1. Características:
1.1. O Romantismo é o movimento artístico que representa a burguesia do século XVIII e XIX, ou seja, o movimento é o de uma produção da nova elite da sociedade, que havia superado os regimes absolutistas em diversos países. Por conta disso, os ideais dessa burguesia são aqueles presentes nas obras românticas. Alguns deles são: - egocentrismo (culto ao “eu”; o indivíduo como centro da existência); - nacionalismo; - exaltação da natureza enquanto cúmplice do sujeito; - idealização do herói, do amor e da mulher; - fuga da realidade por meio da morte, do sonho, da loucura ou da arte. Para além dessas características gerais, vale ressaltar que as manifestações da poesia e da prosa, dentro do Romantismo, tiveram, cada uma, suas particularidades, conforme vamos explicar a seguir.
2. Oque foi:
2.1. O Romantismo foi um movimento estético e cultural que revolucionou a sociedade nos séculos XVIII e XIX, deixando para trás valores clássicos e inaugurando a modernidade nas artes. As obras românticas baseavam-se, então, em valores da burguesia, classe social que substituía a elite absolutista em diversos países.
3. Fases:
3.1. É possível identificar, observando o conjunto de obras românticas produzidas em diversos países, ao menos três tendências ou fases dessa arte:
3.1.1. Romantismo social:
3.1.2. Tendo como principal expoente o escritor francês Victor Hugo, autor de clássicos como Os Miseráveis e Notre-Dame de Paris (também conhecido como O Corcunda de Notre-Dame), essa vertente romântica é caracterizada por representar a miséria do povo e denunciar as mazelas sociais que ocorriam com as parcelas marginalizadas da sociedade.
3.1.2.1. Romantismo ultrassentimental:
3.1.2.2. Obras como Os Sofrimentos do Jovem Werther, do alemão Goethe, ou ainda alguns poemas de Lord Byron, da Inglaterra, apresentam um forte sentimentalismo, em geral depressivo, exaltando a morte ou a loucura como fugas de uma realidade desastrosa. No Brasil, Álvares de Azevedo pode ser lido como um autor que dialoga com essa tendência romântica.
3.1.3. Romantismo nacionalista:
3.1.4. Ainda sob influência de Victor Hugo, assim como dialogando com fatos históricos fundamentais para compreender os séculos XVIII e XIX (tais como a Revolução Francesa ou, no Brasil, a chegada da Família Real em 1808), diversos autores construíram obras com forte tom nacionalista. O movimento indianista brasileiro, produzido por autores como Gonçalves Dias e José de Alencar, dialoga com essa tendência.