1.1. São substâncias produzidas pelas glândulas endócrinas que atuam em tecidos ou órgãos específicos.
2. Classificação
2.1. Os hormônios podem ser divididos em quatro grupos, baseados na sua estrutura química, forma de síntese e armazenagem, solubilidade, meia-vida, forma de transporte, receptores na célula e mecanismo de ação:
2.2. PROTEICOS Estes hormônios são compostos por aminoácidos, podendo ser de 3 aminoácidos (TRH), até mais de 180 aminoácidos. Podem ser referidos como peptídeos ou polipeptídeos, ou proteínas, dependendo do seu comprimento de cadeia específica. É o grupo mais numeroso de hormônios. Os principais locais de produção são o hipotálamo, hipófise, ilhotas pancreáticas, placenta, paratireóide e trato gastrointestinal.
2.3. ESTERÓIDES Produzidos a partir do colesterol, nos tecidos esteroidogênicos das adrenais, gônadas, placenta. Nas adrenais são produzidos os glicocorticóides (cortisol, corticosterona e cortisona), e os mineralocorticóides (aldosterona). As gônadas produzem os andrógenos (testosterona), estrógeno e progesterona. A placenta, durante a gestação é uma fonte de estrógeno e progesterona. Neste grupo está incluída a vitamina D3 ativa (1,25-dihidroxi-colecalciferol).
2.4. AMINAS Produzidos pela medula adrenal, algumas células nervosas, e a tireóide. Tem as catecolaminas e as iodotironinas. Os mecanismos de ação das catecolaminas são similares aos peptídeos. As iodotironinas têm o seu mecanismo similar aos hormônios esteroidais.
2.5. EICOISANÓIDES São produzidos exclusivamente na membrana plasmática das células de quase todos os tecidos e podem ser considerados como segundos mensageiros intrecelulares. São derivados do ácido araquidônico, liberado por fosfolipídeos originados da ação das fosofolipases, ativadas por estímulos hormonais. O ácido araquidônico é formado essencialmente por ácidos graxos,principalmente o ácido linoléico. Os eicosanóides incluem as prostaglandinas, os leucotrienos e os tromboxanos.
3.4. HIPÓFISE - GH, TSH, ACTH, LH, Ocitocina e Prolactina
3.5. TIREÓIDE E PARATIREÓIDE - T3, T4, Calcitonina e PTH
3.6. TIMO - Timosina
3.7. FÍGADO - Colecistoquinina e TPO
3.8. ESTÔMAGO - Gastrina, Grelina, Histamina, Somatostatina e Neuropeptídeo Y
3.9. SUPRA-RENAIS - Adrenalina, Noradrenalina, Corticosteróides e Androgênicos
3.10. PÂNCREAS - Insulina, Glucagon, Somatostatina e Amilina
3.11. RINS - Renina, Eritropoietina e Calcitriol
3.12. OVÁRIO E PLACENTA - Estrogênio e Progesterona
3.13. TESTÍCULOS - Estradiol, Inibina e Androgênio
3.14. ÚTERO - Prolaxina e Relaxina
4. Métodos empregados na dosagem
4.1. Método de Imunofluorescência - baseia-se em uma reação imunológica in vitro entre antígeno e anticorpo. Com a introdução do hormônio marcado com isótopo radioativo, este irá competir pelo mesmo anticorpo, em igualdade de condições com o hormônio natural.
4.2. Método de Quimioluminescência - um tipo de reação química que gera energia luminosa e que pode ser medida. Foi o primeiro método capaz de dosar hormônios que circulam no sangue em concentrações muito baixas e é o mais utilizado atualmente, junto com o imunoensaio.
4.3. Método de Imunoensaio - baseia-se em uma reação imunológica in vitro entre antígeno e anticorpo. Com a introdução do hormônio marcado com isótopo radioativo, este irá competir pelo mesmo anticorpo, em igualdade de condições com o hormônio natural.
5. Patologias associadas
5.1. As doenças endócrinas dizem respeito a - Um excesso de secreção de hormônio (denominada “hiper” função) - Uma deficiência de secreção de hormônio (denominada “hipo” função)
5.2. HIPERTIREOIDISMO - é a hiperatividade da tireoide que resulta em níveis elevados de hormônios tireoidianos e aceleração das funções vitais do corpo.
5.3. HIPOTIREOIDISMO - é uma hipoatividade da tireoide que resulta na produção inadequada dos hormônios tireoidianos e na redução das funções vitais do corpo.
5.4. SÍNDROME DE CUSHING - patologia em que a concentração dos corticosteroides está excessiva, geralmente devido ao uso de medicamentos corticosteroides ou a uma superprodução pelas glândulas adrenais.
5.5. DOENÇA DE ADDISON - as glândulas adrenais estão hipoativas, o que resulta em uma deficiência de hormônios adrenais.
5.6. A hiperprodução do hormônio do crescimento provoca crescimento excessivo. Em crianças, esse quadro clínico é chamado de GIGANTISMO. Em adultos, é chamado de ACROMEGALIA.
5.7. DIABETES MELLITUS é uma doença na qual os níveis de açúcar (glicose) no sangue estão excepcionalmente elevados porque o organismo não produz insulina suficiente para atender às suas necessidades.
5.8. DGH -Deficiência do hormônio do crescimento ocorre quando a hipófise não produz uma quantidade suficiente de hormônio do crescimento.
5.9. DIABETES INSIPIDUS - é um distúrbio que ocorre por um desequilíbrio de líquidos no corpo, que leva a sintomas como muita sede, mesmo que se tenha bebido água, e produção excessiva de urina, o que pode causar desidratação. Esta condição ocorre por alterações em regiões no cérebro responsáveis pela produção, armazenamento e liberação do hormônio antidiurético (ADH), também chamado de vasopressina
6. Sintomas de desequilíbrio hormonal
6.1. Os sintomas dependem de quais glândulas e hormônios são afetados. Seu corpo possui várias glândulas endócrinas, que liberam hormônios diferentes e controlam órgãos diferentes. Os sinais de desequilíbrio hormonal incluem:
6.2. - ganho ou perda de peso; - dificuldade em dormir; - sensibilidade a mudanças de temperatura; - alterações na frequência cardíaca e / ou pressão arterial; - alterações no açúcar no sangue; mudanças no apetite; - ossos frágeis; - ansiedade; - mudanças de humor; - fadiga; - redução do desejo sexual; - períodos pesados, dolorosos ou irregulares; - infertilidade.