
1. Gérard Fourez
1.1. Fourez considera que o conhecimento científico é construído a partir de inúmeras reflexões, discussões e debates que fazem parte da racionalidade científica. Neste contexto a racionalidade científica é entendida como um fenômeno de sociedade baseado em lutas e competições e a mudança no modo de pensar estaria relacionada a elementos históricos (relativos às mudanças nos interesses da comunidade científica ou do pesquisador), técnicos (relacionados à tecnologia e aos instrumentos disponíveis), afetivos, políticos, econômicos, dentre outros, e não apenas por questões dedutivas ou indutivas.
2. Eva Maria Lakatos
2.1. Entende-se por ciência uma sistematização de conhecimentos, um agrupamento de preposições logicamente relacionadas sobre o comportamento de determinados fenômenos que se pretende estudar. O método é caracterizado por um texto científico cuja função é relatar os resultados, sendo que os fatos são calcados de originalidade, provenientes de uma pesquisa pré-determinada
2.1.1. Observação
2.1.1.1. Etapa em que há execução dos questionamentos sobre o fato observado, a formulação de uma hipótese que é uma possível explicação para o problema em questão
2.1.2. Experimentação
2.1.2.1. Onde o pesquisador realiza experiências para provar a veracidade de sua hipótese
2.1.3. Interpretação dos Resultados
2.1.3.1. Momento em que o pesquisador interpreta os resultados de sua pesquisa
2.1.4. Conclusão
2.1.4.1. Onde é feita uma análise final e considerável sobre o fato em questão.
3. INSTITUTO FEDERAL DA BAHIA ALAN DA PAIXÃO, GUSTAVO PORTO E JAMILE MATÉRIA HUM150 - METODOLOGIA
4. Karl Popper
4.1. Ciência entendida como uma atividade humana e na aceitação de que os erros deveriam ser criticados sistematicamente e frequentemente corrigidos. Isso, para o autor, representava a ideia de refutação da teoria entre a ciência e a não ciência e indicava o problema da demarcação ao demonstrar os critérios empíricos: da refutabilidade - para funcionar como solução ao separar as ciências; o problema da indução – que dista de um ponto de vista lógico pelas inferências dos enunciados universais (hipótese, teorias) e dos os enunciados singulares (descrição de resultados, observações ou experimentos), independentemente, de quantos possam ser.
4.1.1. Observação e Teorização
4.1.1.1. Popper defendeu que, se a ciência se baseia na observação e teorização, só se podem tirar conclusões sobre o que foi observado, nunca sobre o que não foi. Assim, se um cientista observa milhares de cisnes, em muitos lugares diferentes e verifica que todos os cisnes observados são brancos, isto não lhe permite afirmar cientificamente que todos os cisnes são brancos, pois, não importa quantos cisnes brancos tenham sido observados, basta o surgimento de um único cisne negro para derrubar a afirmação de que eles não existiriam. Assim, qualquer afirmação científica baseada em observação jamais poderá ser considerada uma verdade absoluta ou definitiva.
4.1.2. Falseabilidade
4.1.2.1. A possibilidade de uma teoria ser refutada constituía para o filósofo a própria essência da natureza científica. Assim, uma teoria só pode ser considerada científica quando é falseável, ou seja, quando é possível prová-la falsa. Esse conceito ficou conhecido como falseabilidade ou refutabilidade. Segundo Popper, o que não é falseável ou refutável não pode ser considerado científico. As teorias da gravitação universal de sir Isaac Newton são científicas, por que além de se enquadrarem na definição ao propor equações simples que descrevem os modelos cósmicos gravitacionais, também é possível se fazer previsões acertadas com base nelas.