1. AVALIAÇÃO DO PACIENTE
1.1. FATOR LOCAL; AMBIENTE SECO; TRAUMAS OU FLUXO SANGUÍNEO INTERROMPIDO; AVALIAÇÃO NUTRICIONAL E CONTROLE DE VALORES LABORATORIAIS; ESCASSEZ DE VITAMINAS E MINERAIS; SINAL DE INFECÇÃO LOCAL OU SITÊMICA; IDADE; COMORBIDADES; USO DE ALGUMAS DROGAS SITÊMICAS.
2. AVALIAÇÃO DA FERIDA
2.1. PARA A ESCOLHA DE UM CURATIVO ADEQUADO É NECESSÁRIO AVALIAÇÃO CRITERIOSA DA FERIDA E O ESTABELECIMENTO DE UM DIAGNÓSTICO ACURADO.
2.2. SE FAZ NECESSÁRIO LEVAR EM CONSIDERAÇÃO AS EVIDÊNCIAS CLÍNICAS OBSERVADAS.
2.3. LOCALIZAÇÃO ANATÔMICA: FORMA; TAMANHO; PROFUNDIDADE; BORDOS; TECIDO DE EPITELIZAÇÃO; HIPERQUERATOSE; TECIDO MACERADO; TECIDO DE GRANULAÇÃO; ESFACELO ; TECIDO NECRÓTICO; EXSUDAÇÃO; BIOFILME.
3. FUNÇÕES DA PELE
3.1. MANTER A INTEGRIDADE DO CORPO; PROTEÇÃO CONTRA AGRESSÕES EXTERNAS; ABSORVER E EXCRETAR LÍQUIDOS; REGULAR A TEMPERATURA; METABOLIZAR VITAMINA D; DETECTAR ESTÍMULOS SENSORIAIS; SERVIR DE BARREIRA CONTRA MICRORGANISMOS; EXERCER PAPEL ESTÉTICO.
4. PELE E SEUS ANEXOS
4.1. ALTAMENTE SENSÍVEL. É O MAIOR ÓRGÃO VISÍVEL, COBRINDO QUASE 2M²,SENDO COMPOSTO POR UM AGREGADO DE TECIDOS QUE FUNCIONAM EM CONJUNTO.
4.1.1. EPIDERME: camada mais externa da pele, atua como uma barreira protetora contra danos físicos, infecções e perda de água, composta principalmente por queratinócitos e contém melanócitos.
4.1.2. DERME: camada da pele situada abaixo da epiderme, fornece suporte estrutural e elasticidade à pele, contendo tecidos conjuntivos, vasos sanguíneos, nervos, glândulas e folículos pilosos, responsável pela nutrição da epiderme e pela regulação da temperatura corporal.
4.1.3. HIPODERME: camada mais profunda da pele, atua como um amortecedor e isolante, ajudando a proteger os órgãos internos e a regular a temperatura corporal, composta por tecido adiposo e tecido conjuntivo.
5. TIPOS DE CICATRIZAÇÃO
5.1. PRIMEIRA INTENÇÃO, SEGUNDA INTENÇÃO E TERCEIRA. INTENÇÃO
6. TIPOS DE CICATRIZES
6.1. NORMOTRÓFICA (ADQUIRE A MESMA COR E TEXTURA DA PELE, MAS DEIXA UMA LEVE MARCA NO LOCAL)
6.2. ATRÓFICA (SURGE INDEPENDENTE DE FATORES GENÉTICOS E DEVIDO À PERDA DE ESTRUTURAS QUE DÃO APOIO E FIRMEZA A PELE COMO MÚSCULO E GORDURA, DEIXANDO UMA ESPÉCIE DE DEPRESSÃO NA REGIÃO
6.3. HIPERTRÓFICO (TEXTURA ELEVADA E AVERMELHADA, NÃO VAI ALÉM DA LESÃO, OCORRE QUANDO A PRODUÇÃO DE COLÁGENO ESTÁ ANORMAL) E QUELÓIDES ( CICATRIZES QUE NAO PARAM DE CRESCER, VÃO MUITO ALÉM DO TAMANHO INICIAL DA LESÃO)
7. CURATIVOS
7.1. seco ou úmido, a vedação pode ser aberto, oclusivo ou compressivo
7.2. limpeza da ferida
7.2.1. soro fisiológico, PHMB e antissépticos
7.2.2. técnica asséptica: material estéril ou luvas estéreis para manipular a lesão; solução antisséptica (clorexidina), degermante;
7.2.3. técnica limpa: água corrente, luvas de procedimento e gaze estéril, normalmente em uso domiciliar.
