A narrativa jornalística transmidiática: considerações sobre o prefixo trans

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A narrativa jornalística transmidiática: considerações sobre o prefixo trans por Mind Map: A narrativa jornalística transmidiática: considerações sobre o prefixo trans

1. Pensar a narrativa jornalística transmídia no contexto do jornalismo convergente requer distinguir quais textos jornalísticos, em primeiro lugar, obedecem às características narrativas tradicionais, configuram possibilidades de agenciar olhar narrativizante, operam por fragmentação e ajuste em mediações intertextuais e articulam os sete princípios fundamentais da narrativa transmídia. Portanto, nem toda informação jornalística dispersa em rede poderia, a rigor, ser considerada uma narrativa jornalística transmidiática.

2. Introdução

2.1. Exemplo: o filme Matrix. Henry afirmava que a experiência dos irmãos Wachowski se expandia além das telas do cinema, constituindo-se numa narrativa transmidiática.

2.1.1. O termo transmídia foi inicialmente usado por Henry Jenkins, em 2003, para designar o modo pelo qual algumas formas de narrativas se complementavam na conjugação das mídias, mas produziam sentido isoladamente.

2.2. Narrativa transmídia e convergência são termos frequentemente usados no âmbito do jornalismo contemporâneo, com o intuito de descrevermos novos modos de produção e consumo da informação jornalística.

3. Sobre a noção de narrativa transmídia

3.1. Para Jenkins, cada acesso à franquia deve ser autônomo. Cada produto determinado é um ponto de acesso à franquia como um todo. Em 2009, ele atualizou os sete princípios fundamentais da narrativa transmídia que são: a) potencial de compartilhamento X profundidade; b) continuidade X multiplicidade; c) imersão X extração; d) construção de universos; e) serialidade; f) subjetividade; g) performance. Eles são bastante oportunos para diferenciar o potencial transmidiático de uma narrativa midiática qualquer.

3.2. Scolari define narrativa transmídia como uma estrutura que se expande em termos de linguagens e de mídias, em um universo icônico/textual abrangente e multifacetado.

3.3. Para Moloney, a indústria do entretenimento tem uma estratégia desenvolvida onde apresenta cada vez mais meios de comunicação e suas várias possibilidades interacionais e interativas.

4. Narrativa transmídia e jornalismo convergente: considerações finais

5. Sobre a noção de narrativa

5.1. A narrativa prioritariamente tratada em dimensão monomidiática, enquanto a noção de transmídia requer abordagem plurimidiática.

5.2. Todorov propõe dois princípios da narrativa: sucessão e transformação.

5.3. É pelo olhar narrativizante que pode conferir sentido a uma narrativa que se espalha por ambientes midiáticos variados e nem sempre integrados por conexões de mídias digitais, como é o caso das narrativas transmídias.

5.4. Verón determina as práticas sociais como instâncias produtoras de sentido.

5.5. Para Walter Benjamim, o jornalismo factual, ainda predominante na produção jornalística contemporânea, não coaduna com a narrativa.

6. Transmídia, intermídia, multimídia

6.1. Segundo o Dicionário Online, o prefixo trans indica através; além de.

6.2. Pierre Lévy enfatiza a “atitude exploratória ou lúdica”, que parece estar na raiz da noção de narrativa transmídia.

6.2.1. A ideia de multimídia interativa dialoga com a ideia de “uma nova geometria da comunicação”.

6.3. A perspectiva intermidiática deve se referir a formas de produção e circulação de informações que se estabelecem no cruzamento e complementaridade de ambientes midiáticos variados. Wenz destaca a compatibilidade e a permeabilidade como características fundamentais da intermidialidade.

6.4. A perspectiva transmidiática pressupõe, não apenas, complementaridade midiática, mas principalmente deslocamento das características tradicionalmente marcadas pelos ambientes midiáticos .