1. Teoria Neoclássica
1.1. Indivíduo livre do constrangimento na decisão de emigrar
1.1.1. Desconsidera fronteiras políticas que cortam essa liberdade
1.2. Indivíduos mais pobres e com menores condições são os que emigram
1.2.1. Sendo que apenas os com certa condição financeira conseguem custear a saída
1.3. O indivíduo é racional, analisando os custos e ganhos, tomando sua decisão após essa análise
1.3.1. Ignora o que condiciona o ser racional, podendo não ser racionalidade individual, mas sim coletiva
1.4. Informação relativa às condições salariais ou às condições de vida no país de destino de forma não problemática
1.4.1. Há apenas em algumas formas de emigração
1.5. Baseia sua análise no mercado de trabalho, o qual determina as migrações
1.5.1. Despreza as outras possibilidades
2. Teoria dos Mercados Segmentados
2.1. Mercado de trabalho segmentado em dois níveis: primário (qualificado) e secundário (desqualificado)
2.1.1. As características pessoais dos trabalhadores determinam em qual mercado serão alocadas
2.1.1.1. Imigração como resposta positiva à escassez do fator trabalho
2.2. O fator trabalho nas sociedades de acolhimento é a causa determinante das migrações
2.2.1. Imigrantes encaminhados para o segmento secundário
2.2.2. Trabalhador local recusa essa área, possibilitando a entrada do emigrante no mercado de trabalho
2.2.2.1. Não recusa por altruísmo, ele não quer ser de uma área considerada inferior às demais
2.3. Se encaixa nas abordagens estruturais que determinam o início dos movimentos migratórios
2.3.1. Importância das questões estruturais da economia como motivo das migrações, sem o fator racional dos indivíduos
2.3.2. Os Estados possuem um papel ativo no processo de recrutamento de imigrantes
2.4. Não existe imigração sem uma procura económica específica
3. Teoria do Sistema-Mundo
3.1. Tudo e todos estão incluídos, ainda que de formas e em condições distintas
3.1.1. países encontram-se em condições diferenciadas por fatores políticos, econômicos, estruturais, etc
3.2. Sistema-mundo dividido em centro, semiperiferia e periferia
3.2.1. centro é composto por países poderosos
3.2.1.1. centro domina a periferia
3.2.2. A periferia é o oposto do centro
3.2.3. A semiperiferia é o meio termo, possui características de ambos
3.2.3.1. participa das riquezas do centro, mas não recebe a possibilidade nem incentivo para adquirir poder político, militar, etc
3.2.3.2. É o “atenuador de tensões” entre o centro e a periferia
3.3. Os fluxos migratórios estão associados a dinâmicas estruturais do sistema na sua totalidade
3.3.1. Um dos traços distintivos desse sistema é a existência de um mercado de trabalho global, onde a mercadorização do trabalho humano atravessa as fronteiras nacionais
3.3.1.1. Migração internacional é uma consequência natural da formação e desenvolvimento mundial do mercado capitalista”
3.3.2. sistema capitalista penetra nas sociedades periféricas, provocando um excesso de mão de obra relativamente às necessidades produtivas das periferias
3.3.2.1. Criando a necessidade de migrações
3.4. Migrações internacionais estão intimamente relacionadas com o passado colonial
3.4.1. através, além das colonizações neoclássicas, das reminiscências de afinidades culturais e linguísticas
3.4.1.1. Forma específicos mercados transnacionais e sistemas culturais
3.5. Enxerga o migrante como um agente passivo de satisfação dos requisitos de desenvolvimento do capitalismo mundial
3.5.1. Sem capacidade de decisão sobre o seu percurso migratório
3.5.2. Contudo, algumas migrações não seguem esse percurso
4. Teoria dos Sistemas Migratórios
4.1. Países afins estabelecem entre si um sistema de trocas variadas, onde os movimentos migratórios estão incluídos
4.1.1. Afinidade resulta da partilha de elementos culturais e acontecimentos históricos
4.1.2. Fluxos migratórios caracterizam-se pela estabilidade, com tendência a crescerem com o passar do tempo
4.2. Diversas ligações aproximam esses países, fluxos migratórios ocorrem em paralelo com outros fluxos (cultural, político, comercial, entre outros)
4.2.1. Proximidade geográfica não necessária
4.2.2. As relações não precisam ser harmoniosas, podem ser tensas e conflituosas
4.2.3. Exclusividade na pertença dos países a um determinado sistema também não é necessária
4.3. Os fluxos migratórios são acompanhados pela mobilidade de capitais, cultura, matérias-primas, entre outros elementos.
4.3.1. Essas são características específicas que resultam da relação entre os países que compõe algum sistema