1. Lipídios
1.1. Tipos
1.1.1. Acidos graxos
1.1.1.1. Estruturas mais simples
1.1.2. Triglicerídeos (triacilglicerol)
1.1.2.1. três ácidos graxos + glicerol
1.1.3. Fosfolípides
1.1.3.1. Membrana plasmática
1.1.4. Esteróis/esteróides
1.1.4.1. Colesterol não esterificado
1.1.4.2. Colesterol + ácido graxo: Esterificado
1.1.4.3. Precursor de hormonios esteriodais, ácidos biliares e vitamina D
1.2. Lipoproteínas (transporte)
1.2.1. Agregados moleculares de lipídios e proteínas
1.2.1.1. Estrutura de uma lipoproteína
1.2.1.1.1. monocamada fosfolipídica (≠membranas celulares)
1.2.2. "Proteínas são pesadas e lipídios são leves" > separação das lipoproteínas por densidade. Quanto maior a lipoproteína, maior o conteúdo de lipídios
1.2.2.1. Ricas em TG
1.2.2.1.1. Quilomicrons (intestino)
1.2.2.1.2. VLDL (fígado)
1.2.2.2. Ricas em colesterol
1.2.2.2.1. LDL (VLDL-IDL)
1.2.2.2.2. HDL (fígado)
1.2.2.3. Composição das lipoproteínas
1.2.2.4. Qm remanescentes: IDL: Lipoproteína de densidade intermediária Lp(a): LDL + Apo(a)
1.2.3. Núcleo hidrofóbico: Colesterol esterificado e triglicerídeos
1.2.4. Superfície hidrofílica: Colesterol livre, fosfolipídios e apolipoproteínas
1.2.4.1. Apolipoproteínas
1.2.4.1.1. Parte proteíca das lipoproteínas
1.2.4.1.2. 1. Estabilizar a estrutura da membrana lipídica em meio aquoso 2. Conferir especificidade: Reconhecimento por receptores nas membranas celulares, servir como cofator de enzimas
1.2.4.1.3. ApoA-I: Propriedades antinflamatórias, antioxidantes, antitrombogênicas e vasodilatadoras e remoção do colesterol.
1.2.4.1.4. ApoB-100: Reconhecimento pelo R-LDL
1.2.5. Função
1.2.5.1. VLDL e LDL
1.2.5.1.1. Transporte do colesterol do fígado para outros tecidos
1.2.5.2. HDL:
1.2.5.2.1. Transporte reverso do colesterol da periferia para o fígado (excreção pela bile)
1.2.5.2.2. O HDL recebe TG do LDL e VLDL, e entrega colesterol (remoção de lipídios oxidados)
1.2.5.2.3. Iniba a fixação de moléculas de adesão
1.2.5.2.4. Estiula a liberação de óxido nítrico
1.2.6. Metabolismo
1.2.6.1. Lipoproteína Lipase: Endotélio do tec. muscular e adiposo
1.2.6.2. Proteína de Transferência de Ésteres de Colesterol (CETP)
1.2.7. Resumo
2. RCV
2.1. Soma de fatores que aumentam o risco de um evento de origem cardiovascular: IAM, AVC
2.2. Aterosclerose
2.2.1. Estrutura
2.2.2. 1. Agressão ao endotélio: hipertensão, tabagismo, dislipidemia.
2.2.3. 2. Disfunção endotelial: Acesso das lipoproteínas à íntima e acúmulo no espaço subendotelial (acúmulo é concentração dependente!)
2.2.4. 3. Oxidação dos lipídios e imunogenia
2.2.5. 4. Presença de LDL oxidada estimula o surgimento de moleculas de adesão leucocitária na superfície endotelial
2.2.6. 5. Atração de monócitos, migração para o espaço subendotelial e diferenciação em macrófagos
2.2.7. 6. Captação das LDL oxidadas e formação das células espumosas (foam cells)
2.2.7.1. ampliação
2.2.8. 7. Lesões iniciais da aterosclerose: Estrias gordurosas
2.2.9. 8. Produção de citocinas inflamatórias, atração de mais leucócitos e aumento da placa
2.2.10. 9. Formação do trombo, IAM, AVC, trombose
2.2.11. Interações
2.2.11.1. DM: AGEs intensificam o estado inflamatório e o estresse oxidativo danifica diretamente o endotélio
2.2.11.2. Tabagismo: Aumenta o estresse oxidativo, danifica o endotélio, causa vasoconstrição, piora o perfil lipídico e aumenta a atividade plaquetária
