ANESTÉSICOS LOCAIS

Começar. É Gratuito
ou inscrever-se com seu endereço de e-mail
ANESTÉSICOS LOCAIS por Mind Map: ANESTÉSICOS LOCAIS

1. Metilparabeno - sua presença não é mais comum. Era usado antigamente devido a ação antimicrobiana. Substância alergênica

2. VASOCONSTRITORES

2.1. VANTAGENS

2.1.1. Aumenta a duração da anestesia

2.1.2. Reduz risco de toxidade sistêmica - chega à corrente sanguínea de forma lenta e gradativa

2.1.3. Reduz dose de anestésico necessária

2.1.4. Promove hemostasia

2.2. ADRENÉRGICOS - aminas simpatomiméticas

2.2.1. ADRENALINA (epinefrina)

2.2.1.1. 1:50000

2.2.1.2. 1:100000* bom grau de hemostasia

2.2.1.3. 1:200000

2.2.2. Levonordefrina (corbadrina)

2.2.3. Fenilefrina

2.2.4. Noradrenalina: uso restrito ou abolido devido a cefaléia intensa, necrose e descamação tecidual

2.3. NÃO ADRENÉRGICOS - análogos da vasopressina

2.3.1. FELIPRESSINA

2.3.1.1. Mínimo controle de hemostasia (maior sangramento) - atua sobre os receptores V1 (musculatura lisa da parede dos vasos sanguíneos); ação sobre a microcirculação venosa do que arteriolar

2.3.1.1.1. Não dá bom controle de hemostasia

2.3.1.2. Ação sobre a microcirculação venosa do que arteriolar

2.3.1.3. Dosagem segura 0,03 UI/ml

2.4. CONTRA INDICAÇÕES DOS VASOCONSTRITORES ADRENÉRGICOS

2.4.1. Hipertensos não controlados (PA sistólica maior que 160 mmHg ou diastólica maior que 100 mmHg)

2.4.2. Infarto recente do miocárdio

2.4.3. Angina de peito instável

2.4.4. Período maior de 6 meses de acidente vascular encefálico

2.4.5. Cirurgia recente de ponte de artéria coronária ou colocação de stents

2.4.6. Insuficiência cardíaca congestiva não controlada

2.4.7. Certos tipos de arritmias cardíacas

2.4.8. Hipertireoidismo não controlado

2.4.9. Diabete melito não controlada

2.4.10. Feocromocitoma - tumor benigno na glândula adrenal, liberando excesso de adrenalina

2.4.11. História de alergia a sulfitos - antioxidante presente no tubete (maior em pacientes asmáticos)

2.4.12. Pacientes que fazem uso contínuo de derivados das anfetaminas (femproporex, anfepramona) empregados nas "fórmulas naturais" de regimes para emagrecimento - importação ilegal

2.4.13. Usuários de drogas ilícitas (cocaína, crack, óxi, metanfetaminas, ecstasy) - risco de formação de trombos e a infarto

