1. **PROBLEMA A SER RESOLVIDO**
1.1. **Melhorar a classificação de projetos** de forma a atender às demandas dos parceiros e a capacidade de gestão da Embrapii.
1.1.1. **Melhorar nosso nível de conhecimento sobre os projetos**
1.1.1.1. **Devemos nos tornar os especialistas em projetos de inovação.** Caminho no sentido de se tornar mais do que repassador de recursos, mas um agente de fomento de projetos de inovação industrial, sem perder nossa essência.
1.1.1.1.1. Essência: processos ágeis de fomento à inovação. Repassar o recurso a quem precisa de maneira simples, rápida e direta.
1.1.2. **Maior cobrança dos patrocinadores**
1.1.2.1. BNDES, Sebrae e **Ministérios** tem, cada vez mais, interesse em obter informações sobre a aplicação dos recursos nos projetos de inovação apoiados pela Embrapii.
1.1.2.1.1. Quem aplica recursos na Embrapii, deseja ver os resultados. Há, inclusive, o interesse de saber exatamente onde e em quais projetos os recursos foram aplicados.
2. **COMO FAZEMOS HOJE?**
2.1. Informações repassadas pelas UES
2.1.1. - TRL inicial e final - Características do projeto: título, título público, **descrição,** descrição pública e **objetivos** - Data de início e data de término - Descrição de cada macroentrega
2.1.1.1. Projetos com recursos do **BNDES** e **Sebrae** também preenchem:
2.2. Com base nos dados repassados pelas UEs, a Embrapii cria algumas classificações.
2.2.1. As classificações são feitas por técnicos que analisam as características dos projetos de forma manual.
2.2.2. Como surgiu? Por volta de 2018, por demanda do MCTI: *Mostre pra gente onde os projetos estão sendo aplicados. * Primeiro passo foi analisar os setores industriais das empresas (CNAEs). Foi encontrado que muitas das empresas que realizam projetos são de TICs e não-industriais. Contudo, foi
2.2.3. Classificações realizadas atualmente ***6*** *níveis de classificação * ***68*** *subníveis de classificação *
2.2.3.1. **Tecnologias Habilitadoras** (13) Classificação única que indica a principal utilizada no projeto.
2.2.3.1.1. 1. Automação e Robótica 2. Biotecnologia 3. Desenvolvimento de Hardware 4. Integração de Sistemas 5. Inteligência Artificial 6. Manufatura 7. Materiais 8. Prototipagem 9. Química 10. Refrigeração 11. Sistemas de Comunicação 12. Sistemas Submarinos 13. Tecnologia de Dutos
2.2.3.2. **Áreas de Aplicação** (23) Classificação única que indica a principal área econômica ou setor social a ser impactada pelos resultados do projeto.
2.2.3.2.1. 1. Aeroespacial 2. Agroindústria/Alimentos e Bebidas **3. Cidades Inteligentes** 4. Cosméticos 5. Defesa 6. Eletrônica de Consumo/Industrial 7. Equipamentos Elétricos/Energia 8. Fabricação de Móveis 9. Indústria Automobilística 10. Indústria da Construção 11. Indústria Extrativa 12. Indústria Mecânica 13. Indústria Metalúrgica 14. Indústria Química 15. Logística/Transporte 16. Papel e Celulose 17. Petróleo e Gás 18. Saúde **19. Sustentabilidade** 20. Tecnologias transversais com aplicações em Educação/Serviços/Comércio/Financeiro **21. Tecnologias transversais com aplicações Industriais** 22. Telecom 23. Têxtil/Calçados
2.2.3.3. **Classificações especiais** São classificações para atender interesses específicos de parceiros ou de outras áreas da Embrapii. Um mesmo projeto pode ter diferentes classificações especiais.
