Dinâmicas e Fundamentos dos Grupos

Começar. É Gratuito
ou inscrever-se com seu endereço de e-mail
Dinâmicas e Fundamentos dos Grupos por Mind Map: Dinâmicas e Fundamentos dos Grupos

1. Fases do Desenvolvimento dos Grupos

1.1. Formação

1.1.1. É o momento em que as pessoas irão iniciar suas relações, se conhecer e explorar o propósito do grupo. Ainda não existe uma liderança definida e há incerteza sobre as normas e interesses do grupo.

1.2. Conflito

1.2.1. Nesta fase, surgem diferenças e conflitos à medida que os membros começam a compartilhar suas opiniões e desafios. Apesar de possíveis tensões, esse momento é crucial para o desenvolvimento e para a delimitação do papel de cada um. Fase finaliza com uma liderança definida.

1.3. Normatização

1.3.1. O grupo passa a se estabilizar após o conflito. Nesse momento é onde as expectativas são alinhadas, os membros desenvolvem coesão e o ambiente se torna colaborativo. Nessa fase a estrutura do grupo se torna ainda mais sólida, com cada membro ficando mais ciente sobre seu papel.

1.4. Desempenho

1.4.1. Uma vez que a estrutura do grupo é aceita por todos, o grupo, cada membro se concentra em realizar seu papel para que cheguem no objetivo, não é necessária uma supervisão constante. É uma fase de apoio mutuo, compartilhamento de responsabilidades e comunicação aberta. Esse momento poderia ser o ápice da fluidez e da coesão grupal.

1.5. Desintegração

1.5.1. Fase em que o grupo conclui sua determinada tarefa ou missão e inicia o processo de dissolução. Geralmente esse processo ocorre nos grupos que que foram unidos com objetivo temporário. Pode gerar desconforto entre os membros devido a separação dos colegas com os quais tiveram convívio e construíram uma afeição.

1.5.2. De certa forma, essa fase pode gerar um sentimento de tristeza nos membros, que pode ser revertida através do posicionamento de um bom líder. É um ótimo momento para trazer aos membros uma reflexão sobre as experiências vivenciadas e os aprendizados. Além disso, o líder deve trazer para o grupo uma forma de celebrar os resultados alcançados, fazer com que os membros se sintam valorizados e impulsioná-los a aplicarem todo o conhecimento adquirido em novos projetos ou equipes.

2. Relacionamento Interpessoal

2.1. Experimento do psicólogo Kurt Lewin através da formação de grupo de pesquisas (MIT) para analisar a dinâmica do grupo.

2.1.1. Apesar de ser bem financiado, com todos os recursos e com os membros claramente motivados, enfrentaram dificuldades de integração e produtividade. Lewin sugeriu que a falta de progresso se devia a bloqueios na comunicação.

2.1.1.1. “Se a integração entre nós não se realiza, e se paralelamente, nossas pesquisas progridem tão pouco, tal fato pode ocorrer em razão de bloqueios que existiriam entre nós ao nível de nossas comunicações” (LEWIN apud MAILHIOT, 1991, p. 64).

2.1.1.2. Essa nova abordagem mostrou que a qualidade das interações impacta diretamente a eficácia do grupo. Lewin ressaltou que a produtividade depende não só das habilidades individuais, mas também da cooperação entre os membros.

2.2. Teoria das Necessidades Interpessoais. Schutz, 1958.

2.2.1. Os membros possuem necessidades fundamentais as quais procuram satisfazer em grupo.

2.2.1.1. Necessidade de inclusão, necessidade de controle e necessidade de afeição.

2.2.1.1.1. A forma como cada indivíduo lida com cada uma dessas necessidades frente ao grupo vai evidenciar as atitudes mais e menos maduras. A maturidade está ligada ao nível de socialzação.

2.2.1.1.2. Indivídios menos socializados podem forçar sua inclusão com atitudes infantis.

2.2.1.1.3. Na necessidade de controle, por exemplo, os menos socializados acabam muitas vezes se tornando "mandões", podendo se desligar das responsabilidades e delegar a outros ou tentar assumir o total controle sozinhos.

2.3. Teoria das Inteligências Múltiplas. Gardner, 1995.

2.3.1. Inteligência interpessoal é a capacidade de lidar e com o semelhante de forma a gerar resultados positivos, capacidade de compreender as pessoas.

2.3.1.1. Estudiosos abordam como Inteligência Emocional, que seria a capacidade de lidar com as próprias emoções e com as das pessoas.

2.3.1.1.1. É fundamental para construir conexões significativas e colaborar de maneira eficaz em diversos contextos sociais.

3. Coesão Grupal

3.1. Comunicação aberta e forte ligação entre os membros. Alta confiança, apoio mutuo e compartilhamento de objetivos.

3.1.1. Nesse estágio, os grupos se assemelham muito com as equipes, sendo ambos capazes de produzirem um bom trabalho e resultados bem positivos.

3.1.1.1. Um grupo pode se tornar uma equipe a medida que que os integrantes se tornem conscientes de suas atitudes e como isso vai impactar no todo.

3.1.1.1.1. No entanto, o andamento de um grupo reflete diretamente a qualidade da liderança. Por isso, um líder deve adotar uma postura exemplar, criar um ambiente de confiança e incentivar o desenvolvimento dos membros para promover a colaboração e o trabalho em equipe, todos alinhados em direção aos mesmos objetivos.

3.1.1.2. Equipes

3.1.1.2.1. A equipe precisa se sentir segura e ouvida, recebendo apoio às necessidades e preocupações dos membros.

3.1.1.2.2. Necessário que sejam estabelecidas metas claras e compartilhadas para guiar o trabalho conjunto.

3.1.1.2.3. O líder deve oferecer oportunidades de aprendizado e crescimento para os integrantes.

3.1.1.2.4. É necessário que o líder tenha uma boa relação com sua inteligência emocional para que possa lidar com os conflitos e promover um ambiente de respeito e compreensão.

3.1.1.2.5. Também é muito importante trazer o reconhecimento das contribuições individuais e conjuntas.