
1. Mercado
1.1. Internacional
1.1.1. Destino da produção de leite.
1.1.1.1. Leite fresco(42,9%), queijo(25,2%), manteiga(23,1%), leite desnatado(5,1%) e Leite integral(3,7%).
1.1.2. Principais espécies produtoras de leite.
1.1.2.1. Bovino (83%), Bubalinos(14%), Caprinos(3%), ovinos(1%) e camelus(0,3%).
1.1.3. Exportação principais produtos são o leite em pó e leite condensado.
1.1.4. A comunidade Europeia e o Estados Unidos, são os países que dominantes de do comercio leiteiro mundial e a Índia quando se fala de leite de búfala.
1.1.4.1. Diminuição da produção de leite na Alemanha, França e Rússia, possibilitaram a países como China, Índia, Nova Zelândia e Brasil aumentarem sua participação no cenário internacional.
1.2. Nacional
1.2.1. Estados brasileiros com rebanho bovino leiteiro: Minas Gerais (3.136.748),Goiás (1.885.951),Paraná (1.305.319), Rio Grande do Sul (1.183.152), São Paulo (1.030.446).
1.2.1.1. Produção de origem animal (Mil litros): Minas Gerais (9.447.532),Paraná (4.339.190),Rio Grande do Sul (4.270.797), Goiás (3.180.497), Santa Catarina (3.040.179).
1.2.1.1.1. Valor da produção (Mil Reais): Minas Gerais (11.514.978), Paraná (5.760.434), RS (5.297.633),Goiás (3.849.194), Santa Catarina (3.787.321).
1.2.2. Aumento da produção de leite nas ultimas décadas, apesar disso há um déficit na balança comercial nacional de lácteos.
1.2.3. Produtos importados.
1.2.3.1. Leite em pó integral (40,2%), leite em pó desnatado (17,2%), soro em pó (6,7%).
1.2.4. Produtos Exportados.
1.2.4.1. Leite em pó integral (76,8%),Outros leites/leite condensado (13,5%), Outros/Creme de leite (4,1%).
1.2.4.1.1. Principais países importadores do produtos brasileiros.
2. Legislação
2.1. RTIQ - Leite e seus derivados
2.1.1. Portaria MAPA n° 146, de 07 de março de 1996 - Regulamentos Técnicos de Identidade e Qualidade dos Produtos Lácteos.
2.1.2. Resolução DIPOA n°2, de 19 de novembro de 2002 - Aprovar a presente Resolução, que estabelece critérios para o uso da indicação “Longa Vida” na rotulagem de produtos lácteos submetidos a tratamento térmico pelo processo U.H.T.
2.1.3. Instrução Normativa SDA n° 69, de 13 de dezembro de 2006 - Índice de CMP.
2.1.4. Instrução Normativa MAPA n°76, de 26 de novembro de 2018 - Regulamentos Técnicos que fixam a identidade e as características de qualidade que devem apresentar o leite cru refrigerado, o leite pasteurizado e o leite pasteurizado tipo A.
2.1.4.1. Art. 2º Para os fins deste Regulamento, leite cru refrigerado é o leite produzido em propriedades rurais, refrigerado e destinado aos estabelecimentos de leite e derivados sob serviço de inspeção oficial
2.1.4.2. Art. 22. Para os fins deste Regulamento, leite pasteurizado tipo A é o leite fluido, produzido, beneficiado e envasado exclusivamente em Granja Leiteira, submetido a um dos processos de pasteurização previstos na legislação vigente e destinado ao consumo humano direto.
2.1.4.3. Art. 23. O leite pasteurizado tipo A deve ser envasado automaticamente em circuito fechado.
2.1.4.4. Art. 24. O leite pasteurizado tipo A, de acordo com o conteúdo da matéria gorda, é classificado como: I - integral; II - semidesnatado; ou III - desnatado.
3. Manejo de cria
3.1. Cuidados com a vaca principalmente nos últimos 3 meses antecessores ao parto
3.2. A fase de cria é o intervalo que compreende o período do nascimento até o desmame (90 dias).
3.2.1. É o período em que ocorrem ate 50% dos óbtos dependendo diretamente de diversos fatores incluindo os externos
3.3. Cuidados primários
3.3.1. Limpeza dos recém nascidos
3.3.1.1. limpeza da mucosa nasal e oral
3.3.1.2. Limpeza da área de tórax e abdome por fricção com panos
3.3.1.3. Limpeza, corte e a ligadura do cordão umbilical
3.3.1.3.1. a cura do umbigo deve ser feita, duas vezes ao dia com solução de iodo 10% até que o mesmo desidrate e caia.
3.3.2. Ingestão de colostro para que haja a transferência adequada de imunoglobulinas (anticorpos).
3.3.2.1. Para bezerros neonatos é recomendado de 10% do seu peso vivo.
3.3.2.1.1. colostrômetro (hidrômetro): ferramenta utilizada para medir a qualidade de colostro ingerido pelas bezerras.