2.2.3.3.1. **NIB** - Nova Indústria Brasil (6 Missões CNDI)
2.2.3.3.2. **PDIL** - Matriz de Desafios Produtivos e Tecnológicos em Saúde (13 linhas)
2.2.3.3.3. **Tecnologias Verdes** (5 áreas)
2.2.3.3.4. **Tags**
3. **REFERÊNCIAS TÉCNICAS E COMO OUTROS FAZEM?**
3.1. Referências técnicas
3.1.1. **MANUAL DE OSLO**
3.1.1.1. Diretrizes para coleta e interpretação de dados sobre inovação tecnológica --> OCDE (1990 - 1ª versão) Faz parte da *Família Frascati* de manuais
3.1.1.1.1. - Compreensão da importância da inovação tecnológica para o desenvolvimento econômico (economia do conhecimento) - Comparabilidade: estrutura dentro do qual as pesquisas existentes possam ser comparáveis - Avaliação de políticas públicas
3.1.1.2. **Família Frascati** Assuntos: - P&D (Manual Frascati) - Balanço de pagamentos de tecnologia e estatísticas de inovação (Manual de Oslo) - Uso de estatísticas sobre patentes como indicadores de ciência e tecnologia (Manual de Patentes) - Recursos humanos dedicados à ciência e tecnologia (Manual Camberra)
3.1.1.2.1. "Sem estes manuais, seria impossível obter dados estatísticos que pudessem ser comparados em nível internacional. Tais dados são um pré-requisito para o desenho, monitoração e avaliação de políticas voltadas para a promoção da inovação tecnológica, particularmente em nível da Europa, onde o processo de integração econômica gerou uma necessidade sempre crescente de **dados internacionalmente comparáveis.**"
3.1.1.3. Definição de conceitos básicos
3.1.1.3.1. *Conceito-chave: * **INOVAÇÃO TECNOLÓGICA** Refere-se à introdução de mudanças tecnológicas significativas em produtos ou processos, que podem ser novos ou substancialmente aprimorados.
3.1.1.3.2. Outros conceitos: - Inovação organizacional (não escopo do manual) - Inovação de marketing - Difusão da inovação - Barreiras à inovação - Cooperação para inovação --> Apresenta uma estrutura conceitual para demonstrar que "a inovação é uma atividade complexa e diversificada em que diversos componentes interagem, fato que as fontes de dados precisam refletir".
3.1.1.4. Foco do Manual de Oslo: **INOVAÇÃO NO NÍVEL DA EMPRESA** *"117. O presente Manual trata da inovação no nível da empresa." * O foco central é a inovação no nível da empresa, que é considerada o "sujeito" principal das análises e estudos sobre inovação. Isso significa que a empresa é a unidade de análise fundamental para identificar e entender os processos de inovação, suas características, impactos e dinâmicas. *"122. Há duas abordagens principais para coligir dados sobre inovações:" *
3.1.1.4.1. *Abordagem pelo * **SUJEITO** A empresa é considerada o "sujeito" da pesquisa, ou seja, a unidade central de análise.
3.1.1.4.2. *Abordagem pelo * **OBJETO** O "objeto" é a inovação em si, e não a empresa como um todo.
3.1.1.5. Diretrizes metodológicas
3.1.1.5.1. **Sujeito**
3.1.1.5.2. **Procedimentos de pesquisa** - Censo x Amostragem - Voluntária ou obrigatória - Questionário (349) - Apresentação dos resultados
3.1.1.5.3. **Objeto** *381. O Manual recomenda a abordagem pelo sujeito como a metodologia que os países podem utilizar ao realizarem pesquisas sobre inovação. Contudo, o uso da abordagem pelo objeto pode fornecer valiosos dados adicionais. * Útil quando o foco são *inovações específicas *
3.1.1.6. **RESUMO: REFERENCIAL TÉCNICO** - O principal propósito do Manual de Oslo é servir como uma **referência metodológica** para orientar a coleta, análise e interpretação de dados sobre inovação, focado no **contexto das empresas**. - Ele **não fornece um survey pronto**, mas oferece diretrizes, conceitos, e estruturas que ajudam na elaboração de instrumentos de pesquisa, como questionários (surveys), entrevistas e outras metodologias, de forma padronizada e **comparável internacionalmente**.
3.1.2. **FORD - Field of Research and Development** *Manual de Frascatti 2015 * ***6*** *Domínios * ***44*** *Subdomínios * 1. Natural Sciences 2. Engineering and Technology 3. Medical and Health Sciences 4. Agricultural and Veterinary Sciences 5. Social Sciences 6. Humanities
3.1.3. **ERC Code - European Research Council** *Sobre a ERC * - O ERC, criado pela União Europeia em 2007, é a principal organização europeia de financiamento para a investigação de fronteira de excelência. Financia investigadores criativos de qualquer nacionalidade e idade, para executar projetos baseados em toda a Europa. - A missão do ERC é incentivar a investigação da mais elevada qualidade na Europa através de financiamento competitivo e apoiar a investigação de fronteira conduzida por investigadores em todos os domínios, com base na excelência científica. **Sobre o ERC Code** É um sistema utilizado para classificar as áreas de pesquisa financiadas pelo European Research Council (Conselho Europeu de Pesquisa). Ele organiza os projetos científicos em diferentes categorias e subcategorias, facilitando a análise e a alocação de recursos de pesquisa.
