
1. História interna
1.1. Morfologia e Sintaxe
1.1.1. As marcas de flexão do inglês desaparecem, principalmente para nomes e adjetivos.
1.1.2. Os artigos definidos também foram perdendo as diferenças de caso, até sobre apenas uma variante .
1.1.3. O sistema pronominal também sofre mudanças.
1.1.3.1. Ocorrem principalmente com a terceira pessoa
1.1.3.1.1. Scho, sche passa a ser usado para "ela".
1.1.3.1.2. þei, þeir, þem para "eles/elas".
1.1.4. (Unc, uncer, unc e git, inc, incer, inc) pronomes que se referiam a pares "nós dois/vocês dois" desaparecem.
1.1.5. No caso dos verbos no infinitivo, a desinência i(an) caí em desuso.
1.1.5.1. O infinitivo passa a ser marcado por "for to" ou apenas "to"
1.1.6. Nos verbos em geral os paradigmas não sofrem muitas mudanças. Nem em casos de número-pessoa, ou tempo-modo.
1.2. Fonologia
1.2.1. Sistema vocálico foi o mais atingido.
1.2.1.1. Alguns sons desapareceram, outros foram substituídos.
1.2.1.1.1. A consoante "h" deixa de ser pronunciada em algumas palavras como, hring ---> ring.
1.2.1.2. Vogais átomas deixam de ser pronunciadas de maneira tão evidente, e muitas são reduzidas ao "shwa".
1.2.1.3. A pronúncia de algumas consoantes foi vocalizada, gerando novos ditongos.
1.2.2. Ditongos foram convertidos em vogais simples.
1.2.3. O inglês recebe ditongos dos franceses. Ex: [oi] e [ui]
1.2.4. O francês também exerce influência na distinção entre consoantes para distinguir algumas palavras.
2. Literatura medieval
2.1. A maior parte de dos documentos reais está escrito em latim e em francês, assim como no âmbito religioso; O inglês é utilizado em nomes próprios e de lugares
2.2. O inglês reaparce em documentos timidamente (século XIII)
2.3. No século XV, acontece uma explosão de textos escritos em inglês.
2.3.1. A maioria desses textos são de cunho religioso: sermões, obras de meditação, etc.
2.3.2. O conhecimento do francês entre a nobreza e a classe mercantil urbana acaba diminuindo
2.3.2.1. O século XVI é marcado por muitas traduções do francês e do latim
2.4. A escrita do inglês começa a ser padronizada em 1430, através de uma onda de documentações da chancelaria real, o Chancery Standard.
2.5. Algumas fontes literárias do inglês médio:
2.5.1. Peterborough Chronicle
2.5.1.1. Um dos primeiros textos classificados como inglês médio.
2.5.1.1.1. A escrita dessa obra passou por algumas interrupções, por isso ela apresenta tanto a grafia mais arcaica do inglês, quanto a mais contemporânea da época.
2.5.2. Sir Gawain and the Green Knight
2.5.2.1. Poema escrito no século XVI no dialeto do centro-oeste.
2.5.2.1.1. Possui 2.430 versos, 101 estrofes e é escrito com o esquema aliterativo.
2.5.2.1.2. Possui elementos da mitologia celta da Irlanda e do País de Gales.
2.5.2.2. Retrata duas histórias, a primeira é sobre o Cavaleiro Verde e a segunda narra as provas de lealdade, honestidade, coragem e fidelidade de Gawain
2.5.3. Geoffrey Chaucer
2.5.3.1. Autor medieval com o maior legado na posterioridade
2.5.3.1.1. Sua obra mais famosa é o manuscrito inacabado "The Canterbury Tales".
2.5.3.1.2. "Troilus and Criseyd" é uma de suas obras mais conceituadas. Possui um tema medieval que se passa durante a guerra troiana e fala sobre dois amantes.
2.5.3.1.3. A obra de Chaucer marca o momento em que o inglês se estabelece definitivamente no ambiente da corte real.
2.5.4. The Paston Letters
2.5.4.1. Conjunto de volumosas correspondências da família Paston.
2.5.4.2. As cartas datam o século XV, entre 1422 e 1509.
2.5.4.3. No conteúdo das cartas é citado acontecimentos banais como brigas de vizinhas, e até assuntos mais sérios como as incertezas em meio ao início da Guerra das Rosas.
2.5.4.3.1. A grafia possui muitas características da variedade regional de Norfolk.
3. Diversidade Dialetal
3.1. O inglês medieval possuía variação regional.
3.1.1. Os dialetos são continuações e diversificações das principais línguas dos anglo-saxônicos
3.1.1.1. Nortumbriano, merciano, saxão ocidental, angliano oriental e kantiano
3.2. A tradução para o inglês da obra "Polychronicon" mostra bastante a percepção de variação linguística pelo reino.
3.3. Cidades grandes e prestigiosas funcionavam como centros irradiadores de mudanças
3.3.1. Quando Londres adotava determinava variante, as cidades próximas adotavam também.
3.4. Essas mudanças demoravam um tempo até alcançar os espaços rurais.
3.5. Dialetos medievais do inglês e do escocês.
3.5.1. Dialetos setentrionais são os mais distintivos.
3.5.1.1. A maioria dos textos literários produzidos nessa variedade é tardia (XIV e XV)
3.5.1.1.1. A literatura feita no dialeto escocês é ainda mais tardia (1387)
3.5.1.2. "The awntyres of Arthur" e "The wars of Alexander" são alguns dos poemas aliterativos da época.
3.5.2. Algumas características dos dialetos setentrionais:
3.5.2.1. Na maioria dos dialetos ingleses as vogais /a/ e /o/ foram convertidas em ditongos / ai ei oi / quando vinham antes de /x/ (escrito ch, gh)
3.5.2.2. Até o século XV, a vogal fraca átona /ǝ/, escrita com e em final de palavras, desapareceu
3.5.3. No dialetos do norte há desinência -es para a terceira pessoa do singular; Ela acaba substituindo a forma -eth, que era típica do sul.