3.3.2.1.2. refratômetro de brix (óptico ou digital): outro aparelho capaz de medir a ingestão de colostro.
3.4. Sistema digestivo
3.4.1. Em sua fase inicial o sistema digestivo dos ruminantes comportam-se com os animais monogástricos, tendo apenas o abomaso desenvolvido e funcional.
3.4.1.1. Somente alimentos líquidos são ingeridos de forma eficaz.
3.4.1.2. Leite integral, o colostro excedente, o leite de transição, o leite de descarte e o sucedâneo são opções para ser oferecidas após a ingestão do colostro.
3.4.1.2.1. Sendo oferecidos duas vezes ao dia.
3.4.2. Após s segunda semana deve-se oferecer volumoso e de concentrado adequado juntos com o aleitamento.
3.5. A partir da terceira semana o rúmen começará o desenvolvimento e o consumo de alimentos sólidos tende ser eficiente e a aumentar.
3.5.1. O desenvolvimento de papilas ruminais, responsáveis pela absorção de produtos finais de fermentação, depende principalmente da presença de alimentos sólidos no rúmen, e da consequente produção de ácidos graxos de cadeia curta (AGCC) resultantes de fermentação.
3.6. Desmame ou Desaleitamento
3.6.1. A desmama precoce ocorre 2 meses após o nascimento com o corte de leite do bezerro.
3.6.1.1. Começando a ingestão de alimentos sólidos o mais cedo.
3.6.1.2. O desmame ocorre quando as bezerras conseguem consumir 600-800 g de concentrado por dia.
3.6.1.3. consumo de 1% do seu peso em concentrado, não apresentar hipertermia e diarreia, consumir feno ou volumoso regularmente e ter ganho de peso médio diário próximo a 500 g desde o nascimento são características de fase.
3.6.1.4. a suspensão pode ser abrupta, porém para isso a bezerra deve ser estimulada a aumentar a ingestão de alimento sólido, que deve ser limitado a 2% do peso vivo.
4. O que é?
4.1. Bovinocultura de leite é a atividade pecuária destinada à criação de gado para fins de extração de leite.
4.1.1. Tipos de leite pasteurizados
4.1.1.1. Tipo A: são classificados de acordo com conteúdo de matéria gorda podendo ser: desnatado, semidesnatado ou integral
4.1.1.1.1. Tende a ter um tempo de durabilidade maior do que os do Tipo B e C devido a qualidade do seu processamento.
4.1.1.1.2. Em relação aos micorganismos pode ter até 10.000 UFC/ml w 400.000 CCS/mL (células por mililitro) antes da pasteurização e até 500 UFC/ml após a refrigeração. A quantidade de Coliformes Totais pode ser de 2/ml.
4.1.1.2. Tipo B: Seu processo de ordenha é mecânica e sempre é refrigerado a aproximadamente 4°c, com seu processo industrial de envasamento e pasteurização realizado fora da fazenda
4.1.1.2.1. Maior risco de contaminação durante o transporte tendo uma durabilidade entre o Tipo A e C.
4.1.1.2.2. Em relação aos micro-organismos pode ter até 500.000 UFC (unidade formadora de colônia/ml) antes da pasteurização e até 40.000 UFC/ml após a refrigeração. Coliformes totais ausentes em 1/ml.
4.1.1.3. Tipo C: Esse tipo não é mais comercializado no brasil, pois ele pode ser armazenado em tanques não refrigerados antes de seguir para o local de envasamento e pasteurização.
4.1.1.3.1. Grande risco de contaminação, pois não há refrigeração após o processo de ordenha podendo este ser manual ou mecânico.
4.1.1.3.2. Em relação aos microrganismos antes da pasteurização não tem limites e após a refrigeração pode ter até 150.000 UFC/ml. A tolerância de Coliformes Totais é de 0,2/ml.
5. Pasteurização
5.1. A pasteurização é uma técnica de esterilização parcial dos alimentos, nomeadamente de bebidas (especialmente do leite), conseguida pela eliminação ou acentuada diminuição do número de microrganismos (bactérias) sob ação do calor, de modo a alterar-se o menos possível a estrutura física do produto e as suas propriedades bioquímicas.
5.1.1. Tipos de pasteurização
5.1.1.1. Lenta ou prolongada (Leite LHT): 30 minutos a 62-63 oC, é feita por batelada em um processo descontinuo-pasteuriza uma grande quantidade de leite de uma única vez.
5.1.1.2. Rápida ( Leite HTST): 40 segundos a 71-74 o C por 15 segundos, sendo mais eficaz é feita por sistema continuo, ocasionando praticamente nenhuma perda nutricional e de vitaminas.
