Infecções congênitas

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Infecções congênitas por Mind Map: Infecções congênitas

1. PNTN

1.1. O diagnóstico precoce, o tratamento adequado e o acompanhamento médico de algumas doenças podem evitar a morte, deficiências e proporcionar melhor qualidade de vida aos recém-nascidos acometidos de uma população. A Triagem Neonatal identifica algumas destas condições.

2. infecção perinatal

2.1. são infecções adquirida no período peri-parto e ate três semanas pós-natais. A transmissão pode se dar durante o trabalho de parto, por transfusão materno-fetal; pela ascensão de microrganismos na cavidade amniótica e acometimento das membranas amnióticas, do cordão umbilical e da placenta; ou devido à aspiração de liquido do amniótico contaminado; ou, ainda , pelo contato da pele e mucosas gástricas e ocular do recém-nascido com sangue e secreções genitais ou fezes maternas que contenham microrganismos que estejam se replicando.

3. • Transplacentária

3.1. Via mais frequente de infecção do feto, após infecção materna.

4. Manejo clinico

4.1. Mâe

4.1.1. Antes da Gravidez: 1. Sífilis primária (cancro duro): Penicilina G Benzatina - 2.400.000 UI/IM. 2. Sífilis secundária ou latente recente (menos de 1 ano de evolução): Penicilina G Benzatina - 2.400.000 UI/IM, repetindo a mesma dose uma semana depois. Dose total: 4.800.000 UI. 3. Sífilis terciária, sífilis com mais de 1 ano de evolução, ou com duração ignorada: Penicilina G Benzatina 2.400.000 UI/IM, em 3 aplicações, com intervalo de 1 semana entre cada aplicação. Dose total: 7.200.000 UI. 4. Alternativo devido a alergia a Penicilina: Eritromicina (estearato ou estolato) 500 mg 6/6 h; ou Tetraciclina 500mg 6/ 6h; ou Doxiciclina 100mg 12/12h, por 15 dias (sífilis recente) ou 30 dias (sífilis tardia). Testes alérgicos padronizados e dessenssibilização são opcionais. Importante: as aplicações de penicilina serão de 1.2 milhão de unidades em cada glúteo; orientar para que os pacientes evitem relações sexuais até que o seu tratamento (e o do parceiro com a doença) se complete; realizar controle de cura trimestral através do VDRL; tratar novamente em caso de interrupção do tratamento ou da quadruplicação dos títulos (ex.: de 1:2 para 1:8).

4.1.2. Durante a Gravidez Diagnóstico precoce de sífilis materna no pré-natal Realizar o teste VDRL ou RPR no primeiro trimestre da gravidez ou na primeira consulta, e outro no início do terceiro trimestre da gravidez (para detectar infecção próximo ao final da gestação). Na ausência de teste confirmatório (sorologia treponêmica) considerar para o diagnóstico as gestantes com VDRL (RPR) reagente, com qualquer titulação, desde que não tratadas anteriormente. Tratamento imediato dos casos diagnosticados em gestantes e seus parceiros (evitando a reinfecção da gestante) • Utilizando as mesmas dosagens apresentadas para a sífilis adquirida; • Orientar para que os pacientes evitem relação sexual até que o seu tratamento (e o do parceiro com a doença) se complete; • A gestante realizará o controle de cura mensal através do VDRL; • Tratar novamente em caso de interrupção de tratamento ou quadruplicação dos títulos (ex.: de 1:2 para 1:8); • Gestantes comprovadamente alérgicas à penicilina devem ser dessensibilizadas. Na impossibilidade, podem ser tratadas unicamente com Estearato de Eritromicina 500 mg VO, de 6/6 horas, durante 15 dias (sífilis recente) ou 30 dias (sífilis tardia). Entretanto, esta gestante não será considerada adequadamente tratada. São considerados Tratamentos Inadequados para Sífilis Materna a aplicação de qualquer terapia não-penicilínica, ou penicilínica incompleta (tempo e/ou dose); a instituição de tratamento dentro dos 30 dias anteriores ao parto; além dos casos de manutenção de contato sexual com parceiro não tratado. Importante: Testes anti-HIV e aconselhamento devem ser oferecidos a toda as gestante, de modo a permitir, se necessário, introduzir rapidamente ações profiláticas visando a redução do risco de transmissão vertical do HIV

