MEDICINA VETERINÁRIA PREVENTIVA

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MEDICINA VETERINÁRIA PREVENTIVA por Mind Map: MEDICINA VETERINÁRIA PREVENTIVA

1. O SURGIMENTO DAS ATIVIDADES DE MEDICINA VETERINÁRIA PREVENTIVA

1.1. Fases

1.1.1. Fase de ações locais

1.1.1.1. Os primeiros esforços dirigidos contra a doença animal foram descritos nas antigas civilizações da Suméria, Egito e Grécia, com referências à curandeiros de animais tendo seu princípio na pré-história que continua até o primeiro século da era cristã.

1.1.1.2. Esse tipo de ocupação acompanhou o surgimento da civilização urbana, desenvolvimento que dependeu da habilidade das populações rurais em produzir alimentos em quantidade suficiente para sua subsistência, fazendo uso da força animal.

1.1.2. Fase Miilitar

1.1.2.1. A expansão das nações no primeiro século da era crista levou ao controle de doenças animais um controle em larga escala, havendo a criação de estruturas organizadas de pessoas que curavam os animais dentro dos exércitos, pela importância militar que o cavalo assumia.

1.1.2.2. Os avanços no controle de doenças se limitaram ao aperfeiçoamento das técnicas básicas do diagnóstico clínico com o desenvolvimento de habilidades para diferenciar as combinações dos sinais de doenças específicas. Uma quarta tática para o controle das enfermidades dos animais estava associada à melhoria na organização de infraestrutura dos serviços naquela época.

1.1.3. Fase da polícia sanitária animal

1.1.3.1. Houve a criação da primeira escola de veterinária nessa fase, que se iniciou pelos problemas econômicos ocasionados pela manifestação de enfermidades, atingindo um grande número de animais na Europa. Essa crise foi germinal para o estabelecimento da primeira escola de medicina veterinária separada da medicina humana ocupadas pelos estudantes das primeiras escolas que já eram oficiais militares.

1.1.3.2. O controle sanitário incluía os locais de produção de animais e os matadouros, com o objetivo de combater as doenças animais e também as enfermidades humanas que estavam sendo associadas a alimentos de origem animal.

1.1.4. Fase das campanhas ou ações coletivas

1.1.4.1. Nessa fase foram iniciados programas de ações governamentais no combate às infecções dos animais de fazenda. Durante essa fase houve grande sucesso no controle de doenças, o que abriu possibilidades para a criação de animais em produção intensiva

1.1.4.2. Também houve a introdução de uma tática para a prevenção e controle de enfermidades que consiste em ações populacionais como o diagnóstico, a imunização e a terapia em escala populacional, além de alguns procedimentos no controle de vetores. Muitas dessas medidas, primeiramente visualizadas e praticadas pelos veterinários, foram posteriormente extrapoladas e se mostraram bem sucedidas para problemas similares dentro da saúde pública. A aplicação dessas medidas permitiu o uso rápido e sistemático de outros procedimentos como a quarentena, o sacrifício de animais reagentes e a desinfecção local.

1.1.5. Fase de vigilância e ações coletivas

1.1.5.1. O surgimento da teoria sobre os agentes etiológicos da doença pela revolução microbiológica marcou uma fase muito importante para a Medicina Veterinária Preventiva. No entanto, observou-se que outros fatores intervinham no aparecimento das enfermidades, sendo necessária uma abordagem mais ampla do problema. Muitas vezes, a presença do agente etiológico é necessária, mas não suficiente para explicar o aparecimento das enfermidades.

1.1.5.2. Surgiu uma “revolução epidemiológica” após umas crise dentro da medicina veterinária preventiva, que com a compreensão de que cada situação requer análise dos fatores que interagem para a ocorrência de doenças, a epidemiologia, focaliza seus estudos sobre populações, introduzida na Medicina Veterinária Preventiva por meio da Saúde Pública para auxiliar sua prática. O diagnóstico epidemiológico passou a constituir uma nova tática para o controle de enfermidades.

1.1.5.3. O ingresso dos profissionais da Medicina Veterinária no campo das doenças transmissíveis e nos serviços médicos preventivos foi permitido pelo reconhecimento de seus conhecimentos e habilidades em medicina populacional e também pela importância das zoonoses.

2. O profissional formado em Medicina Veterinária que possuir sólidos fundamentos nos conteúdos pertinentes à Medicina Veterinária Preventiva e Saúde Pública, além da habilidade para trabalhar de forma interdisciplinar estará preparado para auxiliar as populações humanas a enfrentarem seus principais desafios.

