1. Hebreus / Israelitas
1.1. Primeiros a afirmar sua fé num único Deus
1.2. A civilização hebraica desenvolveu-se na região da antiga Palestina. O território é cortado pelo rio Jordão que o fertiliza e o torna propício à agricultura
1.3. Nas áreas não banhadas pelo Jordão viviam grupos nômades de pastores
1.3.1. Entre esses grupos estavam os hebreus, organizados em clãs patriarcais seminômades que se dedicavam à criação de gado nos oásis dos grandes desertos da Arábia (Período dos Patriarcas)
1.3.1.1. Além de exercerem as funções de sacerdotes, juízes e chefes militares, os patriarcas eram a autoridade política e moral do clã e conduziam seus descendentes e seus rebanhos de oásis a oásis.
1.4. Por volta de 2000 a.C. tribos hebraicas originárias de Ur e conduzidas por Abraão chegaram à Palestina (ou a Canaã). O território já era habitado por cananeus e filisteus e iniciou-se frequentes lutas pelo domínio das pastagens
1.4.1. Abraão (primeiro grande patriarca hebreu) lançou as bases da crença em um só Deus, Javé ou Jeová, que havia prometido a seus descendentes as riquezas da Terra de Canaã
1.5. Devido a uma seca os hebreus migraram para o Egito que estava sob o domínio dos hicsos. Quando os hicsos foram expulsos pelos Egípcios, os hebreus foram escravizados.
1.5.1. Liderados por Moisés, os hebreus deixaram o Egito e iniciaram o retorno à Palestina (Êxodo)
1.5.1.1. Nesse período Moisés recebeu de Deus os Dez Mandamentos
1.5.1.1.1. A partir da crença em um Deus único e das leis associadas aos Dez Mandamentos foi desenvolvida a primeira religião monoteísta, o Judaísmo, que influenciou a formação do Cristianismo e mais tarde do Islamismo
1.5.1.2. Também nesse período começou a ser escrita a Bíblia
1.6. Moisés morreu e Josué assumiu a liderança e alcançou a Palestina, reiniciando as lutas pelo controle do território (contra os filisteus, amoritas e moabitas)
1.6.1. Na Terra Prometida dividiram-se em 12 tribos autônomas lideradas pelos Juízes. Entre os chefes destacaram-se Sansão, Gedeão e Samuel
1.7. A necessidade de fortalecer a sociedade conduziu à implantação da monarquia
1.7.1. O primeiro rei, Saul, suicidou-se e foi secedido por Davi
1.7.1.1. Davi conquistou a Palestina, definiu e organizou o Estado, escolhendo Jerusalém para capital política e religiosa
1.7.1.1.1. Davi morreu e seu filho, Salomão, sucedeu o trono. Seu governo marcou o apogeu do Estado hebraico
2. Fenícios
2.1. Inventaram uma forma de escrita mais simples do que a cuneiforme: o alfabeto, composto por 22 sinais que eram as consoantes
2.1.1. Criado pela necessidade dos comerciantes de relacionarem suas mercadorias e registrarem suas atividades
2.1.2. Esse sistema de escrita difundiu-se por todo o Mediterrâneo, influenciando o alfabeto grego e, a partir deles, o alfabeto base de várias línguas modernas
2.2. Praticavam inicialmente a agricultura e desenvolveram atividades ligadas ao comércio
2.3. Não existiu na Fenícia um Estado unificado. Cada cidade era um Estado independente, governado por dois SUFETAS e organizado como monarquias ou como repúblicas plutocráticas, isto é, controladas pelos cidadãos ricos
2.4. A religião era animista, atribuía poderes sagrados às montanhas, árvores e a outras manifestações da natureza, e estava centrada em ritos e deuses locais
2.4.1. Cada cidade tinha o seu deus principal (Baal)
2.5. Eram artesãos hábeis, dominavam a técnica da tinturaria de tecidos, importadores, navegadores exímios
3. Romanos
3.1. Roma, a capital da Itália, foi na Antiguidade o centro do mundo, a principal cidade de um enorme império.
3.2. Está localizada na Península Itálica
3.2.1. Quando foi fundada, a península era habitada por diversos povos.
3.2.1.1. Gaulenses
3.2.1.2. Etruscos
3.2.1.3. Gregos
3.2.1.4. Italiotas
3.3. Foi fundada pelos LATINOS. Sua história divide-se em três grandes períodos:
3.3.1. Monarquia
3.3.1.1. Não existem documentos escritos sobre o período inicial da história de Roma, todo o conhecimento da época se baseia em lendas. Acredita-se foi fundada pelo gêmeos Rômulo e Remo, criados por uma loba.
