A EPISTEMOLOGIA DE KUHN

EPISTEMOLOGIA DE KUHN

Começar. É Gratuito
ou inscrever-se com seu endereço de e-mail
A EPISTEMOLOGIA DE KUHN por Mind Map: A EPISTEMOLOGIA DE KUHN

1. Paradigma :

1.1. Sentido Geral: todo o conjunto de compromissos de pesquisas de uma comunidade científica (constelação de crenças, valores, técnicas partilhados pelos membros de uma comunidade determinada).

1.1.1. Matriz disciplinar:

1.1.1.1. Disciplinar porque se refere a uma posse comum aos praticantes de uma disciplina particular; matriz porque é composta de elementos ordenados de várias espécies, cada um deles exigindo uma determinação mais pormenorizada.

1.1.1.1.1. Generalização Simbólica

1.1.1.1.2. Modelos Particulares

1.1.1.1.3. Valores Compartilhados

1.2. Sentido restrito e os exemplares: Exemplares são as soluções de problemas encontrados nos laboratórios, nos exames, no fim dos capítulos dos manuais científicos, bem como nas publicações periódicas, que ensinam, através de exemplos, os estudantes durante sua educação científica.

1.2.1. IGOR DA SILVA MARTINS

2. Ciência normal

2.1. Ciência normal é a tentativa de forçar a natureza a encaixar-se dentro dos limites preestabelecidos e relativamente inflexíveis fornecidos pelo paradigma, ou seja, modelar a solução de novos problemas segundo os problemas exemplares .

2.1.1. A imagem de ciência normal, concebida por Kuhn, é a de uma atividade extremamente conservadora, na qual há uma adesão estrita e dogmática a um paradigma

2.2. Problemas que a constituem:

2.2.1. Determinação do fato significativo

2.2.2. Harmonização dos fatos com a teoria

2.2.3. Articulação da Teoria

2.3. Uma comunidade científica, ao adquirir um paradigma, adquire também um critério para a escolha de problemas que, enquanto o paradigma for aceito, podem ser considerados como dotados de uma solução possível.

3. Revoluções Científicas

3.1. Há períodos nos quais o quebra-cabeça da ciência normal fracassa em produzir os resultados esperados. Os problemas, ao invés de serem encarados como quebra-cabeças, passam a ser considerados como anomalias, gerando um estado de crise na área de pesquisa - o chamado período de ciência extraordinária.

3.1.1. OCORRE UMA ANOMALIA -> OCASIÃO PARA UMA MUDANÃ DE PARADIGMA

3.1.2. Exemplo: Fim do século XVI: fracasso do paradigma ptolomaico (modelo geocêntrico) e emergência do paradigma copernicano (modelo heliocêntrico).

3.1.2.1. Uma teoria científica, após ter atingido o status de paradigma, somente é considerada inválida quando existe uma alternativa disponível para substituí-la.

3.1.2.2. Incomensurabilidade de paradigmas:

3.1.2.2.1. Os proponentes dos paradigmas competidores praticam seus ofícios em mundos diferentes. A ideia de incomensurabilidade está relacionada ao fato de que padrões científicos e definições são diferentes para cada paradigma (Kuhn, 1978)

3.1.2.2.2. Debates inter-paradigmaticos: Tradutores para as diferentes linguagens paradigmáticas.

3.1.3. Os cientistas não rejeitam paradigmas simplesmente porque se defrontam com anomalias.

4. Ensino de Ciências

4.1. Zylbersztajn (1991) propõe que os alunos de disciplinas científicas sejam encarados como cientistas kuhnianos. Os passos instrucionais delineados, nesta estratégia, são:

4.1.1. 1) Elevação do nível de consciência conceitual: os alunos, nesta etapa, devem conscientizar-se de suas concepções alternativas.

4.1.1.1. 2) Introdução de anomalias: o objetivo principal deste passo instrucional é criar uma sensação de desconforto e insatisfação com as concepções existentes, através do conflito entre estas e o pensamento científico.

4.1.1.1.1. 3) Apresentação da nova teoria: nesta etapa, os alunos recebem um novo conjunto de idéias que irão acomodar as anomalias.