4.2. RN

4.2.1. 1. Realizar VDRL ou RPR em amostra de sangue periférico dos recém-nascidos cujas mães apresentaram VDRL reagente na gestação ou parto; ou em caso de suspeita clínica de sífilis congênita; 2. Tratamento imediato dos casos detectados; 3. Notificação e investigação dos casos detectados, incluindo os natimortos ou aborto por sífilis. No Período Neonatal A. Nos recém-nascidos de mães com sífilis não tratada, ou inadequadamente tratada, independentemente do resultado do VDRL do recém- nascido, realizar raio-X de ossos longos, punção lombar, e outros exames, quando clinicamente indicados: A1. Se houver alterações clínicas e/ou sorológicas e/ou radiológicas mas não liquóricas, o tratamento deverá ser feito com Penicilina G Cristalina, na dose de 100.000 UI/Kg/dia, IV, 2 vezes por dia (se tiver menos de 1 semana de vida); ou 3 vezes (se tiver mais de 1 semana de vida), por 10 dias; ou Penicilina G Procaína 50.000 UI/Kg, IM, por 10 dias; A2. Se houver alteração liquórica, o tratamento deverá ser feito com Penicilina G Cristalina, na dose de 150.000 UI/Kg/dia, EV, em 2 vezes por dia (se tiver menos de 1 semana de vida); ou 3 vezes (se tiver mais de 1 semana de vida), por 14 dias; A3. Se não houver alterações clínicas, radiológicas, e/ou liquóricas, e a sorologia for negativa no recém-nascido, dever-se-á proceder ao tratamento com Penicilina G Benzatina, na dose única de 50.000 UI/Kg, IM. O acompanhamento é mandatório, incluindo o seguimento com VDRL sérico (ver o item seguimento), após conclusão do tratamento. Sendo impossível garantir o acompanhamento, o recém-nascido deverá ser tratado com o plano A1. B. Entre os recém-nascidos de mães adequadamente tratadas, realizar o VDRL em amostra de sangue periférico do recém nascido. Se este for reagente com titulação maior que a materna e/ou na presença de alterações clínicas, realizar raio-X de ossos longos e análise do líquor (LCR). Neste caso: B1. Se houver alterações radiológicas, sem alterações liquóricas, tratar como A1; B2. Se houver alteração liquórica, tratar como A2; C. Nos recém-nascidos de mães adequadamente tratadas, realizar o VDRL em amostra de sangue periférico. Se o bebê não for reagente ou for reagente com titulação menor ou igual à da mãe, e também for assintomático e com o raio-X de ossos longos sem alterações, proceder apenas ao seguimento ambulatorial. Após o Período Neonatal (a partir do 28º dia de vida) Crianças com quadro clínico sugestivo de sífilis congênita devem ser cuidadosamente investigadas, obedecendo-se a rotina referida. Confirmando-se o diagnóstico, iniciar o tratamento (mencionado anteriormente), observando o intervalo das aplicações da Penicilina G Cristalina, que deverá ser de 4 em 4 horas, e da Penicilina G Procaína, de 12 em 12 horas, sem modificações nas dosagens descritas. Seguimento • Avaliações mensais, no primeiro ano de vida; • Realizar VDRL com 1, 3, 6, 12 e 18 meses, interrompendo quando se observar negativação; • Diante das elevações de títulos sorológicos, ou da sua não-negativação até os 18 meses, reinvestigar o paciente; • Recomenda-se o acompanhamento oftalmológico, neurológico e audiológico semestral; • Nos casos onde o LCR esteve alterado, deve-se proceder à reavaliação liquórica a cada 6 meses, até a normalização do mesmo; • Nos casos de crianças tratadas inadequadamente, na dose e/ou tempo preconizados, deve-se convocar a criança para reavaliação clínico-laboratorial. Havendo alterações, recomenda-se reiniciar o tratamento da criança conforme o caso, obedecendo aos planos já descritos. Se o resultados forem normais, o seguimento é ambulatorial.

5. Testes

5.1. • Pezinho: O Teste do Pezinho é um exame rápido em que gotinhas de sangue do calcanhar do bebê são coletadas e tem a finalidade de diagnosticar e impedir o desenvolvimento de doenças genéticas ou metabólicas que podem levar à deficiência intelectual ou causar prejuízos à qualidade de vida.

