1. Síndromes causadas por intoxicação
1.1. Crise colinérgica aguda
1.1.1. Geralmente acompanhada por paralisia tipo 1
1.1.2. Início logo após absorção do composto pelo organismos
1.1.3. Hiperestimulação dos receptores de acetilcolina devido ao acumulo do neurotransmissor na fenda sináptica
1.1.4. Sintomatologia
1.1.4.1. Estimulação de receptores muscarínicos: náuseas, vômitos, diarreia, cólicas abdominais, miose, sialorreia, lacrimejamento, broncorreia, bradicardia, hipotensão.
1.1.4.2. Estimulação de receptores nicotínicos: fasciculação, redução dos reflexos tendinosos, fraqueza muscular, paralisia, tremores.
1.1.4.3. Estimulação de receptores cerebrais: confusão, depressão dos centros cardiovascular e respiratório, coma, convulsões.
1.2. Síndrome intermediária (paralisia tipo II)
1.2.1. Ocorre em 20 a 50% das intoxicações.
1.2.2. Início em 24 a 96 horas após a crise colinérgica aguda.
1.2.3. Sintomatologia
1.2.3.1. Diminuição da força muscular proximal e falência ventilatória
1.2.3.2. Não se relaciona com atividade da colinesterase
1.3. Polineuropatia tardia
1.3.1. Neuropatia sensitivomotora, que se manifesta de modo ascendente nas extremidades de membros superiores e inferiores
1.3.2. Início de uma a três semanas após a exposição aos organosfosforados
1.3.3. Caracteriza-se por formigamento e queimação dos dedos que progride para todo o membro superior, seguido por fraqueza e ataxia.
1.3.4. Os casos mais graves podem progredir para paralisia completa, dificuldade ventilatória e morte.
1.3.5. Está relacionada à inibição da enzima esterase neuropática alvo,
2. Mecanismo de ação
2.1. inibição da ação da acetilcolinesterase ao se ligar irreversivelmente ao sitio da enzima colinesterase, impedindo a degradação da acetilcolina e, consequentemente, potencializando e prolongando a ação na fenda sináptica
3. Tipos de colinesterases humanas
3.1. pseudocolinesterase
3.1.1. Hidrolisa outros ésteres, além da acetilcolina
3.1.2. Localizada no plasma, fígado, intestinos e células Gliais.
3.1.3. Sintetizada no hepatócito
3.1.4. Renovação em 7 a 60 dias
3.2. esterase neuropática alvo
3.2.1. Localizada no tecido nervoso, linfócitos periféricos, fígado e plaquetas
3.2.2. Sua fosforilação relaciona-se com ação neurotoxica tardia de organofosforados nos nervos periféricos
3.3. acetilcolinesterase
3.3.1. Afinidade especifica para a acetilcolina
3.3.2. Localizada no tecido nervoso, junção neuromuscular e eritrócitos
3.3.3. Sintetizada durante eritropoiese