
1. URÉTER
1.1. Modificações relacionadas à idade em relação ao conteúdo dos seus eletrólitos
1.1.1. Constatando aumento de ferro e sulfato e diminuição das concentrações de cálcio, ao contrário do observado na maioria dos órgãos
1.2. Maior contratilidade, que, provavelmente, estaria associada a uma expansão da sua camada muscular em relação às outras camadas desse órgão
2. BEXIGA
2.1. O envelhecimento da bexiga pode resultar no desarranjo do delicado equilíbrio entre os músculos estriados (voluntários) e liso (autônomo)
2.1.1. Controlado pela ação simpática, responsável pelo relaxamento e pela capacidade de armazenamento vesical
2.1.2. Parassimpático, com ação predominante na contração da bexiga e expulsão da urina
2.2. Deposição de colágeno, com pronunciadas alterações histológicas observadas sob microscopia eletrônica nas três camadas do detrusor e consequente hiperatividade do mesmo
2.2.1. Progressiva esclerose dos vasa-vasorum, cuja consequência é a denervação da bexiga
2.3. MULHER
2.3.1. A origem embriológica comum de bexiga, uretra, ureter e trato genital responde, na mulher, a estímulo estrogênico, cujo declínio de produção que acompanha o climatério pode trazer consequências fisiológicas, participando como facilitador do aparecimento, por exemplo, de infecções urinárias
2.4. HOMEM
2.4.1. Em associação aos processos degenerativos próprios, a bexiga está vulnerável, principalmente, ao aumento prostático e à consequente acentuação do prejuízo aos processos primários do seu envelhecimento
3. URETRA
3.1. Órgão pouco comprometido pelo envelhecimento, a uretra apresenta entre as mulheres uma diminuição da pressão uretral máxima e do comprimento funcional
4. RIM
4.1. A partir da quarta década, inicia-se o processo de envelhecimento renal, com diminuição do seu peso, que pode chegar a cerca de 180 g
4.1.1. Tem redução da área de filtração glomerular e, consequentemente, das suas funções fisiológicas
4.1.1.1. O que se detecta universalmente pela medida do ritmo de filtração glomerular, em geral quantificada na clínica pela depuração da creatinina endógena
4.2. A medula é relativamente preservada, em contraposição à progressiva perda das estruturas corticais
4.2.1. Essas perdas são heterogêneas das estruturas renais e podem condicionar graus diferentes de atrofia, esclerose e hiperplasia de vasos, glomérulos, túbulos e interstício renal
4.2.1.1. A consequência desse fenômeno de alterações heterogêneas é uma perda funcional que não leva à plena falência do órgão
5. VASOS RENAIS
5.1. A partir dos 40 anos, todos os vasos renais sofrem progressiva esclerose
5.1.1. Levando a uma diminuição de seu lúmen
5.1.1.1. Com consequentes modificações no fluxo laminar do sangue, o que facilita a deposição lipídica na parede vascular
5.1.1.1.1. Isso propicia a substituição de células musculares por depósitos de colágeno, o que causa a diminuição da sua elasticidade
5.2. Diferenças arteriais foram observadas predominantemente nos vasos intrarrenais (artérias interlobulares e arqueadas)
6. GLOMÉRULOS
6.1. O número de glomérulos à época do nascimento varia entre 800 mil e 1 milhão, divididos entre os de localização cortical e justamedular, que têm características funcionais distintas
6.1.1. Esse número de glomérulos mantém-se constante até a quarta década, quando se inicia o processo de envelhecimento renal
6.1.1.1. A partir daí, há uma progressiva redução dessas estruturas, alcançando na sétima década cerca de 1/3 do número de glomérulos iniciais
6.2. Além da redução em número e volume, os glomérulos sofrem processos de modificações estruturais
6.2.1. Envolvendo mudança da expressão de genes que levam à expansão das células mesangiais e a um acentuado espessamento da membrana basal por mecanismos inflamatórios, associado a alterações bioquímicas da mesma
6.3. A deterioração glomerular deve-se a estímulos extrínsecos e intrínsecos que podem limitar o número de replicação celular causada por encurtamento telomérico
6.3.1. A principal consequência dessas alterações é a diminuição da área de filtração e da permeabilidade glomerular, o que proporciona a diminuição do ritmo de filtração glomerular
6.4. Resumidamente
6.4.1. Os glomérulos corticais sofrem uma evolução para atrofia e desaparecimento completo, com perda total do polo vascular, desaparecendo, assim, ambas as estruturas
6.4.2. Enquanto nos glomérulos justamedulares ocorre o desaparecimento do glomérulo, sem a perda dos segmentos das arteríolas aferentes e eferentes que dão origem a um shunt vascular
7. TÚBULOS E INTERSTÍCIO
7.1. Após o nascimento, mantém-se o processo de expansão e maturação dos túbulos renais
7.1.1. A partir da quarta década, passam a sofrer o processo contrário, com diminuição do seu comprimento e volume, provavelmente em decorrência de isquemia
7.1.1.1. Como consequência, há uma substituição por tecido conjuntivo sem grandes sinais inflamatórios associados
7.2. Com relação ao interstício, novamente se observam diferentes comportamentos entre o interstício cortical e o medular
7.2.1. No primeiro, o aumento do tecido conjuntivo não é tão marcante quanto na medula, onde também ocorre acentuado depósito gorduroso