3. COMPONENTES DAS SOLUÇÕES ANESTÉSICAS

3.1. Tubete contêm 1,8 ml

3.2. Lidocaína

3.3. Mepivacaína

3.4. Prilocaína

3.5. Articaína

3.6. Base tipo amida

3.7. Com ou sem vasoconstritor

3.8. Sulfito nos tubetes com vasoconstritor porque a adrenalina reage com oxigênio e precisa ser conservada

4. CÁLCULO DO VOLUME MÁXIMO

4.1. Solução a 0,5% = 5mg/ml

4.1.1. Solução a 2% = 2g do sal em 100 ml de solução = 20mg/ml

4.2. Solução a 3% = 30mg/ml

4.3. Solução a 4% = 40mg/ml

4.4. Tubete tem 1,8 ml: 20 mg/ml X 1,8 ml = 36 mg/tubete

4.5. Adulto com 60 Kg: 60 X 4,4 = 264 mg 264 mg : 36 mg = 7,3 tubetes

4.5.1. Dose máxima da lidocaína: 4,4 mg/Kg de peso corporal

5. ESCOLHA DO ANESTÉSICO LOCAL - pacientes com comprometimento sistêmico ou que requerem cuidados especiais

5.1. Paciente diabético

5.1.1. Prilocaína 3% com felipressina ou Mepivacaína % sem vaso - Diabéticos descompensados (somente em urgência)

5.1.2. Uso de vasoconstritores adrenérgicos é discutível e depende do controle da doença - adrenalina tem ação farmacológica oposta a da insulina - estimula a glicogênese e glicogenólise hepática

5.1.3. Diabéticos controlados (glicemia casual acima e 70 e abaixo de 200) - anestésico local com epinefrina (1:100000 / 1: 200000) pode ser utilizado na mínima dose compatível com uma anestesia profunda e de duração suficiente

5.2. Paciente hipertenso

5.2.1. Pressãonormal: 80 / 120 mm Hg

5.2.2. Pré hipertensão: 80-89/ 120-139 mm Hg

5.2.3. Hipertensão estágio I: 90-99/ 140-159 mm Hg

5.2.4. Hipertensão estágio II: maior que 100 / maior que 160 mm Hg

5.2.5. Dose máxima de epinefrina em pacientes com doenças cardiovasculares controlada: 0,04 mg por sessão de atendimento

5.2.6. Hipertenso compensado: lidocaína 2% com epinefrina 1:100000 ou articaína 4% com epinefrina 1:200000 ou prilocaína 3% com felipressina 0,03 UI/ ml Máximo de 2 a 4 tubetes

5.2.7. Prilocaína 3% com felipressina 0,03 UI / ml (dosagem segura de felipressina para hipertenso: 0,18 UI - recomendado 3 tubetes e meio

5.2.8. Mepivacaína 3% sem vaso constritor

5.3. Gestantes

5.3.1. Ideal é o atendimento no 2º trimestre de gestação

5.3.2. Gestação normal/ urgências/ grávidas com histórico de anemia: lidocaína 2% com epinefrina 1:100000 Volume máximo: 2 tubetes

5.3.3. Grávidas com hipertensão arterial ou diabetes não controlada: analisar risco/ benefício do atendimento: Prilocaína 3% com felipressina ou mepivacaína 3% sem vasoconstritor Volume máximo: 2 tubetes

6. * LIDOCAÍNA a 2% com adrenalina 1:100000 - evitar a lidocaína sem vasoconstritor (tempo de ação muito curto - 10 minutos de anestesia pulpar)

6.1. Anestésico padrão - aplicar cada tubete de forma lenta (entre 1m30s a 2m)

6.1.1. Tempo de latência: 2 a 4 minutos para iniciar o efeito

7. Absorção do anestésico na circulação sistêmica; metabolizado no fígado e excretado nos rins após, aproximadamente, 1h30m

7.1. Doses altas na circulação podem ocasionar efeitos tóxicos principalmente no sistema nervoso central

7.1.1. Mais segura para paciente gestante

8. MEPIVACAÍNA a 2% com adrenalina

8.1. Vantagem em relação a Lidocaína: início de ação/ latência é de 90s a 2m

8.1.1. Metabolizada no fígado e excretada nos rins

8.1.1.1. Meia vida plasmática de, aproximadamente, 2 horas

8.1.1.1.1. Toxicidade semelhante a lidocaína

9. Anestésico precisa estar na forma não ionizada, APOLAR, para atravessar a membrana da célula nervosa através de maior lipossolubilidade

9.1. Anestésicos são bases e tecido saudável também é base

9.1.1. PH do tecido inflamado é acido e base no meio ácido ioniza - anestésico não ionizado não atravessa a membrana da célula e, consequentemente, não bloqueia canal de sódio