3.5.4. Algumas formas de negação são típicas do escocês: nae, nocht, e o enclítico -na, versus no e not dos dialetos centrais e meridionais.
3.5.5. Dialetos do centro-leste dividem alguns traços com os dialetos do norte.
3.5.5.1. Dialetos do centro-oeste dividem características com dialetos do sudoeste.
4. História Externa
4.1. Conquista Normanda (XII)
4.1.1. Godwinsson, Hadrada e William(Duque da Normandia) disputam o trono da Inglaterra.
4.1.1.1. William vence a batalha Hastings, derrotando Godwinsson
4.1.1.2. William é coroado rei
4.1.1.2.1. Os normandos começam a ocupar cargos elevados fazendo predominar o francês na Inglaterra
4.1.1.2.2. Henry I (Filho de William) unifica a Normandia e a Inglaterra
4.2. Império Angevino (XIII)
4.2.1. Henry II reestabelece a autoridade real na Inglaterra
4.2.1.1. Casa-se com Eleonor, duquesa de Aquitânia(herdeira de grandes territórios na Occitânia
4.2.1.1.1. Criam juntos um imenso domínio feudal
4.2.1.2. Seu filho, Richard I se torna rei
4.2.1.2.1. Guerreou constantemente contra Felipe (rei da França)
4.2.1.2.2. John (filho de Richard) perdeu vários territórios para os franceses
4.3. Guerra dos Cem Anos e a Peste Negra (XIV)
4.3.1. Edward I, completa o domínio inglês em Gales
4.3.1.1. Ativo administrativamente e tentou subjugar a Escócia
4.3.1.2. Acordo de submissão feudal com a Escócia, que não é cumprido
4.3.1.2.1. Edward faz retaliações na Escócia e assume o governo; Os escoceses brigam pelo trono com ajuda dos franceses.
4.3.1.2.2. Edward I acaba morrendo
4.3.1.3. Firma paz com a Escócia; Se declara herdeiro legítimo ao trono Francês.
4.3.1.3.1. Os franceses começa a contestam o rei atual
4.3.1.3.2. Se inicia a Guerra dos Cem Anos
4.3.1.3.3. A peste negra eclodiu na Inglaterra
4.3.2. Edward II, não era como seu pai.
4.3.2.1. Desfaz a tentativa de subjugar a Escócia; Apoia Gaveston que foi exilado mais de uma vez.
4.3.2.2. Gerou rivalidades, derrotas e uma crise política
4.3.2.3. A rainha Isabel (filha do rei da França) e Martimer invadiram a Inglaterra
4.3.2.3.1. Obrigaram ele a abdicar a favor de seu filho, Edward III
4.3.2.3.2. Governam durante a menoridade de Edward III
4.3.3. Edward III, assume após humilhação (mata Martimer e prende sua mãe Isabel)
4.3.4. Richard II assume com 10 anos
4.3.4.1. Várias instabilidades e revoltas
4.3.4.2. Crises políticas entre facções favorecidas pelo rei, John e Henry
4.3.4.2.1. Complicaram a atuação do reino
4.4. Henry IV, Henry V e Henry VI
4.4.1. Henry IV assume o trono
4.4.1.1. Rebeliões, complôs e dúvidas da sua legitimidade
4.4.1.2. Se entrega e abdica do trono após Henry (seu primo) conseguir vários seguidores
4.4.1.3. Consegue se manter no trono e passa para seu filho, Henry V
4.4.2. Henry V, foi o que mais chegou perto do trono da França
4.4.2.1. Negociou o tratado de troyes (se tornar herdeiro e casar com a infanta Catarina)
4.4.2.2. Ele morre e o rei da França também
4.4.2.3. O primeiro a utilizar o inglês em correspondências pessoais
4.4.2.3.1. Promovia o uso na administração do reino
4.4.3. Henry VI assume o trono da Inglaterra e da França
4.4.3.1. Um reinado inquieto
4.4.3.1.1. Crescimento de rivalidades ferozes entre nobres
4.4.3.2. Um rei pacífico que investiu na educação e cultura
4.4.3.3. Ficou insensível ao que passava
4.4.3.3.1. Tinha problemas mentais e os ataques se agravaram
4.5. Guerra das Rosas (XV)
4.5.1. Lutas pelo trono inglês (York X Lancaster)
4.5.2. Resultado dos problemas sociais financeiros
4.5.3. Richard (Duque de York) assume o governo como protetor de Henry VI
4.5.3.1. Se tornaria rei após Henry, porém morre
4.5.3.2. Seu filho Edward York, assume
4.5.3.2.1. Ele vence a batalha de Toruton; Henry VI foge com a rainha; Se declara rei.
4.5.3.2.2. Bem sucedido, nunca perdeu uma batalha
4.5.3.2.3. O filho de Edward é considerado ilegítimo
4.5.4. Henry Tudor inicia a dinastia dos Tudor
5. Influências Estrangeiras
5.1. Francês normando e Francês de Paris
5.1.1. Palavras introduzidas quanto ao campo semântico
5.1.1.1. Hierarquia social, religião, governo, administração, direitos, literatura, moda etc
5.2. Relação superestráticas
5.2.1. Um grupo chega a uma região e domina a população local
5.2.2. A elite anglo- normanda torna-se bilíngue
5.3. Empréstimos lexicais
5.3.1. No normando o ditongo [úi] foi para [y] No francês o [úi] para [uí]
5.4. Contato com outras línguas
5.4.1. Flamengo, holandês e alemão
5.4.2. Latim medieval