1. Contexto de crise polítcia
1.1. "Na América Latina, o momento era de exacerbação do nacionalismo, do antiamericanismo e da denúncia do imperalismo"
1.1.1. Espremido entre o macarthismo e a Revolução Cubano, numa fase da história mundial e brasileira repleta de armadilhas ideológicas, Juscelino afastou-se dos temas nacionais-populistas que convulsionaram o segundo governo Vargas.
1.2. Ao criar o Conselho de Desenvolvimento logo ao início do Governo, o Presidente Juscelino sinalizai a ênfase que perseguiria em sua administração.
1.2.1. Buscou pacificar e unir a população, anistiando em pouco tempo os oficiais, sobretudo da Força Aérea, que se envolveram nas quarteladas contra ele. Neutralizou as acusações de corrupção, graças à ênfase no desenvolvimento material, nas metas de crescimento e na construção de Brasilia
1.3. O Brasil, superada a instabilidade dos primeiros tempos da Administração, Kubitschek, entrava em fase de crescimento. Iniciam-se as obras de Brasilia e, apesar dos repetidos movimentos grevistas, a aceleração do processo de industrialização abre perspectivas positivas para o país
2. "Vencer o subdesenvolvimento brasileiro"
2.1. Para retirar o país do atraso, impunham-se não apenas reformas internas, mas também mudanças no relacionamento do país com as demais nações
2.1.1. A necessidade de receber capitais e tecnologia por meio da cooperação internacional - mais exatamente dos EUA; a deterioração dos termos de troca no comércio internacional; a necessidade de ampliação do mercado exterior do Brasil (a fim de aumentar a capacidade de importação de bens e equipamentos)
2.1.1.1. Nunca na história nacional do século XX valorizara-se tanto contexto externo no equacionamento de problemas
3. Nacional-desenvolvimentismo
3.1. Programa de Metas
3.1.1. O Plano de Metas mencionava cinco setores básicos da economia, abrangendo várias metas cada um, para os quais os investimentos públicos e privados deveriam ser canalizados. Os setores que mais recursos receberam foram energia, transportes e indústrias de base, num total de 93% dos recursos alocados. Esse percentual demonstra por si só que os outros dois setores incluídos no plano, alimentação e educação, não mereceram o mesmo tratamento dos primeiros.
4. 1956 a 1961
4.1. Política Externa
4.1.1. Coerente com a linha que se esboçara nos anos anteriores, o discurso brasileiro dedica um signiticativo parágrafo às injustas divisões entre os paises desanvolvidos e suodesenvolvidos. Contém, ademais, uma importante tomada de posição sobre as questões ligadas ao conflito árabe-israelense, aquela altura afetadas pela situação criada em Suez.
4.1.1.1. O quadro de constrangimentos externos representava difícil desafio ao desenvolvimento
4.1.2. Na Décima Segunda Assembleia Geral, "Oswaldo Aranha, um dos líderes: brasileiros que mais havia se distinguido na formulação da política de aliança com os EUA, critica a falta de cooperação no desenvolvimento da América Latina. Suas palavras reveram frustração diante do rumo tomado pela relação estratégica global e do papel secundário destinado à América Latina. A partir de então, o eixo das preocupações externas do Brasil começaria a se desviar do sentido Leste-Oeste para se concentrar na vertente Norte-Sul
4.1.3. Foram propostos estudos à aplicação de capitais privados; em áreas atrasadas do continente, ao aumento do volume de crédito das: entidades internacionais, ao fortalecimento das economias internas, à disciplina do mercado de produtos de base, à fermação de mercados regionais e à ampliação e diversificação dos programas de assistência técniça! JK enfatizava a importância dos capitais públicos, em razão do elevado montante que era necessário para os setores básicos e infraestruturais
4.1.4. Componentes do acumulado histórico da diplomacia brasileira: autodeterminação dos povos; (a política não assumia uma atitude de veemente condenação do colonialismo) desenvolvimento como vetor da politica externa brasileira.
4.1.4.1. Missões diplomáticas. reconhecimento, negociações para possível comércio
4.1.5. Buscou abrir os canais diplomáticos. com os países desenvolvidos, sem, contudo, esquecer a dimensão de defesa do interesse nacional através de uma reivindicação vocal de cooperação construtiva, como um ingrediente indispensável de uma apropriada ordem mundial.
4.2. A Operação Pan-Americana
4.2.1. Esta era uma proposta de cooperação internacional de âmbito hemisférico, na qual se insistia na tese de que o desenvolvimento e e fim da miséria seriam as maneiras mais eficazes de se evitar a penetração de ideologias exóticas e antidemocráticas, que se apresentavam como soluções para os paisas atrasados. A OPA foi lançada em uma conjuntura adequada, em 1958, imediatamente após a mal sucedida viagem do então vice-presidente Nixon à América Latina
4.2.2. A Operação foi como instrumento de diálogo e de cooperação destinado a comprometer os EUA com o processo de estabilidade e crescimento da América Latina
4.2.3. Como resposta à OPA, todavia, costumava-se apontar o Bancor Interamericano de Desenvolvimento (BID) como único resultado concreto. Mas a Associação Latino-Americana de Livre Comércia (ALALC), e a Aliança para o Progresso do presidente Kennedy foram reacionadas à proposta brasileira
4.3. Fim do mandato
4.3.1. Aproximando-se o fim do mandate do Presidente Kubitscheck, os primeiros: movimentos do processo sucessório, somados à aceleração da inflação, provocam instabilidade. Em maio, a visita de Fidel Cestro ao Brasil gera desconfianças em setores norte-americanos. Dando satisfação aos setores nacionalistas, o Presidente anuncia em junho, em discurso no Clube Militar, o rompimento com o Fundo Monetário Internacional. A criação da SUDENT no fim do ano mostraria a determinação do Governo de promover por via do Estado o desenvolvimento do Nordeste. Dias antes produzira-se o levante militar de Aragarças, logo controlado pelas forças legalistas