3.1.3.1. **Finalidade do ERC Classification Code ** - Organização e Comparação: facilita a categorização e comparação de projetos científicos em uma ampla gama de disciplinas. - Alocação de Recursos: auxilia o ERC na distribuição eficiente de financiamentos para projetos inovadores em diferentes áreas do conhecimento. - Estímulo à Pesquisa Interdisciplinar: identifica áreas que combinam múltiplas disciplinas, promovendo abordagens inovadoras e colaborativas.
3.1.3.2. **Estatísticas** Possui um painel de dados abertos onde é possível analisar as estatísticas por projeto, país, ano e ERC-Code.
3.1.3.3. **Estrutura do ERC-Code** ***3*** *Domínios * ***25*** *Paineis (disciplinas) * ***337*** *Subpaineis (subdisciplinas) *
3.1.3.3.1. **Physical Sciences and Engineering (11)** PE1 - Mathematics PE2 - Fundamental constituents of matter PE3 - Condensed matter physics PE4 - Physical and analytical chemical sciences PE5 - Synthetic chemistry and materials PE6 - Computer science and informatics PE7 - Systems and communication engineering PE8 - Products and processes engineering PE9 - Universe science PE10 - Earth system science PE11 - Materials engineering
3.1.3.3.2. **Life Sciences (9)** LS1 - Molecules of Life: Biological Mechanisms, Structures and Functions LS2 - Integrative Biology: from Genes and Genomes to Systems LS3 - Cell Biology, Development, Stem Cells and Regeneration LS4 - Physiology in Health, Disease and Ageing LS5 - Neuroscience and Disorders of the Nervous System LS6 - Immunity, Infection and Immunotherapy LS7 - Prevention, Diagnosis and Treatment of Human Diseases LS8 - Environmental Biology, Ecology and Evolution LS9 - Biotechnology and Biosystems Engineering
3.1.3.3.3. Social Sciences and Humanities
3.1.4. Manuais **eurostat**
3.1.4.1. **European business statistics methodological manual for statistics on business innovation** *Foco: empresas * Resumo: O propósito desta publicação é fornecer um manual metodológico abrangente para estatísticas sobre **inovação empresarial** na Europa, com o objetivo de orientar os escritórios de estatísticas nacionais (NSIs) na coleta, compilação e análise de dados comparáveis sobre inovação nos negócios. O documento visa assegurar a harmonização de conceitos, definições e métodos de coleta, alinhando-se às diretrizes do Manual de Oslo (2018) e ao Regulamento Europeu de Estatísticas Empresariais (EBS). Além disso, busca fortalecer a integração dessas estatísticas no contexto mais amplo das estatísticas empresariais europeias, promovendo consistência entre diferentes domínios de dados e qualidade nas informações utilizadas para decisões políticas e análises científicas.
3.1.4.2. **European Business Statistics Methodological Manual for R&D statistics** Foco: projetos e pesquisadores O propósito do European Business Statistics Methodological Manual for R&D Statistics é fornecer um guia metodológico abrangente para os Institutos Nacionais de Estatística (NSIs) na coleta, compilação, transmissão e validação de dados sobre pesquisa e desenvolvimento (P&D) na Europa. Embora tenha uma abordagem metodológica ampla sobre as estatísticas de pesquisa e desenvolvimento (P&D), não apresenta explicitamente uma classificação temática para os projetos de P&D. Ele se concentra mais nos aspectos de coleta, validação e análise dos dados de P&D, incluindo atividades e recursos humanos, mas sem detalhar temas específicos dos projetos realizados. Portanto, o foco principal está nos dados agregados e metodologias de medição, não em uma categorização temática direta dos projetos ou áreas específicas de pesquisa.
3.1.5. PINTEC
3.2. Referências institucionais
3.2.1. **CNI**
3.2.1.1. Não possui uma área de fomento a projetos de inovação.
3.2.1.2. Classifica a Indústria conforme a CNAE: **Seção B - Indústria Extrativa** **Seção C - Indústria da Transformação** **Seção F - Indústria da Construção** A CNI também possui uma classificação especial: **SIUP** - Serviços industriais de Utilidade Pública **Seção D - Eletricidade e gás** **Seção E - Água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação**
3.2.1.2.1. CNAE 2.0 (IBGE) 1. Seção 2. Divisão 3. Grupo 4. Classe 5. Subclasse
3.2.1.2.2. As estatísticas gerais da CNI vão até o **nível 3 da CNAE - Grupo**, onde são chamados de ***Setores Industriais*.**
3.2.2. **CNPq e CAPES**
3.2.2.1. **Árvore de especialidades do conhecimento** A classificação das Áreas do Conhecimento tem finalidade eminentemente prática, objetivando proporcionar às Instituições de ensino, pesquisa e inovação uma maneira ágil e funcional de sistematizar e prestar informações concernentes a projetos de pesquisa e recursos humanos aos órgãos gestores da área de ciência e tecnologia.
