1. Aspectos Físicos
1.1. Tangibilidade
1.1.1. Os bens são objetos tangíveis, você pode tocar e levar para casa após a compra, pode, inclusive, armazenar para uso posterior, ao contrário dos serviços que não podem ser armazenados.
1.2. Intangibilidade
1.2.1. O serviço não pode ser visto, tocado, provado ou cheirado antes da sua execução. Por não poder ser armazenado para uso futuro, sua vida é curta, apenas enquanto o serviço está em execução, ao contrário do produto que pode ter um longa vida.
1.3. Serviço
1.3.1. Trabalho individualizado, o profissional, além de executar o trabalho deve estar atento às preferências e necessidades do cliente (“customizações”), caracterizando um trabalho intenso (não repetitivo), ao contrário da produção de bens.
1.4. Produto
1.4.1. Produtor não precisa estar presente, geralmente, empregam-se máquinas que geram lotes, ou seja, grande volume padronizado, ao contrário dos serviços que são mais customizados.
2. Definições de Serviço e Manufatura
2.1. Definição de Serviços
2.1.1. Direcionada para uma coisa ➝ roupa, dinheiro, cachorro, casa...
2.1.2. Direcionada ao corpo/mente da pessoa ➝ cabelo, músculo, raciocínio...
2.1.3. Ações intangíveis ➝ transmitir, ensinar, informar, entreter...
2.1.4. Ações tangíveis ➝ cortar, pintar, obturar, transportar, alimentar..
2.2. Definição de manufatura:
2.2.1. O termo manufatura se refere ao processamento de matérias-primas ou peças transformando-os em produtos acabados, por meio do uso de ferramentas, trabalho humano, maquinário, processamento químico ou biológico (Panagiotopoulou et al. ,2022; Chryssolouris, 1992).
2.3. Diferenças entre serviço e manufatura:
2.3.1. Chary (2012) desenvolve a analogia abordando cinco aspectos diferenciatórios entre as entidades, serviço e manufatura: aspectos físicos, aspectos produtivos, aspectos de marketing, aspectos estratégicos e aspectos organizacionais.
3. NOME: Matheus Carvalho da Silva Administração
4. Aspectos Organizacionais
4.1. Organizações planas
4.1.1. Organizações planas (flat organizations) são mais ágeis e flexíveis, por apresentarem poucos níveis hierárquicos, com isso, tem-se uma cadeia de comando enxuta. Empresas de serviços tendem a ser mais planas, enquanto as indústrias são mais verticalizadas, com muitos níveis hierárquicos. Poucos níveis hierárquicos resultam em mais autonomia dos funcionários e mais agilidade nas decisões e na prestação de serviços (Ostroff, 1999)
5. Aspectos de Marketing
5.1. Uma constatação simples, mas importante, é que não há backup ou inventário de suporte se o serviço der errado ou for prestado ou entregue com defeitos. No serviço, não há espaço para erros. Não há possibilidade de revogação do serviço. Tem que ser executado corretamente da primeira vez.
6. Aspectos Produtivos
6.1. Serviços
6.1.1. Nos serviços prevalece a estratégia da operação puxada pelos clientes (make to order), considerando que a empresa atende aos clientes que, espontaneamente, procuram os serviços. Isso dificulta o planejamento da capacidade produtiva, podendo incorrer em subutilização (custos) ou sobrecarga da infraestrutura (piora da qualidade do serviço).
6.2. Planejamento
6.2.1. O planejamento da capacidade é mais simples nas empresas de bens, em especial nas que adotam a estratégia de empurrar (make to stock)
6.3. Bens
6.3.1. Os bens são contáveis, por exemplo, os de boa qualidade e os defeituosos; serviços não se contam entre bons e ruins, apenas se especula a qualidade pela quantidade de clientes que retornam ou não (deserção). Assim, nos serviços, o objetivo da qualidade é zero deserção, enquanto na produção de bens é zero defeito