Comunicação e Política - por João Fanara Estudos de Mídia - UFF

Começar. É Gratuito
ou inscrever-se com seu endereço de e-mail
Comunicação e Política - por João Fanara Estudos de Mídia - UFF por Mind Map: Comunicação e Política - por João Fanara Estudos de Mídia - UFF

1. Rousiley C. M. Maia

1.1. Democracia deliberativa

1.1.1. Definição: "A deliberação pode ser entendida como uma atividade interativa, envolvendo duas ou mais pessoas que examiname consideram os argumentos umas das outras sobre determinada matéria."

1.1.2. Deliberações devem realizar-se de forma argumentativa

1.1.3. As deliberações visam à igualdade política e moral dos cidadãos e devem ser livres de coerções externas

1.1.4. As deliberações devem ser inclusivas e públicas

1.1.5. As deliberações devem ser livres de coerções internas

1.1.6. As deliberações, em geral, visam a um acordo motivado racionalmente

1.1.7. As deliberações políticas abrangem todas as matérias passíveis de regulamentação

1.1.8. As deliberações políticas incluesm também interpretações de necessidades e a transformação de preferências e enfoques pré-políticos

2. Walter Lippmann

2.1. Opinião Pública

2.1.1. notícias não se baseavam em fatos mas em esperanças dos homens que pertenciam ao jornal e gostariam que o rumo fosse o desejado por eles.

2.1.2. As pessoas têm enorme dificuldade em se informar de forma competente e marginalizam conteúdos necessários à consolidação de uma cidadania consciente.

2.1.2.1. A verdade é sempre mediada, só nos resta acreditar nas mediações

2.1.3. Defesa da governação por parte de poucos homens de ação mas bem informados.

2.2. Visão Platônica (noção de verdade)

2.3. "Onde todos pensam do mesmo jeito, ninguém pensa muito". (Where all think alike, no one thinks very much) The Journal of Home Economics‎ - Página 517

3. Bernard Manin

3.1. As Metamorfoses do Governo Representativo

3.1.1. Eleições: Programas partidários X Personalidade dos líderes

3.1.2. Três tipos principais de governo representativo

3.1.2.1. Governo Representativo Parlamentar (Tradicional)

3.1.2.1.1. A escolha dos representantes baseava-se na confiança que eles passavam aos eleitores. Os eleitos eram pessoas "notáveis" no meio e, quando eleitos, tinham autonomia para tomar as decisões que julgassem certas, sem que necessariamente essas decisões estivessem em sintonia com a vontade popular.

3.1.2.2. "Governo de Partidos", ou "Democracia de Partido"

3.1.2.2.1. As ideologias pregadas pelos partidos, assim como suas plataformas políticas, influenciavam diretamente o eleitorado, que procurava nos partidos uma forma de encontrar representantes correspondentes com seus anseios.

3.1.2.3. "Democracia do Público".

3.1.2.3.1. O voto personalístico toma importância e a figura individual do candidato sobrepõem-se à imagem do partido.

4. Jean-Gabriel de Tarde

4.1. Diferenças entre Multidão e Público

4.1.1. Multidão- Feixe de contágios psíquicos produzidos por contato físico, Influência dos incitadores; Características: irracionalidade, imitação, credulidade, covardia e crueldade

4.1.1.1. Linchamentos, destruições; Imputação dos crimes: aos incitadores

4.1.1.2. é móvel, se organiza em diversos movimentos, é o primeiro estado em que a sociedade se apresenta, depois da família.

4.1.2. Público- Proximidade física é dispensada e substituída pela mediação (imprensa).

4.1.2.1. Eleição de corruptos; Imputação: do público aos publicistas

4.1.2.2. Público é a multidão organizada pelas opiniões comuns através dos meios de comunicação, no qual não há contato físico, mas carrega consigo a potencialidade de se organizar e exercer formas de poder.

4.2. Teoria sociológica da opinião

5. Pippa Norris

5.1. Comunicação política na sociedade pós-industrial

5.1.1. Campanhas Pré-modernas (XIX - 1950)

5.1.1.1. Líder no topo

5.1.1.2. Poucos assessores políticos próximos

5.1.1.3. Organizações partidárias dispersas (locais / estados)

5.1.1.4. Campanhas nacionais, em geral curtas

5.1.1.5. Muito voluntariado

5.1.1.6. Forte dependência do elemento partidário

5.1.1.7. Imprensa(jornal) como principal meio de informação mediada, com APOIO ao candidato, por colunas, editoriais etc.

