Geografia - Pág 222 até 265

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1. Mundo Subdesenvolvido

1.1. O mundo subdesenvolvido é composto de mais de 150 nações onde vive mais de 75% da população do planeta.

1.1.1. Delimitações do Mundo subdesenvolvido

1.1.1.1. O conceito surgiu com a descolonização afro-asiática após a Segunda Guerra Mundial. Com a consolidação da Segunda Revolução Industrial, as diferencias sociais e econômicas entre as nações se acentuavam ainda mais, pois as nações capitalista avançadas passavam por uma arrancada de desenvolvimento. Actualmente a disparidade continua elevada, o grupo mais rico tem uma renda per capita media cerca de 12 vezes maior que o grupo mais pobre.

1.1.1.2. PIB-PPC: leva em conta o poder de compra do dólar em diferentes economias; é uma forma de taxa de câmbio que permite comprar com maior precisão o real poder de compra de cada país. Os países subdesenvolvidos estão ganhando uma participação crescente no PIB que tende a melhorar a má distribuição mundial de renda.

1.1.2. Origens do Subdesenvolvimento

1.1.2.1. As disparidades entre diferentes grupos sociais se originam nos primórdios das primeiras civilizações. Formação de grandes impérios no vale do rio Nilo, Mesopotâmia, na Índia e na China gerando uma grande desigualdade social. Um estudo mediu o tamanho das habitações humanas, com esses dados foi calculados o índice de Gini, mostrando a desigualdade social. Cerca de mil años depois do desenvolvimento da agricultura, o índice de Gini subiu de 0,2 para 0,4, criando um primeiro patamar de desigualdade social. A evolução técnica da sociedade agrícola, com a criação de animais, originou uma nova organização social, que criou um segundo patamar de desigualdade social.

1.1.2.2. O desenvolvimento e a apropriação das técnicas e tecnologias seriam os principais fatores da desigualdade socioeconômica? Sim. O capital acumulado serviu para a criação e a expansão de novas tecnológias, que culminaram na Revolução Industrial, como seu auge no século XIX.

1.1.2.3. O aumento da produção fez crescer a necessidade de matérias-primas, por isso alguns pides buscaram mais e maiores mercados fornecedores e compradores. Conferencia de Berlim, 1884-85: África e Ásia foram ocupadas pelas nações mais poderosas de Europa. No século XX, o mundo se envolveu em duas guerras mundiais e atravessou crises econômicas. Os Estados Unidos foram o país que mais se beneficiaram dessa situação enquanto nas colônias ganhavam força os movimentos de libertação nacional. Conferência de Bandung, 1955, duas posições. Anticolonialismo: ideias nacionalistas contra todas as formas de dominação internacional. Não alinhamento: originou a expressão TERCEIRO MUNDO, divisão entre primeiro capitalista desenvolvido e segundo socialista.

1.1.3. O Subdesenvolvimento hoje

1.1.3.1. A distância entre ricos e pobres continua aumentando em diversas regiões do mundo. Para mostrar a má condição de vida usamos um análise da parcela da população de cada país que vive abaixo da linha de pobreza, isso pode ser medido pela parcela de população que vive com uma renda inferior a U$1,90 (ppc) por dia. Esse análise é uma das formas de definir a pobreza por meio de um aspecto quantitativo. O desenvolvimento não é apenas uma simples mudança de patamar quantitativo. Ainda se procura um novo sistema de relações internacionais capaz de desenvolver organizações socioeconômicas mais justas.

1.1.4. Classificações dos países subdesenvolvidos

1.1.4.1. Subdesenvolvidos industrializados: Subdivididos em dois grupos, os da substituição das importações e os das plataformas de exportação. Apresentam um elevado grau de complementaridade e integração com os países desenvolvidos e os demais subdesenvolvidos. Sofrem um forte efeito da globalização. Receberam a denominação: países emergentes.

1.1.4.2. Subdesenvolvidos agromineradores: São países que ainda dependem das exportações de produtos agrícolas e/ou minerais. São fornecedores de matérias-primas para os países desenvolvidos e compradores de seus bens manofaturados. Tem baixo poder de compra e sua balança comercial tem déficit. Sofrem efeito negativo de globalização. Alguns deles são favorecidos pelos culpa de elevação do consumo mundial de matérias-primas.

1.1.4.3. Subdesenvolvidos marginalizados: Sem expressão numérica, territorial e populacional. Permanecem muito isolados das relações políticas e econômicas internacionais. São muito pobres e com uma economia voltada para os seus pequenos e pobres mercados internos. Têm grande número de camponeses e extensas áreas com produção de subsistência.

