Política Nacional de humanização (PNH)

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Política Nacional de humanização (PNH) por Mind Map: Política Nacional de humanização (PNH)

1. O que é Humanização? A humanização em saúde volta-se para as práticas concretas comprometidas com a produção de saúde e produção de sujeitos. No campo das políticas públicas, diz respeito à transformação dos modelos de atenção e de gestão nos serviços e sistemas de saúde, indicando a necessária construção de novas relações entre usuários e trabalhadores e destes entre si.

2. Quais as diretrizes da PNH?

2.1. Acolhimento

2.1.1. • O acolhimento deve comparecer e sustentar a relação entre equipes serviços e usuários populações; • Como valor das práticas de saúde, o acolhimento é construído de forma coletiva a partir da análise dos processos de trabalho; • Tem como objetivo a construção de relações de confiança compromisso e vínculo entre as equipes serviços trabalhador equipes e usuário com sua rede socioafetiva.

2.2. Gestão participativa e cogestão

2.2.1. • Cogestão expressa tanto a inclusão de novos sujeitos nos processos de análise e decisão quanto a ampliação das tarefas da gestão que se transforma também em espaço de realização de análise dos contextos da política em geral e da saúde em particular.

2.3. Ambiência

2.3.1. • São criados espaços saudáveis acolhedores e confortáveis que respeitem a privacidade, propiciem mudanças no processo de trabalho e sejam lugares de encontro entre as pessoas.

2.4. Clínica Ampliada

2.4.1. • A finalidade é contribuir para uma abordagem clínica do adoecimento e do sofrimento, que considere a singularidade do sujeito e a complexidade do processo saúde/doença. • Utilizando recursos que permitam enriquecimento dos diagnósticos e a qualificação do diálogo, de modo a possibilitar decisões compartilhadas e compromissadas com a autonomia e a saúde dos usuários do SUS.

2.5. Valorização do trabalhador

2.5.1. • É importante dar visibilidade à experiência dos trabalhadores e incluí-los na tomada de decisão apostando na sua capacidade de analisar, definir e qualificar os processos de trabalho.

2.6. Defesa dos direitos dos usuários

2.6.1. • Os usuários de saúde possuem direitos garantidos por lei e os serviços de saúde devem incentivar o conhecimento desses direitos e assegurar que eles sejam cumpridos em todas as fases do cuidado, desde a recepção até a alta; • Todo cidadão tem direito a uma equipe que cuide dele, de ser informado sobre sua saúde e também de decidir sobre compartilhar ou não sua dor e alegria com sua rede social.

3. Na prática, os resultados que a PNH busca são :

3.1. Redução de filas e do tempo de espera, com ampliação do acesso;

3.2. Atendimento acolhedor e resolutivo, com base em critérios de risco;

3.3. Implantação de modelo de atenção com responsabilização e vínculo;

3.4. Garantia dos direitos dos usuários;

3.5. Valorização do trabalho na saúde;

3.6. Gestão participativa nos serviços.

4. O que é acolhimento ?

4.1. É o atendimento humanizado que acontece durante o funcionamento da Unidade, na qual a equipe escuta as necessidades e procura resolver de forma efetiva.

4.2. O acolhimento compreende desde a entrada do usuário no sistema de saúde e a responsabilização integral de suas necessidades até a atenção resolutiva de todos os seus problemas. Frente a essa determinação ampla, o acolhimento pode então provocar a reorganização do serviço ao atender positivamente os entraves em saúde dos usuários.

4.3. Acolhimento torna-se então uma estratégia que potencializa o acesso e permite priorizar grupos de risco social e epidemiológico.

5. Quem será acolhido?

5.1. Todo indivíduo que busque junto a Unidade, atendimento a sua saúde.

6. SUS e PNH:

6.1. Os princípios do SUS indicam como deve ser o sistema e as práticas de saúde (estrutura organizacional, as práticas). A PNH indica como fazer/ o modo de fazer, portanto apresenta se como um método. Os princípios da PNH sendo modos de fazer, são, portando princípios metodológicos.