3.3.1.2. Roma foi governada por 7 reis e Rômulo foi o primeiro deles. Os 4 primeiros foram latinos e sabinos e os três último etruscos
3.3.1.2.1. O último rei foi deposto por uma revolução que expulsou os etruscos e estabeleceu o regime republicano
3.3.2. República
3.3.2.1. No início a sociedade se dividia em:
3.3.2.1.1. Patrícios
3.3.2.1.2. Plebeus
3.3.2.1.3. Clientes
3.3.2.1.4. Escravos
3.3.2.2. No período republicano, a estrutura de poder em Roma concentrou em instituições como o Senado, a Assembleia, os Comícios e as Magistraturas
3.3.2.3. A marginalização política, a discriminação e a desigualdade impostas ao povo foram as causas das lutas entre patrícios e plebeus, que marcaram o período republicano
3.3.2.3.1. Em 450 a.C. houve a publicação de leis escritas, que asseguraram a igualdade jurídica entre patrícios e plebeus. As Leis das Doze Tábuas constituíram um dos fundamentos do Direito Romano
3.3.2.3.2. A Lei da Canuléia permitiu o casamento entre patrícios e plebeus, surgindo uma nova aristocracia, a NOBILITAS
3.3.2.3.3. No último século da República (quando o conflito social voltou à tona), apresentou os traços modernos de um confronto entre os sem-terra e os latifundiários
3.3.2.4. As instituições concebidas para o autogoverno de uma sociedade de pequenos proprietários agrícolas não funcionavam mais
3.3.2.4.1. Vários chefes militares passaram, então, a disputar o poder
3.3.3. Império
3.3.3.1. Em cinco séculos de guerras a dominação romana se estendeu a boa parte da Europa, da Ásia e da África
3.3.3.1.1. Roma enviou suas legiões para o norte, contra os etruscos, e para o sul da península contra os samnitas e algumas cidades da Magna Grécia
3.3.3.2. Otávio Augusto, o primeiro imperador (o pai da pátria) abandonou a política agressiva de conquistas e aperfeiçoou a administração das províncias
3.3.3.2.1. Esse período ficou conhecido como "pax romana" e durou os dois primeiros séculos da era cristã. Roma atingiu o apogeu
3.3.3.2.2. Augusto promoveu a aliança entre a nobreza e os cavaleiros e apaziguou a plebe romana com a famosa política de PÃO E CIRCO
3.3.3.3. Embora poderoso, o Estado não conseguiu manter a unidade política e administrativa do imenso território. Houve o processo de declínio do Ocidente Romano
3.3.3.3.1. Houveram vários tipos de despesas para o Estado, desvalorização da moeda, entre outros problemas. A crise se acentuou com a substituição dos escravos pelo sistema de colonato
3.3.3.3.2. As cidades se despovoavam, o comércio decaía, os metais preciosos escasseavam, o exército não conseguiu conter a pressão dos grupos bárbaros sobre as fronteiras
3.3.3.3.3. Tiveram início as grandes migrações dos povos bárbaros. Pressionados pelos hunos, os grupos germânicos dos GODOS e VISIGODOS cruzaram as fronteiras do Danúbio e se estabeleceram no território do Império
3.4. O cristianismo surgiu na Galileia. Baseava-se nos ensinamentos de Jesus (nascido em Belém de Judá durante o governo de Otávio Augusto)
3.4.1. Aos 30 anos Jesus iniciou suas pregações e recrutou um grupo de seguidores, os apóstolos. Graças ao trabalho desses, o cristianismo difundiu-se pelo Império Romano
3.4.1.1. Durante o governo de Nero iniciou-se a perseguição aos cristãos, acusados de não cultuar os deuses romanos nem o divino imperador
3.4.1.2. A intensificação dos problemas econômico-sociais do mundo romano fez aumentar o número de adeptos do cristianismo
3.4.1.3. O imperador Constantino publicou o EDITO DE MILÃO, que concedeu liberdade de culto a todas as pessoas e mais tarde tornou-se religião oficial do Estado
3.5. A arte romana foi influenciada de início pelos etruscos e depois pela cultura helenística. A arquitetura romana era a contribuição original da cultura. Destacaram-se na prática política e no Direito.
