
1. PROBLEMAS RELACIONADOS AO CUIDADOR
1.1. Os médicos devem considerar a possibilidade de abuso do paciente, bem como o abuso do uso de fármacos pelo cuidador, se houver circunstâncias e achados sugerindo isso.
1.2. Certos padrões de lesão ou comportamento do paciente são particularmente sugestivos, como:
1.2.1. Hematomas frequentes, especialmente em áreas menos visíveis (p. ex., meio da coluna)
1.2.2. Hematomas por força de preensão no membro superior
1.2.3. Hematomas nas genitálias
1.2.4. Queimaduras peculiares
1.2.5. Medo inexplicável do cuidador no paciente
2. POLIFARMÁCIA
2.1. A prescrição e os fármacos de venda livre devem ser frequentemente revisados, em especial para interações euso de fármacos considerados inapropriados para o idoso .
3. HISTÓRIA DE FÁRMACOS
3.1. A história de fármacos deve ser registrado e uma cópia deve ser fornecida ao paciente e outra ao cuidador. Ele deve conter:
3.1.1. Fármacos usados
3.1.2. Dose
3.1.3. Horário da dosagem
3.1.4. Prescritor
3.1.5. Motivo da prescrição do fármaco
3.1.6. Natureza precisa de quaisquer alergias a fármacos
3.2. Todos os fármacos utilizados devem ser registrados, incluindo:
3.2.1. Fármacos de uso tópico (que podem ser absorvidos por via sistêmica)
3.2.2. Fármacos de venda livre (que podem ter consequências graves se usados em excesso e podem interagir com os fármacos prescritos)
3.2.3. Suplementos alimentares
3.2.4. Fitoterápicos (porque muitos podem interagir negativamente com fármacos prescritos e de venda livre)
4. HISTÓRIA DE ÁLCOOL, TABÁCO E USO DE DROGAS RECREACIONAIS
4.1. Os pacientes que fumam devem ser aconselhados a parar de fumar, e, se continuarem, então que o façam no leito, visto que os idosos são mais propensos à sonolência ao fazerem isso.
4.2. Tais sinais incluem confusão, raiva, hostilidade, odor etílico na respiração, diminuição do equilíbrio e da marcha, tremores, neuropatia periférica e deficiência nutricional.
5. HISTÓRIA NUTRICIONAL
5.1. O médico deve questionar ao paciente as seguintes questões:
5.1.1. Alguma dieta especial (p. ex., restrição do consumo de sal ou de carboidratos) ou dietas da moda
5.1.2. Ingestão de fibra alimentar, fármacos de venda livre ou vitaminas
5.1.3. Perda ponderal e mudança de ajustes das roupas
5.1.4. Qual é o seu gasto com alimentação
5.1.5. Acessibilidade a lojas de venda de alimentos e instalações adequadas de cozinha
5.1.6. Variedade e qualidade dos alimentos
6. HISTÓRIA DA SAÚDE MENTAL
6.1. Os pacientes podem ser questionados sobre delírios e alucinações, cuidados de saúde mental anteriores (incluindo psicoterapia, institucionalização e terapia eletroconvulsiva), uso de fármacos psicoativos e mudanças recentes de circunstâncias
6.2. Muitas circunstâncias (p. ex., perda recente de um ente querido, perda de audição ou situação de vida e perda de independência) podem contribuir para a depressão.
7. HISTÓRIA SOCIAL
7.1. Os médicos devem obter informações sobre as condições de vida dos pacientes, especialmente onde e com quem eles vivem (p. ex., sozinho em uma casa isolada ou em um prédio de apartamentos movimentado), acessibilidade da residência (p. ex., escadas ou ladeiras) e quais os meios de transporte disponíveis para eles (ver também Aspectos sociais em idosos ).
7.2. Uma visita domiciliar, embora seja difícil de organizar, pode dar importantes informações. Por exemplo, os médicos podem obter informações sobre os alimentos contidos na geladeira e sobre as múltiplas AVD nas condições do banheiro.
8. PONTOS CHAVES
8.1. A menos que sejam corrigidos, os deficits sensoriais, principalmente os auditivos, podem interferir no levantamento da história.
