1. Objeto do tratamento
1.1. • O objetivo do tratamento da asma deve ser alcançar e manter o controle da doença e evitar riscos futuros (exacerbações, instabilidade da doença, perda acelerada da função pulmonar e efeitos adversos do tratamento).
2. Base do tratamento
2.1. A base do tratamento medicamentoso da asma é constituída pelo uso de CI associado ou não a um long-acting β2 agonist (LABA, β2-agonista de longa duração).
3. O tratamento de controle da asma é dividido em etapas de I a V, nas quais a dose de CI (corticoide inalatório) é aumentada progressivamente e/ou outros tratamentos de controle são adicionados.
3.1. Etapa I
3.1.1. TRATAMENTO PREFERENCIAL: CI + SABA por demanda, CI dose baixa quando usar SABA ou dose baixa de CI diária
3.2. Etapa II
3.2.1. TRATAMENTO PREFERENCIAL: CI dose baixa diária + SABA por demanda
3.2.1.1. OUTRAS OPÇÕES: montelucaste + SABA por demanda ou dose baixa de CI sempre que usar SABA
3.3. Etapa III
3.3.1. TRATAMENTO PREFERENCIAL: CI dose baixa + LABA ou dose média de CI + SABA por demanda
3.3.1.1. OUTRAS OPÇÕES: dose baixa de CI + montelucaste + SABA por demanda
3.4. Etapa IV
3.4.1. TRATAMENTO PREFERENCIAL: CI dose média +LABA+SABA por demanda, encaminhar para especialista
3.4.1.1. OUTRAS OPÇÕES: CI dose alta + SABA por demanda, adicionar tiotrópio ou montelucaste
3.5. Etapa V
3.5.1. TRATAMENTO PREFERENCIAL APÓS FENOTIPAR: adicionar anti-IgE
3.5.1.1. OUTRAS OPÇÕES: adicionar mepolizumabe ou CO em dose baixa (considerar efeitos adversos)
4. Escolha da droga, do dispositivo inalatório e da respectiva dosagem
4.1. • Deve ser baseada na avaliação do controle dos sintomas, nas características do paciente.
4.2. • (fatores de risco, capacidade de usar o dispositivo de forma correta e custo), na preferência do paciente pelo dispositivo inalatório, no julgamento clínico e na disponibilidade do medicamento.
4.3. -
5. ASMA
5.1. O que é
5.1.1. • A asma é uma doença heterogênea, geralmente caracterizada por inflamação crônica das vias aéreas.
5.1.2. • Ela é definida pela história de sintomas respiratórios, tais como sibilos, dispneia, opressão torácica retroesternal e tosse, os quais variam com o tempo e na intensidade, sendo esses associados à limitação variável do fluxo aéreo
5.2. Heterogeneidade da asma
5.2.1. A heterogeneidade da asma é atestada por diversos fenótipos (características observáveis de um indivíduo) e endótipos (mecanismo molecular ou fisiopatológico subjacente ao fenótipo) da doença.
5.2.2. Os fenótipos inflamatórios mais frequentemente utilizados incluem asma eosinofílica ou não eosinofílica e asma alérgica ou não alérgica. Entre os endótipos podemos exemplificar a inflamação tipo 2 (T2) alta e baixa.