desafio-logistico-para-o-transportador/

2.5. http://www.transportabrasil.com.br/2012/05/brasil-um-pais-sem-logistica/

2.6. Slides de aula de Gestão da Cadeia de Suprimentos

3. Qual a importância dessa área de transportes para as empresas?

3.1. É uma atividade fundamental na logística das empresas porque movimenta os produtos através dos diversos estágios de produção, até a chegada ao consumidor

3.1.1. Terceirização: vantagens

3.1.1.1. Serviço tende a ser mais especializado

3.1.1.1.1. Know how e especialização na área tendem a reduzir o custo do processo

3.1.1.2. Disciplina de mercado: empresa que presta serviços tem incentivos mais reais a realizar um bom trabalho, pois tem este serviço como o seu principal

3.1.1.3. http://blog.lmtransportes.com.br/terceirizacao-de-frotas-como-vantagem-competitiva

3.1.2. Estrutura de transportes própria: vantagens

3.1.2.1. Coordenação maior e mais efetiva com o core business da empresa

3.1.2.1.1. Numa área que necessita de total planejamento, se a estrutura for própria da empresa há uma facilidade maior em conectar o negócio com os tranportes

3.1.2.2. Maior liberdade e customização do serviço para o cliente

3.1.2.3. Menor vazamento de informações estratégicas

3.1.3. Entregar o produto dentro do prazo acordado, priorizando uma entrega rápida se for do desejo do cliente, contendo todos os produtos do pedido (On-time, In-full)

4. Reportagens e exercícios

4.1. Região Norte representa desafio logístico para o tranportador

4.1.1. http://www.transportabrasil.com.br/2012/04/regiao-norte-representa-desafio-logistico-para-o-transportador/

4.2. Brasil: Um país sem logística?

4.2.1. http://www.transportabrasil.com.br/2012/05/brasil-um-pais-sem-logistica/

4.3. Infra estrutura de transportes e as rodovias no Brasil

4.3.1. http://www.totalqualidade.com.br/2010/10/infra-estrutura-de-transportes-e-as.html

4.4. Bowersox - Por que a quantidade de milhas de ferrovias diminuiu durante um período de crescimento nacional?

4.4.1. Este fato é explicado principalmente por dois motivos: no período de construção das ferrovias brasileiras, o país recebia bitolas de vários países no mundo que já estavam se desfazendo de suas ferrovias, fazendo com que a malha ferroviária não tivesse um padrão definido e impedindo que longos trajetos fossem praticados. Adiciona-se a isso o fato de que quando Juscelino Kubitschek assumiu, a indústria automobilística vinha exercendo forte influência no país, sendo inclusive uma oportunidade de crescimento. Para a construção de rodovias, então, foram deixadas de lado as ferrovias, que perderam espaço durante esse período de crescimento nacional.

4.5. Bowersox - Por que o transporte de cargas por transportadoras rodoviárias é o método de embarque de produtos mais usado?

4.5.1. O transporte rodoviário tem muitas vantagens e é, talvez, o melhor dos 5 modais comparativamente (ver tabela). Dentre essas vantagens encontra-se a simplicidade, o custo reduzido de manutenção e mão-de-obra quando comparado a outros, e a possibilidade de realizar um transporte de "porta a porta". No caso do Brasil, esse modal é extensivamente utilizado (cerca de 60% dos transportes), mas ainda sofre com as condições ruins e falta de segurança das rodovias brasileiras em geral.

4.6. Bowersox - Descreva os cinco modais de transportes, identificando a característica mais significativa de cada um.

4.6.1. Uma análise minuciosa foi feita para cada um dos cinco modais, incluindo vantagens, desvantagens e estrutura de custos, na parte de conceitos

4.7. Bowersox - Qual é a justificativa econômica para o rápido crescimento dos serviços de entrega especializada?

4.7.1. Este fato tem forte relação com a discussão feita sobre integração vertical e terceirização, na parte de relação com outras matérias e importância para a empresa. Sendo a entrega dentro do prazo um fator muito importante para a satisfação do cliente, muitas empresas preferiram terceirizar esta parte do processo (transporte e entrega), para focar em seu core business. Desta maneira, a empresa se dedica totalmente ao preenchimento do pedido completo (In full), e a entrega especializada dá conta do "on time". Isso faz com que a satisfação do cliente aumente, refletindo positivamente nas receitas potencias, além de haver um corte de gastos quando a companhia terceiriza para alguma empresa especializada, o que é menos custoso.

5. Como podemos relacionar este tema com outros temas da matéria de logística?

5.1. MRP II

5.1.1. MRP

5.1.1.1. Estrutura do Produto/Portfólio: A estrutura do produto influência no transporte de forma que, dependendo da forma, peso e densidade do produto que o modal de transporte será escolhido. Tais fatores também têm influência direta no preço da transportação. Já o portfólio também influencia pois, no caso de muitos produtos com formas, pesos e densidades diferentes, mais complicado fica o transporte, fazendo com que, por exemplo, um caminhão usado para transporte do produto A não possa ser utilizado para transporte do produto B.

