CISTO ÓSSEO SIMPLES- Pseudocisto

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CISTO ÓSSEO SIMPLES- Pseudocisto por Mind Map: CISTO ÓSSEO SIMPLES- Pseudocisto

1. O cisto ósseo simples é uma cavidade óssea vazia ou com conteúdo fluido. Por causa da ausência de revestimento epitelial da lesão, representa um pseudocisto a um cisto verdadeiro.

1.1. Os sinônimos para COS são cisto ósseo traumático, cisto ósseo hemorrágico, cisto de extravasamento, cavidade óssea progressiva, cisto ósseo solitário e cisto ósseo unicameral.

2. Características Clínicas: COSs são muito comuns. A maioria ocorre nos primeiros 20 anos de vida, com idade média de 17 anos. A lesão mostra uma predominância no sexo masculino de aproximadamente 2:1. Múltiplos COSs podem se desenvolver, especialmente quando o distúrbio ocorre com displasia cemento-óssea. A ocorrência de COSs na displasia cemento-óssea é observada em uma população mais velha, com idade média de 42 anos e com predominância do sexo feminino de 4:1. COSs são assintomáticos na maioria dos casos, mas ocasionalmente dor e sensibilidade podem estar presentes, em especial se o cisto estiver infectado secundariamente. A expansão da mandíbula e a movimentação dentária são possíveis, mas incomuns. Os dentes na região afetada geralmente são vitais. A maioria dos COSs é descoberta por acaso em exames radiográficos de rotina, razão pela qual podem atingir grandes tamanhos. Não há incidência significativa de fraturas patológicas. A punção aspirativa geralmente produz apenas poucos mililitros de fluido com coloração semelhnte à palha ou serossanguinolento.

3. Características da imagem-Localização: Quase todos os COSs são encontrados na mandíbula; casos raros desenvolvem-se na maxila. Essa lesão pode ocorrer em qualquer local da mandíbula, mas é mais comum no ramo e na região posterior de mandíbula de pacientes mais velhos. COSs também ocorrem, com frequência, associados à displasia cemento-óssea e à displasia fibrosa.

4. Características da imagem-Periferia e Forma: As margens podem variar de uma cortical fina e bem definida a uma borda mal definida, sem um córtex que se mistura ao osso circunjacente. O limite geralmente é mais bem definido no processo alveolar ao redor dos dentes do que na região inferior do corpo da mandíbula. A forma mais comum é lisa e curva, similar a um cisto, com um limite oval ou festonado. A lesão geralmente tem projeções entre as raízes dos dentes.

5. Características da imagem- Estrutura Interna: A estrutura interna é totalmente radiolúcida, mas ocasionalmente parece multilocular, embora a lesão não contenha normalmente septos verdadeiros. Esse aspecto é resultado de projeções pronunciadas em forma de cúpula na superfície endóstea das tábuas ósseas vestibular e lingual. As traves ósseas produzidas por essas projeções conferem o aspecto de septos em uma projeção lateral de mandíbula.

6. Características da imagem- Efeito sobre as Estruturas Adjacentes: Na maior parte dos casos, essas lesões não têm efeitos nos dentes adjacentes, embora tenham sido relatados raros casos de deslocamento e reabsorção dentária. A lesão comumente envolve todo o osso ao redor das raízes dentárias, mantendo a lâmina dura intacta ou apenas parcialmente rompida. Da mesma maneira, a manutenção da borda cortical da cripta ao redor de um dente em desenvolvimento é característica. Conforme mencionado, essas lesões têm uma propensão a formar festonamento na superfície endóstea da cortical externa da mandíbula. Os COSs também têm uma tendência a crescer pela extensão do longo eixo do osso, provocando mínima expansão. Todavia, a expansão do osso envolvido pode ocorrer e é mais comum em lesões maiores.

7. Diagnóstico Diferencial

8. COSs podem ter uma aparência semelhante à de um cisto verdadeiro, especialmente um TOC. Isso porque os TOCs tendem a crescer ao longo do osso, com mínima expansão, e comumente têm bordas festonadas, similares às de um COS. No entanto, os TOCs usualmente têm uma borda cortical mais bem definida, provocam reabsorção e deslocamento de dentes e ocorrem em uma faixa etária mais velha. Em função de o COS poder remover o osso ao redor dos dentes sem afetá-los, pode haver a tendência de incluir uma lesão maligna no diagnóstico diferencial. No entanto, a manutenção da lâmina dura e a falta de uma periferia invasiva e de destruição óssea devem ser suficientes para desconsiderar essa categoria de doenças.

9. O diagnóstico baseia-se principalmente em observações radiográficas e cirúrgicas, uma vez que os aspectos histopatológicos não são característicos. Ocasionalmente, essas lesões regridem espontaneamente. Uma biópsia e a análise do cisto em processo de reparo podem, erroneamente, indicar a presença de um fibroma ossificante ou de uma displasia fibrosa devido à formação de osso imaturo.

10. Tratamento

11. O tratamento usual é por meio de acesso conservador à lesão e curetagem cuidadosa do revestimento; isso geralmente provoca sangramento e subsequente cicatrização. A regressão espontânea tem sido relatada. É aconselhável realizar um acompanhamento periódico por meio de exames radiográficos, especialmente se o paciente recusar a submeter-se ao tratamento. Essas lesões podem recidivar, embora seja raro.