1.1.5. Como medir o subdesenvolvimento

1.1.5.1. O PIB per capita não é adequado para medir o nível de riqueza ou de pobreza dos países porque: - não mostra a distribuição real das riquezas nacionais. - não considera a economia informal. - não serve para comparar países. - não mede o poder real de compra das moedas. O desenvolvimento humano (IDH) introduziu uma análise qualitativa baseada essencialmente na verificação do desenvolvimento humano, análises que envolvem: - saúde; medida pela expetativa de vida. - educação; o acesso ao conhecimento. - renda; o padrão de vida é medido pelo PIB per capita em PPC. Quanto mais próximo de 1, melhor a qualidade de vida, e quanto mais próximo de 0, pior.

1.1.6. Quadro socioeconômico do subdesenvolvimento

1.1.6.1. - Dependência externa, em relação a capital, mercados e tecnologia. - Forte interferência de empresas transnacionais, que controlam os investimentos nesses países e dominam vários setores econômicos. - Desorganização das estruturas econômicas tradicionais, muitas delas voltadas para a subsistência.

1.1.7. Setor primário numeroso

1.1.7.1. A parcela de população trabalhadora no campo vem diminuindo, apenas 31% da População Economicamente Ativa (PEA) mundial. A maior parte día trabalhadores se concentra no setor primário da economia. Há ainda 40 países onde mais da metade dos trabalhadores está no campo. Essas elevadas porcentagens de trabalhadores no campo tornam-se mais expressivas como indicadores de subdesenvolvimento, raramente acima de 5%. A grande parcela de trabalhadores no campi se relaciona a: baixa urbanização, elevada participação do setor primário na formação do PIB, baixa mecanização rural e grande parte da economia organizada na forma de subsistência. Países considerados subdesenvolvidos, reduziram significativamente a parcela de trabalhadores rurais. Isso não significa que os problemas rurais e econômicos desses países foram completamente resolvidos.

1.1.8. A economia de base rural

1.1.9. Em muitos países subdesenvolvidos a economia está baseada na agropecuária, que era a maior parte do PIB. Existen tres formas de produção agrícola distintas: - Subsistência: É realizada em pequeñas propiedades familiares, ficadas nas piores terras de casa pais, utilizando técnicas primitivas e de baixa produtividade. - Plantation: Firma de produção agrícola surgida com a expansão colonial, a partir do século XVI. O objetivo era o comércio de exportação e a obtenção de lucro. Agricultura comercial caracterizada por propiedades muito extensas, trabalho escravi e monocultura. Características: Grandes propiedades, Monoculturas para exportação, Uso de trabalho braçal e Grandes aplicações de capital estrangeiro. - Agroindústria: Só se desenvolve quando o processo de urbanização se expande. O agricultor precisa modernizar sua produção, o que ocorre com o uso de tecnologias rurais. O uso de tecnologias é cada vez maior e não se restringe a máquinas. Grande parte da produção é venida para enormes empresas, transnacionais. Os interesses econômicos do campo estão intimamente associados aos das cidades. Todas essas transformações elevaram a produtividade agrícola, o que se relaciona a chamada Revolução Verde.

1.1.10. Setor secundário crescente

1.1.10.1. Na maior parte dos países subdesenvolvidos não ocorreu desenvolvimento industrial. Os que se industrializaram acabaram ficando dependentes do capital e tecnologia externos. A industrialização desses países ocorreu pela conjugação de duas forças: expansão das empresas transnacionais e a formação de Estados fortes. Ocorreram três grandes ondas de industrialização: 1a onda: Ocorreu durante as duas primeiras Guerras Mundiais, por meio de uma política de substituição das importações. 2da onda: Após a década de 1970, se originou os chamados Tigres Asiáticos. Esses países tinham não de obra abundante, barata, produtiva e pouco reivindicativa. Suas produções voltaram-se, quase que exclusivamente, ao mercado externo. 3ira onda: Desde o início da década de 1990 vem acontecendo uma forte expansão da produção industrial da Índia e da China.

1.1.11. Acelerada queda de crescimento vegetativo

1.1.11.1. O elevado crescimento vegetativo das populações dos países pobres foi apontado como uma das cápsulas do subdesenvolvimento. Isso ocorreu especialmente depois da Segunda Guerra Mundial. Desde a década de 1990 as taxas de natalidade caíram bastante e o crescimento vegetativo diminuiu em praticamente todos os países do mundo. É incomum países com taxas de crescimento vegetativo elevadas.