8. Feridas crônicas
8.1. PRINCIPAL CARACTERÍSTICA: TEMPO PROLONGADO DE CICATRIZAÇÃO, RECORRENTES INFECÇÕES E COMPLICAÇÕES ASSOCIADAS A DOENÇAS DE BASE
8.2. A ETIOLOGIA DESSAS LESÕES SÃO, PRINCIPALMENTE, OS PROBLEMAS VASCULARES, REPERCUTINDO COM MAIOR INCIDÊNCIA AS LESÕES ARTERIAIS E VENOSAS, NEUROPÁTICAS E ISQUÊMICAS, E POR PRESSÃO.
9. AVALIAÇÃO SEMIOLÓGICA DA PELE:
9.1. •SEMIOTÉCNICA; •UMIDADE; •COR; •TEMPERATURA; •TEXTURA; •ESPESSURA; •EDEMA; •MOBILIDADE; •TURGOR.
10. LESÃO E MORTE CELULAR
10.1. PELE ÍNTEGRA COM ERITEMA QUE NÃO EMBRANQUECE;
10.2. ULCERA COM PERDA TECIDUAL E COMPROMETIMENTO DA EPIDERME E DERME, EXTENSÃO DO NADO NÃO PODE SER CONFIRMADA POR ESTAR ENCOBERTA PELO ESFACELO OU ESCARA;
10.3. ULCERA PROFUNDA COM COMPROMETIMENTO TOTAL DA PELE OU NECROSE DE TECIDO SUBCUTÂNEO, PELE INTACTA OU NÃO, MAS COM ÁREA LOCALIZADO E PERSISTENTE DE DESCOLORAÇÃO VERMELHA ESCURA OU MARROM.
11. CLASSIFICAÇÃO DE FERIDAS
11.1. PODE SER CIRÚRGICA, TRAUMÁTICA, PATOLÓGICA OU IATROGÊNICA. PODEM SER ABERTAS OU FECHADAS, COM HEMATOMA OU EQUIMOSE (MARCAS ROXAS). A EVOLUÇÃO PODE SER AGUDA OU CRÔNICA. PODE HAVER INFECÇÃO CONTAMINAÇÃO
11.2. LESÕES: HIPÓXICA E ISQUÊMICA. PODEM SER REVERSÍVEIS (RECUPERÁVEIS) E IRREVERSÍVEIS (NÃO RECUPERÁVEIS, OCORRENDO APÓS ESTÍMULO NOCIVO COMO A NECROSE E APOPTOSE)
12. EXSUDATO
12.1. LÍQUIDO COM ALTO TEOR DE PROTEÍNAS SÉRICAS E LEUCÓCITOS, PRODUZIDO COMO REAÇÃO A DANOS NOS TECIDOS E VASOS SANGUÍNEOS (sanguinolento, serosanguinolento, seroso e purulento)
12.1.1. BIOFILME: comunidade de micro organismos
13. PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO
13.1. COAGULATIVA: OCORRE DE 5 A 10 MINUTOS, LOGO APÓS A LESÃO, CASCATA DE COAGULAÇÃO E VASOCONSTRIÇÃO.
13.2. INFLAMATÓRIA: DE TRÊS A CINCO DIAS, COM CALOR, RUBOR, EDEMA E DOR. AUMENTO DO FLUXO SANGUÍNEO, PRESENÇA DE LEUCÓCITOS 1, DESBRIDAMENTO DA FERIDA E VASODILATAÇÃO.
13.3. PROLIFERATIVA: PRESENÇA DE FIBROBLASTOS, ANGIOGÊNESE (NOVOS VASOS), GRANULAÇÃO E DEPOSIÇÃO DE COLÁGENO.
13.4. REMODELAÇÃO: DIMINUIÇÃO DE FIBROBLASTOS E VASODILATAÇÃO E AUMENTO DE FIBRAS COLÁGENAS.
14. desbridamento
14.1. indicado:
14.1.1. a pessoa: CONDIÇÕES CLÍNICAS, DOENÇAS DE BASE, PERFUSÃO SANGUÍNEA, CONDIÇÃO MENTAL E EMOCIONAL
14.1.2. a necrose: TIPO, QUANTIDADE E ADERÊNCIA
14.2. não indicado
14.2.1. DOENTE EM FASE TERMINAL, ESCARA ESTÁVEL NO CALCANHAR, ESCARA SECA EM MEMBROS ISQUÊMICOS, TERAPIA ANTICOAGULANTE E DISTÚRBIOS HEMORRÁGICOS