3.2.2.2. **4 NÍVEIS DE CLASSIFICAÇÃO** 1º Nível - Grande Área (09) 2º Nível - Área do Conhecimento (Área Básica) (83) 3º Nível - Subárea (342) 4º Nível - Especialidade (871)
3.2.2.2.1. **Grandes Áreas** 1. CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA (08) 2. CIÊNCIAS BIOLÓGICAS (13) 3. ENGENHARIAS (13) 4. CIÊNCIAS DA SAÚDE (09) 5. CIÊNCIAS AGRÁRIAS (09) 6. CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS (13) 7. CIÊNCIAS HUMANAS (10) 8. LINGUÍSTICA, LETRAS E ARTES (03) 9. MULTIDISCIPLINAR (05)
3.2.2.2.2. **Áreas do Conhecimento**
3.2.3. **Senai ISI** Instituto Senai de Inovação
3.2.3.1. **Principais números**: - 28 institutos de inovação - 1.350 pesquisadores diretos - 3.090 projetos de P&D+I - R$ 2,03 bi investidos
3.2.3.2. - Divisão dos institutos por **04 GRUPOS TECNOLÓGICOS ** **28 ÁREAS DE ATUAÇÃO** **96 PLATAFORMAS TECNOLÓGICAS** - Cada Senai ISI é uma área de atuação específica. - Dentro de cada área de atuação há ainda o que chamam de **Plataformas Tecnológicas** que são itens descritivos da área de atuação do Senai ISI.
3.2.3.2.1. **QUÍMICAS** 1. Biodiversidade (3) 2. Biomassa (5) 3. Biossintéticos e fibras (4) 4. Biotecnologia (5) 5. Eletroquímica (3) 6. Química verde (7) 7. Sistemas avançados de saúde (4) ***07*** *áreas de atuação * ***31*** *plataformas tecnológicas *
3.2.3.2.2. **MATERIAIS E ESTRUTURAS** 1. Energias renováveis 2. Engenharia de estruturas 3. Engenharia de polímeros 4. Inspeção e integridade 5. Materiais avançados e nanocompósitos 6. Metalurgia e ligas especiais 7. Processamento mineral 8. Tecnologias minerais ***08*** *áreas de atuação * ***25*** *plataformas tecnológicas *
3.2.3.2.3. **PROCESSAMENTO DE MATERIAIS** 1. Conformação e união de materiais 2. Engenharia de superfícies 3. Manufatura avançada e microfabricação 4. Processamento a laser 5. Sistemas de manufatura 6. Sistemas de sensoriamento ***06*** *áreas de atuação * ***17*** *plataformas tecnológicas *
3.2.3.2.4. **ELETRÔNICAS E DIGITAIS** 1. Automação da produção 2. Logística 3. Microeletrônica 4. Sistemas elétricos de potência 5. Sistemas embarcados 6. Sistemas virtuais de produção 7. Tecnologias de informação e comunicação ***07*** *áreas de atuação * ***23*** *plataformas tecnológicas *
3.2.4. **Senai** *cursos *
3.2.4.1. **Senai Nacional** ***17*** *áreas técnicas *
3.2.4.1.1. 1. Alimentos e bebidas 2. Automação 3. Automotiva 4. Construção civil 5. Elétrica/Eletrotécnica 6. Eletromecânica 7. Equipamentos móveis industriais 8. Gestão 9. Mecânica 10. Petroquímica e química 11. Refrigeração e climatização 12. Segurança do trabalho 13. Soldagem 14. Tecnologia da informação (TI) 15. Têxtil 16. Usinagem 17. Vestuário
3.2.4.2. **Senai SP** ***14*** *áreas técnicas *
3.2.4.2.1. 1. Administração e gestão 2. Alimentos e bebidas 3. Construção civil e design mobiliário 4. Design de moda, têxtil, vestuário, calçados e joalheria 5. Design gráfico, paple, celulose, gráfica e editorial 6. Fabricação mecânica e mecânica industrial 7. Logística e transporte 8. Automotiva 9. Mecatrônica, sistemas de automação, energia e eletrônica 10. Meio ambiente, saúde e segurança do trabalho 11. Metalurgia e soldagem 12. Química, cerâmica e plásticos 13. Refrigeração e climatização 14. Tecnologia da informação e informática
3.2.5. **FINEP**
3.2.5.1. A Finep concede recursos reembolsáveis e não-reembolsáveis a instituições de pesquisa e empresas brasileiras. O apoio da Finep abrange todas as etapas e dimensões do ciclo de desenvolvimento científico e tecnológico: **pesquisa básica, pesquisa aplicada, inovações e desenvolvimento de produtos, serviços e processos.**
3.2.5.2. Trabalha na lógica de **PROGRAMAS** que possuem foco em **ATORES**, **OBJETOS** e/ou **CONDIÇÕES FINANCEIRAS** Sua abordagem baseia-se na oferta de diversos programas de financiamento, cada um com objetivos específicos e modalidades de apoio adaptadas às necessidades dos projetos e dos proponentes.
