O Conhecimento Murado
por Camily Cardoso
1. Com o mundo-não incorporação na globalização
1.1. Desde seus primórdios até o presentes, as universidades europeias constituíam uam das formidáveis redes de conexões internacionais, embora atualmente, elas não estejam conseguindo atuar da mesma forma diante do mundo globalizado.
1.2. A universidade do séc XXI não consegui entender como ser global sem perder a própria nacionalidade. Elas sentem-se divididas entre se abrir por completo, negando sua sua singularidade nacional, e se defender das interferências externas a ponto de negar a realidade atual global.
2. As perdas de sintonia
3. Universidades
3.1. Espaço para o novo pensamento livre e vanguardeio, independente de um padrão religioso
3.2. A partir do séc xx, renovação e reciclagem para abarcar o avanço do conhecimento técnico sobre o tradicional
3.2.1. Primazia do conhecimento tecnológico descompassa a universalidade do conhecimento geral nas universidades
3.3. O conhecimento universitário, mais uma vez, se vê murado e defasado, perdendo sintonia com o conhecimento e as demandas da realidade social externa a esses muros
4. Mosteiros
4.1. Fortificação de dogmas e conhecimento focado no âmbito religioso
5. Problemática: incapacidade de se sintonizar com o ritmo e o tipo de conhecimento surgindo no mundo ao seu redor
6. Com o avanço do conhecimento-perda de eficiência epistemológica
6.1. As universidades não conseguem se adaptar a velocidade atual com que o conhecimento avança, apesar do esforço em incorporar essas transformações.
6.2. Em função do sistema fechado e as limitações atribuídas a universidade esse problema origina o surgimento de instituições parauniversitárias as quais indicam o oferecimento do ensino superior mas se desviando do tradicionalismo universitário
6.3. As universidades fracassaram no cumprimento de seu papel, atrasando-se em termos de geração de conhecimento e perdendo a sintonia com os tipos e a a qualidade dos temas desenvolvidos ou ensinados. Se permanecer assim, elas deixarão de ter utilidade.
7. Com a disseminação do conhecimento-perda de abrangência na comunicação de massas
7.1. O conhecimento tornou-se urgente e simultâneo. O mundo inteiro se converteu em uma grande escola para aqueles que estão atentos e que se comportam como eterno alunos.
7.2. O desenvolvimento tecnológico pelo qual o mundo vem passando possibilitou uma revolução no número de pessoas capazes de ter acesso ao conhecimento disperso
7.3. As universidades ainda não deram um salto compatível com a realidade técnica de hoje, capaz de demolir os muros da universidade e conectá-la on-line para, em tempo real, distribuir os conhecimentos para o mundo inteiro.
8. Com a eficiência do diploma-a perda da promoção social
8.1. Atualmente, o diploma universitário, apesar de continuar sendo útil, deixou de ser um passaporte seguro para o sucesso. Diversos jovens graduados, em todo mundo, não encontram emprego, ou porque há um excesso de profissionais ou devido à rápida obsolência do que foi aprendido.
8.2. Apesar disso, a universidade não assumiu completamente essa realidade: ela critica o mercado, em vez de entender que ele é decorrência da realidade e exige novos campos de conhecimento e rapidez na formação e na reciclagem de alunos.
9. Com os excluídos-perda do papel de construtora de utopia
9.1. Na década de 60, a universidade era uma instituição, que buscava mudar a sociedade e construir justiça. Hoje os universitários, lutam basicamente por seus próprios interesses.
9.2. A universidade brasileira atual permanece impassível e colabora para tornar o Brasil um país dividido entre os que se beneficiam dos produtos da modernidade e os que são excluídos desse benefício.
9.3. A universidade ocupa-se agora do conhecimento técnico, tendo deixado para trás a ética, e pode ser usada como um dos instrumentos para a construção de uma divisão global.
9.4. Todos os campos da educação superior ignoram a grande massada população, tanto por omissão quanto pela ação. A sociedade optou pela exclusão.
9.5. a criação do sistema de cotas é como se beneficiar uns poucos representantes, incluindo-os no mundo universitário, bastasse para desonerar a universidade do compromisso de lutar pela verdadeira abolição da exclusão.