A IMPORTANCIA DOS CLASSICOS Jeffrey C. Alexande

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A IMPORTANCIA DOS CLASSICOS Jeffrey C. Alexande por Mind Map: A IMPORTANCIA DOS CLASSICOS Jeffrey C. Alexande

1. No presente ensaio, enfatizo a importância dos clássicos na ciência social contemporânea (p.23)

1.1. Para responder às perguntas sobre a relação entre ciência social e os clássicos, tem-se de determinar exatamente o que seja a ciência social e em que medida ela se relaciona com a ciência da natureza.

1.2. Tem-se de determinar também o que significa analisar os clássicos e que relação esse tipo de atividade presumivelmente hist6ria apresenta com a busca contemporânea de conhecimento científico (p.24)

1.2.1. Um clássico é o resultado do primitivo esforço da exploração humana que goza de status privilegiado em face da exploração contemporânea no mesmo campo.

1.2.1.1. O conceito de status privilegiado significa que os modernos cultores da disciplina em questão acreditam poder aprender tanto com o estudo dessa obra antiga quanto com o estudo da obra de seus contemporâneos. (p.24)

2. 1. O desafio do empirismo a importancia dos classicos

2.1. “De acordo com a definição dada ao termo, o gênero "clássico" não existe hoje nas ciências naturais. (p.25)

2.1.1. Para os positivistas, significa que, a longo prazo, a ciência social terá também de ignorar os clássicos, devendo a atenção ser limitada a curto prazo.

2.1.1.1. Essas conclusões se baseiam em duas pressuposições.

2.1.1.1.1. A primeira é que a ausência de textos clássicos na ciência natural denuncia o seu status puramente empírico

2.1.1.1.2. E a segunda é que a ciência natural e ciência social são no fundo a mesma coisa.

3. 2. A visão p6s-positivista da ciência

3.1. A primeira é que a ausência de textos clássicos na ciência natural denúncia o seu status puramente empírico

3.1.1. Se as considerações gerais e não-empíricas desempenham papel tão decisivo, então a primeira assertiva de Merton - sobre o caráter da ciência natural - não se sustenta. Nem, a meu ver, a segunda, pois sob certos aspectos cruciais as práticas da ciência natural e da ciência social não são as mesmas.

3.2. Sugeri que a persuasão positivista nas ciências sociais recorre a quatro postulados principais.

3.2.1. O primeiro e que existe uma ruptura radical e epistemológica entre as observa¢oes empiricas, ditas específicas e concretas, e as afirmações empíricas, ditas gerais e abstratas

3.2.2. O segundo postulado só é possível quando se reconhece essa ruptura: preocupa<;6es mais gerais e abstratas - filosóficas ou metafísicas - carecem de significado fundamental para a prática de uma disciplina empiricamente orientada.

3.2.3. Em terceiro lugar, questões de natureza geral, abstrata e teórica só podem ser aquilatadas com relação a observações empíricas.

3.2.4. O quarto postulado sustenta que 0 desenvolvimento científico e "progressivo", isto é, linear e cumulativo.

4. 3. Porque existem clássicos na ciência natural: uma visão pós-positivista

4.1. A genuína conquista da ciência moderna não é, primariamente, a produção da verdade, ou seja, afirmações corretas e convincentes sobre o que chamamos realidade. Ao contrário, ela se afasta das categorias tradicionais de conhecimento utilizando um método de chegar a esse consenso voluntário e permanente quanto às nossas vísceras. (Habermas, 1972, p.91)

4.2. Os clássicos estão ausentes porque, em geral, a atenção se volta para as dimensões empíricas da ciência natural.

4.3. Os clássicos estão ausentes porque, ern geral, a atenção se volta para as dimensões empíricas da ciência natural. (p.34)

