Contra o método

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Contra o método por Mind Map: Contra o método

1. Mito

1.1. Para o autor, a Ciência se aproxima do mito , muito mais do que uma Filosofia científica se inclinaria a admitir.

1.2. A ciência tem um discurso mitológico

2. Sobre o autor

2.1. FEYERABEND, Paul.

2.2. Paul Karl Feyerabend (Viena, 13 de janeiro de 1924 — Genolier, 11 de fevereiro de 1994) foi um filósofo da ciência austríaco que viveu em diversos países como Reino Unido, Estados Unidos, Nova Zelândia, Itália e Suíça. Seus maiores trabalhos são Against Method (publicado em 1975), Science in a Free Society (publicado em 1978) e Farewell to Reason (uma coleção de artigos publicados em 1987). Feyerabend tornou-se famoso pela sua visão anarquista da ciência e por sua suposta rejeição da existência de regras metodológicas universais. É uma figura influente na filosofia da ciência, e também na sociologia do conhecimento científico.

2.3. Foi pupilo de Karl Popper (uma das figuras principais do positivismo científico)

2.4. PF se considerava um anarquista da ciência

3. Formas de pensamento

3.1. A Ciência é uma das formas de pensamento desenvolvidas pelo homem, não necessariamente a melhor.

3.2. A Ciência é uma ideologia, segundo o autor.

4. Tese

4.1. Como a aceitação e a rejeição de ideologias devem caber ao indivíduo, segue-se que a separação entre o Estado e a Igreja há de ser COMPLEMENTADA por uma separação entre o Estado e a Ciência.

4.1.1. Para o autor, a Ciência é mais recente, mais agressiva e mais dogmática instituição religiosa.

4.2. Para o autor, tal separação será a única forma de alcançarmos a humanidade de que somos capazes, mas que jamais concretizamos.

4.3. Separação

4.3.1. Para duvidarmos e fazermos a separação entre Estado e Ciência, precisamos examinar a conveniência e as limitações da ciência. Como?

4.3.1.1. Duvidando do método

4.3.1.1.1. Todas as vezes que vamos fazer perguntas sobre as afirmações de verdade da ciência, nós vamos duvidar do método.

4.3.2. Para o autor, o único método válido para a ciência é o "tudo vale"

4.3.2.1. Sustentar o "tudo vale" nos causa uma reação de pavor

4.3.2.1.1. Segundo o autor, só vamos viver numa sociedade inteiramente livre e democrática quando cada indivíduo examinar a conveniência e limitações de quais ideologias como formas de pensamento em que acreditar.

4.4. Votação

4.4.1. A Ciência deve passar pelo escrutínio público da votação

4.4.2. Par ao autor, as escolas devem realizar uma votação para definir se as disciplinas científicas devem ser ensinadas, assim como já ocorre com as matérias de ensino religioso.

4.5. Somente através dessa separação e da submissão da ciência à votação é que os indivíduos serão livres de verdade.

5. Ciência

5.1. A ideia de que a ciência pode e deve ser elaborada com obediência a regras fixas e universais é, ao mesmo tempo, QUIMÉRICA e PERNICIOSA.

5.1.1. Quimérica

5.1.1.1. pois implica visão demasiado simplista das capacidades do homem e das circunstâncias que lhes estimulam ou provocam o desenvolvimento.

5.1.2. Perniciosa

5.1.2.1. porque a tentativa de emprestar vigência às regras conduz a acentuar nossas qualificações profissionais em detrimento de nossa humanidade.

5.2. O ceticismo não é um exercício diário dos cientistas, defende o autor.

5.3. O problema do método da ciência

5.3.1. A ciência moderna se IMPÔS a seus oponentes, não os CONVENCEU.

5.3.2. A ciência dominou pela FORÇA e não através de ARGUMENTOS.

5.4. Atacar ideias básicas defendidas pela ciência desperta, segundo o autor, reações de tabu que não são menos intensas do que as reações de tabu nas chamadas sociedades primitivas

5.5. Para o autor, a Ciência reina soberana porque seus praticantes são incapazes de compreender e não se dispõem a tolerar ideologias diferentes, porque têm força para impor seus desejos e porque usam essa força como seus ancestrais a usaram para impor o cristianismo aos povos que iam conquistando.

5.6. "Ele não nega os avanços científicos, ele nega o estatuto de verdade absoluta concedido à ciência, a tal ponto que todos nós, para sermos cidadãos temos que passar por um longo processo de aculturamento científico e de rejeição de outras formas de conhecimento" - Débora Diniz.

6. Propaganda

6.1. Parte básica de uma educação geral dessa espécie são conhecimentos dos principais propagandistas de todos os campos, de modo que o neófito possa desenvolver resistência contra todas as formas de propaganda, incluindo a propaganda que se denomina ‘argumento’.

6.1.1. Somente após esse processo de endurecimento será ele chamado a pronunciar-se em face das questões racionalismo-irracionalismo, ciência-mito, ciência-religião e outras questões semelhantes.

6.2. A Ciência se vale de propagandas institucionalizadas para se perpetuar no poder. Entre seus principais propagadores, estão

6.2.1. Revistas científicas

6.2.2. Universidades

6.2.3. Organizações que promovem premiações (Nobel, por exemplo)

6.2.4. A imprensa

6.2.5. Os congressos científicos

7. Perguntas de PJ

7.1. Quais as fragilidades do argumento de PF para o fazer jurídico em um estado democrático?

7.1.1. O mundo prático é uma das maiores fragilidades do autor. O fazer jurídico não é um lugar onde “tudo vale”., mas sim onde o que vale já esta pré-determinado pelo conjunto normativo, pelo marco constitucional, pelas leis. Outra fragilidade é a proposta de submeter a ciência à votação, como se a maioria tivesse condições de tomar decisões de caráter existencial. A maioria dos cidadãos maduros, podem, por exemplo, fazer uma escolha restritiva de direitos.

7.2. Como o anarquismo epistemológico de PF provocaria a interpretação jurídica sobre casos difíceis?

7.2.1. Ele nos traria dúvidas sobre aquilo que nós usamos como argumentos , como evidencias, como certezas, como perícia. O anarquismo vai ajudar a duvidar de como interpretamos as leis e as concepções de verdade. A razão e a emoção podem ser fontes de interpretação jurídica, segundo o autor. Não se pode dar à ciência o status de sabedoria superior e não levar em conta outras formas de conhecimento ou interpretação da realidade.

8. Formas de leitura de Feyerabend

8.1. Cínico

8.1.1. Como anarquista cínico, que vai defender que é absolutamente possível fazer uma votação e submeter a ciência ao clivo da população e reinventar a vida social.

8.1.2. Como alguém que quer fazer uma implosão da ordem social.

8.2. Teórico da Ciência

8.2.1. Como alguém que critica o estatuto da ciência como saber superior.