5.2. • Orelhinha: Teste audiométrico, verificar graus de surdez, o médico coloca um aparelho na orelha do bebê que emite estímulo sonoro e mede o seu retorno através de uma pequena sonda que também é inserida na orelha no bebê.

5.3. • Olhinho: Teste de triagem para avaliar visão, verificar alterações visuais do RN, o médico observa o reflexo da luz emitida pela lanterninha no fundo do olho do bebê. Se há alguma alteração na estrutura, esse reflexo ganhar uma cor diferente e pode não ser igual entre os dois globos oculares.

5.4. • Linguinha: Teste para avaliar o freio da linha, O teste da linguinha é realizado em recém-nascidos para detectar alterações do freio da língua, como a língua presa, cientificamente chamada de anquiloglossia. Além disso, o teste da linguinha é feito para avaliar a espessura e de que forma o freio da língua está fixado, além de analisar como o bebê movimenta a língua e se apresenta dificuldades para sugar o leite materno.

5.5. • Coraçãozinho: Teste realizado com aferição da saturação dos MMII e MSD, serve para diagnosticar cardiopatia congênita. Ele compara o resultado da Spo2 dos dois resultados e se tiver diferença significativa é triado para exames cardiológicos complementares.

5.6. • Bochechinha: é um exame genético capaz de identificar precocemente mais de 320 doenças graves, é analisado o DNA através da coleta de um Swab da bochecha.

6. PHPN

6.1. O Programa de Humanização no Pré-natal e Nascimento foi instituído pelo Ministério da Saúde através da Portaria/GM n.o 569, de 1/6/2000, subsidiado nas análises das necessidades de atenção específica à gestante, ao recém nascido e à mãe no período pós-parto

6.2. Prioridade:

6.2.1. • concentrar esforços no sentido de reduzir as altas taxas de morbimortalidade materna, peri e neonatal registradas no país;

6.2.2. • adotar medidas que assegurem a melhoria do acesso, da cobertura e da qualidade do acompanhamento pré-natal, da assistência ao parto, puerpério e neonatal;

6.2.3. • ampliar as ações já adotadas pelo Ministério da Saúde na área de atenção à gestante, como os investimentos nas redes estaduais de assistência à gestação de alto risco, o incremento do custeio de procedimentos específicos, e outras ações como o Maternidade Segura, o Projeto de Capacitação de Parteiras Tradicionais, além da destinação de recursos para treinamento e capacitação de profissionais diretamente ligados a esta área de atenção, e a realização de investimentos nas unidades hospitalares integrantes destas redes

6.3. objetivo

6.3.1. O objetivo primordial do Programa de Humanização no Pré-natal e Nascimento (PHPN) é assegurar a melhoria do acesso, da cobertura e da qualidade do acompanhamento pré-natal, da assistência ao parto e puerpério às gestantes e ao recém-nascido, na perspectiva dos direitos de cidadania.

7. TORCH

7.1. Sifilis

7.1.1. Agente etiológico – treponema pallidum • Transmissão- sexual vertical (perinatal e intrauterina ) e transfusões Prevenção – preservativos , cuidado com transfusões sanguínea • Diagnostico – vdrl, pcr , sorologia e fia abs • Seguelas feto – aborto esportaneo e ma formação (cequeira , surdez , problemas osseos

7.2. Rubéola

7.2.1. Também pertencente ao grupo de infecções presentes no acrônimo T.O.R.C.H, a Rubéola é causada pelo Vírus da Rubéola e é considerada como uma variante do Sarampo e da Escarlatina. No que diz respeito à sua fisiopatologia, reitera-se que o Vírus possui a habilidade de inibir o crescimento e a maturação celular, apresentando efeitos diretos sobre o feto em todos os seus sistemas que encontram-se em formação. Ademais, é importante pontuar que tal agente etiológico possui tropismo, ou seja, afinidade, pelos tecidos neurais, o que justifica possíveis achados neurológicos que se associam à Síndrome da Rubéola Congênita

