1. fundamentos para sua inclusão:
1.1. 1-O sintoma da criança
1.1.1. criança é o emergente de um sistema intrapsíquico que este dinâmica.á por sua vez inserido no esquema familiar também doente, com a sua própria economia e dinâmica.
1.1.1.1. Vimos que podiamos trabalhar de três formas diferentes com o grupo familiar:
1.1.1.1.1. a) como diagnóstico:
1.1.1.1.2. b) como informação diagnóstica ao acabar o estudo
1.1.1.1.3. c) como terapia
1.2. 2-As hipóteses originadas nas entrevistas com o casal e naquela com o(a) filho(a)
1.2.1. ou seja, aquilo que a sua hora de jogo e os testes indicam) devem ser consideradas provisórias até serem comparadas com as que aparecerem na entrevista familiar
1.2.1.1. 3-Quanto menor a criança. mais importante será considerar esta recomendação, pois ela está em pleno processo de formação e em estreita e direta dependência emocional de seus pais.
1.3. 4-Quanto mais grave for a hipótese diagnóstica mais necessaria sera a entrevista familiar
1.3.1. por exemplo. nos casos de psicose. quadros borderline, perversão. psicopatias ou hipocondrias graves.
1.4. 5-A entrevista familair propicia condutas observáveis para os pais, a criança e o profissional que podem ser tomadas como ponto de referência na devolução do diagnóstico.
1.4.1. Em muitos casos o conflito é evidente somente para o profissional, sempre que houver confirmação das suas hipóteses no material clínico. Mas isso nem sempre é suficiente para que os pais aceitem tanto o diagnóstico como a recomendação terapêutica psicólogo.
1.5. 6-Estratégia terapêutica que será recomendada na entrevista de devolução de informação final.
1.5.1. 7-Em certos casos a entrevista familiar pode dar indicadores para contraindicar o tratamento analítico individual.
1.5.1.1. Quando não se vislumbra a possibilidade de modificação da patologia familiar e principalmente se esta for severa
2. Indicadores na Observação da Entrevista Familiar Diagnóstica
2.1. Os papeis dentro da familia
2.1.1. 1-Pais-filhos; continente-contido; pai-mãe; feminino-masculino, etc; aparecem e estão bem discriminados ou se estão confusos ou inclusive invertidos.
2.1.1.1. 2-Se esses papéis permanecem focos ou se são intercambiáveis.
2.2. Quem exerce a liderança dentro da familia
2.2.1. 3-Se é um dos pais, é importante que o terapeuta possa discriminar o seu espírito de colaboração ou ver o grau de aliança terapêutica com a qual poderá contar.
2.2.1.1. 4-O nível de desenvolvimento obtido por esse progenitor líder para permitir ao filho que consiga um desenvolvimento completo ou refreá-lo se ele não consegue crescer junto com os filhos.
2.3. As identificações que predominam:
2.3.1. 5-O que é ser como o pai ou como a mãe para essa família; o que é ser bobo ou legal; o que significa ser inteligente, agressivo, estranho, bom, caprichoso ou não.
2.4. Fantasia de doença e cura no nível do grupo familiar
2.4.1. 6-Tentar extrair a fantasia de doença e cura no nível do grupo familiar, assim como saber também se predomina o depósito da doença em um dos seus membros ou a capacidade de assumir cada um a sua parte. Em relação ao depositário é importante que se observe se ele opõe resistência ou presta-se passivamente ao papel de "saco de pancadas"
2.5. Função fundamental dos pais:
2.5.1. 7-Transmitir conhecimentos e estabelecer limites, ajudando assim a delimitar a fantasia de realidade
2.6. Requisito para ser um bom educador e um bom terapeuta de crianças:
2.6.1. 8-A capacidade de fazer uma regressão para compreender o filho e, ao mesmo tempo, retornar da regressão voltando à sua condição de adulto.
2.7. Os mitos familiares que são crenças sistematizadas e compartilhadas por todos os membros da familia
2.7.1. 9-Os mitos ocorrem em todas as famílias não somente nas patológicas. Significam para a família o mesmo que as defesas para o indivíduo.
2.8. Entrevista de devolução
2.8.1. 10-Pergunta ao grupo familiar sobre os pensamentos provocados pela entrevista familiar em relação a si mesmos e ao grupo familiar.
2.8.1.1. Logicamente o diagnóstico e a recomendação terapêutica não serão baseados na presença de alterações com alguns destes itens e sim no somatório ou coexistência de vários e no seu peso sobre a patologia do filho.
3. Contra-indicações
3.1. Por todas estas razões recomenda-se realizar pelo menos uma entrevista familiar diagnóstica.
3.1.1. mas cabe esclarecer que nem sempre isso é possível e às vezes não é nem recomendável a sua realização.
3.1.1.1. quando os pais estão separados;
3.1.1.2. quando resistem reiteradamente;
3.1.1.3. quando estima-se que isso elevará o nível de angústia da criança até um limite extremo
4. Alguns Aspectos Técnicos da Entrevista Familiar
4.1. Por todas estas razões recomenda-se realizar pelo menos uma entrevista familiar diagnóstica
4.1.1. O trabalho começa então com uma entrevista com ambos
4.2. A primeira entrevista diagnóstica deve ter como finalidade chegar a um diagnóstico inicial, após o qual será decidido quando a criança será entrevistada individualmente com os seus pais ou com toda a familia.
4.2.1. observar como a familia funciona como um todo
4.3. O número de entrevistas vai depender da clareza com que seja possível extrair material significativo.
4.3.1. Porém não é aconselhável estender demais o número de entrevistas diagnósticas, pois os pacientes não suportam uma interação prolongada sem interpretações.
4.4. entrevista inicial com os pais, entrevista com a criança que consulta e a entrevista final com o casal para a devolução de informações
4.4.1. indicação ou contra indicação para terapia individual do paciente e estratégias sugerida como a mais adequada ao caso
4.4.1.1. indicação ou contra indicação para terapia individual do paciente e estratégias sugerida como a mais adequada ao caso
4.5. as entrevistas com a criança incluem uma hora de jogo diagnostica e a administração de testes projetivos
4.5.1. É então preferível observar e anotar alguma coisa que sirva de chave para reconstruir a sessão completa mais tarde.
4.5.1.1. Pode ser oportuno repelir a orientação inicial no sentido de que o papel do psicólogo é o de um observador não participante.
4.5.2. incluir entrevistas familiares no processo psicodiagnóstico
4.6. O pai ou a mãe são os que devem responder e estabelecer limites na conduta de seus filhos.
4.6.1. a oportunidade de observar como o pai e a mãe lidam com a sua função parental.
4.7. Deve-se levar em consideração o lugar apropriado
4.7.1. O lugar deve permitir o deslocamento confortável da família para que possa haver interação lúdica e não somente verbal, especialmente se as crianças forem pequenas.
4.7.1.1. A idade dos membros do grupo deve ser levada em consideração para selecionar o tipo de jogo ou material que supostamente preferirão usar.
4.7.1.1.1. Quanto aos materiais devem ser variados conforme a idade e o sexo dos integrantes do grupo para que cada um encontre alguma coisa atraente.
4.7.1.1.2. a caixa de brinquedos não sao para uso exclusivo das crianças.
4.7.1.1.3. No que se refere à interpretação dessas construções, modelagens, montagens, etc., podem ser utilizados os critérios habituais da psicanálise de crianças e também de alguns testes lúdicos