1. Princípios Básicos
1.1. Defnição e Epidemiologia
1.1.1. Diabetes mellitus tipo 2 é uma condição crônica caracterizada pela resistência à insulina e hiperglicemia.
1.1.2. A prevalência tem aumentado globalmente, afetando milhões de pessoas e contribuindo para comorbidades.
1.2. Fisiopatologia
1.2.1. A resistência à insulina nas células musculares e adiposas é um fator central.
1.2.2. A produção insufciente de insulina pelo pâncreas também é um componente importante do quadro.
2. Diretrizes de Tratamento
2.1. Avaliação Inicial
2.1.1. Realizar triagem para diabetes em adultos com sobrepeso ou obesidade, especialmente em grupos de risco
2.1.2. Exames laboratoriais incluem glicemia de jejum, hemoglobina glicada (HbA1c) e testes de tolerância à glicose.
2.2. Objetivos Terapêuticos
2.2.1. O controle glicêmico deve ser individualizado, visando níveis de HbA1c abaixo de 7%
2.2.2. Considerar fatores como idade, comorbidades e risco de hipoglicemia na defnição de meta
3. Tratamento Farmacológico
3.1. Classes de Medicamentos
3.1.1. Metformina: primeira linha de tratameto é um antidiabético oral da classe das biguanidas. É um dos medicamentos de escolha no tratamento do diabetes mellitus tipo 2 especialmente em pessoas obesas ou com sobrepeso.
3.1.1.1. Ação: A metformina age reduzindo os níveis de açúcar no sangue, para níveis mais próximos do normal, pois é capaz de melhorar a sensibilidade à insulina, reduzir a produção de glicose pelo fígado e retardar a absorção de glicose dos alimentos pelo intestino.
3.1.1.2. Efeitos adversos: Os efeitos colaterais comuns da metformina são poucos e de gravidade quase zero, pode surgir no inicio do tratamento cólicas, diarreia, às vezes enjoo e vômitos.
3.1.1.3. Vantagens: Auxilia na redução da resistênci a insulina
3.2. Sulfonilureias: são um grupo de medicamentos utilizados no tratamento da diabetes tipo 2. A sua finalidade principal é estimular o pâncreas a produzir mais insulina, ajudando assim a controlar os níveis de açúcar no sangue dos pacientes.
3.2.1. Ação:O mecanismo de ação das sulfonilureias baseia-se na ligação a um receptor específico nas células beta do pâncreas, o que leva à abertura de canais de potássio e à entrada de cálcio nas células. Isso resulta na liberação de insulina para a corrente sanguínea, promovendo a captação de glicose pelas células do corpo.
3.2.2. Efeitos adversos: As sulfonilureias podem causar hipoglicemia, ganho de peso e reações alérgicas em algumas pessoas. Por isso, é fundamental seguir as orientações médicas e realizar acompanhamento regular para garantir a eficácia e segurança do tratamento
3.2.3. Vantagens: Estimula o pâncreas a aumentar a produção de insulina e reduzir os níveis de açúcar no sangue
3.2.4. Exemplos: Primeira geração De uma acilsulfonilureia com alterações discretas em seu radical 1, surgiram as sulfonilureias de primeira geração.
3.2.4.1. Tolbutamida;Clorpropamida e Tolazamida
3.2.5. Exemplos: Segunda geração Mais recentemente, alterações químicas mais visíveis foram introduzidas no radical 2 da acilsulfonilureia, resultando em hipoglicemienatos de segunda geração.
3.2.5.1. Tolbutamida;Clorpropamida e Tolazamida
4. Opções Adicionais
4.1. Os inibidores de SGLT2, ou inibidores do cotransportador de sódio-glicose tipo 2, são uma classe de medicamentos utilizados no tratamento da diabetes tipo 2. Eles atuam inibindo a ação do cotransportador de sódio-glicose tipo 2 nos rins, o que resulta na redução da reabsorção de glicose e no aumento da excreção de glicose na urina.
4.1.1. Ação: Os inibidores de SGLT2 atuam bloqueando a ação do cotransportador de sódio-glicose tipo 2 nos túbulos renais. Isso impede a reabsorção de glicose filtrada pelos rins, fazendo com que a glicose seja eliminada na urina em vez de ser reabsorvida pelo organismo. Como resultado, os níveis de glicose no sangue são reduzidos, ajudando a controlar a diabetes tipo 2.
4.1.2. Efeitos Adversos: Os efeitos colaterais mais comuns incluem infecções do trato urinário, candidíase genital, aumento da frequência urinária e hipotensão ortostática. É importante relatar quaisquer efeitos colaterais ao médico para que medidas adequadas possam ser tomadas.
4.1.3. Vantagens: Além de ajudar a reduzir os níveis de glicose no sangue, esses medicamentos também podem promover a perda de peso, reduzir a pressão arterial e proteger os rins. Eles também têm sido associados a um menor risco de eventos cardiovasculares em pacientes com diabetes.
4.1.4. Exemplos: Canagliflozina; Dapagliflozina; Empagliflozina e Ertugliflozina
4.2. Os agonistas do GLP-1 (ou GLP-1RAs) são aliados poderosos na luta contra o diabetes tipo 2 e a obesidade. Eles agem no corpo em várias frentes: desde as células pancreáticas até o sistema nervoso central, garantindo uma abordagem múltipla e eficaz para o controle glicêmico e o manejo do peso.
4.2.1. Ação: Eles atuam reduzindo a secreção de glucagon, melhorando a sensibilidade à insulina e atrasando o esvaziamento gástrico2.
4.2.2. Efeitos adversos: Os efeitos colaterais comuns incluem náusea, diarreia e dor abdominal.
4.2.3. Vanstagens: Além disso, essas drogas mostraram benefícios na redução da mortalidade cardiovascular, na redução da incidência de eventos cardiovasculares, hospitalizações por insuficiência cardíaca e redução da progressão da doença renal
4.2.4. .
5. Monitoramento e Acompanhamen
5.1. Avaliação Contínua
5.1.1. Monitorar regularmente os níveis de glicose no sangue e a HbA1c para ajustar o tratament
5.1.2. Avaliar a presença de complicações, como doenças cardiovasculares e neuropatia
5.2. Educação em Diabetes
5.2.1. Promover a educação do paciente sobre o manejo da diabetes, incluindo dieta, exercício e adesão ao tratamento.
5.2.2. Envolver a equipe multiprofssional para suporte contínuo ao paciente
6. Conclusão
6.1. Importância da Abordagem Multidisciplinar
6.1.1. O tratamento efcaz da diabetes tipo 2 requer uma abordagem abrangente que considere aspectos médicos, psicológicos e sociais
6.1.2. O acompanhamento regular e a adaptação do plano terapêutico são essenciais para um manejo bem-sucedido da doença