1. Platão
1.1. - Idealização da República
1.1.1. ºIdealização da República:Platão, em sua obra "A República", apresenta uma visão utópica de um Estado ideal, governado por filósofos-reis. ºEle descreve uma sociedade estratificada em classes (governantes, guardiões e produtores), cada uma com funções específicas, visando à harmonia e ao bem comum. ºA República de Platão é caracterizada pela justiça, onde cada indivíduo desempenha seu papel de acordo com suas habilidades e aptidões.
1.2. - Conceito de Justiça
1.2.1. Conceito de Justiça: ºPlatão define a justiça como a harmonia e a ordem na sociedade, onde cada parte desempenha sua função apropriadamente. ºPara ele, a justiça é alcançada quando as três partes da alma humana (racional, espirituosa e apetitiva) estão em equilíbrio, refletindo o funcionamento ideal da cidade. ºEle argumenta que a verdadeira justiça só pode ser alcançada em uma sociedade governada por filósofos que possuem conhecimento e sabedoria.
1.3. - Classificação de Governos
1.3.1. Classificação de Governos: ºPlatão classifica os tipos de governo com base na qualidade da liderança e na busca do bem comum. ºEle identifica cinco formas de governo: aristocracia (governo dos melhores), timocracia (governo dos honrados), oligarquia (governo dos ricos), democracia (governo do povo) e tirania (governo de um só). ºPlatão argumenta que a forma ideal de governo é a aristocracia, onde os governantes são filósofos-reis dedicados ao bem-estar de todos os cidadãos.
2. Aristóteles
2.1. - Teoria das formas de governo
2.1.1. Teoria das Formas de Governo: ºAristóteles analisa as formas de governo com base no número de governantes e no interesse comum. ºEle identifica três formas puras de governo (monarquia, aristocracia e democracia) e três formas corrompidas (tirania, oligarquia e demagogia). ºAristóteles defende uma forma de governo mista, que combina elementos das três formas puras, visando equilibrar os interesses da elite, da classe média e dos pobres.
2.2. - Análise da Polis
2.2.1. Análise da Polis: ºAristóteles considera a Polis (cidade-Estado) como a unidade política fundamental, onde os cidadãos podem alcançar a virtude e a felicidade. ºEle destaca a importância da participação política dos cidadãos na tomada de decisões e na vida pública da comunidade. ºAristóteles argumenta que a Polis é natural e necessária para a realização plena da humanidade, proporcionando um ambiente onde as pessoas podem viver uma vida virtuosa.
2.3. - Defesa da democracia
2.3.1. Defesa da Democracia: ºApesar de suas críticas à democracia direta, Aristóteles reconhece seus aspectos positivos. ºEle valoriza a participação política dos cidadãos e a igualdade perante a lei que caracteriza a democracia. ºAristóteles destaca a importância da moderação e da lei para evitar os excessos da democracia, garantindo assim sua estabilidade e eficácia.
3. Cícero
3.1. - Teoria das Leis
3.1.1. Teoria das Leis: ºCícero argumenta que a lei deve ser baseada na justiça natural e na equidade, representando os interesses e direitos de todos os cidadãos. ºEle defende a ideia de que as leis devem ser universais e aplicáveis a todos os membros da sociedade, independentemente de sua posição ou status. ºCícero enfatiza a importância do Estado de Direito como um princípio fundamental para garantir a estabilidade e a ordem na sociedade.
3.2. - Conceito de República
3.2.1. Conceito de República: Para Cícero, a República ideal é aquela governada por leis justas e por líderes virtuosos que colocam o bem comum acima de seus interesses pessoais. Ele valoriza o equilíbrio de poder entre as diferentes instituições políticas, como o senado, os magistrados e a assembleia, para evitar a concentração de poder e o surgimento de tirania. Cícero destaca a importância da participação cívica e da virtude cívica dos cidadãos para o funcionamento saudável da República.
3.3. - Defesa do Estado de Direito
3.3.1. Defesa do Estado de Direito: ºCícero enfatiza a necessidade de um sistema legal imparcial e transparente que proteja os direitos individuais e mantenha a ordem na sociedade. ºEle argumenta que nenhum governante está acima da lei e que todos devem ser responsáveis por seus atos perante a justiça. ºCícero critica a corrupção e a injustiça dentro do Estado e defende a necessidade de reformas para garantir a igualdade perante a lei para todos os cidadãos.
4. Confúcio
4.1. - Ética política
4.1.1. Ética Política: ºConfúcio enfatiza a importância da ética e da moralidade na governança política. ºEle defende a ideia de que os governantes devem ser virtuosos e exemplares, agindo com benevolência, justiça e sabedoria em seus deveres. ºConfúcio destaca a relação entre governante e governado, enfatizando a importância da confiança mútua e do respeito para manter a estabilidade política.
4.2. - Harmonia social
4.2.1. Harmonia Social: ºConfúcio argumenta que a harmonia social é alcançada quando cada pessoa desempenha seu papel na sociedade de acordo com os princípios da ética confuciana. ºEle destaca a importância das relações familiares, hierárquicas e sociais para manter a ordem e a estabilidade na comunidade. ºConfúcio valoriza a prática da virtude e da cortesia como meios de promover a coesão social e evitar conflitos.
4.3. - Deveres do governante
4.3.1. Deveres do Governante: ºConfúcio define os deveres do governante como aquele que governa com benevolência e justiça, visando ao bem-estar do povo. ºEle enfatiza a importância da educação e do autodesenvolvimento para os líderes, a fim de aprimorar suas habilidades de governança e sua virtude moral. ºConfúcio argumenta que os governantes devem governar com moderação, evitando o luxo e o excesso, e priorizando as necessidades do povo.
5. Asoka
5.1. - Governante justo
5.1.1. Governante Justo: ºAsoka é conhecido por seu compromisso com a justiça e a benevolência como governante. ºEle promulgou políticas que visavam ao bem-estar de todos os seus súditos, independentemente de sua origem étnica ou religiosa. ºAsoka implementou reformas sociais e econômicas para melhorar as condições de vida das pessoas e promoveu a tolerância religiosa em seu vasto império.
5.2. - Ética no governo
5.2.1. Ética no Governo: ºAsoka valorizava a ética e a moralidade na governança política. ºEle adotou políticas baseadas no princípio de Ahimsa (não violência) e promoveu a compaixão e o perdão como fundamentos de sua administração. ºAsoka estabeleceu hospitais, poços e sistemas de bem-estar social para ajudar os mais necessitados, demonstrando seu compromisso com a responsabilidade social do Estado.
5.3. - Tolerância religiosa
5.3.1. Tolerância Religiosa: ºUma das contribuições mais significativas de Asoka foi sua promoção da tolerância religiosa. ºEle reconheceu a diversidade religiosa em seu império e incentivou o respeito mútuo entre diferentes tradições religiosas. ºAs inscrições de Asoka, conhecidas como "Editos de Asoka", refletem seu compromisso com a paz, a compreensão e a coexistência pacífica entre as comunidades religiosas.