1.1.12. Problemas de urbanização acelerada

1.1.12.1. Enquanto em alguns países desenvolvidos há elevadíssima urbanização, em muitos países subdesenvolvidos ocorre uma situação oposta. Vem ocorrendo uma intensificação do crescimento das cidades em muitos dos países subdesenvolvidos, com taxas superiores a 7% ao ano. Os fatores podes ser: A manutenção de elevados crescimentos vegetativos e o Êxodo rural. Esse crescimento acelerado deu origem a graves problemas sociais e econômicos nesses países. Algumas cidades se tornarem-se MEGACIDADES. Não há infraestrutura nem capital suficiente para atenderlas necessidades sociais e econômicas originadas por esse contínuo crescimento, o que gera graves problemas de desemprego, falta de moradia, deficiência no saneamento básico, falta de escolas, insuficiente atendimento médico, entre outros. A marginalização social está associada ao nível de renda dos indivíduos. Indivíduos com renda tão baixa, especialmente vivendo em cidades, não conseguem se integrar as sociedades modernas e demás usufruir benefícios. Os problemas dessas cidades são: - Favelas e Cortiços; O maior problema desse crescente favelamento são os baixos investimentos em infraestrutura que os governos dos países pobres podes fazer. Os cortiços são locais de habitação inadequados, onde se acumulam pessoas em espaços exíguos, geralmente em edifícios semiabandonados ou invadidos, quase sempre próximos do centro das cidades. A questão de moradia envolve o problema dos sem-teto. - Menor abandonado: trata-se de uma questão estrutural, sem solução visível no curto prazo. A única forma de combater o problema seria a criação de um programa que garantisse a escolarização e a profissionalização dessas crianças e sua integração ao mercado de trabalho.

1.1.13. A fome

1.1.14. A fome é a mais grave e a mais direta indicação do nível de subdesenvolvimento dos países e aparece sob duas formas: Aguda - leva à morte por inanição e é definida por um critério quantitativo, medido pelo baixo consumo de calorias. Crônica - é também conhecida como subnutrição. É definida por critérios qualitativos tendo a origem em uma alimentação deficiente em proteínas. Entre as Metas do Milênio da ONU, Estava a de “erradicar a pobreza extrema e a fome”, que tinha como objetivo reduzir pela metade, a porcentagem de pessoas com renda inferior de 1 dólar, mas a meta não foi atingida. Já existe no mundo uma produção de alimentos suficientes para todos os seus quase 8 bilhões de habitantes, no entanto, há fome e desnutrição pela baixa renda, desigualdade social, instabilidade política, degradação ambiental, desperdício e especulação. Os mitos em torno das causas da fome no mundo são que o mundo não tem espaço suficiente e que há gente demais para alimentar.

1.1.15. Educação

1.1.15.1. Podemos concluir que 86% dos adultos e 91% dos jovens do mundo são alfabetizados. O grau de marginalização social a que o indivíduo analfabeto está submetido é tanto maior quanto mais sofisticados e exigentes forem os níveis de alfabetização da sociedade da qual ele faz parte. Por isso, tem sido dada maior ênfase ao número de anos de escolaridade da população é menor importância à padécela de analfabetos.

1.1.16. O combate à pobreza

1.1.16.1. Foi aprovada e assinada no ano 2000 a Declaração do Milênio, em que firmou o compromisso de reduzir a pobreza extrema do mundo pela metade até 2015. Eram oito objetivos a serem atingidos, mas nenhum deles foi completamente atingido: 1. Erradicar a extrema pobreza e a fome. 2. atingir o ensino básico universal. 3. Promover a igualdade entre os sexos e o empoderamento das mulheres. 4. Reduzir a mortalidade na infância. 5. Melhorar a saúde materna. 6. Combater o HIV/aids, a malária e outras doenças. 7. Garantir a sustentabilidade ambiental. 8. Establecer uma Parceria Myndual para o Desenvolvimento. Como as metas não foram atingidas, durante a Conferência das Nações Unidas, realizada em junho de 2012, no Río de Janeiro, os delegados estabeleceram novas metas. Surgiram assim os Objetivos de Desencolvimento Sustentável (ODS). 1. Nenhuma pobreza. 2. Nenhuma fome. 3. Boa saúde. 4. Educação de qualidade. 5. Igualdade de gênero. 6. Água limpa e saneamento. 7. Energia moderna a preços acessíveis. 8. Pleno emprego e desenvolvimento econômico. 9. Inovação e boa infraestrutura. 10. Reduzir a desigualdade. 11. Cidades e comunidades sustentáveis. 12. Utilização responsável de recursos. 13. Ações no âmbito do clima. 14. Oceanos sustentáveis. 15. Utilização sustentável dos ecossistemas terrestres. 16. Paz e justiça. 17. Parcerias para o desenvolvimento sustentavel.