7.3. HEP B

7.3.1. Agente Etiologico- VHB Transmissão - Imunizar a mãe, transfusões, via transplacentária Prevenção- Toda gestante deve ser testada para o HBsAg desde muito cedo no pré-natal. Os recém-nascidos cujas mães são HBsAg-positivas devem receber 1 dose de HBIG 0,5 mL IM nas 1ªs 12 h de vida. Recém-nascidos cujas mães têm estado HBsAg desconhecido no momento do parto também devem receber a primeira dose da vacina depois de 12 h do nascimento. Manifestação Clinica - Muitos nascidos de mães com hepatite B aguda durante a gestação têm baixo peso ao nascimento, independentemente de estarem ou não infectados. Desenvolvem icterícia, letargia, dificuldade para ganhar peso, distensão abdominal e fezes terrosas Tratamento - São necessários cuidados sintomáticos e nutrição adequada. Tanto corticoides como globulina imunitária da hepatite B (HBIG) não são úteis para infecção aguda. Uma vez adquirida a infecção, nenhuma terapia previne o aparecimento da hepatite subclínica crônica

7.4. Rubeola

7.4.1. É feito a partir de análises laboratoriais buscando identificar imunoglobulinas IgG e IgM na mãe, para que, assim, seja avaliada a possibilidade de infecção fetal. Atualmente, realiza-se de maneira direta (pesquisa do vírus no feto através da realização da amniocentese com uso do método RT-PCR ou através da cordocentese, a qual busca identificar o anticorpo específico IgM), ou de maneira indireta (através da análise ultrassonográfica buscando efeitos característicos da SRC como microcefalia e CIUR, por exemplo. Transmissão Sua transmissão se dá a partir da via respiratória e da via hematogênica, e seu período de incubação pode variar de duas a três semanas. Associando-se ao quadro clínico, as erupções cutâneas características dessa patologia se iniciam pela face e, posteriormente, se disseminam pelo tronco e pelas extremidades do corpo. Já em relação ao contágio, destaca-se que este pode variar de um a dois dias antes das erupções cutâneas até uma semana após a ocorrência desse achado. • Tratamento da rubéola Como a rubéola é uma doença que, normalmente, não tem graves implicações, seu tratamento consiste em aliviar os sintomas, por isso pode ser recomendado pelo médico tomar remédios analgésicos e que controlam a febre, como Paracetamol e Dipirona, receitados pelo médico. Além disso, é importante ficar de repouso e beber bastantes líquidos para evitar a desidratação e para facilitar a eliminação do vírus do organismo.

7.5. HIV

7.5.1. Transmissão para o feto é via vertical, podendo ocorrer antes (intrauterina), durante (intraparto) ou após o parto (aleitamento materno), sendo a intraparto mais comum dentre as 3. Contato direto com mucosas genital e secreções, amamentação, contato indireto (seringas/agulhas, perfurocortantes), transfusão sanguínea Vírus: HIV-1 e HIV-2 ● Sinais e sintomas o Sintomas iniciais podem ser sutis, como linfadenopatia e hepatoesplenomegalia, ou inespecíficos, como diarreia crônica ou recorrente, sintomas respiratórios. o Há um sistema de classificação do estágio da doença pediátrica: ▪️ Categoria A (sintomas leves): crianças com hepatomegalia, esplenomegalia, dermatite e sinusite ou otite média recorrente ou persistente ▪️ Categoria B (sintomas moderados): inclui pneumonia linfocítica intersticial (LIP), candidíase orofaríngea persistindo por mais de 2 meses, diarreia crônica ou recorrente, febre persistente, hepatite, estomatite, pneumonite, varicela, cardiomegalia ou nefropatia ▪️ Categoria C (sintomas graves): inclui crianças com infecções oportunistas (infecção disseminada por bactéria ou CMV, pneumocitose ou toxoplasmose cerebral), infecções bacterianas recorrentes (sepse, meningite, pneumonia), encefalopatia, malignidades e perda de peso grave ● Diagnóstico o Em qualquer criança >18 meses com IgG ao HIV por ensaio imunoenzimático repetidamente positivo e teste confirmatório western blot estabeleceu o diagnóstico da infecção pelo HIV o Lactentes amamentados devem realizar o teste de anticorpos 12 semanas após a suspensão da amamentação. o Ensaios diagnósticos virais, como PCR RNA ou DNA do HIV, cultura do HIV, são mais úteis nos lactentes, permitindo um diagnóstico definitivo na maioria dos lactentes infectados em torno de 1-6 meses de idade ● Prognóstico o As crianças com infecções oportunistas, encefalopatia ou síndrome da caquexia tem o pior prognóstico, com 75% de óbitos até 3 anos de idade. o Febre persistente, candidíase oral, infecções bacterianas graves, hepatite, anemia persistente também sugerem um resultado ruim, com >30% dessas crianças em óbito ate 3 anos de idade o Linfadenopatia, esplenomegalia, hepatomegalia, pneumonite intersticial linfoide e parotidite são indicadores de melhor prognóstico ● Prevenção o Terapia antirretroviral para evitar a transmissão vertical o Administração de nevirapina oral, durante o trabalho de parto e uma vez ao lactente nos primeiros 2 dias de vida mostra uma redução na transmissão intraparto o Uso de preservativo o Manuseio correto/descarte material perfurocortante contendo material biológico o Proibição da amamentação

