1. Biblioteca Digital
1.1. Definição
1.1.1. Evoluindo: falta clareza sobre o termo
1.1.2. Significa
1.1.2.1. Muitas coisas
1.1.2.1.1. coleções pessoais
1.1.2.1.2. a internet inteira
1.1.2.1.3. recursos informacionais digitalizados
1.2. Caracteristicas
1.2.1. combina a estrutura e a coleta da informação, tradicionalmente usada por bibliotecas e arquivos, com o uso da representação digital tornada possível pela informática CUNHA, 2008
1.2.2. o armazenamento digital amplia as possibilidades de pontos de acesso a um determinado documento CUNHA, 2008
1.2.3. modelo transformativo em larga escala, uma organização centrada no usuário, movendo-se de forma integrada entre os seus componentes (CHOI; RASMUSSEN, 2006 apud CUNHA 2008
1.3. Planejamento e gestão de BD
1.3.1. novas dimensões da prática bibliotecária
1.3.1.1. assimilação de novos paradigmas
1.3.1.2. desafios, oportunidades e responsabilidades se apresentam
1.3.1.3. catalogação original permanece
1.3.2. catalogação original permanece
1.3.3. novos serviços de referência
1.3.3.1. os setores de referência e desenvolvimento de coleções deverão estar intimamente interligados, pois a biblioteca digital irá forçar todas as bibliotecas a resolverem as necessidades dos seus usuários de forma prioritária e imediata CUNHA, 1999
1.3.3.2. referência por e-mail, chat, tempo real, etc
1.3.4. ação cooperativa estimula a criação de novas bibliotecas digitais com custos menores de operação e num menor prazo de implementação
1.3.5. Recursos humanos
1.3.6. Recursos tecnologicos
1.3.7. Foco no usuário
1.3.8. Acesso
1.3.9. Usabilidade
1.3.9.1. Interface
1.3.9.2. Arquitetura da informação
1.3.10. Projeto
1.3.10.1. Digitalização de Documentos
1.3.10.1.1. Tipo de documentos e parametros de digitalização
1.3.10.2. Controle de qualidade
1.3.10.3. Plano de preservação
1.3.10.4. Processo de desenvolvimento
1.3.10.5. Levantamento e análise de requisitos
1.3.10.6. Desenho conceitual
1.3.10.7. Desenho navegacional
1.3.10.8. Desenho de interface de usuário
1.3.10.9. Implemtnação
1.4. Iniciativas de BD
1.5. Objetivo
1.5.1. o objetivo maior da biblioteca digital é consistente com o da biblioteca convencional, isto é, organizar, distribuir e preservar os recursos informacionais (CHOI; RASMUSSEN, 2006 apud CUNHA 2008
1.5.2. A ênfase do foco da biblioteca digital é maior no acesso e menor na coleção
1.5.3. o que contará daqui para frente serão as opções para acessar a informação demandada
2. Organização da Informação
2.1. Metadados
2.1.1. Definição
2.1.1.1. Surgiu com a necessidade de se criar estrutura para a descrição padronizada de documentos eletrônicos para tornar possível e mais efetiva a recuperação da informação na internet. Fonte: SOUZA; CATARINO; SANTOS, 1997, p.95
2.1.1.2. Um registro de metadados consiste de um conjunto de atributos ou elementos, necessários para descrever recursos da web (HILLMANN, 2003)
2.1.1.3. Metadados são informações estruturadas que descrevem, explanam, localizam, ou facilitam recuperar, usar ou gerenciar um recurso de informação (HODGE, 2001).
2.1.1.4. Dados associados a um sistema informação ou a um objeto de informação para fins de descrição, administração, requisitos legais, funcionalidade técnica, utilização e uso e preservação (DCMI - Dublin Core Metadata Initiative)
2.1.2. Conceito
2.1.2.1. Metadados são um conjunto de dados-atributos, devidamente estruturados e codificados, com base em padrões internacionais, para representar informações de um recurso informacional em meio digital ou não – digital, contendo uma série de características e objetivos.
2.1.3. Objetivos
2.1.3.1. Localizar, identificar e recuperar dados de um recurso informacional
2.1.3.2. Propiciar controles de ordem gerencial e administrativo permitindo conexões e remissões (links) para pontos internos e externos.
