
1. Filólogos, Gramáticos, Linguístas
1.1. O objeto de estudo dos FILÓLOGOS são as manifestações escritas antigas culturalmente importantes e seu objetivo é fixar esses textos numa forma que possa ser considerada confiável, isto é, a mais próxima possível do original.
1.1.1. Gramática: ramo do conhecimento que estuda os aspectos de métrica, ortografia, pronúncia, a distribuição da palavras por classes, a estrutura sintática da oração simples e dos períodos, o uso das figuras e linguagem, as características da individualização estilística. O gramático é essencialmente normativo.
1.1.1.1. Linguística: estudo sistemático da linguagem verbal. O linguista se interessa por todo e qualquer fenômeno linguístico; dá prioridade aos fenômenos da língua falada, no entanto, volta-se também para a língua escrita (linguística textual).
1.2. As três especialidades não se excluem. Ao contrário. Cada uma delas tem suas tarefas específicas e deve cumpri-las bem, sendo absolutamente indispensável o intercâmbio dos respectivos resultados.
2. A Escrita e a Cultura Letrada
2.1. A criação da escrita teve duradouros impactos na cultura. No início, o meio escrito teve funções essencialmente práticas, mas logo passou a ser usada no registro de poesia, das crenças, da memória coletiva, das leis sociais e do conhecimento em geral.
2.1.1. Paralelamente à cultura oral, foi tomando forma a cultura letrada que transformou profundamente a vida humana.
2.1.1.1. Quando falamos de cultura letrada estamos nos referindo não apenas aos sistemas de transcrição gráfica da linguagem verbal, mas, fundamentalmente, de uma vasta e complexa rede de práticas cognitivas, saberes e práticas sócioculturais que a criação destes sistemas tornou possível.
2.1.1.1.1. Escola: fruto da criação da escrita, exite milenarmente para dar acesso ao código gráfico e, principalmente, para transmitir a cultura letrada.
3. Os sistemas de Escrita
3.1. A criação do meio meio escrito de expressão da linguagem verbal se deu há aproximadamente 5 mil anos na Mesopotâmia.
3.1.1. O surgimento da escrita acompanhou o surgimento de sociedades humanas mais complexas, com atividades produtivas e comerciais extensivas e com poder estatal estruturado.
3.1.1.1. O desenvolvimento da escrita permitiu também o registro da cultura oral: pomas, narrativas épicas e religiosas, saberes variados.
3.2. A escrita é fundamentalmente um desenho. Progressivamente a humanidade percebeu que podia também desenhar a linguagem verbal.
3.2.1. Sistema logográfico: signos gráficos que representam palavras. Correspondem a pictogramas, ou seja, apresentam semelhança com o objeto representado.
3.2.2. Sistemas silábicos: cada signo representa uma sílaba.
3.2.2.1. Transformam-se em logogramas - signos abstratos que passaram a avocar a palavra em si sem a mediação da imagem do objeto.
3.2.2.1.1. Os sistemas logográficos tornam-se mistos, com sua base suplementada por silabários. A partir dessas representações silábicas chega-se à escrita alfabética (as referências são as consoantes e as vogais).