7.6. Hespers sSimples

7.6.1. Por fim, a última infecção presente no acrônimo T.O.R.C.H é a Herpes Simples, a qual possui como agente etiológico um vírus de DNA denominado Vírus da Herpes Simples (HSV), da família Herpesviridae. Essa patologia possui um índice baixo de ocorrências, podendo ter sua transmissão com valores próximos a 1%, porém destaca-se que é uma infecção com alta mortalidade e por isso merece uma atenção especial. Transmissão Assim como as demais, ocorre através do contato com secreções, sendo as possibilidades: transmissão oral, genital, conjuntival ou por solução de continuidade na pele, ou seja, quando a secreção entra em contato com alguma ferida aberta na pele. Dentre as ocorrências de transmissão vertical, destaca-se: a infecção intrauterina (rara), sendo aquela que ocorre quando há viremia materna, isto é, em casos de infecção aguda, ou através da reativação de uma infecção latente durante a gestação ou através da infecção ascendente do trato genital e a perinatal (85% dos casos): ocorre durante o parto vaginal quando o bebê passa pelo trato genital materno com infecção aguda Riscos para o feto No caso da infecção intrauterina ou congênita, aponta-se que é caracterizada por um quadro grave que pode cursar com hidropsia fetal (acúmulo anormal de líquido em tecidos fetais, com consequente edema ou derrames cavitários) e morte, além de lesões de pele (vesículas, úlceras ou cicatrizes), lesões oculares e até mesmo lesões neurológicas. Já no caso da infecção perinatal, suas manifestações clínicas irão se dividir em: doença localizada em pele, olhos e boca, doença localizada no SNC e doença disseminada, as quais variam em gravidade do quadro e achados clínicos. Diagnóstico O diagnóstico das lesões é eminentemente clínico, contudo, por se tratar de recém-nascidos é importante realizar a identificação através do PCR viral, o qual pode servir para identificação do vírus da herpes simples por conta de uma imunofluorescência direta ou por uma cultura viral (padrão ouro, porém menos utilizada devido a sua pouca disponibilidade). O PCR viral pode ser realizado no sangue, no líquor ou até mesmo em lesões de pele e mucosas. Recomendações às gestantes Sempre lembrar que é contraindicada a amamentação na mama que apresente lesões herpéticas, sendo necessário cobrir as lesões para evitar a contaminação do recém-nascido. Entretanto, reitera-se que a amamentação pode ser realizada na outra mama, sempre com muita atenção na higienização das mãos, principalmente.

7.7. HEP C

7.7.1. Agente etiológico: Vírus RNA, pertence ao gênero Hepacivirus, família Flaviviridae. Manifestações: O espectro de manifestações clínicas da infecção pelo VHC varia na forma aguda versus doenças crônicas. A infecção aguda pelo VHC é mais frequentemente assintomática e leva à infecção crônica em cerca de 50 a 85% dos casos. As manifestações da infecção crônica pelo VHC variam de estado assintomático acirrose e carcinoma hepatocelular, mas os sintomas são inespecíficos, sendo difícil atribuí-los ao VHC. Os sintomas mais comuns na infecção aguda são dor em hipocôndrio D, náuseas, mal-estar indefinido e prurido. Outros sintomas que podem ocorrer são semelhantes aos de outras formas de hepatite viral aguda, como urina escurecida e fezes esbranquiçadas. Diagnóstico: O diagnóstico é feito pela detecção de anticorpos anti HCV ou pelo teste de ácido nucléico por PCR. Sequelas: Prevenção: Não existe uma vacina para prevenir a transmissão e a profilaxia com imunoglobulina não é efetiva.