5.1.1.2. Estoques

5.1.1.2.1. Localização: A decisão dos locais em que os estoques da empresa serão estabelecidos está diretamente ligado ao transporte dos mesmos até seu local final, seja de produtos acabados ou materiais em transferência. Isto ocorre para que possa haver uma maior sinergia entre os departamentos e, conseqüentemente, uma minimização de custos. Exemplo: para se realizar backhauling, é necessário que os estoques fiquem na própria fábrica ou próximo a ela, de forma que, assim, torna-se possível o cliente voltar a fábrica com matérias primas do fornecedor e saia com produtos acabados em direção ao cliente, minimizando o tempo em que os caminhões estarão vazios.

5.1.1.2.2. Estoque de Pipeline: O estoque de pipeline é baseado nos produtos que estarão em transporte

5.1.1.3. Cadastro dos itens e seus atributos

5.1.1.3.1. Tempo de ressarcimento: O tempo de ressarcimento depende diretamente do transporte, de forma que, por exemplo, no caso de matérias primas para uma fábrica, o tempo de transporte do fornecedor até a fábrica influencia diretamente no lead time deste pedido, influenciando na escolha de quando este deva ser realizado.

5.1.2. Cadastro dos centros produtivos e seus atributos

5.1.3. Roteiros de produção e tempos associados

5.2. Desenho da malha e linhas de transporte

5.2.1. O custo dos transportes afeta diretamente o design a ser feito da rede. Por exemplo, para se definir se deve-se ter mais rotas e menos centros de distribuição ou o contrário, leva-se em contra quanto custa para se ter um número x de rotas e um número x de centros de distribuição, escolhendo-se pela opção mais barata, seja ela com mais rotas ou com mais centros de distribuição. O "cadastro dos centros produtivos e de seus atributos", "os roteiros de produção e tempos associados" e o "cadastro dos itens e seus atributos", informações utilizadas em MRP II, todas ajudam para formar a malha de transportes, com informações como a de quais produtos podem ser transportados em quais caminhões. Dessa forma, ajudam a formar a base de cálculo para saber qual será a malha mas vantajosa para a empresa, ou seja, a menos custosa.

5.3. Transportes no Ciclo do Pedido

5.3.1. Conseguimos relacionar o ciclo do pedido com transportes diretamente em dois pontos: na separação e carregamento (o planejamento do transporte: quantos modos de transporte, quantos veículos, para onde e o que e em qual quantidade deve ser enviado) e na entrega do produto (o transporte propriamente dito).

5.4. Vídeo que relaciona transportes com outros temos de logística: http://www.youtube.com/watch?v=-ZpHiMTwOdM

6. Como podemos relacionar este tema com outras disciplinas estudadas?

6.1. Estratégia Competitiva e Corporativa

6.1.1. Custos de transporte determinam entre outras coisas se uma empresa obterá alguma vantagem competitiva sobre os concorrentes geográficos.

6.1.2. Uma empresa que é capaz de reduzir os custos de transporte como percentual dos custos total, terá uma vantagem sobre as outras no quesito de exportação e vendas para clientes distantes.

6.1.3. Para obter tal vantagem as empresas ponderam integrar verticalmente a operação de transportes. Nesse caso, a frota própria traz economias quando há escala suficiente. Vale lembrar que existem desvantagens também como toda parte de planejamento e execução da área de transporte.

6.1.3.1. Vantagens e desvantagens da integração vertical ou terceirização discutidas na importância do tema para a matéria

6.1.4. Vale considerar que para muitas empresas transportação não faz parte do "core business". Logo transformar essa etapa em centro de lucro não é trivial, ex. Caso Frito-Lay

6.1.5. Além da vantagem de custo as empresas também tem ganhos estratégicos. O exemplo da Zara que precisa de um lead-time baixo para poder manter a sua estratégia de "fast-follower" no ramo da moda é fundamental um planejamento de transportes avançado.

6.2. Pesquisa Operacional

6.2.1. Em Pesquisa Operacional determinamos um caminho crítico que em tese minimiza os custos.

6.2.2. Porém a malha de transporte, e os custos atribuídos a cada modal, afeta diretamente o resultado do melhor caminho.

6.3. Gestão de Operações e Sistemas

6.3.1. A falta de uma estrutura de transporte eficiente pode se tornar em gargalo de sua operação.

6.3.2. A empresa pode remediar esse gargalo contratando mais caminhões ou outros modais de transporte mais rápidos, porém, isso acarreta em custos mais altos e desvantagens competitivas para ela.