6.2. UNIVERSALIDADE = garantia de acesso as ações e aos serviços de saúde para todas as pessoas, independentemente de sexo, raça, ocupação ou outras características.

6.3. EQUIDADE = O Estado deve tratar desigualmente os desiguais, investindo mais onde a carência é maior para diminuir as desigualdades.

6.4. INTEGRALIDADE = Todas as necessidades das pessoas precisam ser atendidas, a partir da integração de ações incluindo a promoção de saúde, a prevenção de doenças, o tratamento e a reabilitação.

7. Acolhimento e referenciamento nos serviços de saúde bucal:

7.1. Realização de avaliação de risco e vulnerabilidade no primeiro atendimento odontológico;

7.2. Realização de campanhas para detecção de lesões bucais e encaminhamento de casos suspeitos de câncer de boca.

8. Quais são os propósitos?

8.1. Desenvolver tecnologias relacionais e de compartilhamento das práticas de gestão e de atenção;

8.2. Fortalecer iniciativas de humanização existentes;

8.3. Aprimorar, ofertar e divulgar estratégias e metodologias de apoio a mudanças sustentáveis dos modelos de atenção e de gestão

8.4. Familiarizar trabalhadores, gestores e usuários do SUS com os princípios e as diretrizes da humanização;

8.5. Implementar processos de acompanhamento e avaliação, ressaltando saberes gerados no SUS e experiências coletivas bem sucedidas.

9. Qual a finalidade?

9.1. Escutar os usuários para identificar demandas e promover as mudanças necessárias nos processos de trabalho.

9.1.1. Concretização dos princípios e diretrizes orientadas pela PNH na produção de saúde;

9.1.2. É a inclusão/fazer coletivo, onde todos os sujeitos envolvidos tenham oportunidade de colocar suas ideias e vivências buscando as mudanças necessárias para os problemas demandados;

9.1.3. E as rodas de conversas se configuram como o método/ferramenta fundamental para democratizar a participação das pessoas nesse modelo poroso de cuidado em saúde.

10. Quais são os princípios?

10.1. Transversalidade

10.1.1. Indissociabilidade entre atenção e gestão

10.1.1.1. Protagonismo, corresponsabilidade e autonomia dos sujeitos coletivos

10.1.1.1.1. Qualquer mudança na gestão e atenção é mais concreta se construída com a ampliação da autonomia e vontade das pessoas envolvidas que compartilham responsabilidades;

10.1.1.1.2. Os usuários não são só pacientes, os trabalhadores não só cumprem ordens as mudanças acontecem com o reconhecimento do papel de cada um;

10.1.1.1.3. Um SUS humanizado reconhece cada pessoa como legítima cidadã de direitos e valoriza e incentiva sua atuação na produção de saúde.

10.1.1.2. As decisões da gestão interferem diretamente na atenção à saúde;

10.1.1.3. Trabalhadores e usuários devem buscar conhecer como funciona a gestão dos serviços e da rede de saúde, assim como participar ativamente do processo de tomada de decisão nas organizações de saúde e nas ações de saúde coletiva;

10.1.1.4. Ao mesmo tempo, o cuidado e a assistência em saúde não se restringem às responsabilidades da equipe de saúde O usuário e sua rede sociofamiliar devem também se corresponsabilizar pelo cuidado de si nos tratamentos, assumindo posição protagonista.

10.1.2. Transversalizar é reconhecer que as diferentes especialidades e práticas de saúde podem conversar com a experiência daquele que é assistido Juntos, esses saberes podem produzir saúde de forma mais corresponsável

10.1.2.1. A Política Nacional de Humanização deve se fazer presente e estar inserida em todas as políticas e programas do SUS;

10.1.2.1.1. A PNH busca transformar as relações de trabalho a partir da ampliação do grau de contato e da comunicação entre as pessoas e grupos