O MUNDO PROPRIAMENTE HUMANO: A CULTURA

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O MUNDO PROPRIAMENTE HUMANO: A CULTURA por Mind Map: O MUNDO PROPRIAMENTE HUMANO: A  CULTURA

1. A cultura

1.1. "Empregada por antroplógos, historiadores e sociólogos, ela [a palavra cultura] designa o conjunto dos modos de vida criados e transmitidos de uma geração a outra, entre os membros de uma sociedade. Abrange conhecimentos, crenças, ates, normas, costumes e muitos outros elementos desenvolvidos e consolidados pelas coletividades humanas." (COTRIM;FERNANDES: 2015, p.146)

1.2. A[s] cultura[s] como forma[s] de se responder aos desafios impostos pela natureza

1.3. "[...]podemos definir a cultura como um conjunto de respostas oferecidas por um grupo humano aos desafios da existência. Essas respostas manifestam-se em termos de conhecimento [logos], paixão [pathos] e comportamento [ethos] -- isto é, em termos de razão, sentimento e ação." (COTRIM;FERNANDES: 2015, p. 146)

1.4. A cultura influi no nosso modo de perceber a realidade

1.4.1. "Cada universo cultural de que uma pessoa participa influi de forma específica em maneira de pensar, sentir e agir, ou seja, em sua forma de ser e perceber a realidade." (COTRIM;FERNANDES: 2015, p. 147;

1.5. A tendência à "naturalização de nossos hábitos culturais

1.6. "Em geral, vivemos dentro de nossa cultura num fluir contínuo, como se nosso modo de ser fosse igual para todas as pessoas e as diversas coisas do mundo fossem sempre vividas assim, da forma com que nos as experimentamos. Somo como um peixe que nasceu dentro de um aquário e que toma esse ambiente como o mundo o seu odo "aquático" de ser como o único existente." (COTRIM;FERNANDES: 2015, p. 148)

1.6.1. O choque cultural como possibilidade de suspensão de nossos juízos culturais

1.6.1.1. "esse estado habitual de nossas vidas vê-se confrontado, no entanto, quando viajamos para outros estados ou para fora do país. No contato com os habitantes locais, percebmeos uma série de diferenças no modo de falar, comer, vestir e relacionar-se. Nessa instante, ocorre em nós um estranhamento." (COTRIM;FERNANDES: 2015, p. 148)

1.6.1.2. "A percepção desses elementos culturais distintos, que estão 'fora de nós', quebra a 'transparência' e invisibilidade de nossa própria cultura. Temos, então a possibilidade de 'ver' nossas próprias características culturais: como nos vestimos, comemos, pensamos, nos relacionamos etc. Mas, depois que voltamos ao nosso cotidiano, nossa cultura tende a tornar-se novamente transparente e invisível para nós. E retomamos assim a 'normalidade de nossas vivências'." (COTRIM;FERNANDES: 2015, p. 148)

1.7. A cultura enquanto repositório de conhecimentos

1.7.1. "[...]a pessoa percebe e aprende do grupo cultural do qual participa, por imitação e de forma quase inconsciente, boa parte de como deve pensar e agir nas mínimas coisas -- o que é bonito ou feio, o que é adequado ou inadequado, o que é possível ou impossível, como é a vida, como são as pessoas, que coisas são importantes, entre tantas outras." (COTRIM:FERNANDES: 2015, p.148)

2. O problema de se ter nossos hábitos culturais como algo "natural"

2.1. "Essa característica não constitui um problema em si, já que nos é bastante conveniente e útil -- cada pessoa não precisa percorrer toda a trajetória realizada por seus ancestrais ou antecessores para enfrentar os desafios da existência, pois já domina 'respostas' ou 'soluções' que a satisfazem, ou à sua comunidade. O problema dessa invisibilidade está em que, como os integrantes de uma cultura compartilham entre si a mesma maneira de ver e viver as coisas, comumente acreditamos que essa visão compartilhada constitui a única realidade ou a verdade absoluta." (COTRIM;FERNANDES: 2015, p. 149)

2.2. "[...] corremos o risco de atuar de maneira equivocada e preconceituosa, tornar-nos arrogantes e intolerantes em relação às diferenças, desprezar indivíduos ou grupos culturais com visões distintas das nossas ou entrar em confronto com eles, e assim por diante. Podemos também ter dificuldades para enfrentar os novos desafios que surjam no interior de nosso grupo social (...) quando as 'respostas prontas' de que dispomos (...) não servirem para lidar com eles, quando nosso modelo de mundo impedir uma atuação transformadora e criativa." (COTRIM;FERNANDES: 2015, p. 149)