1. INTRODUÇÃO
1.1. Segundo GONÇALVES (2012) e TACCONI (2007) as queimadas têm chamado atenção e gerado alarme na sociedade desde o início da década de 1980.
1.2. Para TORRES e RIBEIRO (2008), a maior parte dos incêndios tem origem humana, principalmente aqueles provocados intencionalmente, por vingança ou desequilíbrio emocional. Contudo, são os fatores climáticos, como seca e velocidade do vento, ou o relevo, que influenciam na sua propagação e determinam os seus efeitos devastadores.
1.3. TORRES e RIBEIRO (2008) ainda comentam que estudos sobre os efeitos na vida humana, ambiental e animal se fazem importantes para cumprir o papel de alertar e documentar os ocorridos no Brasil e no mundo, além de investigar os efeitos que as queimadas trazem para as temáticas humanas, ambientais e animais.
2. OBJETIVO DA PESQUISA
2.1. Esse trabalho tem como objetivo reunir as algumas informações já publicadas e revisadas na literatura em relação às queimadas no Brasil e no mundo. Aborda efeitos que esse problema ambiental causa aos animais, ao meio ambiente e aos humanos. E visa reunir dados sobre as queimadas no Brasil e no mundo, além de identificar projetos governamentais e da sociedade civil sobre o tema
3. JUSTIFICATIVA
3.1. Segundo IRLAND (2013), levantar o histórico das queimadas e compreender o caráter estatístico do tamanho e da área de ocorrência dos incêndios florestais é importante para os programas de proteção florestal.
3.2. Corroborando com entendimento de TORRES e RIBEIRO (2008), em relação às queimadas, e considerando que são causadas por fenômenos naturais ou propositais, é de suma importância saber os mecanismos e motivações de cada tipo de queimada, bem como os efeitos maléficos causados nos seres que estão envolvidos no ecossistema.
3.3. Além disso, é imprescindível entender como os esses incêndios afetam a dinâmica de interação dos seres vivos, para assim promover uma conscientização da população sobre o fenômeno e evitar a incidência injustificada e incriminada nas grandes áreas e florestas do Brasil e do mundo.
4. METODOLOGIA
4.1. A elaboração desta pesquisa foi dividida em três etapas
4.1.1. Na primeira parte, os componentes do grupo realizaram, de forma individual, um breve levantamento dos problemas que impactam à Saúde Única na região de suas residências
4.1.2. A segunda etapa do trabalho, consiste na pesquisa, discussão, revisão bibliográfica e consolidação dos debates e publicações inerentes ao tema neste trabalho de pesquisa.
4.1.3. Por fim, na terceira parte deste trabalho o grupo irá elaborar um vídeo curto, com informações sobre problema de saúde ambiental e seus desdobramentos na saúde humana e animal, que será apresentado à Unidade Curricular Saúde Única do Curso de Medicina Veterinária do Centro Universitário UNA
5. RESULTADO DA DISCUSSÃO
5.1. Queimadas no Brasil e no mundo
5.1.1. O Brasil segue na liderança do ranking mundial de destruição de florestas tropicais. Levantamento da organização GLOBAL FOREST WATCH (2021) mostra que em 2020 foram devastados 1,7 milhão de hectares pelo desmatamento desenfreado e queimadas. O CORPO DE BOMBEIROS DE MINAS GERAIS (2022) divulgou um balanço sobre as queimadas no Estado. De acordo com a corporação, de janeiro a julho de 2021 foram 12.627 ocorrências desse tipo, valor 25,2% maior que as 9.439 no mesmo período neste ano de 2022
5.2. Efeito das queimadas em seres humanos
5.2.1. De acordo com a SANTOS, FERRO e MARTINS (2020) as queimadas prejudicam a saúde dos seres humanos, a fumaça proveniente das queimadas contém diversos elementos tóxicos que são nocivos à saúde humana.
5.2.1.1. No site da SOCIEDADE BRASILEIRA DE MEDICINA DA FAMÍLIA E COMUNIDADE – SBMFC (2020) constam listados quais as precauções que podem ser tomadas a fim de evitar maiores danos à saúde, sendo os principais: manter uma boa hidratação, principalmente em crianças menores de 5 anos e idosos maiores de 65 anos, e manter os ambientes da casa e do trabalho fechados e humidificados (quando perto de queimadas, ou em ambientes secos), com o uso de vaporizadores, bacias com água e toalhas molhadas.
5.3. Efeito das queimadas no meio ambiente
5.3.1. Segundo SANTIAGO E GOMES (2009) a prática de se fazer queimada é uma questão cultural, que acontece há milhares de anos, como exemplo, o autor cita que é muito comum a utilização do fogo como uma ferramenta de manejo da vegetação e de cultivo em pastagens. Outro exemplo apresentado pelo autor está relacionado a plantação de cana de açúcar, onde o fogo é muito utilizado para a queima da palha, como uma forma de limpeza do canavial.
5.4. Efeito das queimadas para fauna
5.4.1. De acordo com dados divulgados pelo INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS ESPACIAIS – INPE (2022): “No Brasil só no ano de 2021 foram registrados 5.469 focos ativos de queimada em todo o território sendo os períodos de estiagem ou secas longas os mais críticos”. O maior problema apontado pelo INPE é que, “...devido à grande biodiversidade no território brasileiro os estragos causados pelas queimadas são de grande impacto ambiental e atinge sobretudo a fauna local.”
5.4.1.1. Alguns estudos citam os benefícios das queimadas controladas dentro das sanavas para a fauna e para a flora, as conclusões destes estudos sugerem que as queimadas são benéficas para a flora, cujas plantas rebrotam rapidamente depois da passagem do fogo. Entre os grupos vegetais em que os incêndios produziram mais efeitos positivos foi registrado até um discreto aumento da biodiversidade Não fosse os dados diretos causados à fauna local, os animais poderiam se beneficiar de uma biodiversidade melhorada.
5.5. Projetos governamentais e da sociedade civil
5.5.1. Existem fundações com intuito de preservar a ajudar o meio ambiente em relação a queimadas. Um exemplo seria a ECOA (ECOLOGIA E AÇÃO), que atua no enfrentamento de incêndios desde 1997
5.5.1.1. A primeira grande campanha de enfrentamento aos incendios urbanos e rurais foi o “Queimada mata! Campanha em defesa da vida”, que ocorreu de 1997 a 2007 e teve grande repercurssão, com trabalho de panfletagem, adesivagens, informações disponibilizadas no site da organização, para a sensibilização da população em Campo Grande e Corumbá - Mato Grosso do Sul
5.5.2. Além da contribuição por projetos sociais, existem também projetos de governo que estão em pauta. Entre elas o PROJETO DE LEI 4.996/2019 que visa ampliar a participação popular na Política Nacional de Manejo e Controle de Queimadas, Prevenção e Combate ao Incêndios Florestais. O texto altera o Código Florestal (Lei 12.651 de 2012) para que a gestão da Política Nacional de Manejo e Controle de Queimadas, Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais seja elaborada e implementada de forma participativa e compartilhada entre entes federativos, sociedade civil organizada, populações indígenas e tradicionais e iniciativa privada.