3.5.1. O Direito romano serviu de base para os códigos jurídicos de vários povos contemporâneos
4. Gregos
4.1. Por Grécia Antiga entende-se a região chamada Hélade, que ocupou o sul dos Balcãs (Grécia Continental), a península do Peloponeso (Grécia Peninsular), as ilhas do mar Egeu (Grécia Insular), além das Colônias na costa da Ásia Menor e no sul da península Itálica (Magna Grécia)
4.1.1. Cretenses
4.1.1.1. Desenvolveram-se na maior ilha do mar Egeu, em Creta
4.1.1.2. Se distinguiu pelo conhecimento da escrita, por uma rica produção artesanal e um intenso comércio marítimo
4.1.1.3. Dominou diversas cidades da Grécia Continental
4.1.1.4. Sua sociedade caracterizou-se pelo papel de destaque da mulher e por não haver vestígios de escravidão
4.1.1.5. Religião: animista e politeísta, tinha como base o culto à Grande-Mãe, deusa da fertilidade, considerada a mãe de todos os homens
4.1.1.6. A sociedade foi subjugada pelos aqueus, que se estabeleceram em Micenas e em outras cidades da Grécia Continental
4.1.1.6.1. Os aqueus também conquistaram a cidade de Tróia, na guerra de dez anos (travada em virtude do rapto da princesa Helena)
4.1.2. Eólios e Jônios
4.1.2.1. Invadiram o mundo grego até o século XII a.C.
4.1.3. Dórios
4.1.3.1. Dominaram a região e provocaram o colapso da civilização anterior, iniciando a "Idade das Trevas" ou "Período Obscuro"
4.1.3.1.1. A arte e a escrita desapareceram, o artesanato decaiu, o sepultamento em magníficos túmulos foram substituídos por cremações simples, a produção passou a ser de subsistência (mão de obra familiar auxiliada por poucos assalariados e escravos)
4.1.4. Grécia Arcaica (entre 800 e 500 a.C.)
4.1.4.1. O padrão urbano da civilização clássica começou a se firmar
4.1.4.1.1. As fronteiras se fixaram (seguindo linhas naturais onde a cidade e o campo adjacente se transformavam numa comunidade independente, uma cidade-estado)
4.1.4.1.2. Houve a substituição do poder dos reis pela aristocracia local
4.1.4.1.3. A economia arcaica baseava-se em: atividades agropastoris, comércio, artesanato e consequente maior uso da moeda
4.1.4.1.4. Mão-de-obra composta por homens livres (que prestavam serviços por troca de um pedaço de terra), estrangeiros e jovens sem herança paterna que recebiam remuneração
4.1.4.2. Nesse período aflorou um sentimento de independência entre os gregos, por causa da linguagem e outros padrões culturais que ultrapassaram os limites locais. Passaram a se autodesignar como HELENOS
4.1.4.3. Surgiu a tirania (poder de um só)
4.1.4.3.1. Os tiranos romperam a dominação das aristocracias sobre as cidades
4.1.4.3.2. Era um novo grupo de proprietários de terras cuja riquezas havia sido acumulada ao longo do tempo
4.1.4.3.3. Seus poderes baseavam-se em concessões à massa desprivilegiada dos habitantes urbanos
4.1.4.3.4. Constituiu numa transição crucial para a PÓLIS clássica
4.1.4.3.5. Nesse período lançaram os fundamentos econômicos e militares da civilização grega clássica
4.1.5. Grécia Clássica
4.1.5.1. A tirania foi derrubada por grupos comandados por aristocratas, dando início ao período que ficou conhecido como Clássico
4.1.5.2. Em quase todas as cidades-estados os reis foram reduzidos a figuras decorativas por causa do abuso de poder
4.1.5.3. O governo de um só homem deu lugar ao de um grupo, iniciando o processo de formação e desenvolvimento da democracia