3.2.5.2.1. Cada programa da FINEP pode ter foco nos participantes (como empresas de diferentes portes, ICTs ou startups) ou nos objetos do projeto (como setores específicos da economia, desenvolvimento de tecnologias emergentes ou soluções para desafios estratégicos do país).
3.2.5.2.2. As **condições financeiras** dos diferentes programas da Finep são relativas a: - Financiamento reembolsável: taxa de juros menores e carência - Financiamento não reembolsável - Restrições em itens e atividades financiáveis - Prazos de reconhecimento de despesas
3.2.5.3. **FNDCT** A Finep presta contas da aplicação dos recursos do FNDCT de acordo com os fundos setoriais. **Atualmente, existem 15 Fundos em operação,** sendo 13 relativos a setores específicos e dois transversais (CT-FVA e CT-Infra), cada um com fontes próprias de recursos. Cada fundo setorial possui uma regra que incide sobre um grupo de empresas (que financiam o fundo) e sobre a qual o recurso deve ser destinado.
3.2.5.3.1. Fundos Setoriais do FNDCT 1. Aeronáutico 2. Agronegócio 3. Amazônia 4. Transporte Aquaviário e de Construção Naval 6. Biotecnologia 7. Energia 8. Espacial 9. Recursos Hídricos 10. Tecnologia da Informação 11. Infraestrutura 12. Mineral 13. Petróleo e Gás Natural 14. Saúde 15. Transportes terrestres e hidroviários 16. Verde Amarelo
3.2.5.4. **FILTRO DE CHAMADA PÚBLICA POR TEMA** Apesar do foco da Finep ser por Programas, é possível filtrar as CHAMADAS PÚBLICAS por "tema". **Essa classificação temática não é sistemática:** não aparece em nenhum relatório ou painel de dados da Finep. Ainda assim, é uma indicação de que, em algum lugar da Finep, é feita uma classificação temática das chamadas públicas de acordo com a finalidade do projeto a ser apoiado.
3.2.5.4.1. 5G e Wi-FI 6 Aeronáutica Agricultura, agronegócio e saúde animal Agritech Aquaviário Audiovisual Automação de processos robóticos (RPA) Big Data BIM - Building Information Modeling Bioeconomia Biotecnologia Cidades inteligentes e sustentáveis Cidades sustentáveis Combustíveis Defesa Defesa e segurança nacional Descentralização de recursos Educação Eficiência energética Energia Energia renovável Esportes Fintech Foodtech Habitação Higiene, pergumaria e cosméticos Infraestrutura de pesquisa Inteligência Artificial (IA) Interfaces imersivas Internet das Coisas IoT Manufatura avançada Metereologia Mineração Monitoramento Nanotecnologia Nuvem Papel e celulose Petróleo, gás e etanol Preservação ambiental Prevenção e recuperação de desastres naturais e ambientais Química Realidade estendida (XR) Recursos hídricos Recursos minerais Saneamento Saneamento básico Segurança hídrica Segurança pública Segurança privada Saúde animal Saúde e fármacos Sustentabilidade Tecnologia assistiva Tecnologia espacial Tecnologias prioritárias Tecnologia social TICs Transportes Tratamento da poluição e de resíduos sólidos TV Digital VentureCapital Outros
3.2.5.4.2. Uma demonstração de que essa classificação não é sistemática: "Cidades inteligentes e sustentáveis Cidades sustentáveis" "Saneamento Saneamento básico" "Segurança pública" "Energia Energia renovável" "Nuvem" Trata-se mais de um conjunto de tags que marcam as chamadas públicas.
3.2.6. **Fundações Estaduais de Pesquisa**
3.2.6.1. **FAPESP**
3.2.6.1.1. **Árvore de Conhecimento CNPq/CAPES** Segue como referência geral a classificação por áreas de conhecimento estabelecida pelo CNPq e CAPES.