2.1.3.3. Possibilitar a interoperabilidade entre sistemas de informação, dentro de padrões.
2.1.3.4. Informar sobre as condições de acesso e uso da informação.
2.1.3.5. Ser legível tanto pelo homem como pela máquina.
2.1.3.6. Possibilitar a elaboração de índices.
2.1.4. Características
2.1.4.1. Descrição, com pormenores, das condições físicas dos componentes com o fim de identificar e caracterizar o recurso de informação.
2.1.4.2. Observância de padrões internacionais para a sintaxe e semântica da especificação do recurso de informação, em meio digital ou não – digital.
2.1.4.3. Informam sobre armazenagem, preservação, acesso e uso dos dados.
2.1.4.4. Dispõem informações administrativas e gerenciais para a devida criação e definição de responsabilidades dos metadados
2.1.4.5. Possibilitam análises da qualidade, avaliações e formas de uso.
2.1.4.6. Auto-descrevem e criam documentação própria que subsidia o gerenciamento dos recursos informacionais.
2.1.5. Tipos
2.1.5.1. Administrativos
2.1.5.1.1. identificar dados para sua preservação, para o controle de uso deste objeto digital, permitindo gerenciar desde o acesso a um determinado recurso informacional, até o controle de autoridade e de validade deste recurso
2.1.5.2. Estruturais
2.1.5.2.1. estruturar a apresentação dos objetos digitais contidos nas páginas da web.... ...interagir entre si, para uma melhor recuperação de informação eletrônica
2.1.5.3. Descritivos
2.1.5.3.1. são utilizados para descrever um objeto digital, identificam os elementos descritivos de um documento on-line
2.1.6. Padrões
2.1.6.1. Um padrão de metadados estabelece um conjunto de elementos de metadados para uma comunidade, incluindo a especificação de cada elemento e esquemas de codificação para permitir a interoperabilidade entre os sistemas que utilizam o padrão. Brasil (2010)
2.1.6.1.1. DCMI: (Dublin Core Metadata Initiative) Esforços no desenvolvimento de um padrão baseado no formato MARC: Dublin Core
2.1.6.1.2. W3C: (World Wide Web Consortium): trabalhando no padrão RDF baseado na linguagem de marcação XML (semântica na web)
2.1.6.1.3. A ISAD (G) - Norma internacional de Descrição Arquivística
2.1.6.1.4. NOBRADE – Norma Brasileira de Descrição Arquivística (BRASIL, 2005). Possui apenas um metadado a mais, específico
2.1.6.1.5. para notas e outro para pontos de acesso e indexação de assuntos
2.2. Iniciativas de BD
2.2.1. Portal Dominio Público
2.2.2. Biblioteca Digital Mundial
2.2.3. Pórtico
2.2.4. LOCKSS
2.2.5. Biblioteca da Universidade de São Paulo (USP)
2.2.6. Biblioteca Digital Paulo Freire
2.2.7. Biblioteca Nacional Digital Brasil
2.2.8. Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD)
2.2.9. Biblioteca Digital do Supremo Tribunal Federal
2.2.10. Biblioteca Digital da Unicamp
2.2.11. Biblioteca Digital da UNESP
2.2.12. Biblioteca do Museu Nacional
2.2.13. Biblioteca Digital da Escola de Música da UFRJ
2.2.14. Biblioteca Digital e Sonora
2.2.15. Project Gutenberg
2.3. Iniciativas de Museus Digitais
2.3.1. Museu Casa Guimarães Rosa
2.3.2. Museu Histórico Abílio Barreto
2.3.3. Museu do Diamante
2.3.4. Museu da Inconfidência
2.3.5. Memorial Tancredo Neves
2.3.6. Museu de Artes e Ofícios
2.3.7. Museu do Oratório
2.3.8. Casa de Cora Coralina
2.3.9. Casa Fiat de Cultura
2.3.10. Museu Nacional do Mar
2.3.11. Museu Victor Meirelles
2.3.12. Museu da República
2.3.13. Museu Casa Guignard
2.3.14. Museu da Ciência e Técnica
2.4. a descrição da informação é fundamental na recuperação da informação, pois cumpre a função de possibilitar o acesso a itens específicos que se encontram armazenados. Café e Bräscher (2008)
2.5. Cardoso (2006) destaca que a crescente complexidade dos objetos armazenados e o grande volume de dados exigem processos de recuperação cada vez mais sofisticados.