4.1.5.4. O centro político e geográfico da vida grega passou a ser a pólis, ou cidade-estado
4.1.5.4.1. A pólis representou muito mais do que a sede do governo
4.1.5.4.2. Tratava-se negócios, faziam artigos, realizavam cerimônias e ritos e discutiam-se e decidiam assuntos políticos
4.1.5.4.3. Apenas duas alcançaram maior extensão territorial:
4.1.5.5. Produção agropastoril e artesanal. O desenvolvimento comercial provocou a expansão da economia monetária, possível graças aos escravos
4.2. Gregos x Persas/ Gregos x Gregos
4.2.1. Os persas (que já haviam dominado as colônias gregas da Asia Menor) passaram a ameaçar a Grecia Continental
4.2.2. Dario I tentou punir os atenienses, mas foi derrotado (batalha de Maratona)
4.2.3. Xerxes (filho de Dario I) tentou reinvadir mas foi derrotado por Atenas e Esparta (batalhas de Salamina, Platéia e Micala)
4.2.3.1. A ameaça foi afastada e os espartanos se retiraram da guerra, mas Atenas continuou a lutar para expulsar o restante dos inimigos. As cidades que se mobilizaram contra os persas formaram a Liga de Delos
4.2.4. A hegemonia ateniense e seu projeto de democracia e expansionismo comercial foram combatidos por Esparta, que defendia os interesses da aristocracia agrícola e liderava a Liga do Peloponeso
4.2.4.1. Guerra do Peloponeso
4.2.4.1.1. Derrota ateniense
4.3. Com Esparta fora do poder a cidade de Tebas se tornou poderosa, as principais cidades gregas estavam esgotadas por causa das guerras e divididas eram alvos fáceis
4.3.1. O rei da Macedônia Felipe II conquistou o território helênico na batalha de Queronéia
4.3.1.1. A política expansionista iniciada por Felipe II teve continuidade em seu filho e sucessor Alexandre, que consolidou a dominação da Grécia e conquistou o Império Persa
4.3.1.1.1. A fusão das culturas das varias regiões asiáticas conquistadas com os valores gregos deu origem a uma nova manifestação cultural, o HELENISMO (centro: Alexandria e Pérgamo
4.3.1.1.2. Apos a morte de Alexandre o imperio foi dividido em:
4.4. A cultura e a arte da Grécia (desenvolvida no século de Péricles) influenciou toda a cultura ocidental.
4.5. Religião; politeísta, cujos deuses apresentavam características divinas (imortalidade e poderes sobrenaturais), e humanas (defeitos e virtudes). O conjunto de divindades e mitos deu origem a mitologia, que descrevia a origem do universo, dos deuses e dos homens
4.5.1. Reunidas em torno de Zeus, senhor supremo dos deuses e dos homens, as divindades gregas habitavam o monte Olimpo
4.5.2. Havia ainda os heróis ou semideuses que geralmente eram filhos de uma divindade e um mortal ou um protegido dos deuses
4.6. O teatro tinha suas origens ligadas à Dionísio (deus do vinho), incluíam sacrifícios e libações. danças, músicas e poesias. Os dois gêneros clássicos foram a tragédia e a comédia
4.7. Pensamento filosófico e científico
4.7.1. Iniciaram seu desenvolvimento no final da época arcaica e atingiu sua maior expressão no período clássico.
4.7.2. No início do século V a.C. surgiram os SOFISTAS, que negaram a existência de uma verdade absoluta e buscavam conhecimentos úteis para a vida através da retórica.
4.7.3. A filosofia atingiu sua maior expressão no período Clássico. Seus principais representantes foram: Sócrates, Platão e Aristóteles
4.7.4. Nas ciências destacaram-se:
4.7.4.1. Ptolomeu (astronomia)
4.7.4.2. Eratóstenes (geografia)
4.7.4.3. Euclides e Arquimedes (matemática e física)