Vigilância em Saúde do Sistema Único de Saúde (SUS)

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Vigilância em Saúde do Sistema Único de Saúde (SUS) por Mind Map: Vigilância em Saúde do Sistema Único de Saúde (SUS)

1. Centro de Informações Estratégicas e Resposta de Vigilância em Saúde (CIEVS)

1.1. Foi criado em 2011 no Rio de Janeiro, com o objetivo de aprimorar a resposta às situações de emergência em saúde pública no Brasil.

1.2. Objetivo principal: Fortalecer a capacidade do Sistema Nacional de Vigilância em Saúde para identificar precoce e oportunamente emergências em saúde pública, a fim de organizar a adoção de respostas adequadas que reduzam e contenham o risco à saúde da população.

1.2.1. • Aperfeiçoar os mecanismos de detecção, monitoramento e resposta a emergências em saúde pública. • Organiza processos de trabalho padronizados entre as três esferas de comando do SUS, para a gestão coordenada dessas ocorrências.

1.3. Competências:

1.3.1. • Manejo de emergências em saúde pública • Apoio as áreas técnicas da vigilância em saúde, e nas atividades de detecção, notificação, verificação, resposta e monitoramento. • Desenvolvimento de atividades de preparação e resposta antes, durante e após os eventos de massa. • Capturar informações e rumores na mídia sobre a circulação de doenças que tenham risco a saúde pública.

1.4. Regulamento Sanitário Internacional:

1.4.1. O CIEVS faz parte de um sistema internacional de resposta as doenças, epidemias e surtos. Esse sistema internacional é regulamentado pelo RSI (Regulamento Sanitário Internacional), o qual é adotado por todos os Estados membros que compõem a OMS (Organização Mundial da Saúde).

1.4.2. Diretos e deveres: O regulamento define os direitos e as obrigações dos países no relato de eventos de saúde pública à comunidade internacional.

1.4.2.1. Exemplo: é uma obrigação dos países notificar à OMS, no prazo máximo de 24 horas, todos os eventos que podem constituir uma emergência de saúde pública de importância internacional.

1.5. Recomendações de Prevenção e Contenção de Surto Após Declaração da OMS

1.5.1. • Informar a população sobre a evolução da epidemia, bem como as medidas de prevenção e contenção adotadas pelo poder público • Garantir a eficácia dos sistemas de saúde na contenção do surto • Supervisionar as regiões mais afetadas pelo vírus e buscar possíveis novos casos • Colaborar com a OMS e outras organizações de modo a entender a doença e as medidas para a conter • Prevenir a disseminação da doença, como, por exemplo, fazer exames em aeroportos de modo a identificar com antecedência os sintomas e possíveis tratamentos

1.6. Exemplos da Participação do CIEVS na Prática:

1.6.1. • Participação de eventos de massa (Copa América, Rock in Rio, Copa do Mundo) • Fluxo de investigação de casos de reinfecção de Covid-19 • Apoio técnico e operacional em Campanha de Imunização • Monitoramento dos viajantes de voos provenientes da Índia, Reino Unido e África do Sul • Criação de documentos - Informe sobre notificação, investigação e conduta frente aos casos.

2. Vigilância Epidemiológica

2.1. Definição: ´´Conjuntos de ações que proporcionam o conhecimento , a detecção ou prevenção de qualquer qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual e coletiva , com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle de doenças e agravos´´ Lei n° 8.080/90

2.2. Atividade de Estado realizada dentro do Sistema Único de Saúde (SUS)

2.3. Funções:

2.3.1. • Coleta de dados • Processamento dos dados coletados • Análise e informação dos dados • Recomendação das medidas de controle • Promoção das ações de controle indicadas • Avaliação das medidas • Divulgação de informações pertinentes

2.4. Fontes de dados:

2.4.1. • Notificação Compulsória • Sistemas Nacionais de Informações das Cidades • Imprensa e população • Laboratórios • Estudos Epidemiológicos

2.5. O profissional de saúde possui o dever de fazer a notificação compulsória.

2.5.1. A notificação compulsória deve ser realizada em até 24 horas do atendimento ao paciente, pelo meio mais rápido disponível. E existem também as notificações semanais.

3. Vigilância em Saúde Ambiental

3.1. Vigilância Ambiental dos Fatores de Risco Não Biológicos

3.1.1. Coordena atividades de vigilância em:

3.1.1.1. Saúde ambiental dos contaminantes na água, no ar e no solo

3.1.1.2. Situações de riscos devido a desastres naturais e eventos capazes de causar agravos à saúde humana

3.1.2. Vigilância: • em saúde ambiental de populações expostas a poluentes atmosféricos e o VIGIFIS • em saúde de populações expostas a contaminantes químicos • da qualidade da água para consumo humano

3.1.3. VIGIAGUA, VIGIAR, VIGIDESASTRES, VIGIAPP, VIGISOLO, VSPEA

3.2. Ações de vigilância, prevenção e controle de doenças transmissíveis, vigilância de fatores de risco para o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis, saúde ambiental e do trabalhador e análise da saúde da população brasileira

3.2.1. Entomologia: Vigilância dos insetos Análises a partir do tripé elemental vigilância em saúde

3.2.2. Combate a endemias Monitoramento do ambiente Intervenções

3.3. Vigilância Ambiental dos Fatores de Risco Biológicos

3.3.1. Vigilância, prevenção e controle de doenças e agravos relacionados a vetores, hospedeiros, reservatórios, portadores, amplificadores ou suspeitos de zoonose

4. Análise de Situação de Saúde (ASIS)

4.1. Caracterização: da população (variáveis demográficas, socioeconômicas, culturais, políticas); das condições de vida (ambientais, características dos sujeitos); do perfil epidemiológico (indicadores de morbidade, de mortalidade).

4.2. Informações da saúde da população de em um território/contexto Permite caracterizar, medir e explicar o perfil de saúde-doença de uma população, incluindo os agravos, determinantes e problemas de saúde Informa a tomada de decisão em saúde de maneira oportuna em todas as suas instâncias

4.3. Sistema de Informações -> "Árvore” (assistência individual profissional) e “Floresta” (profissionais de saúde coletiva)

4.3.1. Análise para tomada de decisões Diagnóstico e Planejamento Ações de saúde

4.4. Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) : Declaração de Óbito Sistema de Informação de Nascidos Vivos (SINASC): Declaração de Nascido Vivo Sistemas Integrados (Investigação de Óbitos)

4.5. Questionamentos: O quê? (Problema) Quando? (Atual ou Potencial) Onde? (Territorialização) Quem? (indivíduos ou grupos sociais)

4.5.1. Com os problemas e o estudo dos fatores relacionados dá-se a priorização determinando os problemas e ações com mais investimento

4.6. Vantagens/benefícios da ASIS: • Tomadas de decisão mais assertivas (evidências) • Visão mais crítica e reflexiva do território • Otimiza a alocação de recursos • Contratação de serviços, procedimentos e especialidades de forma direcionada • Potencializa ações intersetoriais • Maior qualificação dos dados produzidos • Instrumento de suporte ao controle social - informa a comunidade e os profissionais de saúde • Maior respaldo para a gestão