9.1.1.1. Anestesiar a distância nos casos de tecido inflamado

10. Mecanismos de ação

10.1. Anestésicos impedem a transmissão dos impulsos nervoso, durante um período de tempo, através do bloqueio do canal de sódio

10.1.1. Os anestésicos precisam estar na forma NÃO IONIZADA, APOLAR, para atravessar a membrana da célula nervosa através de maior lipossolubilidade

10.1.1.1. Anestésicos são bases e os tecidos saudáveis também são base

10.1.1.1.1. PH do tecido inflamado é ácido e, base no meio ácido ioniza - anestésico não ionizado não atravessa a membrana da célula e, consequentemente, não bloqueia canal de sódio

11. Principais anestésicos para o consultório

11.1. * MEPIVACAÍNA a 3% sem vasoconstritor

11.2. Tempo de anestesia pulpar até 20 minutos

11.2.1. Produz discreta ação vasodilatadora: anestesia mais duradoura em relação a lidocaína - de 20 a 40 minutos

11.2.1.1. 1 hora de anestesia pulpar e entre 2 horas a 2h30m nos tecidos moles

11.2.1.2. Meia vida plasmática de, aproximadamente, 2 horas

11.2.1.2.1. Toxidade semelhante a lidocaína

11.3. ARTICAÍNA a 4% - amplamente usada em cirurgias - com adrenalina 1:100000 ou com adrenalina 1:200000

11.3.1. Potência anestésica 1,5 vezes maior que a lidocaína

11.3.1.1. Início de ação (latência) entre 1 a 2 minutos

11.3.1.1.1. Metabolizada no fígado e no plasma sanguíneo, mas existem enzimas no sangue que a degrada, tornando sua excreção mais rápida

11.4. Potência anestésica 4 vezes maior que a da lidocaína. Anestésico local de longa duração de ação. Anestesia pulpar até 4 horas e tecidos moles até 12 horas

11.4.1. Início de ação (latência) entre 6 a 10 minutos, podendo chegar até 16 minutos

11.4.1.1. Metabolizada no fígado e excretada nos rins, meia vida plasmática de aproximadamente 3 horas

11.4.1.1.1. Toxidade: cardiotoxidade 4 vezes maior que a lidocaína

11.4.2. Arto -toluidina é o principal metabólito e, em sobredosagem, pode causar metemoglobinemia (alteração do ferro da hemoglobina onde as hemácias não conseguem doar oxigênio para os tecidos)

11.4.2.1. Excreção renal

11.4.2.1.1. Meia vida plasmática de, aproximadamente, 90 minutos

11.5. * PRILOCAÍNA com vasoconstritor não adrenégico (felipressina)

11.5.1. Potência anestésica similar a lidocaína

11.5.1.1. Início de ação/ latência entre 2 a 4 minutos

11.5.1.1.1. Metabolizada no fígado e pulmões

11.6. BUPIVACAÍNA 0,5%

12. TOXIDADE - Efeitos adversos

12.1. Sistema cardiovascular

12.1.1. Vasculatura periférica: vasodilatação das arteríolas e hipotensão profunda (doses tóxicas)

12.2. Sistema Nervoso Central (SNC)

12.2.1. Miocárdio: diminuem a contratilidade (dose-dependente) e a frequênciacardíaca

12.2.1.1. Não é recomendada para pacientes menores de 12 anos (risco de mordedura dos lábios), idosos e gestantes

12.2.2. Doses terapêuticas: sonolência leve,efeito analgésico, efeito anticonvulsivante

12.2.3. Doses elevadas: vertigem, tonteira, distúrbios visuais e auditivos, apreensão, desorientação e atividade muscular involuntária localizada

12.2.3.1. Convulsões generalizadas

12.2.3.2. Depressão do SNC

12.2.3.3. Depressão respiratória: morte por asfixia

12.3. Efeitos adversos sistêmicos

12.3.1. Metemoglobinemia: associado ao uso de prilocaína e pode ocorrer também comarticaína