2.3. Hipertrigiliceridemia
2.3.1. Acúmulo de quilomícrons e/ou VLDL na circulação
2.3.1.1. Aumento da síntese de VLDL ou diminuição da hidrólise do TG destas lipoproteínas pela LPL
2.4. Hipercolesterolemia
2.4.1. Acúmulo de LDL na circulação
2.4.1.1. Defeito no LDL-R ou na Apo-B100
3. Frações
3.1. Colesterol total
3.1.1. Útil para rastreamento: mensuração do risco cardiovascular
3.1.2. Útil principalmente quando acompanhado das frações não HDL-c HDL-c LDL-C
3.2. LDLc
3.2.1. Direto
3.2.1.1. Variação entre os métodos
3.2.2. Friedewald
3.2.2.1. LDL = CT - HDL - (TG/5)
3.2.2.2. Tende a superestimar o VLDL
3.2.2.3. TG < 400 mg/dl
3.2.3. Martin e co.
3.2.3.1. LDL= CT-HDL –TG/X
3.2.3.2. TG de 7 a 13.975 e não HDL-C. Colocar o x na fórmula
3.3. não HDL-c
3.3.1. Quantidade de colesterol em todas as lipoproteínas, com excessão da HDL
3.3.2. não HDLc = CT - HDLc
3.4. HDLc
3.4.1. Não são propostas metas e não se recomenda o tratamento medicamentoso - estudos de intervenção falharam em demonstrar benefício clínico
3.4.1.1. HDL acima de 70 mg/dl
3.5. TG
3.5.1. Normalmente TG alto também tem HDLc baixo e LDLc alto
3.5.2. TG sem jejum: Informações sobre lipoproteínas remanescentes e RCV
3.6. Apolipoproteínas
3.6.1. Apo B100
3.6.1.1. Presente no VLDL, IDL e LDL
3.6.1.2. 1 ApoB = 1 lipoproteína
3.6.1.3. custo maior em relação à **não HDLc** e não é recomendada na triagem ou estratificação de risco
3.6.1.4. Equivalência: ApoB em 120 mg/dl - não HDLc em 160 mg/dl ApoB em 80 mg/dl - não HDLc em 100 mg/dl
3.6.2. Apo A-1
3.6.2.1. Não é superior à **HDLc** na previsão do RCV
3.6.2.2. ApoA-1 < 120 mg/dl para homens ApoA-1 < 140 mg/dl para mulheres
3.7. **Lp(a)** (LDL + Apoa)
3.7.1. Considerar na estratificação de risco em indivíduos com histórico familiar de doença arterosclerótica prematuro e hipercolesterolemia familiar
3.7.2. Possivelmente bastante prevalente, dosar ao menos uma vez na vida
3.8. Referências
3.8.1. Metas
3.9. Aplicabilidade clínica
3.9.1. Púbico, cenário, custos e acompanhamento médico
4. Quando solicitar?
4.1. Triagem
4.1.1. Guideline Europeia 2019
4.1.1.1. Lp(a) pelo menos uma vez na vida para identificar Lp(a) muito alta > 180 mg/dl
4.1.2. Rastreio em indivíduos com mais de 10 anos:
4.1.2.1. Quando houver histórico familiar de colesterol elevado ou DAC prematura (H<55a e M<65a)
4.1.2.2. Quando houver xantomas, arco corneano, doença aterosclerótica ou fatores de risco (HAS, DM, tabagismo, obesidade)
4.1.2.3. A partir dos 2 anos quando há parente de 1ºgrau com HF
4.2. Monitoramento
4.2.1. Sem intervalo padrão
4.2.2. Dosagem a cada 2 a 3 meses quando no início do tratamento, ou alteração na terapia
4.2.3. Uma ou duas vezes ao ano após estabilização
4.3. Estratificação de RCV
4.3.1. http://departamentos.cardiol.br/sbc-da/2015/CALCULADORAER2017/index.html
5. Intervenção
5.1. Dieta isenta de gorduras trans, e - de 10% do teor calórico de ácidos graxos saturados (7% para quem tem RCV aumentado)
5.2. W3
5.2.1. 2 a 4 g/dia EPA DHA: Redução 25 a 30% de TG
5.2.2. Relação de maior consumo e redução do RCV, mas falha em demonstrar benefícios da suplementação em desfechos importantes
5.3. Fitoesterois
5.3.1. Óleos vegetais, cereais, grãos
5.3.2. Reduz a absorção do colesterol
5.3.3. Onívoros: 100 a 300 mg Vegetarianos: 600 mg
5.3.4. Suplementação de 2g diminui CT em 8% e LDLc em 9% (reduz até 20% em crianças, adolescentes e HF)
5.3.5. Capsulas, cremes vegetais
5.4. Soja
5.4.1. Redução modesta no LDL e aumento no HDL. Talvez maior efeito na diminuição do TG
5.5. Fibras
5.5.1. Mais efeito das solúveis e viscosas. Mais estudos de psyllium e aveia
5.5.2. Redução de até 20% no LDL
5.6. Exercício
5.6.1. Efeitos benéficos na vasculatura além do perfil lipídico
5.6.2. Aumento do HDL e diminuição do TG