Nutrição nos primeiros 1000 dias

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Nutrição nos primeiros 1000 dias por Mind Map: Nutrição nos primeiros 1000 dias

1. Primeiro período: 270 dias da gestação

1.1. Alimentação Materna

1.1.1. Excesso

1.1.1.1. ⬆︎Peso da gestante ⬆︎cesáreas ⬆︎DMG ⬆︎pré-eclâmpsia ⬆︎resultados perinatais desfavoráveis (ANDRETO, 2006).

1.1.2. Escassez

1.1.2.1. - Risco para sobrepeso maior nos dois 1°s semestres (Ravelli et al., 1976; BALABAN e SILVA, 2004)

1.1.3. Destaque para os Ácidos Graxos Essenciais: - ARA, DHA e outros AGPI-CL

1.1.3.1. Benefícios: - Desenvolvimento cerebral e a acuidade visual do feto - Determinante no tempo de gestação - Prevenção de sintomas depressivos da gestante - Diminuição da resposta inflamatória na criança - Prevenção de enfermidades cardiovasculares, câncer de cólon e doenças imunológicas. (COLETTA, BELL e ROMAN, 2010)

1.1.3.1.1. Atum, salmão e arenque são boas fontes nutricionais. Entretanto, é necessária a suplementação (200mg/dia, especialmente nos 2 últimos trimestres) de DHA. (CARLSON et al., 2013

1.1.4. Consumo de ácidos graxos trans (AGT)

1.1.4.1. ⬆︎Inflamação sistêmica ⬆︎trombogênese ↓função endotelial = ⬆︎risco cardiovascular.

1.1.4.2. São transferidos da mãe para o feto (CRAIG-SCHMIDT, 2001).

1.1.4.2.1. Podem afetar o crescimento intra-uterino devido à inibição do metabolismo dos AGE, pelas enzimas desnaturases, levando a inibição da biossíntese dos AGPI-CL (TINOCO et al. 2007).

2. Segundo período: 730 dias após nascimento

2.1. Aleitamento materno

2.1.1. Benefícios: - Desenvolvimento do sistema estomatognático, - Melhora a resposta motora e cognição, - Auxilia no crescimento, - Contribui para o desenvolvimento do sistema imunológico, cerebral e maturação do sistema digestório, bem como para uma formação do repertório alimentar das crianças, no qual aquelas que o consomem possuem maior e mais vasto do que as que não o consomem ou consomem de maneira insuficiente (KERZNER et al., 2015), - Previne a obesidade (ANGELIN, FERREIRA e KROTH,2015; GILLMAN et al., 2001) e resistência insulínica (Manco et al., 2011; Davis et al., 2013), - Pode também alterar o número e/ou tamanho dos adipócitos ou ainda induzir o fenômeno de diferenciação metabólica, implicando no processo de imprinting metabólico, - Também se relaciona à uma microbiota intestinal benéfica (PENDERS et al., 2006).

2.1.1.1. Alguns hormônios que compõem o LMH: - Leptina promove saciedade precoce e pode influenciar a programação da regulação do balanço energético (MCMILLEN, ADAM e MÜHLHÄUSLER, 2005); - Adiponectina reduz riscos de acúmulo excessivo de gordura corporal e suas comorbidades, como resistência insulínica, inflamação e aterogênese; - Resistina - há indícios de que possa desempenhar papel no crescimento fetal e na regulação do apetite e metabolismo em crianças; - Obestatina exerce possível efeito anorexígeno, reduzindo a ingestão alimentar e o ganho de peso (SAVINO et al., 2009) e pode atuar como um fator de crescimento nas ilhotas pancreáticas e na manutenção da massa das células β-pancreáticas, tendo importância sobre a função endócrina e sobre a glicemia (SEIM et al., 2011).

2.2. Fórmulas infantis e relação com a adiposidade

2.2.1. ⬆︎ do consumo energético infantil em 15-20%.

2.2.1.1. ⬆︎ de oferta protéica pode estimular a secreção de insulina e IGF-1 o que ⬆︎ a atividade adipogênica e a diferenciação de adipócitos (FERREIRA et al., 2010).

2.3. Alimentação complementar e recomendações nutricionais

2.3.1. - Deve ser variada, composta por alimentos ricos em energia e micronutrientes, ↓ teores de açúcar, sal e condimentos, de fácil consumo e boa aceitação pela criança, em quantidade apropriada, fáceis de preparar a partir dos alimentos da família e com custo acessível (WHO, 2000; BRASIL, 2002).

2.3.1.1. - Introdução gradual, um alimento de cada vez, a cada 3 a 7 dias. - Em média, a criança precisa ser exposta a um novo alimento de oito a dez vezes para que o aceite bem (MARQUES et al., 2013). - Crianças amamentadas podem aceitar mais facilmente novos alimentos, pois através do LH, a criança é exposta precocemente a diversos sabores e aromas, que variam de acordo com a dieta materna (SCHINCAGLIA et al., 2015).

2.3.2. Recomendações Nutricionais: (HENRIQUES e COZZOLINO, 2007; CAETANO, 2010; BENEVIDES et al., 2011; CHEMIN e MURA, 2013; IOM, 2014; CARVALHO et al., 2015)

2.3.2.1. - Energia: 0,6-0,8kcal/g dos 6 aos 8 meses 1-1,2kcal/g dos 12 aos 23 meses;

2.3.2.2. - Densidade protéica: 5-24 meses: 0,7g/100kcal;

2.3.2.3. - Lipídeos: 30 a 45% do VET sendo: 4 a 10% de n-6 1 a 2% de n-3 >10% de gordura saturada >300mg/dia de colesterol >2% de gordura trans.

2.3.2.4. - Ferro: 6-8 meses: 4mg/100kcal 9-11 meses: 2,4mg/100kcal 12-24 meses: 0,8mg/100kca

2.3.2.5. Vit. A: Até 6 meses: 400µg/dia 7-12 meses: 500µg/dia

2.3.2.6. Vit. D: Até 12 meses: 5µg/dia