3.2.6.1.2. Assim como o Finep, também trabalha na lógica de Programas e Chamadas, com público-alvo e objetivos específicos. Possui uma classificação dos Programas:
3.2.6.1.3. Programas Os programas são classificados em: **Programas voltados a temas específicos** 1. Pesquisa em Bioenergia (BIOEN) 2. Pesquisa em Biodiversidade (BIOTA) 3. Programa de Pesquisas em eScience e Data Science (ESCIENCE) 4. Mudanças Climáticas (PFPMCG) 5. Programa para o Atlântico Sul e Antártica (PROASA) 6. Quantum Technologies InitiAtive (QuTIa) **Programas de pesquisa direcionados a aplicações** 1. Consórcios Setoriais para Inovação Tecnológica (CONSITEC) 2. Programa Centros de Ciência para o Desenvolvimento 3. Programa FAPESP para Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE) 4. Programa FAPESP Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas para Transferência de Conhecimento (PIPE-TC) 5. Programa de Apoio à Pesquisa em Empresas / Programa FAPESP Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PAPPE-PIPE) 6. Programa FAPESP para Apoio à Colaboração em Pesquisa entre Universidades/Institutos e Empresas 7. Pesquisa em Parceria para Inovação Tecnológica (PITE) 8. Centros de Pesquisa em Engenharia/Centros de Pesquisa Aplicada (CPE/CPA) 9. Ensino Público 10. Pesquisa em Políticas Públicas 11. Programa de Pesquisa para o SUS **Programas de infraestrutura de pesquisa** 1. Apoio à Infraestrutura de Pesquisa 2. Capacitação Técnica 3. FAPLivros 4. Programa Jovens Pesquisadores em Centros Emergentes Museus, Centros Depositários de Informações e Documentos e de Coleções Biológicas (Biblioteca Virtual FAPESP) 5. Rednesp 6. Scientific Electronic Library Online (SCIELO) 7. Reserva Técnica Institucional **Programa de divulgação científica** 1. Jornalismo Científico
3.2.6.1.4. Na **Biblioteca Virtual da FAPESP há uma classificação temática dos projetos de pesquisa.** Contudo, é uma classificação que aparece apenas nessa seção. Ainda assim, indica uma classificação dos projetos de acordo com suas características gerais. Não é uma classificação baseada em um referencial técnico mais substantivo.
3.2.6.2. Outras Fundações: **FAPERGS, FACEPE, FAPESB** Lógica de Editais. Não há classificação temática de projetos disponível no site. Não há paineis de dados.
3.2.7. Instituições de fora do Brasil
3.2.7.1. **Franhoufer** *Alemanha *
3.2.7.1.1. Áreas estratégicas de pesquisa Bioeconomy Digital Healthcare Artificial Intelligence (AI) Next Generation Computing Quantum Technologies Resource Efficiency and Climate Technologies Hydrogen Technologies
3.2.7.1.2. Lógica similar ao Senai ISI: diferentes institutos especializados em áreas temáticas.
3.2.7.2. **US National Science Foundation** *EUA * Apoia projetos inovadores em ciência e tecnologia.
3.2.7.2.1. Lógica de programas de financiamento para a indústria
3.2.7.3. **NIST - National Institute of Standards and Technology** *EUA * The National Institute of Standards and Technology (NIST) was founded in 1901 and is now part of the U.S. Department of Commerce. NIST is one of the nation's oldest **physical science laboratories.** Mission To promote U.S. innovation and industrial competitiveness by advancing **measurement science, standards, and technology** in ways that enhance economic security and improve our quality of life.
3.2.7.3.1. Lógico de tópicos e subtópicos de pesquisa + tags. Apoia projetos diretamente, mas também possui unidades organizacionais de pesquisa e programas. ***17*** *NIST Research topics * - Manufacturing - Materials - Mathematics and statistics - Information techology - Advanced Communications - Nanotechnology - Metrology - Standards - Chemistry - Health - Bioscience - Physics - Electronics - Fire - Materials Research - Energy - Forensics
3.2.7.4. **DARPA - Defense Advanced Research Projects Agency** *EUA * Financia projetos tecnológicos de alta complexidade e risco, com foco em defesa e inovação disruptiva.
3.2.7.4.1. **Lógica de programas e escritórios técnicos** *Similar ao Senai-ISI e, ao mesmo tempo, FINEP * Gerenciados por nossos escritórios técnicos, os programas da DARPA abrangem as disciplinas de laboratório, ciências aplicadas e engenharia avançada. Normalmente estruturado em fases, cada programa aborda um desafio urgente de segurança nacional cuja solução tem o potencial de alcançar uma surpresa tecnológica estratégica.
3.2.7.5. **INNOVATION - Canada Foundation for Innovation** *Canadá * The Canada Foundation for Innovation (CFI) is a non-profit corporation that invests in research infrastructure at Canadian universities, colleges, research hospitals and non-profit research institutions.
