
1. Evolução do debate (Rios-Neto)
1.1. Houve uma grande mudança de paradigma
1.2. Tema não neutro - envolve questões históricas e políticas
1.3. Importância de não desqualificar os pesquisadores que tratam objetivamente a relação entre população e desenvolvimento econômico
1.4. Visões sobre o debate
1.4.1. Pessimistas
1.4.1.1. Malthus: relação negativa entre crescimento populacional e renda per capita
1.4.1.2. Coale-Hoover: enfatiza despesa com educação e diminuição da capacidade de poupança
1.4.2. Otimistas
1.4.2.1. Boserup, Smith, Marshall, Kuznets, Romer e outros: inovação tecnológica e economias de escala;
1.4.2.2. Tamanho da população permite ganhos de escala e pode criar incentivos para o avanço tecnológico.
1.4.3. Neutros
1.4.3.1. Banco Mundial: Admitem a possibilidade e consequências negativas do crescimento populacional sobre a economia mas sempre devido a algum fator (problema de funcionamento do mercado);
1.4.3.2. Mercado e instituições sem capacidade de acomodar o crescimento populacional
2. Três fases da relação entre Tamanho Populacional e a Economia (Unified Growth Theory - Galor) Biography - Oded Galor
2.1. Período Malthusiano
2.2. Período Pós-Malthusiano
2.3. Crescimento sustentado com Transição Demográfica
3. Fase 1: Período Malthusiano - Estagnação - Controlismo (até 1970)
3.1. Características
3.1.1. Controlismo Social "Xeques"
3.1.1.1. Xeque preventivo (natalidade via nupcialidade): fatores que limitam o crescimento da população via mudanças nas taxas de fecundidade (via Casamento tardio e Abstinência no casamento)
3.1.1.2. Xeque positivo (mortalidade): fatores que limitam o crescimento da população via mudanças nas taxas de mortalidade
3.1.2. Determinismo pessimista do crescimento populacional: o rápido crescimento populacional é impossível e será limitado pelos xeques positivos caso os xeques preventivos não sejam utilizados
3.1.3. Relevante para a análise da Economia Pré-Industrial - Demografia Histórica
3.1.4. Lei de ferro dos salários: o crescimento da população pobre não deve ser incentivado pelas leis dos pobres
3.1.4.1. Aumentos salariais levam ao aumento da fecundidade e subsequente queda do padrão de vida --> armadilha malthusiana
3.1.5. Progresso técnico exógeno apenas altera o padrão de vida de forma temporária
3.1.5.1. O argumento sobre a produção de alimentos é baseado na Lei dos Retornos Decrescentes
3.1.5.2. Retornos decrescentes são importantes quando a tecnologia é fixa, mas perdem importância quando tecnologia e desenvolvida e/ou adaptada.
3.2. Evidências empíricas
3.2.1. População e Salários
3.2.2. Fecundidade e Salários
3.2.3. Malthus was right?
3.3. Does population growth lead to hunger and famine?
4. Fase 2: Regime de Crescimento Pós-Malthusiano
4.1. World Population Growth
4.2. Superação da armadilha malthusiana, com taxas de crescimento populacional superiores às taxas de crescimento econômico
4.2.1. Ao longo do regime pós-malthusiano, o mecanismo que ligava maiores rendas com maior crescimento populacional AINDA FUNCIONAVA, mas o efeito de maiores volumes populacionais em diluir os recursos per capita, foi contrabalançado pelo progresso técnico, o que permitiu que a renda aumentasse
4.2.2. Hipótese da seletividade (Clark)
4.2.3. Hipótese da produtividade agrícola (Boserup)
4.2.4. Hipótese da Densidade Populacional (Galor & Weil)
4.2.4.1. Manutenção do regime Malthusiano que liga a renda ao crescimento populacional
4.2.4.2. Porém, o efeito do maior crescimento populacional para diluir os recursos per capita era neutralizado pelo progresso técnico, que permitiu que as rendas aumentassem.
4.2.4.3. Manutenção do regime Malthusiano que liga a renda ao crescimento populacional
4.2.4.4. Porém, o efeito do maior crescimento populacional para diluir os recursos per capita era neutralizado pelo progresso técnico, que permitiu que as rendas aumentassem.
5. Fase 3: Regime Moderno de Crescimento Sustentado
5.1. Quebra da relação positiva entre crescimento da renda per capita e crescimento populacional
5.1.1. Progresso técnico com viés de qualificação
5.1.2. trade-off quantidade, qualidade dos filhos
5.2. Aumento na desigualdade e na dispersão da renda per capita --> the great divergence
5.3. Demographic transition | Society and Culture | MCAT | Khan Academy
5.4. Dina D. Pomeranz on Twitter
5.5. Are there too many people? All bets are off | Population | The Guardian
6. Há evidências empíricas para o Modelo Malthusiano na atualidade?
6.1. Não há evidência empírica
6.1.1. A oferta de alimentos per capita cresceu, devido ao aumento da produtividade no campo
6.1.2. Episódios de crises de fome se reduziram com o crescimento populacional
6.1.3. A escassez de alimentos tem apresentado um papel menor nas fomes do que o sugerido pela narrativa malthusiana. Ela ignora outros fatores como conflitos, pobreza, acesso aos mercados, aos sistemas de saúde e as instituições
6.1.4. O crescimento populacional é maior onde a fome é maior, mas isso não significa que o crescimento populacional faça com que a fome seja inevitável. Pelo contrário, vemos que a fome caiu mais rapidamente nos países com mais rápido crescimento populacional
6.2. Neomalthusianos
6.2.1. Ainda aceitam o argumento central de Malthus
6.2.2. Enquanto Malthusianos sugerem o casamento tardio e abstinência como forma de controle, os neomalthusianos advogam o controle mais direto do crescimento populacional