2.6. O grande volume de informações disponibilizadas na web sem uma forma estruturada de representação contribui para dificultar a recuperação da informação;
3. Ferramentas de construção de BD
3.1. Digitalização de Documentos
3.1.1. Tipo de documentos e parametros de digitalização
3.2. Plano de preservação
3.3. Processo de desenvolvimento
3.4. Levantamento e análise de requisitos
3.5. Coleção básica
3.6. Acesso remoto aos documentos
3.7. Equipe treinada
3.8. Software
3.8.1. Dspace
3.8.2. Greenstone
3.8.3. E-prints
3.8.4. Nou-Rau
3.8.5. Fedora
3.8.6. Emilda
3.9. Hardware
3.10. Termos de uso
4. Documento, objeto e memória digital
4.1. Museu
4.1.1. "são casas que guardam e apresentam sonhos, sentimentos, pensamentos e intuições que ganham corpo através de imagens, cores, sons e formas. São pontes, portas e janelas que ligam e desligam mundos, tempos, culturas e pessoas diferentes" Fonte: Sistema Brasileiro de Museus
4.1.2. De instituições paternalistas e autoritárias, os museus têm percorrido os árduos caminhos do diálogo cultural e da convivência com o outro
4.1.3. Objeto museal: “os objetos só se tornam Documentos quando são interrogados de diversas formas, e todos os objetos produzidos pelo homem apresentam informações intrínsecas e extrínsecas a serem identificadas
4.1.4. Partindo-se do pressuposto de que objetos/documentos são suportes de informação, o grande desafio de um museu é preservar o objeto e a possibilidade de informação que ele contém e que o qualifica como documento (CÂNDIDO, 2006, p. 34).
4.2. Biblioteca
4.2.1. "[...] um lugar que define o conhecimento partilhado por uma comunidade e que conserva a sua memória histórica." (Lyman, 1994).
4.3. Arquivo
4.3.1. conjunto de documentos produzidos e recebidos por uma entidade coletiva, pública ou privada, família ou pessoa, no desempenho de suas atividades, independente da natureza dos suportes materiais, conservados por seus criadores e para seu próprio uso, sendo transferido à instituição arquivística competente em razão de seu valor arquivístico
4.3.2. Trabalha com documentos oficiais, que servem para a administrar, prestar contas, exercício de direitos.
4.4. Documento digital
4.4.1. Informação registrada, codificada em forma analógica ou em dígitos binários, acessível por meio de um equipamento eletrônico. (Glossário da CTDE, 2006) Fonte: ROCHA, 2007
4.5. Objeto digital
4.5.1. Reutilização : todo objeto deve ser desenvolvido com a clareza de que deve possuir todos os requisitos para que possa ser reutilizado em uma situação diferente;
4.5.2. Acessibilidade: existe uma facilidade em acessar o objeto, pois ele fica disponível em rede. Por esse motivo, não existem barreiras de tempo e espaço para ter acesso a ele
4.5.3. Interoperabilidade: pode ser utilizado em plataformas diferentes, sem o risco de não funcionar em alguma delas por problemas de incompatibilidade
4.5.4. Durabilidade: pois quando não há limitação de plataforma, por utilizar um padrão neutro, e quando ocorrem mudanças nos sistemas tecnológicos na instituição, os objetos não necessitam de reprogramação, pois se adaptam a qualquer plataforma
4.6. Memória digital
4.6.1. Reflexão sobre a preservação desses objetos valorizados culturalmente não mais como documentos, mas como patrimônios, digitalizados ou nascidos digitais DOBEBDEI, 2011