5.1.1.7.1. Conflito com base em clivagens

5.1.1.8. Eleitores guiados por identificação partidária (Lazarsfeld) e tinham lealdade duradoura.

5.1.2. Campanha Moderna (1950 - 1985)

5.1.2.1. Marcada pelo aparecimento da TV e pesquisas de opinião

5.1.2.2. Coordenação estratégica passa para o nível nacional

5.1.2.3. Voluntariado vira consultoria profissional especializada paga.

5.1.2.3.1. "revólveres de aluguel"

5.1.2.4. Queda dos jornais partidários

5.1.2.4.1. Mudança de ênfase dos jornais para a televisão

5.1.2.5. Aumento dos custos

5.1.2.5.1. Mudança da lógica do trabalho intensivo para a do capital intensivo (profissional pago, pesquisas de opinião, mala direta, campanha na TV)

5.1.2.6. Jornais com noticiário nacional pela televisão

5.1.2.6.1. Despilarização - Alguns jornais se tornaram mais politicamente independentes, escolhendo notícias com base na lógica comercial (para vender mais).

5.1.2.7. Campanha na Televisão

5.1.2.7.1. "Personalização" da política.

5.1.2.8. Eleitorado distante, não ancorado em lealdades partidárias

5.1.2.9. Campanha longa, independente do período 'oficial'

5.1.2.10. Escolha do candidato com base em suas políticas e desempenho

5.1.2.11. Marketing Político (venda de produtos) vendendo propagandas políticas, imagens partidárias e líderes.

5.1.3. Campanha Pós-Moderna

5.1.3.1. Fragmentação dos fluxos televisivos

5.1.3.2. Maior diversidade das fontes de informações

5.1.3.3. Cobertura nacional para transmissão via satélite ou cabo

5.1.3.4. Boletins de notícias 24 horas por dia

5.1.3.5. Interação entre partidos via internet

5.1.3.6. Contato direto com os cidadãos para prestação de contas e para informar as tomadas de decisão rotineiras

5.1.3.7. Aumento do Marketing Político

5.1.3.7.1. Põe o 'freguês' em primeiro lugar (pesquisando os desejos, necessidades e tendências dos eleitores)

5.1.3.8. Retorno a algumas formas primitivas (Pré-Modernas) de interação, com encontros diretos pela internet.

5.1.4. Mudanças nas campanhas

5.1.4.1. Americanização das campanhas

5.1.4.1.1. Campanha baseada na imagem midiatizada do candidato

5.1.4.1.2. "Personalização" da política

5.1.4.1.3. "Cientificação" da campanha

5.1.4.1.4. Afastamento dos partidos dos cidadãos

5.1.4.1.5. Desenvolvimento de estruturas mais autônomas de comunicação (twitter, sites, blogs etc)

6. Afonso Henriques Neto

6.1. Ruínas de um Texto Clássico

6.1.1. Trata da obra de Antonin Artaud (O Teatro e seu Duplo)

7. Moses Finley

7.1. Democracia Antiga e Moderna

7.1.1. Democracia antiga que teve sua origem na Atenas Clássica comparada com o nosso sistema de governo

7.1.2. Conceito de 'apatia política'

7.1.2.1. A apatia política consiste no sentimento de rejeição à política causada pela frustração em poder participar da política apenas como eleitor

7.1.3. Grécia Antiga

7.1.3.1. Democracia participativa

7.1.3.1.1. Todos os que a condição de orador tinham poder e voz de decisão, independente da idade

7.1.3.1.2. Platão e Aristóteles eram contrários

7.1.3.1.3. Atenção: Nem todos tinham os mesmos privilégios, nem eram considerados cidadãos com voz e voto na assembléia.

7.1.3.1.4. Líderes e os liderados se viam, pelo menos na teoria, da mesma forma, pois todos eram iguais, cidadãos com voz e voto.

7.1.3.1.5. Capítulo V: A censura faz parte do processo de crescimento desde a infância até a integração como membro de uma determinada sociedade ao processo de educação, de se tornar “civilizado”.

8. Verdade x Argumentação

8.1. Sofistas

8.1.1. Objetivava o desenvolvimento do poder de argumentação

8.1.2. Relativismo total, sem possibilidade alguma de verdade absoluta.

8.1.3. O sofista faz retórica

8.2. Platão

8.2.1. Platão buscava a verdade

8.2.2. O conhecimento tem por fim tornar possível a vida moral

8.2.3. O processo para adquirir o saber é o diálogo

8.2.4. Platão fazia dialética