1. TECIDO CONJUNTIVO
1.1. 1. Definição e Função Tecido conjuntivo é um tipo de tecido que conecta, sustenta e protege outros tecidos e órgãos do corpo. Suas funções incluem suporte estrutural, transporte de substâncias, defesa imunológica e armazenamento de energia.
1.1.1. 4. Fibras Conjuntivas Fibras colágenas: oferecem resistência e flexibilidade. Fibras elásticas: conferem elasticidade. Fibras reticulares: formam redes de suporte
1.1.1.1. 7. Tecido Adiposo Especializado no armazenamento de lipídeos. Funções: reserva energética, isolamento térmico e proteção de órgãos.
1.2. 2. Classificação Geral Tecido conjuntivo propriamente dito: frouxo e denso (modelado e não modelado). Tecido conjuntivo especializado: cartilaginoso, ósseo, adiposo, sanguíneo e linfático.
1.2.1. 5. Tecido Conjuntivo Frouxo Apresenta mais substância fundamental e poucas fibras. Exemplo: tecido que preenche espaços entre órgãos.
1.2.1.1. 8. Tecido Cartilaginoso Formado por condrócitos e matriz rica em colágeno. Funções: suporte mecânico e flexibilidade em articulações.
1.2.1.1.1. 10. Regeneração e Importância Clínica Alta capacidade de regeneração no tecido conjuntivo frouxo, enquanto cartilagem e osso têm regeneração limitada. Alterações podem causar doenças como artrite, osteoporose e lipodistrofias.
1.3. 3. Composição Básica Células: fibroblastos, adipócitos, mastócitos, macrófagos e leucócitos. Matriz extracelular: fibras (colágenas, elásticas e reticulares) e substância fundamental (água, proteínas e polissacarídeos).
1.3.1. 6. Tecido Conjuntivo Denso Possui mais fibras e menos substância fundamental. Pode ser modelado (tendões e ligamentos) ou não modelado (derme da pele).
1.3.1.1. 9. Tecido Ósseo Possui uma matriz mineralizada que confere rigidez. Funções: suporte, proteção e armazenamento de minerais como cálcio.
2. TECIDO MUSCULAR
2.1. 1. Definição e Função O tecido muscular é responsável pela contração e movimento do corpo. Suas principais funções incluem locomoção, postura, produção de calor e movimento interno (ex.: circulação e digestão).
2.1.1. 4. Músculo Estriado Esquelético Apresenta fibras longas, multinucleadas e com estriações transversais. Contração voluntária, controlada pelo sistema nervoso somático.
2.1.1.1. 7. Estrutura do Músculo Esquelético Epimísio: camada externa que envolve todo o músculo. Perimísio: envolve feixes de fibras musculares. Endomísio: envolve cada fibra muscular individualmente.
2.2. 2. Classificação do Tecido Muscular Músculo estriado esquelético: relacionado ao movimento voluntário. Músculo estriado cardíaco: presente no coração, responsável pela contração involuntária do órgão. Músculo liso: encontrado em órgãos e vasos, com contração lenta e involuntária.
2.2.1. 5. Músculo Estriado Cardíaco Fibras ramificadas, mononucleadas, com discos intercalares que facilitam a comunicação. Contração rítmica e involuntária, controlada pelo sistema nervoso autônomo.
2.2.1.1. 8. Mecanismo de Contração Muscular Baseado no deslizamento dos filamentos de actina e miosina. Requer íons de cálcio e ATP (energia).
2.2.1.1.1. 10. Importância Clínica Alterações podem levar a doenças como distrofias musculares, miopatias e cãibras. A saúde muscular depende de boa nutrição, atividade física e função adequada dos nervos.
2.3. 3. Células Musculares (Fibras Musculares) Células alongadas e especializadas em contração. Contêm proteínas contráteis, como actina e miosina.
2.3.1. 6. Músculo Liso Fibras fusiformes, sem estriações e com núcleo único central. Encontrado em paredes de órgãos como intestinos, vasos sanguíneos e útero.
2.3.1.1. 9. Adaptação e Regeneração Músculo esquelético pode hipertrofiar (crescer) com exercícios. Músculo liso tem maior capacidade de regeneração em comparação ao esquelético e cardíaco.
3. TECIDO EPITELIAL
3.1. 1. Definição e Função O tecido epitelial é formado por células justapostas que revestem superfícies corporais, cavidades internas e formam glândulas. Suas funções incluem proteção, absorção, secreção, excreção e percepção sensorial.