5. Digitalização/Preservação - Aspectos Legais
5.1. Digitalização
5.1.1. Redução de tempo das atividades que requerem a análise de documentos;
5.1.2. Redução de custo com armazenamento, recuperação e duplicação;
5.1.3. Facilidade, rapidez, precisão e controle de acesso e de distribuição;
5.1.4. Segurança, portabilidade e conectividade;
5.1.5. Busca indexada por chaves de pesquisa;
5.1.6. Integração de dados ativos e históricos;
5.1.7. Consulta em CD, via intranet e/ou internet.
5.2. Aspectos legais
5.2.1. Reprodução
5.2.1.1. Pirataria
5.2.1.2. Copyright
5.2.1.3. Informações de Uso público
5.2.1.4. Distribuição
5.2.1.5. Licenças
5.2.2. Direitos autorais
5.2.2.1. Direitos do autor
5.2.2.1.1. “Cabe ao autor o direito exclusivo de usar, fruir e dispor da obra literária, artística e cientifica.”
5.2.2.2. Propriedade intelectual
5.2.2.3. Autoria
5.2.2.4. Open Archive - Creative Commons
5.2.2.4.1. e que permitem aos autores compartilhar suas próprias obras, oferecendo uma licença de uso livre para determinados fins e sob certas condições
5.2.2.5. Domínio público
5.2.2.5.1. A lei determina o prazo de proteção no Brasil: 70 anos após a morte do autor
5.2.2.5.2. Constituição Federal - art. 5º: inciso XXVII: "aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar;“
5.2.2.6. Editor
5.2.2.6.1. Aos envolvidos direta ou indiretamente com publicações nos seus diferentes formatos, recomenda-se estudar claramente a abrangência e profundidade da legislação que aborda os direitos autorais
5.2.2.7. Usuário
5.2.2.7.1. Proteção de dados pessoais
5.2.2.8. Direitos morais
5.2.2.9. Lei Autoral nº 9.610/98
5.2.2.10. Open Archive
5.2.2.11. Copy Left
5.2.2.11.1. qualquer um que distribui o software, com ou sem modificações, tem que passar adiante a liberdade de copiar e modificar novamente o programa. O copyleft garante que todos os usuários tem liberdade
5.2.3. Deposito legal
5.2.3.1. Distribuição
5.3. Expansão do acesso
5.3.1. Dados de pesquisa podem ser acessados em escala mundial
5.3.1.1. colaboratórios = colaboração + laboratório
5.3.1.1.1. interação entre pesquisadore
5.3.2. espaço dinâmico para pesquisadores
5.3.2.1. compartilhamento de conhecimento
5.3.2.2. geração de conhecimento
5.3.2.3. disseminação de conhecimento
5.3.3. Acesso universal
5.3.3.1. promoção do acesso ao conhecimento
5.3.3.2. Diversos formatos documentos
5.3.3.3. Integração Difusão Democrat. Conhecim.
5.3.3.4. Preservação material
5.3.3.5. Confiabilidade
5.3.3.6. Preservação material impressos
5.3.3.7. Informação c/acesso hipertextual
5.3.3.8. Métodos Busca + abrangente
5.4. Preservação
5.4.1. Innarelli
5.4.1.1. Manterás uma política de preservação
5.4.1.2. Não dependerás de hardware específico
5.4.1.3. Não dependerás de software específico
5.4.1.4. Não confiarás em sistemas gerenciadores como única forma de acesso ao documento digital
5.4.1.5. Migrarás seus documentos de suporte e forma periodicamente
5.4.1.6. Replicarás os documentos em locais fisicamente separados
5.4.1.7. Não confiarás cegamente no suporte de armazenamento;
5.4.1.8. Não deixarás de fazer backup e cópias de segurança;
5.4.1.9. Não preservarás lixo digital;
5.4.1.10. Garantirás a autenticidade dos documentos digitais
5.4.2. Hoje, e possível armazenar imagens detalhadas de centenas de livros, compostas a partir de minúsculos fragmentos, no limitado espaço de um disco óptico. Esta capacidade de registrar e armazenar da origem a um dos dilemas centrais da história registrada: a capacidade de registrar informações aumentou exponencialmente ao longo do tempo, enquanto que a longevidade dos meios utilizados para armazena-la decresceu de modo equivalente [Conway, 2001].
5.4.3. Mais importante do que a durabilidade da mídia e a necessidade de manter os ´dados “frescos” e codificados em formatos de arquivos que possam ser lidos pelos sistemas de hardware e software disponíveis [Smith, 1999].