8.2. Muitos distúrbios no indivíduo idoso se manifestam apenas como um declínio funcional.
8.3. Como parte da história medicamentosa, o paciente ou um membro da família, devem trazer na primeira consulta e em todas as subsequentes, todos os seus fármacos, inclusive os de venda livre.
8.4. Os profissionais da área de saúde devem entrevistar com frequência os cuidadores para obter a história da dependência funcional do paciente idoso.
9. DISTÚRBIOS MÚLTIPLOS
9.1. Em média, os pacientes idosos apresentam 6 distúrbios, que devem ser observados durante a consulta:
9.2. Delirium
9.3. Tontura
9.4. Síncope
9.5. Quedas
9.6. Problemas com a mobilidade
9.7. Perda de peso ou apetite
9.8. Incontinência Urinária
10. DIAGNÓSTICO TARDIO OU EQUIVOCADO
10.1. O diagnóstico precoce normalmente depende da familiaridade dos médicos com o comportamento e história do paciente, inclusive do estado mental.
10.2. Normalmente, os primeiros sinais de distúrbios físicos são comportamentais, mentais ou emocionais.
11. HISTÓRIA
11.1. Muitas vezes, é necessário mais tempo para a entrevista e avaliação dos pacientes idosos, em parte porque podem ter características que interferem na avaliação. Deve-se ainda considerar:
11.1.1. Déficits sensoriais
11.1.2. Relato incompleto de sintomas
11.1.3. Manifestações incomuns de determinado distúrbio
11.1.4. Declínio funcional como única manifestação
11.1.5. Dificuldades em recordar
11.1.6. Medo
11.1.7. Distúrbios e problemas associados à idade
12. ENTREVISTA
12.1. Durante a entrevista, é necessário que o médico tenha conhecimento sobre as preocupações cotidianas, circunstâncias sociais, função mental, estado emocional e sensação de bem-estar do paciente idoso ajudam a orientar e conduzir a entrevista.
12.2. É necessário que seja realizada a avaliação do estado mental do paciente, sendo realizado de forma discreta.
12.2.1. Geralmente, algumas dicas verbais e não verbais (p. ex., a forma como a história é contada, o ritmo da conversa, o tom de voz usado na entrevista e o contato ocular com o entrevistador) podem der informações, como:
12.2.1.1. Depressão
12.2.1.2. Saúde Mental e física
12.2.1.3. Ganho ou perda ponderal de peso
13. HISTÓRIA CLÍNICA
13.1. O médico deve questionar sobre as principais enfermidades como:
13.1.1. Poliomielite e febre reumática
13.1.2. Tratamentos antigos como: tuberculose e sífilis
13.1.3. Histórico de imunizações
13.1.4. Caso o indivíduo recorde alguma cirurgia, mas não se lembre do procedimento ou objetivo, os registros cirúrgicos devem ser obtidos, se possível.
13.2. O médico deve fazer perguntas destinadas a examinar sistematicamente cada área ou sistema do corpo, checando assim outros distúrbios e problemas comuns que o paciente tenha esquecido de mencionar
14. CAPACIDADE FUNCIONAL
14.1. Os indivíduos podem ser interpelados por meio de perguntas abertas sobre a capacidade de realizar as AVD ou ser solicitados a preencher um instrumento padronizado com perguntas específicas sobre AVD e AIVD (p. ex., tabelas escala de AVD de Katz e escala de AIVD de Lawton ).
15. DIRETIVAS AVANÇADAS
15.1. É importante fazer com os pacientes e seus representantes se acostumem a discutir os objetivos dos cuidados; então quando as circunstâncias exigem decisões médicas e documentação prévia não está disponível ou não é relevante para a circunstância (o que é muito comum), decisões apropriadas podem ser tomadas.
16. EXAME FÍSICO
16.1. SINAIS VITAIS
16.2. PELES E UNHAS
16.3. CABEÇA E PESCOÇO
16.4. PEITO E COSTAS
16.5. SISTEMA GASTRINTESTINAL
16.6. SISTEMA REPRODUTIVO
16.6.1. FEMININO E MASCULINO