3.2.7.5.1. Lógica de programas, mas tem classificação de projetos por **Field of Research** e **Keywords ** ***6*** *fields of research * - Agricultural and veterinary sciences - Engineering and technology - Humanities and the arts - Medical, health and life sciences - Natural sciences - Social sciences ***+56.000*** *keywords * - BioManufacturing Industry - GCMS-MSD - WLAN - immnuology - Endocrine disruption - Postbiotics - zooplankton nets and vertical profilers - Inequality - THz wireless communications - hunter-gatherers - Probiotics - Mechanistic Enzymology - muscle perfusion - marine ecosystems - biomolecular interactions ion mobility mass spectrometry E muitos outros! Tais *keywords* são definidas pelos próprios pesquisadores.
3.2.7.6. **JITRI - Jiangsu Industrial Technology Research Institute** *China * Jiangsu Industrial Technology Research Institute (JITRI) is a top application-oriented research organization and a high-tech investor in China, which was founded in 2013 by Jiangsu Province to promote industrial technology research and the commercialization of advanced scientific results. JITRI has established 59+ specialized research institutes in the **fields of advanced materials, energy & environment, manufacturing & equipment, biology & medicine, and ICT.**
3.2.7.6.1. ***5*** *Áreas tecnológicas * - Information and communication technology - Advanced materials - Manufacturing & equipment - Biology & medicine - Energy & environmental protection Em cada área há um conjunto de institutos de pesquisa.
3.2.7.7. **Catapult Network** *Reino Unido * The Innovate UK Catapult Network provides access to cutting-edge research and development facilities and innovation ecosystems to support businesses with new innovations, from concept through to adoption in the marketplace. The Catapult Network fosters collaborations between academia and industry to produce new science-backed knowledge and solutions that drive positive change, create jobs and stimulate investment.
3.2.7.7.1. ***9*** *catapults* (centros de pesquisa) ***+52*** *capabilities * - Cells and gene therapy (8) - Compound semiconductor applications (5) - Connected places (6) - Digital (7) - Energy systems (5) - High value manufacturing (13) - Medicines discovery (4) - Offshore renewable energy (4) - Satellite applications (?) Cada catapult possui um conjunto de *capabilities* que são as competências técnicas.
3.2.7.8. **UKRI - UK Research and Innovation** Launched in April 2018, UK Research and Innovation (UKRI) is a non-departmental public body sponsored by the Department for Science, Innovation and Technology (DSIT). For research councils and Research England we use the dual support model, where funding is allocated through: - grants for individual research projects (through the research councils) - block grants for research institutions (through Research England) *Funciona similar ao CNPq e Capes. *
3.2.7.8.1. ***9*** *Áreas de investimento * - Arts and humanities reserach council - Biotechnology and Biological Sciences Research Council - Economic and Social Research Council - Engineering and Physical Sciences Research Council - Innovate UK - Medical Research Council - Natural Environment Research Council - Research England - Science and Technology Facilities Council
3.3. Considerações gerais
3.3.1. Lógicas de classificações temáticas identificadas
3.3.1.1. **Lógica de classificação por setor industrial** Não se trata de uma classificação de instituições de pesquisa ou projetos de P&D+I, mas sim a classificação das áreas econômicas de empresas (CNAE).
3.3.1.2. **Lógica de Programas/Linha de Financiamento** Definição de áreas de interesse a serem fomentadas ou condições de financiamento. As áreas de interesse podem ser definidas com base no objeto (tecnologia, área do conhecimento ou área de aplicação) ou público-alvo: porte das empresas, localização geográfica ou instituições de pesquisa. Já as condições de financiamento dizem respeito a condições de pagamento (juros, carência, outros), itens financiáveis ou outros.
3.3.1.3. **Lógica de classificação por área de conhecimento** Classificação muito comum em instituições de apoio à pesquisa acadêmica, como CNPq, Capes e fundações estaduais de pesquisa. Classificam as suas ações com base nas áreas de conhecimento dos pesquisadores que estão sendo fomentados por meio de bolsas de pesquisa ou linhas de financiamento.
3.3.1.4. **Lógica de classificação de projetos por tags** Classificações não sistemáticas, utilizadas para **facilitar o filtro** de projetos ou programas. Podem indicar diferentes dimensões, tais como: tecnologias utilizadas, áreas de aplicação, linhas de financiamento ou outro tópicos especiais.
3.3.1.5. **Lógica de classificação por área e subárea tecnológica** Classificação sistemática que define áreas e subáreas de instituições ou projetos de pesquisa (mais comum para instituições).
3.3.2. Modelos de classificação **ADAPTADOS** Em geral, **as classifcações temáticas não são dadas a priori,** mas de acordo com as características presentes nos projetos realizados ou fomentados pela instituição.
3.3.2.1. **Não há um modelo padrão de classificação temática** dos projetos de inovação --> áreas de aplicação ou tecnologias utilizadas.