2. Africa: Aspectos Naturais

2.1. 30 milhões de quilômetros quadrados. Banhada pelos oceanos Atlântico e Indico e pelos mares Mediterrâneo e vermelho. Grande variedade de paisagens.

2.1.1. Posição Geográfica

2.1.1.1. É cortado por três dos paralelos principais:

2.1.1.1.1. Equador

2.1.1.1.2. Trópicos de Câncer e de Capricórnio

2.1.1.2. Na costa ocidental situa-se o centro geográfico da superfície terrestre, marcado pelo cruzamento do Equador com o Meridiano de Greenwich

2.1.1.3. O litoral tem mais de 27 mil quilômetros de extensão, é relativamente regular e tem poucos recortes e ilhas.

2.1.1.4. Tem uma grande divisão política com maior parte das fronteiras imposta pelos antigos colonizadores europeus.

2.1.2. Pontos de destaque geopolitico:

2.1.2.1. Golfo de Guiné: escoamento de produção das plantations da África Ocidental

2.1.2.2. Estreito de Gibraltar: Mede 15 quilômetros e establece a comunicação entre o oceano Atlântico e o mar Mediterrâneo.

2.1.2.3. Estreito Bab el Mandeb: liga o oceano Índico ao Mar Vermelho.

2.1.2.4. Península de Somalia: É uma das margens do golfo Áden.

2.1.2.5. Ilha de Madagascar: Única grande ilha da Costa africana, separada do continente pelo canal de Moçambique.

2.1.3. O Relevo Africano

2.1.3.1. Fazia parte do supercontinente Gondwa.

2.1.3.2. Apresenta um dos relevos mais baixos do mundo com uma altitude média de cerca de 350 metros.

2.1.3.3. Predominam os planaltos, entremeados por planícies sedimentares.

2.1.3.4. Há algumas elevações formadas no período Terciário: Monte Quilimanjaro, CAdeio do Atlas, Montes Tibeati, Planalto de Etiopia do Biê e a cordilheira de Drakensberg.

2.1.3.5. Principais acidentes de cada região:

2.1.3.5.1. Norte: Predominio de baixos planaltos, muita ampla e desértica que se estende do oceano Atlântico ao mar Vermelho. Ausência de vegetação com terrenos pedregosos ou arenosos. Maiores formações montanhosas do Saara. Há planícies no meio dos planaltos com pontos abaixo do mar.

2.1.3.5.2. Noroeste: Cadeia de Atlas, ele barra os ventos úmidos do Mediterrâneo favorecendo a geografia local.

2.1.3.5.3. Leste: Locais mais elevados dos continentes, ao lado de vulcões e depressões (fazem parte do Vale da Grande Fenda). A depressão mais profunda é a do lago salgado de Assal, no Djibuti.

2.1.3.5.4. Oeste: Grande bacia sedimentar, formada pelo rio Congo. Altitudes predominantemente baixas, região coberta por florestas latifoliadas.

2.1.3.5.5. Sul: Planaltos com alguns picos elevados, acima dos 3 mil metros. As elevações varram os ventos úmidos do oceano Índico, com florestas tropicais latifoliadas e as nascentes dos rios Limpopo e Orange.

2.1.4. A Hidografia Africana

2.1.4.1. É pobre em razão da presença de extensas áreas com climas áridos e semiáridos.

2.1.4.2. Destacam-se poucos rios de grande extensão:

2.1.4.2.1. Nilo: 7088 quilômetros de extensão. Atravessa o deserto do Saara e desemboca no mar Mediterrâneo, onde se situa uma mas mais importantes áreas agrícolas do continente.

2.1.4.2.2. Congo: Rio de zona equatorial, com Grande volume de água e o mito potencial hidroelétrico do continente. Segundo mais extenso da África (4700 quilômetros e desemboca no oceano Atlântico, com a segunda maior vazão do mundo. Boa navegavidade onde corta una densa floresta latifoliada.

2.1.4.2.3. Níger: Nasce na Guiné, e corre para o interior penetrando o deserto do Saara. Cai numa longa e estreita planície em direção ao sul, desaguando no golfo da Guiné; após permanecer 4160 quilômetros.

2.1.4.3. Há numerosos rios de pequeno porte e nas regiões áridas e semi-áridas surgem rios temporários.

2.1.4.4. Os lagos de origem tectônica e vulcânica, são abundantes na porção leste do continente mas muitos deles tem suas águas contaminadas, os mais importantes são: Vitória (68870 km2), o Tanganica e o Niassa.