
1. Introdução A tese de livre-docência defendida recentemente na UNESP está causando polêmica devido ao seu caráter inovador. Sua metodologia, próxima da Ego-História, combina a crise das referências clássicas da objetividade histórica com a investigação do presente pelo historiador. Essa abordagem critica a tradição que levou historiadores a esconderem suas personalidades e a se refugiarem atrás de dados e bibliografias, evitando expressar-se diretamente. A produção científica resultante não é uma autobiografia, uma obra literária, uma profissão de fé abstrata ou uma tentativa de psicanálise, mas sim uma explicação da própria história do pesquisador.
1.1. Ego-História Ego-história é uma metodologia historiográfica que permite uma introspecção nas pesquisas originais de um historiador, com o objetivo de avaliar as teses desenvolvidas ao longo do tempo e de abordar os aspectos teóricos e os caminhos de pesquisa de forma mais detalhada do que nas sínteses finais convencionais. Esse método ajuda a mitigar a precariedade das conclusões tradicionais, ao proporcionar uma visão mais aprofundada e reflexiva do processo de pesquisa.
1.1.1. A vida acadêmica frequentemente leva a um excesso de trabalho devido à multi-especialidade, como participação em comissões, sociedades científicas, colóquios e publicações, o que pode desviar o foco dos pesquisadores de suas verdadeiras paixões e inovações. Desta forma, podemos distinguir dois tipos de tese ou livros.
1.1.1.1. Os que escrevemos por decisão própria.
1.1.1.2. Os que precisamos escrever para cumprir exigências de qualquer ordem.
1.2. Um breve esboço dos caminhos escolhidos: A autora reflete sobre a necessidade de recorrer ao antigo para produzir o novo, resolvendo assim a perplexidade inicial.
1.2.1. A pesquisa é abordada como um processo no qual o pesquisador se torna sujeito e objeto, buscando revelar aspectos ainda não explorados em suas produções educacionais.
1.2.1.1. A reflexão epistemológica é destacada como essencial para avanços na compreensão da interdisciplinaridade e na formulação de projetos de pesquisa.
1.2.1.2. A autora compartilha sua jornada de produção acadêmica, marcada pela busca da originalidade e inovação, especialmente no contexto da interdisciplinaridade.
1.2.1.2.1. São mencionadas coletâneas resultantes de parcerias em cursos de Pedagogia, debates acadêmicos e pesquisas realizadas por diferentes pesquisadores.
1.2.1.2.2. Estudos sobre interdisciplinaridade muitas vezes confundem-se com multidisciplinaridade, pluridisciplinaridade e transdisciplinaridade. Estudiosos investigam a evolução histórica do conhecimento e a influência de pensadores ao longo do tempo.
1.2.1.2.3. Currículos tradicionais acumulam informações que pouco contribuem para a vida profissional devido à rápida evolução tecnológica. A inclusão de novas disciplinas ao currículo tradicional só aumenta a quantidade de informações e fragmenta mais o conhecimento.
1.2.1.2.4. Alguns educadores substituem o conhecimento sistematizado pelo senso comum, esquecendo que este, isolado, pode ser conservador e gerar prepotências. O senso comum, quando interpenetrado pelo conhecimento científico, pode originar uma nova racionalidade.
1.2.1.2.5. Dissertação > Mestrado Tese > Doutorado