Hipogonadismo masculino

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Hipogonadismo masculino por Mind Map: Hipogonadismo masculino

1. Manifestações clínicas e exame físico:

1.1. Causas de Hipogonadismo pré-púbere: Sd. de Kleinfelter (47XXY) e Sd de Kallmann

2. Hipogonadismo relacionado a Obesidade (MOSH):

2.1. Diagnóstico:

2.1.1. Sintomas específicos + TT e/ou TL baixa (repetida e inequívoca).

2.1.2. TL só tem valor se:

2.1.2.1. Dosada por diálise de equilíbrio;

2.1.2.2. Calculada: a partir das dosagens de TT / SHBG / Albumina

2.1.2.3. TL normal: > 6,5 a 7,0 (pela SBEM: > 6,5).

2.1.3. Causas que podem aumentar ou diminuir o SHBG:

2.1.4. Estabelecendo a Etiologia do Hipogonadismo:

2.1.5. Interpretação do Espermograma:

3. Tratamento:

3.1. Preparações de Testosterona disponíveis no Brasil:

3.2. Preparações de Testosterona disponíveis fora do Brasil:

3.3. Contraindicações à TRT:

3.3.1. Câncer: Próstata Metastático / Mama;

3.3.2. HT: > 48% (em países com elevada altitude > 50%;

3.3.3. Próstata: nódulo não avaliado / PSA > 4 (> 3 se alto risco para CA de próstata);

3.3.3.1. PSA > 3 se etnia negra ou com parente de primeiro grau com CA de próstata.

3.3.4. HPB com sintomas obstrutivos graves (IPSS > 19);

3.3.5. Coração: ICC grave e descompensada / IAM ou AVC nos últimos 6 meses / Trombofilia;

3.3.6. Outros: SAOS grave e não tratada / desejo de manter a fertilidade!

3.4. Pacientes que quer manter a fertilidade:

3.4.1. Pacientes com hipogonadismo pré-púbere tem menor resposta ao Clomifeno, podendo prescrever HCG

3.5. Quando dosar a Testosterona em paciente com TRT:

3.6. Monitorização da TRT:

3.7. Terapias futuras para o tratamento do Hipogonadismo:

3.7.1. Fator de Crescimento Nervoso (NGF):

3.7.1.1. Um fator neurotrófico, regula o desenvolvimento e a manutenção dos neurônios simpáticos e periféricos sensoriais e dos neurônios colinérgicos centrais. Ele tem um papel no desenvolvimento neuronal, na plasticidade e nas doenças neurodegenerativas, como a doença de Alzheimer (DA).

3.7.1.2. Em um estudo de Luo e colaboradores com modelos animais com DA, foi descoberto que o tratamento com NGF intranasal, além de melhorar as funções cerebrais, aumentou as concentrações de LH e testosterona sérica. Isso aventou a hipótese de ser uma possível terapia para o hipogonadismo.

3.7.2. Ocitocina:

3.7.2.1. É um neuropeptídeo que já mostrou envolvimento na regulação do eixo HHG. Em estudos com ratos, a administração intranasal de ocitocina mostrou aumento das concentrações hipotalâmicas de GnRH e parece ser um caminho para estratégias terapêuticas para pacientes com hipogonadismo hipogonadotrófico por alterações de neurônios reguladores de GnRH.

3.7.3. Kisspeptina:

3.7.3.1. É um neuropeptídeo crucial na fisiologia reprodutiva. Os neurônios da kisspeptina no hipotálamo regulam a atividade dos neurônios liberadores de GnRH. Os estudos em ratos demonstraram que parece haver maior importância do peptídeo em fêmeas que em machos, na manutenção da fertilidade.

3.7.3.2. Porém, mesmo assim, pelo seu potencial terapêutico de estimular o eixo gonadotrófico, a kisspeptina pode ser indicada no hipogonadismo. Isso porque muitas das causas de hipogonadismo funcional estão associadas à deficiência da kisspeptina, como hiperprolactinemia e hipogonadismo relacionado à obesidade ou a diabetes.

3.7.3.3. O polipeptídeo nativo kisspeptina-54 é um dos mais utilizados em pesquisa com animais e humanos. A sua infusão em bolo induz o aumento do GnRH e do LH de maneira pulsátil, sem necessitar de administração também pulsátil, configurando uma vantagem no seu uso. A sua importância tem se evidenciado, porém mais estudos são necessários nessa área.

4. Definição:

4.1. É uma síndrome clínica resultante da incapacidade de produzir concentrações fisiológicas de testosterona, quantidades normais de espermatozoides, ou ambas.

5. Divisão do Hipogonadismo:

5.1. Hipogonadismo orgânico (causa irreversível);

5.2. Hipogonadismo funcional (causa reversível).

6. Quando investigar Hipogonadismo?

7. Em caso de HT aumentado o que fazer?

7.1. Antes de iniciar a terapia: avaliar o Hematócrito basal (deve estar < 50% antes do início do tto;

7.2. Durante a terapia: medir o hematócrito a cada:

7.2.1. - 3 meses no primeiro ano de tratamento;

7.2.2. - 6 a 12 meses após estabilização.

7.3. Hematócrito entre 50-54% (leve a moderado):

7.3.1. - Reduzir a dose ou intervalo entre as aplicações da testosterona para evitar picos suprafisiológicos;

7.3.2. - Considerar mudar a via de administração: testosterona transdérmica geralmente causa menos estímulo eritropoiético comparado ao injetável.

7.4. Hematócrito > 54% (grave):

7.4.1. - Suspender temporiamente a terapia até o HT volte para < 50%;

7.4.2. - Considerar Flebotomia terapêutica;

7.4.3. - Avaliar outras causas concomitantes de policitemia:

7.4.3.1. 1) Hipóxia crônica (apneia do sono, doença pulmonar);

7.4.3.2. 2) Distúrbios hematológicos.

7.4.4. - Evitar doses suprafisiológicas de testosterona;

7.4.5. - Optar da via de administração: escolher por vias transdérmicas ou subcutâneas em pacienets com histórico de policitemia;

7.4.6. - Tratamento de condições associadas:

7.4.6.1. 1) Apneia obstrutiva do sono: tratar com CPAP antes de iniciar a terapia hormonal;

7.4.6.2. 2) Tabagismo: incentivar a cessação.