
1. Etiologia
1.1. Doença autoimune
1.1.1. crônica
1.1.1.1. afeta as articulações
1.1.1.1.1. inflamação crônica, dor, rigidez e eventualmente danos articulares.
1.1.2. fatores genéticos (predisposição genética).
1.1.2.1. Ter um parente de primeiro grau com AR aumenta significativamente o risco de uma pessoa desenvolver a doença.
1.1.3. ambientais
1.1.3.1. infecções virais ou bacterianas, exposição a toxinas ambientais, tabagismo e obesidade são relacionadas a AR.
1.1.3.1.1. agravamento da doença em pessoas geneticamente predispostas.
1.1.4. imunológicos
1.1.4.1. o sistema imunológico ataca erroneamente o tecido saudável das articulações, resultando em inflamação crônica.
2. Fisiopatologia
2.1. Fator genético
2.2. Fator imunológico
2.2.1. Ativação do sistema imunológico: Na AR, ocorre uma disfunção do sistema imunológico, levando à ativação de células do sistema imunológico, como linfócitos T e B. Os linfócitos T ativados reconhecem antígenos específicos nas articulações e desencadeiam uma resposta imunológica.
2.2.1.1. Produção de autoanticorpos: anticorpos contra o fator reumatoide (RF) e os anticorpos antipeptídeos cíclicos citrulinados (anti-CCP).
2.2.1.1.1. Inflamação sinovial: A membrana sinovial, que reveste as articulações, torna-se espessada e inflamada na AR. Isso resulta em aumento da produção de fluido sinovial, que é rico em células inflamatórias, citocinas pró-inflamatórias e enzimas de degradação tecidual.
2.3. Fator ambiental
2.3.1. A interação complexa entre esses mecanismos imunológicos e inflamatórios na AR resulta em danos articulares progressivos e crônicos.
3. Prevenção
3.1. Manter um estilo de vida saudável
3.1.1. Dieta balanceada, atividade física regular, controle de peso, evitar o tabagismo e moderar o consumo de álcool pode ajudar a reduzir o risco de desenvolver AR e outras doenças autoimunes.
3.2. Gerenciar o estresse
3.2.1. O estresse crônico pode desencadear ou piorar condições autoimunes. Estratégias de gerenciamento do estresse, como exercícios de relaxamento, meditação, atividade física e apoio social, podem ser úteis na prevenção.
3.3. Monitorar a saúde
3.3.1. Manter um acompanhamento regular com um médico para avaliação de sintomas, especialmente se houver histórico familiar da doença ou outros fatores de risco conhecidos, pode ajudar na detecção precoce e no tratamento eficaz.
3.4. Evitar exposição a fatores de risco ambientais
3.4.1. Infecções virais, exposição a poluentes ambientais e toxinas, podem aumentar o risco de desenvolvimento da doença em pessoas geneticamente predispostas. Evitar ou minimizar a exposição a esses fatores pode ajudar na prevenção.
4. Sintomas/Quadro Clínico
4.1. Dor nas articulaçõe
4.1.1. Constante
4.1.1.1. Geralmente é mais pronunciada nas manhãs ou após períodos de inatividade.
4.1.2. Intermitente
4.2. Rigidez matinal
4.2.1. As articulações afetadas ficam rígidas e difíceis de mover logo após acordar. Essa rigidez pode durar várias horas.
4.3. Inchaço e calor nas articulações
4.3.1. Tendem a ficar inchadas, sensíveis ao toque e quentes devido à inflamação.
4.4. Fadiga
4.4.1. Pode ser causada pela própria doença, pela inflamação crônica ou pela falta de sono devido à dor e à rigidez das articulações.
4.5. Rigidez e diminuição da amplitude de movimento.
4.5.1. Pode dificultar a realização de tarefas diárias.
4.6. Deformidades articulares
4.6.1. Desvios das articulações (dedo de gatilho)
4.6.2. Subluxações (deslocamento parcial das articulações).
4.6.3. Anquilose (fusão das articulações).
4.7. Sintomas sistêmicos
4.7.1. Febre baixa
4.7.2. Perda de peso
4.7.3. Mal-estar geral
5. Sinais Radiológicos/exames laboratoriais
5.1. Erosões ósseas
5.1.1. Essas erosões aparecem como áreas de perda óssea ou irregularidades na superfície óssea adjacente às articulações. Podem ser observadas em articulações como as interfalangeanas proximais das mãos, punhos, metacarpofalângicas e articulações do pé.
5.2. Desmineralização óssea periarticular
5.2.1. Inflamação crônica nas articulações
5.2.1.1. Reabsorção óssea e diminuição da densidade mineral óssea ao redor das articulações afetadas.
5.3. Subluxações e deformidades articulares, como desvios, subluxações e até mesmo anquilose (fusão das articulações).
5.4. Pannus sinovial
5.4.1. É um tecido inflamatório anormal que se forma na membrana sinovial das articulações afetadas pela AR. Pode ser observado como um espessamento anormal da membrana sinovial nas radiografias, especialmente em estágios mais avançados da doença.
5.5. Calcificações periarticulares
5.5.1. Geralmente associadas à presença de tofos de ácido úrico em pessoas com AR e gota concomitante.
6. Tratamento médico
6.1. Medicamentos modificadores da doença como metotrexato, sulfassalazina, leflunomida e hidroxicloroquina.
6.1.1. Tratamento de primeira linha para controlar a inflamação e prevenir danos articulares.
6.2. Corticosteroides
6.2.1. Prednisona, pode ser prescrita para controlar rapidamente a inflamação durante crises agudas de AR ou quando os DMARDs ainda estão sendo ajustados.
6.3. Anti-inflamatórios não esteroides
6.3.1. Ibuprofeno e naproxeno, são frequentemente utilizados para aliviar a dor e a inflamação associadas à AR. Eles podem ser úteis como tratamento sintomático, mas não modificam o curso da doença.
6.4. Cirurgia
6.4.1. A cirurgia ortopédica, como a artroplastia (substituição articular), pode ser necessária para restaurar a função articular e aliviar a dor.
6.5. Educação e suporte ao paciente
6.5.1. A educação do paciente sobre a doença, o autocuidado, a importância da adesão ao tratamento e o gerenciamento dos sintomas são aspectos fundamentais do tratamento. O suporte psicossocial também é importante para lidar com o impacto emocional e social da doença.
7. Tratamento fisioterapêutico
7.1. Exercícios de amplitude de movimento
7.1.1. Mantem ou melhora a amplitude de movimento, reduzindo a rigidez e prevenindo a contratura das articulações.
7.2. Exercícios de fortalecimento muscular
7.2.1. Melhora a estabilidade articular e reduz o estresse sobre as articulações.
7.3. Treinamento de equilíbrio e propriocepção
7.3.1. Preveni quedas e melhorar a coordenação motora, especialmente em pacientes com comprometimento articular e muscular.
7.4. Terapia manual
7.4.1. Ajudar a aliviar a dor, melhora a amplitude de movimento e promove o relaxamento muscular.
7.5. Crioterapia e termoterapia podem ser usadas para aliviar a dor, reduzir a inflamação e melhorar a mobilidade articular.
7.6. Educação do paciente
7.6.1. A educação do paciente sobre a doença, a importância da adesão ao tratamento, técnicas de autocuidado, proteção articular e gerenciamento da dor são aspectos essenciais do tratamento fisioterapêutico.