5.1.1.3. pasteurização elevada ( Leite UHT): 1 minuto a 85 o C, em placas aquecedoras, sendo um processo de esterilização (longa vida), não havendo perda de nenhum nutriente ou vitaminas.
6. Manejo de recria
6.1. A fase de recria inicia-se após o desmame estendendo-se até a primeira cobrição.
6.1.1. A idade ao 1º cio (puberdade) é reflexo do tamanho ou do peso (idade fisiológica) e não da idade cronológica da novilha.
6.1.1.1. Má formação do úbere e menor produção de leite na 1ª lactação, podem ser reflexos de novilhas que ganham mais de 900 g de PV por dia.
6.1.1.2. São de extrema importância os controles dos índices zootécnicos como: Idade a Primeira Cobertura e Idade ao Primeiro Parto.
6.1.2. Fase em que geralmente é relegada a segundo plano pelo produtor, pois este tente a da mais atenção a parte do rebanho que geram receita (vacas leiteiras terminadas.
6.1.2.1. período em que é estabelecido o histórico de produção do animal para a vida adulta.
6.1.3. A cobertura e o primeiro parto são as fases de maior exigência nutricional, portanto de maior consumo de alimentos e de maior custo econômico.
6.1.3.1. A fase se reprodução inicia-se por volta e 12 a 15 meses de idade e ela deve estar pesando em torno de 50-60% do peso de uma vaca adulta.
6.1.3.1.1. traçar metas de kg engordado/animal/dia são de extrema importância para alcançar o máximo de potencial produtivo.
6.1.3.2. a taxa de GMD é um dos parâmetros mais importantes.
6.1.4. Manejo alimentar de vacas em lactação e recria de novilhas.
6.1.4.1. Manejo de vacas secas.
6.1.4.1.1. Esse é o período que entre dos dois últimos meses da gestação, nele cuidados inadequados podem ocasionar uma redução significativa da produtividade, portanto, elas devem apresentar boa saúde.
6.1.4.2. Manejo de vacas ao parto.
6.1.4.2.1. Esse é o período após o parto em que a higienização da vaca recém parida tem vital importância, além disso deve-se assegurar ingestão do colostro e registrar dados do parto.
6.1.4.3. Manejo de vacas com retenção de placenta.
6.1.4.3.1. Quando há uma permanência total ou parcial da placenta por um período superior a 12 horas. Desde observação ate a aplicação de antibióticos são alguns dos cuidados que devem ser tomados nessa situação.
6.1.4.4. Manejo de vacas em lactação.
6.1.4.4.1. Nesse período deve-se separar vacas em lotes; e fornecer volumoso de boa qualidade. Além de receber nutrição de qualidade em volumes adequados e realizando controles para que não aconteça subnutrição.
7. Instalações
7.1. Sistema Intensivo
7.1.1. O sistema intensivo é aquele em que as vacas leiteiras são mantidas confinadas em estábulos de ordenha galpões (depende do tipo de instalação adotada) e alimentadas no cocho com forragens conservadas, como silagens e fenos. Ele pode ser dividido em: Confinamento em Piquetes, Loose Housing, Tie Stall,Free Stall (sendo que compost barn é uma instalação no estilo do free stall, em que a cama é trabalhada como compostagem).
7.1.1.1. Confinamento em Piquetes
7.1.1.1.1. Loose Housing
7.1.1.1.2. Free Stall
7.1.1.1.3. Tie Stall
7.2. Sistema Extensivo
7.2.1. Sistema extensivo consiste na criação de animais a pasto , sem um padrão de raça definido. A pastagem é à base da alimentação, já que a criação do gado é inteiramente no campo. As instalações são simples e limita-se a um curral onde as vacas são ordenhadas
7.2.1.1. As principais características desse sistema são: a rusticidade, simplicidade e adaptabilidade das instalações, o custo barato dos materiais (madeira, cordoalha, etc).
7.2.1.1.1. O curral nem sempre é calçado, os estábulo de ordenha, comedouros Bebedouros, saleiros rústicos e coletivos.
7.3. Sistema Semi-Intensivo
7.3.1. O sistema consiste em que os animais são criados a pasto e recebem alimentação com forrageiras de alta capacidade de suporte, com suplementação volumosa na época de menor crescimento do pasto e, em alguns casos, durante o ano todo. O alimento é fornecido no estábulo no momento da ordenha
7.3.1.1. Das vantagem que esse sistema apresenta as instalações geralmente são simples e é possível a adoção de certos recursos tecnológicos, o que pode aumentar a produtividade e a qualidade do leite, ele também permite a aplicação de processos tecnológicos na criação, sendo comum práticas de aleitamento artificial e inseminação artificial.
7.3.1.1.1. As desvantagens desse sistema estão na necessidade de investimentos maiores em salas de ordenha e resfriamento do leite.