3.3.2.1.1. O mais comum é a classificação de acordo com as **CHAMADAS **ou **LINHAS DE FINANCIAMENTO** dos projetos. Isto é, a classificação não é feita diretamente sobre o projeto.
3.3.2.2. Cada organização cria/desenvolve uma **nomenclatura adaptada** às suas características específicas
3.3.2.2.1. Mesmo dentro de uma mesma organização, como o Senai, há diferentes metodologias de classificação dos cursos técnicos.
3.3.3. **Destaques**
3.3.3.1. CNAE/Setores https://www.portaldaindustria.com.br/senai/canais/instituto-senai-de-inovacao/#modal-instituto Árvore do conhecimento CNPq/Capes https://www.gov.br/capes/pt-br/acesso-a-informacao/acoes-e-programas/avaliacao/instrumentos/documentos-de-apoio/tabela-de-areas-de-conhecimento-avaliacao FORD (OCDE) https://www.gov.br/mcti/pt-br/acompanhe-o-mcti/indicadores/paginas/manuais-de-referencia/arquivos/OCDE_ManualFrascati_2015_EN.pdf ERC-Code https://erc.europa.eu/sites/default/files/2023-03/ERC_panel_structure_2024_calls.pdf **Technology Topic Areas (Seed Fund)** https://seedfund.nsf.gov/portfolio/ Senai ISI https://www.portaldaindustria.com.br/senai/canais/instituto-senai-de-inovacao/#modal-instituto
3.3.3.2. O modelo apresentado pela Seed Fund é o mais interessante quando se pensa na necessidade de classifcação temática dos projetos da Embrapii.
4. **MODELO EMBRAPII DE CLASSIFICAÇÃO DE PROJETOS**
4.1. Considerações importantes
4.1.1. **MUDANÇAS INSTITUCIONAIS** A proposição de uma nova metodologia de classificação de projetos está inserida em um contexto mais amplo do atual momento da Embrapii. A instituição passa a demonstrar **maior interesse na gestão da execução e resultados dos projetos,** indo além do foco tradicional nas Unidades Embrapii. Essa mudança é impulsionada tanto pelo amadurecimento interno quanto por demandas externas, oriundas do Conselho de Administração (CA) e de parceiros estratégicos.
4.1.2. **SEM PERDER A ESSÊNCIA** Ainda assim, há uma preocupação em **preservar o Modelo Embrapii,** mantendo-o como um vetor de promoção das atividades-fim: projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação tecnológica. Nesse sentido, é essencial **evitar a burocratização excessiva** dos processos e a sobrecarga de trabalho em atividades-meio nas Unidades Embrapii.
4.1.3. Premissas
4.1.3.1. Evitar a criação de novas demandas ou responsabilidades às Unidades Embrapii
4.1.3.2. Compatibilidade com a classificação já implementada
4.1.3.3. Buscar a automatização do processo de classificação
4.1.3.4. Buscar parâmetros de referência no mercado e literatura para que a classificação de projetos possa ter algum nível de comparação
4.2. Proposta
4.2.1. - Todo Projeto Embrapii resulta da confluência de três elementos-chave (ou dimensões): Pesquisadores (Unidades Embrapii), Empresas e um propósito comum (Projeto de P&D+I).
4.2.1.1. **D1 - Pesquisadores (Unidade Embrapii)** Representa o grupo de pesquisadores responsáveis pela execução técnica e científica do projeto.
4.2.1.1.1. **Área de conhecimento**
4.2.1.2. **D2 - Empresas** Refere-se à empresa que apresenta a demanda ou problema a ser resolvido, atuando como parceira no desenvolvimento do projeto.
4.2.1.2.1. **Setor Industrial**
4.2.1.3. **D3 - Projeto de P&D+I** Corresponde ao projeto de pesquisa, desenvolvimento e inovação, estruturado com objetivos específicos para atender à demanda apresentada e solucionar o problema identificado.
4.2.1.3.1. **TRL**
4.2.1.3.2. **Tipo de Projeto**
4.2.1.3.3. **Tecnologia de Base**
4.2.1.3.4. **Área de interesse de aplicação**
4.2.1.3.5. **Tags**
4.2.1.3.6. **Fonte de recursos do CG**
4.2.1.3.7. **Fonte de recursos de parceiros**
4.3. Resumo da Proposta
4.3.1. Os projetos serão classificados em 9 níveis de classificação, de acordo com as características dos pesquisadores e empresas envolvidas e do projeto em si. **Pesquisadores** Área de conhecimento **Projeto** TRL Tipo de projeto Tecnologia de base Área de aplicação Tags Fonte de recursos do CG Fonte de recursos de parceiros **Empresas** Setor industrial