2.1. CENÁRIO ATUAL E TENDÊNCIAS DA MEDICINA VETERINÁRIA PREVENTIVA E SAÚDE PÚBLICA

2.1.1. A saúde pública veterinária vincula a agricultura, a saúde animal, a educação, o ambiente e a saúde humana. Seus princípios de base estão fortemente ligados nas ciências biológicas e sociais que se encontram amplamente difundidos na agricultura, na medicina e no meio ambiente. A proteção dos alimentos e o controle e erradicação de zoonoses permanecem as funções de maior interesse na área os modelos biomédicos, o desenvolvimento dos serviços de saúde pública veterinária, e o ensino e formação em saúde pública

2.1.2. O autor aponta que os principais problemas enfrentados pela saúde pública veterinária são as novas biotecnologias, o controle das infecções de origem alimentar, os novos sistemas de exploração agrária e as questões éticas relativas a esses problemas. Tradicionalmente dentro do âmbito da saúde pública, a medicina veterinária tem trabalhado no controle das zoonoses e na proteção sanitária dos alimentos.

2.1.3. É tradicional dentro do âmbito da saúde pública, a medicina veterinária tem trabalhado no controle das zoonoses e na proteção sanitária dos alimentos. Além destes setores, em situações específicas relacionadas com o meio ambiente têm chamado a atenção para a atuação da profissão veterinária. O profissional de Medicina Veterinária deve ter um nível de competência consistente com as demandas da sociedade. O reconhecimento da importância da profissão para a sociedade está na dependência de sua relevância social.

2.1.4. A redução da pobreza especialmente nas comunidades rurais, a produção de alimentos sem produzir desgaste ambiental e o controle de enfermidades relacionadas ao meio ambiente constituem alguns dos desafios para a população mundial atual. Nesse contexto, é crescente a importância da participação do sanitarista veterinário nessas questões ligadas à sustentabilidade, em que as populações devem examinar seus padrões de produção e consumo e se comprometer com um crescimento econômico responsável que respeite o meio ambiente.

2.1.5. A ciência veterinária engloba todas as atividades veterinárias incluindo a produção animal e a saúde, cumprindo as funções essenciais na saúde pública e influenciando diretamente a saúde humana pelo seu conhecimento e experiência. Deve ser ressaltada uma atividade importante do médico veterinário dentro da saúde pública que é a educação em saúde. Esse profissional pode atuar na difusão de informações e na conscientização das pessoas sobre os temas ligados à saúde. A participação do sanitarista veterinário é fundamental nos programas de educação em saúde para a proteção e promoção da saúde humana em comunidades dentro dos princípios do desenvolvimento sustentável.

2.2. A SAÚDE PÚBLICA VETERINÁRIA

2.2.1. A saúde pública é a segunda área da prática veterinária voltada para as populações. Nesse tempo, não havia planejamento urbano e os animais como porcos, gansos e patos eram criados nas residências, o que causava incômodo pelo acúmulo de excrementos. Para resolver o problema, os municípios criaram uma série de regulamentos, que incluía a construção de instalações para os animais e a criação de matadouros municipais.

2.2.2. A importância da Medicina Veterinária para a saúde humana coincidiu com o crescente reconhecimento entre os núcleos de estudiosos de médicos e veterinários europeus que desenvolviam pesquisas médicas comparadas em parceria nas áreas de anatomia e fisiologia

2.2.3. O primeiro período teve como alicerce a higiene de alimentos e foi a partir dessa base que alguns poucos veterinários assumiram posições administrativas nos programas de saúde pública de vários países e a segunda se caracterizou pelo trabalho voltado para a população com o uso da epidemiologia no desenvolvimento de programas de controle de zoonoses pelas agências de saúde pública com a consequência da interação com profissionais da medicina humana, os médicos veterinários começaram a ocupar várias posições nas áreas técnicas e administrativas da saúde pública.

2.2.4. O primeiro tipo estabelece as atividades para as quais o veterinário tem uma qualificação única. O outro abrange as atividades que podem ser desempenhadas igualmente pelos veterinários, pelos médicos e pelos demais profissionais do setor. O primeiro tipo estabelece as atividades para as quais o veterinário tem uma qualificação única. A publicação da OMS resultante de uma reunião de especialistas em saúde pública veterinária procurou especificar essas contribuições da Medicina Veterinária para a Saúde Pública, visto as atividades que podem ser desempenhadas igualmente pelos veterinários, pelos médicos e pelos demais profissionais do setor. A primeira e mais básica função do sanitarista veterinário está fundamentada no contexto puramente veterinário por sua conexão com os animais inferiores e suas doenças, relacionado à saúde e bem-estar humanos