3.1.1. 4. Classificação por Forma das Células Pavimentoso: células achatadas. Cúbico: células com formato cúbico. Prismático/Colunar: células alongadas.
3.1.1.1. 7. Especializações da Membrana Celular Microvilosidades: aumentam a área de absorção (ex.: intestino delgado). Cílios: ajudam no movimento de partículas (ex.: traqueia). Desmossomos: reforçam a adesão entre as células.
3.2. 2. Características Gerais Células unidas por junções especializadas, com pouca matriz extracelular. Avascular, dependendo da difusão de nutrientes do tecido conjuntivo subjacente.
3.2.1. 5. Epitélio de Revestimento Revestem superfícies internas e externas do corpo, como pele, cavidades corporais e órgãos. Exemplo: epitélio pavimentoso simples nos vasos sanguíneos (endotélio).
3.2.1.1. 8. Renovação e Regeneração Alta capacidade de renovação devido às células-tronco localizadas na base do epitélio. Exemplo: renovação contínua da epiderme.
3.2.1.1.1. 10. Importância Clínica Alterações no tecido epitelial podem levar a doenças como câncer (carcinomas), infecções e disfunções glandulares.
3.3. 3. Classificação por Número de Camadas Epitélio simples: formado por uma única camada de células (ex.: revestimento dos alvéolos pulmonares). Epitélio estratificado: formado por várias camadas de células (ex.: epiderme). Epitélio pseudoestratificado: parece ter múltiplas camadas, mas todas as células tocam a membrana basal (ex.: traqueia).
3.3.1. 6. Epitélio Glandular Forma as glândulas e é especializado em secreção. Glândulas podem ser exócrinas (secretam para fora, como saliva) ou endócrinas (secretam hormônios no sangue).
3.3.1.1. 9. Membrana Basal Estrutura que separa o epitélio do tecido conjuntivo subjacente, fornecendo suporte e permitindo troca de nutrientes.
4. TECIDO NERVOSO
4.1. 1. Definição e Função O tecido nervoso é especializado em captar, processar e transmitir informações através de sinais elétricos e químicos. Suas funções incluem controle das funções corporais, comunicação entre diferentes partes do corpo e integração de estímulos sensoriais.
4.1.1. 4. Células da Glia (ou Gliais) Astrocitos: suporte metabólico e estrutural para os neurônios. Oligodendrócitos (no SNC) e células de Schwann (no SNP): formam a bainha de mielina. Microglia: defesa imunológica do sistema nervoso.
4.1.1.1. 7. Organização no Sistema Nervoso Dividido em Sistema Nervoso Central (SNC: cérebro e medula espinhal) e Sistema Nervoso Periférico (SNP: nervos e gânglios). Função coordenada entre esses sistemas permite respostas rápidas e adaptativas.
4.2. 2. Composição Básica Formado por dois tipos principais de células: neurônios (células excitáveis que transmitem impulsos) e células da glia (suporte e proteção).
4.2.1. 5. Sinapse Região de comunicação entre dois neurônios ou entre um neurônio e uma célula-alvo. Pode ser química (mediada por neurotransmissores) ou elétrica (mediada por junções comunicantes).
4.2.1.1. 8. Condução do Impulso Nervoso Baseada na despolarização e repolarização da membrana neuronal. Requer íons como sódio (Na⁺) e potássio (K⁺), e é acelerada pela bainha de mielina.
4.2.1.1.1. 10. Importância Clínica Doenças como Alzheimer, Parkinson, esclerose múltipla e epilepsia envolvem alterações no tecido nervoso. Lesões no tecido nervoso têm capacidade limitada de regeneração, tornando pesquisas nessa área fundamentais.
4.3. 3. Estrutura dos Neurônios Corpo celular (soma): contém o núcleo e organelas. Dendritos: recebem sinais de outros neurônios. Axônio: transmite sinais para outros neurônios ou células-alvo. Terminal sináptico: onde ocorre a comunicação com outras células.
4.3.1. 6. Classificação Funcional dos Neurônios Sensoriais (aferentes): conduzem impulsos dos órgãos sensoriais para o sistema nervoso central (SNC). Motores (eferentes): conduzem impulsos do SNC para os músculos ou glândulas. Interneurônios: conectam neurônios dentro do SNC, facilitando a integração de informações.
4.3.1.1. 9. Neurotransmissores Substâncias químicas que permitem a comunicação entre neurônios. Exemplos: dopamina, serotonina, acetilcolina, GABA e glutamato.