4.4. Assim, ao invés de clássicos, a ciência natural dispõe daquilo que Kuhn chamou de modelos (exemplares). (p.35)

4.5. Em suma, são absorvidos porque gozam de posição privilegiada no processo de socialização e não porque tenham validade científica. Os processos de aprendizado são os mesmos na ciência social: a diferença é que os cientistas sociais absorvem tanto clássicos quanto modelos. (p.35)

4.6. Afirmo apenas que as condições da ciência social tornam altamente improvável o consenso sobre a natureza exata do conhecimento empírico - para não falar do consenso sobre leis explicativas. Em ciência social, portanto, os argumentos a respeito da verdade científica não se referem apenas ao nível empírico; eles atravessam 0 leque total de empreendimentos não-empíricos que amparam pontos de vista concorrentes. Existem razões cognitivas e valorativas para as notórias diferenças no nível de consenso.

5. Se os postulados da tendência positivista efetivamente reduzem a teoria ao fato, os da postura pós-positivista reabilitam a teoria.(p.31)

6. Minha distinção entre ciência natural e ciência social só pode ter, e claro, um caráter de tipo ideal. Meu propósito é articular condições gerais e não explicar situações disciplinares específicas. Em geral, é decerto apropriado dizer que as condições pró e contra os clássicos correspondem amplamente a divisão entre ciências da natureza e ciências que tratam das ações dos seres humanos. A análise específica de qualquer disciplina exigiria a especificação das condições gerais em cada caso. Assim, a ciência natural se fragmentou em ciência física e ciência da vida. Menos sujeita a matematização esta é menos consensual e menos vulnerável a disputas extra-empíricas explícitas. Em alguns casos isso pode fazer com que 0 debate sobre os clássicos desempenha um papel científico constante, como na polêmica darwiniana em biologia evolucionista. Também nos estudos sobre 0 homem as disciplinas diferem segundo 0 grau com que, tipicamente, manifestam as condições que vou descrever. (nota de rodapé, p.33)

7. UNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE FLUMINENSE DARCY RIBEIRO - UENF

7.1. JÉSSICA EVELYN VASCONCELOS ALVES (MESTRANDO NO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM POLITICAS SOCIAIS)

8. 4. As razões pós-positivistas em pro! dos Clássicos

8.1. Afirmo apenas que as condições da ciência social tornam altamente improvável o consenso sobre a natureza exata do conhecimento empírico - para não falar do consenso sobre leis explicativas. Em ciência social, portanto, os argumentos a respeito da verdade científica não se referem apenas ao nível empírico; eles atravessam 0 leque total de empreendimentos não-empíricos que amparam pontos de vista concorrentes. Existem razões cognitivas e valorativas para as notórias diferenças no nível de consenso. Aqui, mencionarei apenas as principais.(p.36)

8.2. Dilthey escreveu que "a vida como ponto de partida e contexto duradouro fornece 0 primeiro aspecto básico da estrutura dos estudos humanos pois estes repousam na experiência, na compreensão e no conhecimento da vida" (1976, p.1S3). A ciência social, em outras palavras, não pode ser aprendida pela mera imitação de uma forma de resolver problemas empíricos. Por·quanta seu objeto e a vida, ela depende da capacidade do próprio cientista de compreender a vida. Depende das faculdades idiossincráticas de experimentar e conhecer.

8.2.1. Em minha opinião, existem pelo menos três maneiras diferentes de distinguir esse conhecimento pessoal.

8.2.1.1. 1 Pela interpretação dos estados mentais

8.2.1.2. 2 Pela reconstrução do mundo empírico

8.2.1.3. 3 Pela formulação de avaliações morais e ideológicas

9. 5. Ingenuidade fenomenológica por que desconstruir os debates clássicos

10. 6. Interpretação dos clássicos como argumento teórico: Talcott Parsons e seus críticos do período do pós-guerra

11. 7. O humanismo e os Clássicos: por que o desafio historicista está errado

11.1. 1 Contexto singular versus contexto infinito

11.2. 2 intenção transparente versus intenção opaca

11.3. 3 Textos explícitos versus textos polivalentes